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Afogamento PDF

Guia de primeiros socorros: Afogamento

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Primeiros Socorros:

Afogamento
Alunos: Ana Julya Matias, Brunna
Machado, Flávio Isac, Giovanna
Gregório, Heloísa Pael, Hiago
Arruda, Isadora Dadú, Júlia Helena
Culau, Nicoly Silva.
Introdução
• Definição: Asfixia por imersão/submersão
em meio líquido, com entrada de
água nas vias aéreas.

• Dados de Mortalidade (2019): 4.869


óbitos no Brasil; Nordeste lidera com
1.541 casos, Bahia com maior incidência.

• Perfil das Vítimas: Adultos entre 20-29


anos; 6,7 vezes mais comum em
homens.
Mecanismos da Lesão no Afogamento

• Impacto Respiratório: Obstrução parcial/completa das vias


aéreas, hipoxemia
e apneia.

• Progressão: Bradicardia, redução da atividade cardíaca e


assistolia.

• Hipotermia: Pode agravar a hipoxemia


Sinais e Sintomas do Afogamento

• Respiratórios: Dificuldade para respirar, parada respiratória.

• Cardíacos: Taquicardia, arritmias, possível parada cardíaca.

• Outros: Cianose, pele fria, inflamação pulmonar (risco de


pneumonia).
Fases do Afogamento

1. Angústia: Esforço físico e medo, podendo evoluir para


pânico.

2. Pânico: Perda de flutuabilidade; cansaço e falta de


habilidade.

3. Submersão: Afundamento; resgate torna-se mais difícil.


Grau de afogamento
• Grau 1: Consciente, tosse, ausculta pulmonar normal.
• Grau 2: Consciente, estertores leves a moderados.
• Grau 3: Consciente, edema agudo de pulmão sem hipotensão.
• Grau 4: Consciente, edema agudo de pulmão com hipotensão.
• Grau 5: Inconsciente, parada respiratória.
• Grau 6: Inconsciente, parada cardiorrespiratória.
Condutas de Atendimento e Avaliação

1. Avaliação Primária: Identificar grau do afogamento.


2. Avaliação Secundária: Monitoramento de oximetria, condutas
específicas.
3. Controle da Hipotermia: Remover roupas molhadas, aquecer.
4. Mobilização Cuidadosa: Considerar imobilização para evitar lesões de
coluna.
5. Contato com Regulação Médica: Definir encaminhamento e unidade
de destino.
SALVAMENTO
O salvamento da vítima de afogamento segue diretrizes
estabelecidas pela Sociedade Brasileira de Salvamento
Aquático (SOBRASA), que preconiza uma abordagem
estruturada para reduzir riscos ao salvador e aumentar
as chances de sobrevivência da vítima.
Prevenção

A prevenção é a principal estratégia para evitar o


afogamento, baseando-se nos três pilares da SOBRASA:
educação, informação e fiscalização.
Identificação de Afogamento

Sinais característicos de uma vítima em dificuldade:

Cabeça baixa ou inclinada para trás, boca na linha da água.

Braços estendidos lateralmente, tentando manter-se na superfície.

Movimentos descoordenados, como “subir uma escada invisível”.

Ausência de gritos ou pedidos de socorro.


Salvamento Seguro
A segurança do salvador é prioridade absoluta. As ações devem seguir a
ordem de abordagem mais segura

Resgate Indireto (Sem entrar na água)

Preferido sempre que possível, utilizando:

Arremesso de objetos flutuantes: boias, garrafas PET fechadas, ou outros


itens que ajudem a manter a vítima na superfície.

Extensão de objetos longos: vara, galho, corda, ou remo para que a vítima
se segure.
Resgate Direto (Com entrada na água)

Somente se o resgate indireto não for possível.

Usar equipamentos de resgate (ex. flutuadores, nadadeiras).

Procedimentos:

Avaliar distância e condições da vítima.

Nadar com abordagem lateral ou por trás da vítima para evitar ser agarrado.

Se a vítima estiver agitada, oferecer um objeto para ela se segurar antes de tentar
removê-la.
Retirada da Vítima

Uma vez próxima à margem, a retirada da vítima deve ser


feita com cuidado:
Colocar a vítima em decúbito dorsal (deitada de costas)
para manter pérvias as vias aéreas.

Proteger a vítima contra a hipotermia (ex. cobri-la com


toalhas, roupas secas, manta aluminizada).
Garantir o máximo de cuidado para evitar danos adicionais
à vítima durante o resgate.
Aspectos Éticos e Legais

A SOBRASA enfatiza que salvadores amadores não são


obrigados a intervir, mas devem sempre priorizar sua
própria segurança.
XABCDE
X - Exsanguinação no contexto do afogamento

• Quando aplicar? Se, ao retirar a vítima da água, houver ferimentos visíveis com sangramento
abundante.
• Objetivo: Controlar rapidamente o sangramento antes de iniciar as manobras de RCP ou
ventilação.
• Em cenários de afogamento associados a trauma, a prioridade continua sendo a via aérea e
respiração, mas o controle de uma hemorragia maciça deve ser feito simultaneamente para prevenir
a perda de sangue que possa comprometer a circulação.

A - Airway (Via aérea)

• Objetivo: Garantir que as vias aéreas estejam desobstruídas.


• Em caso de afogamento, a via aérea pode estar bloqueada por líquidos. A prioridade é desobstruí-
la rapidamente, o que pode envolver a remoção de água aspirada. É importante, quando possível,
evitar movimentações desnecessárias na coluna cervical, especialmente em suspeitas de lesão.
B - Breathing (Respiração)

• Objetivo: Avaliar e restaurar a respiração.


• Após garantir as vias aéreas, é necessário avaliar se o paciente está respirando. Se houver apneia ou
respiração ineficaz, é crucial iniciar a ventilação artificial. Em muitos casos de afogamento, ocorre a
“asfixia aquática,” onde a ventilação assistida é fundamental para recuperar os níveis de oxigênio no
corpo.

C - Circulation (Circulação)

• Objetivo: Avaliar a circulação e garantir um fluxo sanguíneo adequado.


• Verifique o pulso e sinais de circulação. Se o paciente estiver em parada cardíaca, inicie a reanimação
cardiopulmonar (RCP) com compressões torácicas. A hipotermia é comum em vítimas de afogamento,
o que pode afetar o ritmo cardíaco e a resposta a medicamentos e intervenções.
D - Disability (Déficit neurológico)

• Objetivo: Avaliar o estado neurológico do paciente.


• Avalie a resposta neurológica do paciente com a Escala de Coma de Glasgow (GCS) ou pela resposta
simples a estímulos (como estímulo de dor). O afogamento pode resultar em hipóxia (falta de oxigênio
no cérebro), o que compromete a consciência e pode levar a danos neurológicos.

E - Exposure (Exposição)

• Objetivo: Expor e examinar o corpo do paciente.


• Retire as roupas molhadas para prevenir hipotermia e proteja o paciente de mais perda de calor,
usando cobertores ou fontes de calor. Avalie completamente o corpo para sinais de trauma ou lesões
associadas ao afogamento, como cortes, fraturas ou contusões.
Cuidados:
Aprender a nadar;

Supervisionar as crianças e nunca as deixar sozinhas;

Sempre verificar as condições do tempo e da água antes de nadar;

Não consumir bebida alcoólica perto da água;

Usar equipamentos de segurança;


Outros cuidados:
Conservar a tampa do vaso sanitário fechada;

Manter cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos trancados;

Ler e respeitar avisos de segurança em locais públicos como praias;

Procurar locais onde haja salva-vidas, e não mergulhar em águas turvas;

Procurar nadar longe de cais, embarcações, rochas e correntezas;

Piscinas e similares devem ser adequadamente cercadas e de preferência com portão e tranca;

A presença de brinquedos dentro da piscina deve ser evitada;


Importante!!
Aprender a realizar resgate e reanimação pode salvar vidas. A sobrevivência
após o afogamento melhora muito a ressuscitação cardiopulmonar;

RCP a ser realizada assim que a pessoa for retirada da água;

Usar um colete salva-vidas o tempo todo ao viajar sobre a água;

Nunca desafiar seus próprios limites.


pós:
GRAU 1 – paciente responde, tosse não apresenta espuma na boca ou nariz e sem
comorbidades associadas
Se necessário aquecer e tranquilizar o paciente não necessita de oxigênio
pode ser liberado para casa

GRAU 2 – paciente responde e apresenta pequena quantidade de espuma na boca


e/ou no nariz
suporte de oxigênio: cateter nasal até 5 litros por minuto
aquecer e tranquilizar a vítima
conduzir o paciente ao hospital para observação de 6h a 48h com possibilidade de
utilizar ventilação não invasiva para auxiliar o paciente na recuperação do
afogamento
Radiografia de tórax e gasometria arterial
GRAU 3 – paciente responde, apresenta grande quantidade de espuma na boca
e/ou no nariz, e possui pulso radial palpável
necessário ofertar oxigênio: máscara facial a 15 litros por minuto no local do
acidente
pode evoluir para intubação ( 70% das vezes)
posicionar o paciente sob o lado direito e com a cabeça elevada acima do
tronco
internação hospitalar (CTI ) 48h a 96h
sedação caso necessário
corrigir acidose metabólica
radiografia de tórax, gasometria arterial, glicose, EAS se houver alteração no
nível de consciência TAC de crânio
GRAU 4 – paciente responde, apresenta grande quantidade de espuma na boca
e/ou no nariz e não apresenta pulso radial palpável (edema agudo de pulmão com
hipotensão)
Intubação mecânica (ofertar oxigênio de outras formas até conseguir intubar,
máscara facial 15 litros por minuto ) Garantir com a ventilação mecânica um
volume corrente de pelo menos 5 ml por Quilo
infusão venosa de cristaloide, até reestabelecer pressão arterial
corrigir acidose metabólica
radiografia de tórax, gasometria arterial, glicose, EAS se houver alteração no nível
de consciência TAC de crânio
Caso necessário iniciar vasopressores
hospitalização de 2 a 5 dias no CTI.
GRAU 5 – parada respiratória – não respira, mas apresenta sinais de circulação
Mesmo retornando à ventilação espontânea vai precisar ser intubado
ventilação mecânica
Trata como grau 4 após retorno da respiração normal

GRAU 6 – parada cardiorrespiratória menos de uma hora de submersão paciente não


respira e não possui sinais de circulação.
Reanimação cardiopulmonar até o paciente atingir temperatura de 34 graus
Avaliar eletrocardiograma
Ofertar calor
Infusão de cristaloides aquecidos
Estabelecer via aérea mais precocemente
3 min de reanimação dose de 0,01 mg por Quilo de adrenalina caso não seja suficiente
a cada 3 a 5 minutos administrar uma dose de 0.1 mg por Quilo de adrenalina
Acompanhar atentamente o paciente pelos próximos 30 minutos pois pode haver
outra parada nesse tempo.
Outras orientações :
Se evoluir com bronco espasmo administra corticoide
SARA ( Síndrome da Angústia Respiratória Aguda )
Não utilizar diuréticos rotineiramente
Fazer o uso de antibióticos caso o paciente evolua com infecção e pode
considerar o uso de antibiótico como profilaxia caso o paciente tenha se
afogado em águas sabidamente contaminadas.
Os principais cuidados são o manejo da ventilação mecânica e das
complicações associadas
Não fazer manobras ativas para retirada da água em paciente afogado
evitar aspirar desnecessariamente pois pode causar vômitos e broco
aspiração.
Obrigado!

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