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TABELA PERIÓDICA
2.1. Tabela Periódica
Na tabela periódica, os elementos estão organizados em ordem crescente de
números atômicos. Ela é organizada por colunas, denominadas grupos e linhas
horizontais, denominadas períodos. Os grupos correspondem à conjuntos cujos átomos
formam substâncias com propriedades físicas ou químicas semelhantes.
Em uma lavoura, os vegetais são constituídos de substâncias formadas por átomos
de vários elementos químicos retirados do solo. Conhecendo as características dos
elementos através da tabela periódica, podem-se conhecer quais estão presentes nos
vegetais, no solo interferindo diretamente de maneira positiva no desenvolvimento de
novas tecnologias.
2.2. História da Tabela Periódica
No início do século XIX, os cientistas já conheciam um número considerável de
elementos, inclusive algumas de suas propriedades físicas e químicas, logo surgiu a
necessidade de organizar os elementos em uma tabela, de modo que grupos de
elementos apresentassem propriedades químicas semelhantes.
Várias pesquisas foram orientadas neste sentido, tendo destaque à Lothar Meyer
e Dimitri Ivanovich Mendeleev.
Ambos listaram os elementos em ordem crescente de suas massas atômicas e
observaram que, quando várias propriedades eram representadas graficamente em
função da massa atômica, se obtinha, para cada caso, uma curva periódica.
O trabalho de Mendeleev foi tão profundo e minucioso que acabou sendo utilizado
como base para a criação da tabela periódica moderna, chegando à prever à existência
de átomos desconhecidos como o Gálio e o Germânio, prevendo suas propriedades com
precisão.
Comparando a tabela de Mendeleev com a tabela periódica atual, encontramos
três situações nas quais os elementos se encontram fora de sequência em relação à
massa atômica: o Argônio antecede o Potássio, o cobalto antecede o Níquel e o Telúrio
antecede o Iodo.
Essas divergências foram resolvidas em 1914 pelo inglês H. G. J. Moseley, que, a
partir do estudo dos espectros de emissão de vários elementos, conseguiu determinar a
quantidade de prótons que cada elemento químico possuía.
Com a determinação do número de prótons (número atômico Z) de cada elemento,
ele pôde comprovar que as propriedades periódicas eram em função do número atômico
crescente e não da massa atômica, como tinha sido estabelecido por Mendeleev.
A Lei Periódica é estabelecida nesses termos: “As propriedades dos elementos
químicos são uma função periódica do número atômico”.
Isto significa que, quando os elementos são ordenados em ordem crescente de
números atômicos, observa-se uma repetição periódica de suas propriedades.
2.3. Classificação Periódica dos Elementos
Os elementos se encontram em ordem crescente de número atômico e suas
posições são estabelecidas por suas distribuições eletrônicas
A tabela é formada por:
• 7 linhas horizontais, chamadas períodos, cada período com exceção do primeiro
começa com um metal alcalino e termina, exceto o último que se encontra
incompleto, com um gás nobre.
• No 6° período, incluir a série dos lantanídeos e no 7°, a série dos actinídeos, que
estão indicados abaixo na tabela
• As 18 colunas verticais são denominadas grupos ou famílias. Os elementos que
pertencem à uma mesma família possuem propriedades similares.
• As famílias representadas pelas letras A e B são denominadas subgrupos. O
grupo é indicado por algarismo romano de I a VIII. Por exemplo, o Escândio(Sc)
pertence ao grupo III, subgrupo B, enquanto o Boro(B) pertence ao grupo III
subgrupo A ou simplesmente IIIA. Recentemente a American Chemical Society
recomendou a substituição dos algarismos romanos por números de 1 à 18, para
indicar as famílias das tabelas periódicas.
◦ Por exemplo: o magnésio pertence à família IIA ou 2, o carbono, a família IVA
ou 14
• Algumas famílias recebem denominações especiais:
◦ IA ou 1: metais alcalinos
◦ IIA ou 2: Metais Alcalinos-terrosos
◦ IIIA ou 13: família do Boro
◦ IVA ou 14: família do Carbono
◦ VA ou 15: família do nitrogênio
◦ VIA ou 16: calcogênios
◦ VIIA ou 17: halogênios
◦ VIIIA ou 18: gases nobres
• O hidrogênio não pertence a família dos metais alcalinos e não se encaixa em
nenhum outro grupo, uma vez que possui propriedades diferentes de todos os
elementos químicos
• Elementos Naturais: Encontrados na natureza
• Elementos Artificiais: Encontrados no laboratório
◦ Cisurânicos: Apresentam número atômico abaixo do urânio (Z=92)
◦ Transurânicos: Apresenta número atômico acima do urânio
• Metais: Representam mais de 70% dos elementos da tabela, sendo a
eletropositividade(tendência de doar elétrons(oxidação), transformando-se em ions
positivos(cations)) sua maior característica. São bons condutores de calor e
eletricidade, sua condutividade reduz com o aumento de sua temperatura, são
dúcteis e maleáveis, sólidos à temperatura ambiente, com exceção do mercúrio,
que é líquido.
• Não Metais: Representam cerca de 11% da tabela, Não são maleáveis nem
dúcteis e tem como principal característica a negatividade(tendência a receber
elétrons(redução), tornando-se íons negativos(ânions)). Esses elementos não
conduzem bem corrente elétrica ou calor.
◦ Sólidos: C, P, S, Se, I
◦ Líquidos: Br
◦ Gasoso: H, N, O, F, Cl
◦ Não metais como H, O ou N não são encontrados livremente na natureza, mas
sim combinados
• Semimetais: Possuem propriedades intermediárias entre um metal e não meta.
Sua condutividade elétrica é pequena e tende a aumentar com a elevação da
temperatura, são todos sólidos à temperatura ambiente, são seis os elementos
considerados semimetais, sendo estes: boro (B) sílico (Si), germânio (Ge),
arsênio (As), antimônio (Sb) e telúrio (Te).
• Gases Nobres: São seis os elementos da tabela periódica, em virtude da
configuração eletrônica de suas camadas de valência, que se completam com oito
elétrons ou com dois elétrons(He)
• Elementos Representativos: Os elementos dos grupos 1 e 2 e os de 13 à 18 são
chamados elementos representativos e seus dois primeiros elementos, com
exceção do grupo 18, são denominados típicos, por apresentarem bem as
propriedades químicas dos demais componentes de seus grupos. Os átomos
desses elementos constituem a maior parte das substâncias que nos rodeiam
• Elementos de Transição: os elementos dos grupos de 3 a 12 são chamados
elementos de transição, pois as suas substâncias possuem propriedades entre os
dois primeiros grupos dos elementos representativos e os grupos dos elementos
representativos logo a seguir.
2.4. Propriedades
Propriedades Periódicas: São propriedades que só aumentam ou diminuem à medida
que crescem os números atômicos
• Massa Atômica: Aumenta com o número atômico
• Calor Específico: Diminui a medida que o número atômico aumenta
Propriedades Periódicas: São propriedades que variam em função do número atômico,
atingindo valores máximos e mínimos, de acordo com o período ocupado pelos
elementos.
• Raio Atômico: Observando a dificuldade de medir o tamanho de um raio de um
átomo isolado, em que a eletrosfera não possui um limite bem definido, o raio
atômico pode ser calculado considerando-se o empacotamento em sólido de
átomos iguais, definindo-se as distâncias entre os núcleos. Portanto, considera-se
o raio atômico como sendo a metade da distância entre os núcleos de dois átomos
vizinhos e iguais. O raio atômico cresce nas famílias (ou grupos) no sentido em que
cresce o número atômico e, nos períodos, no sentido em que decresce o número
atômico, quanto maior o número de camadas em um átomo, maior seu raio
atômico.
• Raios iônicos
◦ Raios de cátion: Quando um átomo perde elétron, a repulsão da nuvem
eletrônica diminui, diminuindo seu tamanho, inclusive, pode ocorrer perda do
último nível de energia e, quanto menor a quantidade de níveis, menor o raio.
Portanto raio do átomo > raio do cátion
◦ Raio do ânion: Quando o átomo ganha elétron, aumenta a repulsão da nuvem
eletrônica, aumentando seu tamanho. Portanto raio do átomo < raio do ânion
◦ Íons Isoeletrônicos: Íons Isoeletrônicos são os que apresentam igual número
de elétrons e, portanto, o número de níveis é o mesmo. Assim, quanto maior for
o número atômico maior será a atração do núcleo pela eletrosfera e menor o
raio.
◦ Energia de Ionização: É a energia necessária para retirar um elétron em
estado gasoso. Quando retiramos um elétron de um átomo eletricamente neutro
(1° energia de ionização), se gasta uma certa quantidade de energia, a qual,
geralmente é expressa em elétrons-volt (eV). Se formos retirar um segundo
elétron (2° energia de ionização), se gasta uma quantidade maior de energia,
pois a medida que cada e- é retirado, o raio atômico diminui
◦ Afinidade Eletrônica: É a quantidade de energia liberada, quando um átomo
neutro isolado no estado gasoso recebe um elétron. A afinidade eletrônica pode
ser entendida como a medida de intensidade com que o átomo captura o
elétron. Na família e nos períodos, a afinidade eletrônica aumenta com a
diminuição do raio atômico, pois, quanto menor o raio, maior a atração exercida
pelo núcleo. Com exceção dos gases nobres
◦ Eletronegatividade: É a capacidade que um átomo possui de atrair para si o
par de elétrons compartilhado com outro átomo. Na família e nos períodos, a
eletronegatividade cresce conforme o elemento apresenta o menor raio
atômico, com exceção dos gases nobres, pois a atração do núcleo pela camada
de valência será maior.
◦ Eletropositividade: Eletropositividade ou caráter metálico é a tendência de um
átomo ceder elétrons para outro, no instante da ligação entre eles.