Transistores Bipolares
Prof. Gustavo Fernandes de Lima
<
[email protected]>
Programa da aula
Introduo/Evoluo
Transistor Bipolar
Caractersticas construtivas
Funcionamento como amplificador
Configuraes bsicas
Curva caracterstica
Reta de carga
Circuitos de polarizao
Transistor como regulador
Bibliografia
Introduo
Com o passar dos anos, a indstria dos
dispositivos semicondutores foi crescendo e
desenvolvendo componentes e circuitos cada
vez mais complexos, a base de diodos. Em 1948,
na Bell Telephone, um grupo de pesquisadores,
liderados
por
Shockley,
apresentou
um
dispositivo formado por trs camadas de
material semicondutor com tipos alternados, ou
seja, um dispositivo com duas junes. O
dispositivo recebeu o nome de TRANSISTOR.
3
Introduo
Figura 1 - O primeiro transistor de juno de germnio da Bell Laboratories, 1950
Evoluo
Figura 2 Evoluo do Transistor
5
Evoluo
Descrio da imagem anterior:
1941: Vlvula terminica usada em telecomunicaes;
1948: Point-contact transistor, seis meses aps sua
inveno;
1955: Transistor que substituiu as vlvulas ou tubos a
vcuo em equipamentos de comunicao em rede;
1957: Amplificador de faixa larga de alta frequncia;
1967: Microchip, usado para produzir os tones (sons)
em aparelhos de telefone;
1997: Chip, que pode conter mais de 5 milhes de
transistores, usados em modems e celulares.
6
Evoluo
O impacto do transistor, na eletrnica, foi
grande, j que a sua capacidade de amplificar
sinais eltricos permitiu que em pouco tempo
ele, muito menor e consumindo muito menos
energia, substitusse as vlvulas na maioria
das aplicaes eletrnicas.
O transistor contribuiu para todas as
invenes relacionadas, como os circuitos
integrados, componentes opto-eletrnicos e
microprocessadores.
7
Evoluo
Praticamente
todos
os
equipamentos
eletrnicos projetados hoje em dia usam
componentes semicondutores. As vantagens
sobre as difundidas vlvulas eram bastantes
significativas, tais como:
Menor tamanho, mais leve e mais resistente
No precisava de filamento
Mais eficiente, pois dissipa menos potncia
No necessita de tempo de aquecimento
Menores tenses de alimentao
8
Transistor Bipolar
O transistor pode controlar a corrente;
Ele montado numa estrutura de cristais
semicondutores, formando duas camadas de
um tipo (N) e no meio delas o outro cristal (P);
Cada uma dessas camadas recebe um nome
em relao sua funo na operao do
transistor;
Figura 3 - Transistor da esquerda chamado de NPN e o outro de PNP
Transistor Bipolar
Caractersticas
construtivas
emissor tem a propriedade de emitir
portadores de carga;
A base muito fina, no consegue
absorver todos os portadores emitidos pelo
emissor;
O coletor a maior das camadas, sendo o
responsvel pela coleta dos portadores
vindos do emissor.
10
Transistor Bipolar
Caractersticas
construtivas (cont.)
Da
mesma forma que nos diodos, so
formadas barreiras de potencial nas
junes das camadas P e N.
Figura 4 Barreiras de potencial nos transistores NPN e PNP
11
Transistor Bipolar
Caractersticas
construtivas (cont.)
comportamento bsico dos transistores
em circuitos eletrnicos fazer o controle
da passagem de corrente entre o emissor
e o coletor atravs da base. Para isto
necessrio polarizar corretamente as
junes do transistor.
12
Transistor Bipolar
Funcionamento
como amplificador (NPN)
Polarizando diretamente a juno emissor-base
Figura 5 Polarizao direta da juno emissor-base
13
Transistor Bipolar
Funcionamento
como amplificador (NPN)
Polarizando inversamente a juno base-coletor
Figura 6 Polarizao reversa da juno base-coletor
14
Transistor Bipolar
Funcionamento
como amplificador (NPN)
Polarizao completa, a corrente de coletor IC
passa a ser controlada pela corrente de base IB.
Figura 7 Transistor controlando corrente
15
Transistor Bipolar
Funcionamento
como amplificador (cont.)
Um aumento na corrente de base IB provoca
um aumento na corrente de coletor IC.
A corrente de base sendo bem menor que a
corrente de coletor, uma pequena variao
de IB provoca uma grande variao de IC.
Isto significa que a variao de corrente de
coletor um reflexo amplificado da variao
da corrente na base.
16
Transistor Bipolar
Funcionamento
como amplificador (cont.)
O
fato
do
transistor
possibilitar
a
amplificao de um sinal faz com que ele
seja considerado um dispositivo ativo.
Este
efeito amplificao, denominado
ganho de corrente, pode ser expresso
matematicamente pela relao entre a
variao de corrente do coletor e a variao
da corrente de base , isto :
17
Transistor Bipolar
Funcionamento
como amplificador (cont.)
Figura 8 Efeito Amplificao no Transistor NPN
18
Transistor Bipolar
Tenses
e Correntes nos Transistores
IE = IC + IB
IE = IC + IB
VCE = VBE + VCB
VEC = VEB + VBC
Figura 9 - Tenses e Correntes
19
Transistor Bipolar
Configuraes Bsicas
Os transistores podem ser utilizados em trs
configuraes bsicas: Base Comum (BC), Emissor
comum (EC), e Coletor comum (CC). O termo comum
significa que o terminal comum a entrada e a sada do
circuito.
Figura 10 - Configuraes Bsicas
20
Transistor Bipolar
Configuraes
Bsicas (cont.)
Base Comum
Ganho de tenso elevado
Ganho de corrente menor que 1
Ganho de potncia intermedirio
Impedncia de entrada baixa
Impedncia de sada alta
Coletor Comum
Ganho de tenso menor que 1
Ganho de corrente elevado
Ganho de potncia intermedirio
Impedncia de entrada alta
Impedncia de sada baixa
Emissor Comum
Ganho de tenso elevado
Ganho de corrente elevado
Ganho de potncia elevado
Impedncia de entrada baixa
Impedncia de sada alta
21
Transistor Bipolar
Configuraes
Bsicas (cont.)
configurao Emissor-Comum a mais
utilizada em circuitos transistorizados.
Por isso, os diversos parmetros dos
transistores fornecidos pelos manuais
tcnicos tm como referncia esta
configurao.
22
Transistor Bipolar
Curva
Caracterstica - EC
Podemos trabalhar com a chamada curva
caracterstica de entrada. Para cada valor
constante de VCE, varia-se a tenso de
entrada VBE, obtendo-se uma corrente de
entrada IB, resultando num grfico conforme
figura abaixo.
Observa-se que possvel controlar a corrente
de base, variando-se a tenso entre a base e o
emissor.
23
Transistor Bipolar
Curva
Caracterstica EC
Figura 11 - Curva Caracterstica de Entrada EC
24
Transistor Bipolar
Curva
Caracterstica EC
Para
cada constante de corrente de
entrada IB, variando-se a tenso de sada
VCE, obtm-se uma corrente de sada IC,
cujo grfico tem o seguinte aspecto.
25
Transistor Bipolar
Curva
Caracterstica EC
Figura 12 -Curva Caracterstica de Sada EC
26
Transistor Bipolar
Funcionamento como chave
A utilizao do transistor nos seus estados de
SATURAO e CORTE, isto , de modo que ele
ligue conduzindo totalmente a corrente entre
emissor e o coletor, ou desligue sem conduzir
corrente alguma conhecido como operao
como chave.
No exemplo a seguir, ao se ligar a chave S1,
fazendo circular uma corrente pela base do
transistor, ele satura e acende a lmpada.
27
Transistor Bipolar
Funcionamento
como chave
resistor ligado a base calculado, de forma
que, a corrente multiplicada pelo ganho d um
valor maior do que o necessrio o circuito do
coletor, no caso, a lmpada.
Figura 13 Exemplo de utilizao como chave
28
Transistor Bipolar
Funcionamento
como chave
Figura 14 Analogia de um transistor com uma chave
29
Transistor Bipolar
Ponto
de Operao (Quiescente)
Os transistores so utilizados como elementos
de amplificao de corrente e tenso, ou
como elementos de controle ON-OFF. Tanto
para estas como para outras aplicaes, o
transistor deve estar polarizado corretamente.
Polarizar um transistor fix-lo num ponto de
operao em corrente contnua, dentro de
suas curvas caractersticas.
30
Transistor Bipolar
Ponto de Operao (Quiescente)
Tambm chamado de polarizao DC, este
ponto de operao (ou quiescente) pode
estar localizado nas regies de corte,
saturao ou ativa da curva caracterstica
de sada.
Os pontos QA (regio ativa), QB (regio de
saturao) e QC (regio de corte) da figura a
seguir caracterizam as trs regies citadas.
31
Transistor Bipolar
Ponto
de Operao (Quiescente)
Figura 15 Pontos Quiescentes de um Transistor
32
Transistor Bipolar
Reta de carga
o lugar geomtrico de todos os pontos de operao
possveis para uma determinada polarizao.
Figura 16 Reta de Carga de um Transistor
33
Transistor Bipolar
Circuito
de Polarizao em Emissor
Comum
Nesta
configurao, a juno BE
polarizada diretamente e a juno BC
reversamente. Para isso, utilizam-se duas
baterias e dois resistores para limitar as
I
R
correntes e fixar o ponto de operao.
C
RB
B
VBB
IB
VCC
E
IE
34
Transistor Bipolar
Circuito
de
Polarizao
Comum
B
VBB
IB
Emissor
IC
RC
RB
em
VCC
E
IE
VBB
+
VBE
Malha de entrada:
R
.I
VBE = VBB ento,
B
B
RB
IB
Malha de sada: RC.IV
C+V
CE
V=VCC ento,
RC
CC
CE
IC
35
Transistor Bipolar
Circuito
de polarizao
corrente de base constante
EC
com
Para
eliminar a fonte de alimentao da
base VBB, pode-se utilizar somente a fonte
VCC.
Para
garantir as tenses corretas para o
funcionamento do transistor RB deve ser
maior que RC.
IC
RC
RB
IB
VCC
E
IE
36
Transistor Bipolar
Circuito
de polarizao
corrente de base constante
B
IB
VCC VBE
RB
IB
com
IC
RC
RB
EC
VCC
E
IE
VCC VCE
RC
IC
37
Transistor Bipolar
Circuito
de Polarizao EC com corrente de
emissor constante.
Neste circuito de polarizao inserido um
resistor RE entre o emissor e a fonte de
alimentao
IC
RC
RB
B
IB
VCC
RE
IE
A idia compensar possveis variaes de
ganho devido a mudanas de temperatura.
38
Transistor Bipolar
Circuito
de
Polarizao EC
corrente de emissor constante
IC
RC
RB
VCC
IB
RE
RB
IE
Adota-se
com
VCC VBE R E .I E
IB
VCC VCE R E .I E
RC
IC
VRE = VCC / 10
39
Bibliografia
MARQUES,
Angelo Eduardo B.; CHOUERI
JNIOR, Salomo; CRUZ, Eduardo Cesar
Alves. Dispositivos semicondutores:
diodos e transistores. 11. ed. So Paulo:
rica, 2007.
40
Fim
OBRIGADO
<[email protected]>
41