Planejamento
Espacial Marinho
e o Projeto-piloto
para o PEM Sul
Parceiro Apoio Parceiro
executor: financeiro: estratégico:
O Brasil assumiu, durante a Conferência da ONU para os
Oceanos, em 2017, o compromisso de implantar o PEM até 2030.
O desenvolvimento do Planejamento Espacial Marinho (PEM)
do Brasil está alinhado com a Política Nacional para os Recursos
do Mar (PNRM) e integra o XI Plano Setorial para os Recursos do
Mar, instrumento de execução da política com vigência de 2024 a
2027. O plano propõe como meta o desenvolvimento do PEM
do Brasil, visando promover o uso compartilhado, sustentável,
inclusivo e socialmente justo do ambiente marinho, de forma
participativa, com base ecossistêmica.
O Projeto-Piloto para o PEM Sul inaugura as iniciativas O estudo é financiado no âmbito da iniciativa BNDES
de PEM no Brasil, a partir do Acordo de Cooperação Azul, com recursos do Fundo de Estruturação de
nº 121.2.0005.22, entre o BNDES e a União, através Projetos do BNDES (BNDES FEP). Sua execução teve
da Secretaria da Comissão Interministerial para os início em janeiro de 2024 e sua conclusão é prevista
Recursos do Mar (SECIRM). em 36 meses.
O PEM do Brasil é co-coordenado pela Marinha
do Brasil, por meio da Secretaria da Comissão
Interministerial para os Recursos do Mar
(SECIRM), e pelo Ministério do Meio Ambiente
e Mudança do Clima (MMA), tendo a parceria
estratégica do Comitê Executivo do PEM,
instituído pela portaria da Marinha do Brasil nº
235, de 30 de julho de 2020.
Para sua elaboração, o PEM do Brasil foi dividido
em quatro projetos regionais interconectados
– Sul, Sudeste, Nordeste e Norte. Os projetos
das regiões Sul, Sudeste e Norte são apoiados
com recursos do Fundo de Estruturação de
Projetos do BNDES. O projeto do Nordeste é
apoiado com recursos do Projeto GEF Mar, sob
gestão do Funbio.
O projeto-piloto para o PEM Sul estabelecerá as
bases metodológicas para o estudo, a serem
aplicadas pelos demais projetos, com adequação
às realidades locais. A metodologia adaptável às
diferentes realidades regionais e a governança
unificada do processo permitirão a construção do
PEM do Brasil como um instrumento único,
norteador da gestão do espaço marinho do país.
CONCEITOS E
PRINCÍPIOS DO PEM
O oceano é um ambiente historicamente utilizado pela humanidade,
o que tem se intensificado nas últimas décadas, colocando o espaço
oceânico como o novo horizonte de exploração e desenvolvimento.
Neste contexto, é inadiável o planejamento de uso do oceano, a fim
de otimizar seus benefícios sociais e econômicos e ao mesmo
tempo evitar danos à qualidade ambiental e ao funcionamento
dos ecossistemas.
Antes de mais nada, é importante definir o que é Planejamento
Espacial Marinho (PEM). Ele pode ser definido como um
PROCESSO DE ORGANIZAÇÃO DE USOS NO MAR.
Mas o que seria 1Segundo a Millennium Ecosystem Assessment (MEA,
2005), serviços ecossistêmicos são os benefícios
diretos e indiretos que os seres humanos obtêm dos
isso exatamente?
ecossistemas. São essenciais para o bem-estar humano
e para a economia, e a avaliação deles é fundamental
para uma gestão sustentável dos ecossistemas.
O PEM é um instrumento de ordenamento territorial
que deve considerar aspectos ecológicos e socioeconômicos.
Porém, com desafios adicionais, quando comparado a instrumentos
com o mesmo fim para áreas terrestres.
No continente, quando se pensa em ordenamento territorial com base
ecossistêmica (ou seja, que considera a oferta e demanda de serviços ecossistêmicos –
SE1 – como elemento de integração), é relativamente simples o reconhecimento de unidades
de gestão e planejamento, uma vez que os sistemas naturais e construídos são visíveis.
Em terra, as fronteiras dos sistemas urbanos são facilmente reconhecíveis, sendo possível inferir sobre os
benefícios que eles trazem. O mesmo vale para os sistemas florestais, os quais nos fornecem madeira, alimento
etc, ou para um sistema de áreas úmidas, que regula os usos hídricos e a qualidade da água, e assim por diante.
Já no oceano essas fronteiras não são visíveis e variam substancialmente no tempo e no espaço, além do que
a oferta de serviços ecossistêmicos também depende da profundidade.
Todas as atividades no oceano
dependem da oferta de certos serviços
ecossistêmicos que variam no espaço, no
tempo, e influenciam umas as outras.
Essa influência, seja ela ambiental ou um
benefício socioeconômico, avança em
direção ao continente, às vezes a grandes
distâncias da costa. Além disso, todas as
atividades humanas no mar dependem de
infraestruturas de apoio terrestre.
Por exemplo, a pesca depende
da ocorrência do pescado, seu
serviço de provisão chave, mas
também depende de águas
navegáveis, de estruturas de
atracação, de mercado
consumidor etc. Interações
socioeconômicas
*
Figura 1. Exemplo de uso de serviços
ecossistêmicos pela atividade de pesca Navegabilidade
(adaptado de Steenbeek et al., 2021) Interações
terra mar
Provisão de
recursos
pesqueiros
Serviços ecossistêmicos Serviços ecossistêmicos Serviços ecossistêmicos Serviços ecossistêmicos
de regulação de suporte de provisão culturais
Já a geração de energia eólica offshore, atividade com potencial de se desenvolver no mar
brasileiro, depende da existência de vento com certas características, o que seria seu serviço
ecossistêmico chave, mas também depende de águas navegáveis e de uma estrutura portuária
em costa para a manutenção de suas estruturas, além do fundo oceânico para a sua fixação.
1 Estação de
conversão onshore 2 Infraestrutura
portuária 3 Plataforma combinada
de coletor AC e 4 Navio de
lançamento 5 Navio de
construção
conversor DC de cabos
*
Figura 2. Exemplo de uso de serviços ecossistêmicos
pela atividade de geração de energia eólica offshore.
É UM PROCESSO DE
NEGOCIAÇÃO COM BASE
EM INDICADORES
O PEM, como um sistema de organização
do uso do mar, é uma base de integração
de todas essas relações de dependência
e influência.
INTEGRADOS QUE
REFLETEM PERDAS E
GANHOS GLOBAIS.
A ESCALA DO PEM
O Planejamento Espacial Marinho utiliza uma série de informações, A harmonização dessas informações
muitas na forma de mapas, com diferentes características e graus de espaciais em diferentes escalas é realizada
detalhamento. Algumas atividades humanas no mar, como aquicultura por meio de técnicas cartográficas, que
ou mineração, são representadas com limites bem definidos nos permitem representar elementos pequenos
mapas. Outras, como o esforço da pesca industrial, têm bordas em mapas menos detalhados. Isso assegura
menos definidas e menor detalhamento. que atividades de menor escala também
sejam consideradas no PEM regional.
Apesar de se utilizar bases de dados de diferentes escalas, a
análise e a representação cartográfica devem estar alinhadas Por fim, elementos terrestres relevantes
a um mapeamento regional. Experiências internacionais indicam para a conexão com atividades marítimas,
que uma abordagem multiescalar (ou seja, com diferentes graus como portos, balneários e desembocaduras
de detalhamento espacial) é ideal para o PEM, permitindo maior de rios, são integrados nos processos e
detalhamento em áreas com intensa e diversificada atividade produtos cartográficos do PEM.
humana, como portos e baías. Em contrapartida, regiões mais
afastadas da costa, com menor uso e disponibilidade de dados,
podem ser analisadas com menor nível de detalhe.
AGORA, VAMOS AO
QUE O PEM NÃO É
Instrumento de licenciamento, mas auxilia no processo
ao evidenciar no espaço áreas onde há maior competição
por serviços ecossistêmicos, ou usos antagônicos destes
serviços ecossistêmicos;
Projeto científico, mas se utiliza do conhecimento
científico e de toda a informação técnica disponível O PEM não é um
como base para a tomada de decisão; instrumento de
restrição de uso,
O PEM
Planejamento setorial, mas fornece o pano de fundo mas uma plataforma
não é
para que os setores econômicos se organizem considerando integrada de
a sua integração e dependência com outros setores e negociação em
o contexto ambiental do espaço marinho pretendido, o bases sustentáveis.
que inclui as aptidões naturais de cada local ou unidade
de gestão e planejamento;
Proposta de áreas marinhas protegidas, mas evidencia
áreas e pontos do espaço de maior importância relativa
em termos ecológicos.
Visão do PEM
no Brasil
Um dos primeiros passos
“Território marinho brasileiro saudável,
para um PEM coeso é a
biodiverso, resiliente, seguro e produtivo
definição da visão de longo
impulsionando o desenvolvimento sustentável,
prazo deste processo, que
ordenado, equitativo e democrático.”.
no Brasil foi definida por:
“Esta situação será alcançada por meio de planejamento e governança, de
maneira contínua, articulada e participativa, considerando o melhor
conhecimento científico, os saberes tradicionais e as melhores práticas, a fim
de garantir a manutenção da soberania e defesa nacional, a conservação da
sociobiodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, o desenvolvimento
econômico sustentável, a inclusão social, a justiça ambiental e climática e o
bem-estar da sociedade.” (Resolução CIRM Nº 7, 2023)
Ainda, ao construir uma estrutura para o PEM, é necessário
estabelecer princípios que servem para guiar a tomada de
decisão. A visão e os princípios para o PEM no Brasil foram
definidos em setembro de 2023 2, por meio de um workshop
com a participação de representantes de ministérios que
compõem a Comissão Interministerial para os Recursos do Mar
(CIRM), bem como representantes designados pelos governos
dos estados costeiros e cientistas de diversas universidades.
Os princípios definidos para o PEM brasileiro são:
2 Resolução CIRM nº 7/2023 (Aprova a Visão e os
Princípios do Planejamento Espacial Marinho no Brasil):
https://www.marinha.mil.br/secirm/sites/www.marinha.mil.br.secirm/
les/documentos/cirm/cirm211/resolucao-n7.pdf
19
1 6 11 16
Promover a integração Ser baseado em Promover a
Ter uma abordagem
e coordenação conhecimento cooperação
ecossistêmica
intergovernamental e inovação internacional
2 7 12 17Contribuir para a
Contribuir para a Soberania do Estado,
Ter participação Ser adaptativo
saúde e bem-estar a Defesa Nacional e a
social legítima e contínuo
humano Segurança Marítima
Princípios 3 8 13
Estar baseado Ser instrumento de
para o PEM na abordagem
Promover a
enfrentamento à
Cultura Oceânica
no Brasil precautória Mudança do Clima
4 9 14
Promover a
Estar baseado Ser inclusivo
economia oceânica
em área e acessível
sustentável e inclusiva *
A Visão e os Princípios
5 10 15
aprovados devem ser
encaminhados parar
futuras discussões com a
Ter visão integrada Ser fundamentado sociedade brasileira no
Ser transparente
em princípios legais contexto dos processos
de desenvolvimento do
PEM no Brasil.
SOBRE O
PROJETO-PILOTO
PARA O PEM SUL
Objetivo geral
Estabelecer um processo de ordenamento
de usos do sistema oceânico como base
para o estabelecimento do Planejamento
Espacial Marinho (PEM) na Região Sul do
Brasil, de forma participativa, a fim de obter
seu desenvolvimento com sustentabilidade
econômica e qualidade socioambiental.
Objetivos específicos
Caracterizar a estrutura e funcionalidade do sistema oceânico
e os usos sociais e econômicos presentes em seu espaço;
Identificar e caracterizar eventuais conflitos e sinergias entre
os diferentes usos, atuais e potenciais, e entre usos e o
ambiente em que se estabelecem;
Propor indicadores integrados capazes de direcionar os usos
sociais e econômicos do espaço oceânico, incluindo ações de
preservação ambiental;
Oferecer uma aplicação de WebGIS (Geoportal) de suporte
ao planejamento e gestão de atividades no ambiente marinho,
que permita o acesso, visualização, análise e
compartilhamento de informações.
SOBRE OS TIPOS
DE PLANEJAMENTO
ESPACIAL MARINHO E A
CLASSIFICAÇÃO DO PEM SUL
Os Planos Espaciais Marinhos podem variar em
objetivo principal e tipos de documentos em que
se baseiam e geram. Segundo Zaucha & Gee (2019),
os PEM podem ser classificados em três tipos:
Planejamento Planejamento Planejamento
baseado em estratégico baseado regulatório:
informação: em visão (indicativo):
Quando os planejadores
Visa identificar os recursos Visa inspirar outros atores que têm poder casual resultantes
marinhos e avaliar sua definem o desenvolvimento de regulações legais ou
robustez em conjunto com espacial através de suas ações, instrumentos econômicos
as expressões e demandas sendo que o planejamento e podem impor ações
associadas, incluindo espacial nesta categoria desejadas, por exemplo,
análises de conflito e não tem, ou tem de forma em relação ao uso de
de risco. insuficiente, autoridade sobre recursos marinhos,
esses atores e, portanto, proteção ambiental
é incapaz de impor ou limitando conflitos.
ações desejáveis.
Considerando o contexto atual do PEM no Brasil e o
conteúdo do Edital de Seleção Pública de Parceiro
Executor de Estudo Técnico voltado à implementação
de Projeto Piloto do Planejamento Espacial Marinho
(PEM) na Região Marinha do Sul do Brasil (BNDES, 2022),
o Planejamento baseado em informação traz mais
aderência às expectativas relacionadas ao PEM Sul. O
planejamento baseado em informação busca garantir que
as decisões de planejamento sejam fundamentadas em
evidências sólidas e atualizadas, aumentando assim a
eficácia e a sustentabilidade das estratégias de gestão.
O processo de Planejamento Espacial AS FASES DO
Marinho (PEM) envolve diversas atividades
estratégicas e operacionais, cada uma PEM SUL
contribuindo para o desenvolvimento de
um plano abrangente e eficaz.
O PEM Sul está dividido em três fases,
que agrupam onze atividades, ilustradas na
Figura 3. Todas as fases preveem momentos
para a participação social, que se dará de
forma representativa com os setores
abordados no estudo.
Estudo técnico
PEM Sul A Fase 3 promove discussões
intersetoriais, elabora um plano
de gestão e propõe o instrumento
Fase 1 Fase 2 Fase 3 formalizador do PEM Sul.
1 6 10Oficinas de negociação
Planejamento do trabalho e Criação de Geoportal -
intersetoriais e mapas de
organização de atividades e atores ferramenta de apoio à decisão
cenários futuros validados
2 Identificação do arcabouço legal
7 Sobreposição de uso, 11
vigente com suas compatibilidades sinergias, mapas de pressão Proposta de docucmento A Fase 2 cria o geoportal, analisa as
formalizador do Planejamento
e inconsistências. e serviços ecossistêmicos sobreposições de uso, as sinergias
Espacial Marinho (considerando
3 Identificação dos usos atuais
8 Elaboração/projeção
as áreas marinhas e seus
reflexos nas áreas costeiras)
existentes e potenciais e os mapas de
pressão, na linguagem dos serviços
e potenciais. de cenários futuros
ecossistêmicos, propõe cenários
4 9 Formação de atores e futuros e prepara representações
setoriais para uso do geoportal e para
Oficinas setoriais de validação dos capacitação para utilização do
dados de entrada e das áreas de Geoportal (oficinas e seminários) discussões intersetoriais.
interesse, incluindo mapas de
habitats e serviços ecossistêmicos
5 A Fase 1 é voltada à definição das unidades de
Disponibilização de camadas de
informação na infraestrutura Nacional gestão de planejamento (UGP), ao diagnóstico
de Dados - INDE e preparação dos setorial e legal, ao prognóstico das atividades no
scripts para exportação de dados
para o futuro Geoportal mar e à organização das informações espaciais.
Figura 3. Fases do PEM Sul
Resultados esperados e
Projeto piloto: por ser a primeira impactos do PEM Sul
iniciativa de PEM no Brasil, é elaborado
com base em uma estrutura analítica flexível,
adaptável às demais regiões, principalmente no
que concerne à disponibilidade de dados.
Serviço ecossistêmico e participação pública como base para
o planejamento: considera essencial a demanda por serviços ecossistêmicos
chaves para o desenvolvimento das atividades e o desejo das comunidades e setores
econômicos em termos de ocupação do espaço. Busca, assim, o acordo social com base em
métricas essenciais. A disponibilidade de dados não-essenciais, entretanto, será organizada a
fim de dar apoio a ações relacionadas ao licenciamento ambiental.
Elemento de ligação do uso do mar com a zona costeira, expresso em duas vias: (1) a dependência das atividades no
mar de infraestruturas e facilidades em terra (hotspots), e (2) como as atividades no mar, atuais e futuras, podem afetar a
costa ou áreas interiores. Em outras palavras, as atividades desenvolvidas no mar requerem certos serviços ecossistêmicas
e infraestruturas em terra e geram benefícios econômicos e socioculturais.
Parceiro
executor
Para entrar em contato com a equipe executora
do Projeto-Piloto para o PEM Sul, escreva para:
Apoio
financeiro
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Parceiro
estratégico
Esta iniciativa, apoiada com recursos do Fundo de
Estruturação de Projetos do BNDES (BNDES FEP), tem por
objetivo apoiar o estudo técnico necessário à implantação
do projeto-piloto de Planejamento Espacial Marinho (PEM)
na Região Marinha do Sul do Brasil, englobando os estados
do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Referências
BRASIL. Comissão Interministerial para os Recursos do Mar. Portaria MB
nº 235, de 30.07.2020. Diário Oficial da União: edição 147, seção 1, Brasília,
DF, p. 7, 03 ago. 2020.
BRASIL. Comissão Interministerial para os Recursos do Mar. Resolução n°
07/2023. Diário Oficial da União: edição 242, seção 1, Brasília, DF, p. 206,
21 dez. 2023.
MEA - MILLENNIUM ECOSYSTEM ASSESSMENT. Ecosystems and human
well-being: synthesis. Washington: Island Press, 2005. 36 p.
STEENBEEK, J. et al. Making spatial-temporal marine ecosystem
modelling better – A perspective. Environmental Modelling & Software,
[S. I.], v. 145, p. 105209, 2021. DOI: https://doi.org/10.1016/
j.envsoft.2021.105209.