ETIOPATOGÊNESE GERALETIOPATOGÊNESE GERAL
DAS LESÕESDAS LESÕES
Prof. Gildemar CrispimProf. Gildemar Crispim
Plano de Ensino ePlano de Ensino e
AprendizagemAprendizagem
Agentes agressivos ou etiológicos:Agentes agressivos ou etiológicos:
 Qualquer agente queQualquer agente que
determine reaçõesdetermine reações
anormais na célula,anormais na célula,
podendo levar à perdapodendo levar à perda
da capacidade deda capacidade de
compensação e gerarcompensação e gerar
alterações bioquímicas,alterações bioquímicas,
fisiológicas efisiológicas e
morfológicas.morfológicas.
A lesão bioquímicaA lesão bioquímica
precede a lesãoprecede a lesão
morfológica emorfológica e
fisiológicafisiológica
Classificação dos agentesClassificação dos agentes
agressivos:agressivos:
 Endógenos ou intrínsecosEndógenos ou intrínsecos
 Internos – próprio organismoInternos – próprio organismo
 Exógenos ou extrínsecosExógenos ou extrínsecos
 Externos – meio ambienteExternos – meio ambiente
Causas endógenas ouCausas endógenas ou
intrísecas:intrísecas:
 Modificações no genoma, na hereditariedade eModificações no genoma, na hereditariedade e
na embriogênesena embriogênese
 Erros metabólicos inatosErros metabólicos inatos
 Disfunções imunológicas (autoimunidade;Disfunções imunológicas (autoimunidade;
hipersensibilidades; imunossupressão)hipersensibilidades; imunossupressão)
 Distúrbios circulatóriosDistúrbios circulatórios
 DisendocriniasDisendocrinias
 Distúrbios nervosos e psíquicosDistúrbios nervosos e psíquicos
 EnvelhecimentoEnvelhecimento
Causas exógenas ou extrínsecas:Causas exógenas ou extrínsecas:
 Agentes físicosAgentes físicos
 Temperatura; eletricidade; radiações; sons eTemperatura; eletricidade; radiações; sons e
ultrasons; magnetismo, gravidade e pressãoultrasons; magnetismo, gravidade e pressão
 Agentes biológicos ou infeccionsosAgentes biológicos ou infeccionsos
 Agentes acelulares: Prions (<5 nm); viroides (<5 nm);Agentes acelulares: Prions (<5 nm); viroides (<5 nm);
virus (20-200 nm)virus (20-200 nm)
 Procariotos: clamídias, micoplasmas, rickettsias,Procariotos: clamídias, micoplasmas, rickettsias,
bactérias bactérias 
 Eucariotos: fungos, protozoários, helmintos,Eucariotos: fungos, protozoários, helmintos,
artrópodesartrópodes
 Agentes químicosAgentes químicos
 Inorgânicos: Ácidos, bases, metais pesadosInorgânicos: Ácidos, bases, metais pesados
 Orgânicos: Toxinas, venenos, organo-sintéticosOrgânicos: Toxinas, venenos, organo-sintéticos
 Desvios nutricionaisDesvios nutricionais
 Os ambientes (físico, psíquico e social)Os ambientes (físico, psíquico e social)
em que o indivíduo se insere são muitoem que o indivíduo se insere são muito
importantes para o estabelecimento daimportantes para o estabelecimento da
doença:doença:
 Pobreza – desnutriçãoPobreza – desnutrição
 Desemprego – distúrbios emocionaisDesemprego – distúrbios emocionais
 Saneamento básico – distúrbiosSaneamento básico – distúrbios
gastrointestinais (cólera)gastrointestinais (cólera)
 Meio ambiente - dengueMeio ambiente - dengue
Modo de ação dos agentesModo de ação dos agentes
agressivos:agressivos:
 DiretaDireta
 Sobre alvos do organismo: vias metábólicas,Sobre alvos do organismo: vias metábólicas,
enzimas, proteínas, componentes celularesenzimas, proteínas, componentes celulares
 IndiretaIndireta
 Fornecimento de oxigênioFornecimento de oxigênio
 Mecanismos de produção e inativação deMecanismos de produção e inativação de
radicais livresradicais livres
 Respostas adaptativas locais ou sistêmicasRespostas adaptativas locais ou sistêmicas
Causas gerais das lesões:Causas gerais das lesões:
 Hipóxia e anóxiaHipóxia e anóxia
 Radicais livresRadicais livres
 Resposta imuneResposta imune
 Resposta localizada: reação inflamatóriaResposta localizada: reação inflamatória
 Resposta sistêmica: reação de faseResposta sistêmica: reação de fase
agudaaguda
1. Hipóxia e anóxia:1. Hipóxia e anóxia:
 HIPÓXIA:HIPÓXIA:
 Redução do fornecimento de oxigênio àsRedução do fornecimento de oxigênio às
célulascélulas
 ANÓXIA:ANÓXIA:
 Interrupção do fornecimento de oxigênio àsInterrupção do fornecimento de oxigênio às
célulascélulas
Redução doRedução do
fluxofluxo
sangüíneosangüíneo
OLIGOEMIA
HIPÓXIA
Parada do fluxoParada do fluxo
sangüíneosangüíneo
ISQUEMIA
ANÓXIA
INTENSIDADE – DURAÇÃO - SUSCEPTIBILIDADE
DEGENERAÇÃO OU MORTE CELULAR
Hipóxia – causa modificaçõesHipóxia – causa modificações
metabólicas progressivasmetabólicas progressivas
 Diminui a síntese de ATPDiminui a síntese de ATP
 Aumenta ADP e AMPAumenta ADP e AMP
 Estimula a respiração anaeróbicaEstimula a respiração anaeróbica
 aumento de ácido lático – diminuição de pH intracelularaumento de ácido lático – diminuição de pH intracelular
 Altera a permeabilidade da MPAltera a permeabilidade da MP
 Aumenta a concentração de água e Na+Aumenta a concentração de água e Na+
 Diminuição da síntese celularDiminuição da síntese celular
 Condensação da cromatina e diminuição da transcriçãoCondensação da cromatina e diminuição da transcrição
Cessada a hipóxiaCessada a hipóxia
LesãoLesão
REVERSÍVELREVERSÍVEL
Persiste a hipóxiaPersiste a hipóxia
LesãoLesão
IRREVERSÍVELIRREVERSÍVEL
MORTEMORTE
CELULARCELULAR
Lesão induzida por reperfusãoLesão induzida por reperfusão
após uma isquemia:após uma isquemia:
 Formação de radicais livres de oxigênioFormação de radicais livres de oxigênio
com a participação de xantina oxidasecom a participação de xantina oxidase
e/ou por leucócitos na parede dos vasose/ou por leucócitos na parede dos vasos
 Maior captação de cálcio pelas célulasMaior captação de cálcio pelas células
anóxiasanóxias
 Choque osmótico – tumefação súbita daChoque osmótico – tumefação súbita da
célula e ruptura da membranacélula e ruptura da membrana
2. Radicais livres:2. Radicais livres:
 Moléculas muito reativasMoléculas muito reativas
 Apresentam um elétron desemparelhadoApresentam um elétron desemparelhado
no orbital externono orbital externo
 Podem iniciar reações em cadeia quePodem iniciar reações em cadeia que
levam à formação de novos radicaislevam à formação de novos radicais
 amplifica a capacidade de produzir lesõesamplifica a capacidade de produzir lesões
 Podem atuar como reguladores dePodem atuar como reguladores de
atividades celularesatividades celulares
 ativação de enzimas, fatores de transcrição,ativação de enzimas, fatores de transcrição,
controle de receptores celularescontrole de receptores celulares
Sistemas anti-oxidantesSistemas anti-oxidantes
 A SUPERÓXIDO DISMUTASE elimina os
radicais superóxido convertendo-os em
peróxido de hidrogênio.
 O peróxido de hidrogênio produzido por
esta reação pode ser metabolizado por
duas outras enzimas:
 CATALASE: converte peróxido de hidrogênio
em oxigênio molecular e água.
 PEROXIDASE: converte peróxido de
hidrogênio em água.
A enzima SUPERÓXIDO DISMUTASE
está presente em todos os aeróbios e ausente
nos anaeróbios
Consiste na explicação para a intolerânciaConsiste na explicação para a intolerância
dos anaeróbios ao oxigêniodos anaeróbios ao oxigênio
Causas gerais das lesõesCausas gerais das lesões
 4. SISTEMA IMUNOLÓGICO4. SISTEMA IMUNOLÓGICO
 Resposta imunológica pode defender oResposta imunológica pode defender o
organismo e, ao mesmo tempo, causarorganismo e, ao mesmo tempo, causar
lesõeslesões
RESPOSTA HUMORAL
RESPOSTA CELULAR
4.1.Resposta humoral4.1.Resposta humoral
 Bloqueio ou estimulação de uma função celularBloqueio ou estimulação de uma função celular
 Formação de complexos Ag-Ac e fixação deFormação de complexos Ag-Ac e fixação de
complemento, estimulando a liberação decomplemento, estimulando a liberação de
citocinas (inflamação)citocinas (inflamação)
 Citotoxidade celular dependente de anticorposCitotoxidade celular dependente de anticorpos
 linfócitos, macrófagos, neutrófilos reconhecem alinfócitos, macrófagos, neutrófilos reconhecem a
porção Fc de Ac e lesam a célula – doenças viraisporção Fc de Ac e lesam a célula – doenças virais
4.2.Resposta celular4.2.Resposta celular
 Células citotóxicas reconhecem Ag, noCélulas citotóxicas reconhecem Ag, no
contexto de MHC-I e destroem as célulascontexto de MHC-I e destroem as células
 Induzir a apoptoseInduzir a apoptose
 Ativação de fagócitos que liberamAtivação de fagócitos que liberam
enzimas, radicais livres e outrasenzimas, radicais livres e outras
substâncias capazes de lesar células ousubstâncias capazes de lesar células ou
componentes do interstíciocomponentes do interstício
Causas gerais das lesõesCausas gerais das lesões
 5. RESPOSTAS LOCALIZADAS:5. RESPOSTAS LOCALIZADAS:
 Objetivo: tentar conter ou eliminar o agressor,Objetivo: tentar conter ou eliminar o agressor,
ou ainda, a ele se adaptarou ainda, a ele se adaptar
 Resposta inespecífica (independe do agenteResposta inespecífica (independe do agente
agressoragressor
REAÇÃO INFLAMATÓRIA
Causas gerais das lesõesCausas gerais das lesões
 6. RESPOSTAS SISTÊMICAS6. RESPOSTAS SISTÊMICAS
 Consiste em um conjunto de respostas caracterizadoConsiste em um conjunto de respostas caracterizado
porpor
 mudança no padrão de síntese de proteínas do fígadomudança no padrão de síntese de proteínas do fígado
 efeito metabólico decorrente da liberação de hormônios daefeito metabólico decorrente da liberação de hormônios da
supra-renal e da hipófisesupra-renal e da hipófise
 Alterações no centro termorregulador (febre) e centro doAlterações no centro termorregulador (febre) e centro do
apetiteapetite
 Modulação da sensação dolorosaModulação da sensação dolorosa
 Modificações na resposta imuneModificações na resposta imune
REAÇÃO DE FASE AGUDA
Modificações na síntese proteíca:Modificações na síntese proteíca:
 Proteínas reacionais de fase aguda:Proteínas reacionais de fase aguda:
 São secretadas no sangue em quantidadeSão secretadas no sangue em quantidade
aumentada ou diminuída pelos hepatócitosaumentada ou diminuída pelos hepatócitos
em reposta a um trauma, inflamação ouem reposta a um trauma, inflamação ou
doença.doença.
 Podem servir como inibidores ou mediadoresPodem servir como inibidores ou mediadores
nos processos inflamatóriosnos processos inflamatórios
 Algumas têm sido utilizadas para diagnosticarAlgumas têm sido utilizadas para diagnosticar
e acompanhar o curso de doenças ou comoe acompanhar o curso de doenças ou como
marcadores tumorais (Ex: Proteína C Reativa)marcadores tumorais (Ex: Proteína C Reativa)
Proteína C reativaProteína C reativa
 1930 (Tillet e Francis): precipita o1930 (Tillet e Francis): precipita o
polissacarídio C depolissacarídio C de PneumococcusPneumococcus
 Não é anticorpo, mas, quandoNão é anticorpo, mas, quando
complexada a patógenos, fixacomplexada a patógenos, fixa
complemento, opsonina para macrófagos,complemento, opsonina para macrófagos,
liga-se NKliga-se NK
 Valores normais: 0,5-0,9 mg/dLValores normais: 0,5-0,9 mg/dL
Proteína C reativa – aumento:Proteína C reativa – aumento:
 Às vezes precede sintomas e febreÀs vezes precede sintomas e febre
 Elevação em 6-8 h pós-estímulo: pico entre 24-72 horasElevação em 6-8 h pós-estímulo: pico entre 24-72 horas
 Aumento exgerado (1000X) depende da intensidade doAumento exgerado (1000X) depende da intensidade do
estímulo: infarto do miocárdio ou grandes traumasestímulo: infarto do miocárdio ou grandes traumas
 Valores elevados persistentes: mau prognósticoValores elevados persistentes: mau prognóstico
 Retorna ao normal: espontaneamente após a faseRetorna ao normal: espontaneamente após a fase
aguda, devido ao uso de corticóide e anti-inflamatóriosaguda, devido ao uso de corticóide e anti-inflamatórios
Outras proteínas de fase aguda:Outras proteínas de fase aguda:
 αα-1-antitripsina (inibidor de proteases)-1-antitripsina (inibidor de proteases)
 Cerulosplasmina (remoção de radicaisCerulosplasmina (remoção de radicais
livres)livres)
 Ferritina (reduz o ferro sérico – açãoFerritina (reduz o ferro sérico – ação
antimicrobiana)antimicrobiana)
 Haptoglobina (opsonizante – remoção deHaptoglobina (opsonizante – remoção de
restos celulares)restos celulares)
Alterações metabólicas:Alterações metabólicas:
 Adrenalina liberada após agressões:Adrenalina liberada após agressões:
 estimula a glicogenólise (aumento daestimula a glicogenólise (aumento da
glicemia)glicemia)
 inibe a liberação de insulina e aumenta ainibe a liberação de insulina e aumenta a
liberação de glucagon (ilhotas deliberação de glucagon (ilhotas de
Langerhans)Langerhans)
 Favorece a lipólise (liberação de ácidosFavorece a lipólise (liberação de ácidos
graxos)graxos)
 incrementa o trabalho cardíaco e produzincrementa o trabalho cardíaco e produz
vaso-dilatação periféricavaso-dilatação periférica
Alterações metabólicas:Alterações metabólicas:
 Glicocorticóides (hormônios esteróides):Glicocorticóides (hormônios esteróides):
favorece o aumento da glicemia:favorece o aumento da glicemia:
 Ativação do catabolismo protéico (aumenta oAtivação do catabolismo protéico (aumenta o
N urinário) – intenso no tecido muscularN urinário) – intenso no tecido muscular
 Aumenta a gliconeogênese (a partir de aa)Aumenta a gliconeogênese (a partir de aa)
Alterações no centro termorregulador:Alterações no centro termorregulador:
 Provocadas pela ação de pirógenosProvocadas pela ação de pirógenos
(endógenos ou exógenos)(endógenos ou exógenos)
 Febre: síndrome clínicaFebre: síndrome clínica
caracterizada por sensação decaracterizada por sensação de
frio, tremores, hipertermia,frio, tremores, hipertermia,
taquicardia, seguidos detaquicardia, seguidos de
sudorese e diurese no períodosudorese e diurese no período
de resoluçãode resolução
Febre:Febre:
 SERVE DE AVISOSERVE DE AVISO
 PAPEL ANTI-INFECCIOSOPAPEL ANTI-INFECCIOSO
 impede crescimento / inativa bactérias, vírus e fungosimpede crescimento / inativa bactérias, vírus e fungos
 diminui produção de fatores virulentosdiminui produção de fatores virulentos
 aumenta a produção de fatores de defesaaumenta a produção de fatores de defesa
 potência o efeito dos antibióticospotência o efeito dos antibióticos
Alterações do apetite e sonoAlterações do apetite e sono
 Provocadas por ação de citocinas sobre oProvocadas por ação de citocinas sobre o
SNC:SNC:
 Inibição do apetite – perda de pesoInibição do apetite – perda de peso
 Insônia e irritabilidadeInsônia e irritabilidade
Sinais inespecíficos de doençasSinais inespecíficos de doenças
inflamatórias e infecciosas:inflamatórias e infecciosas:
 Provocadas por ação de citocinas (IL-1,Provocadas por ação de citocinas (IL-1,
IL-6, TNFIL-6, TNFαα)) sobre o SNC:sobre o SNC:
FRAQUEZA
MAL-ESTAR
CANSAÇO
LETARGIA
DORES MUSCULARES E ARTICULARES
ESTADO DE CHOQUE
Modulação da sensação dolorosa:Modulação da sensação dolorosa:
 Provocada pela ação de endorfinasProvocada pela ação de endorfinas
 Aumenta o limiar de dorAumenta o limiar de dor
 É evidente nos estados de agressão graveÉ evidente nos estados de agressão grave
 QueimadurasQueimaduras
 Traumas múltiplosTraumas múltiplos
Modulação da resposta imune:Modulação da resposta imune:
 Se deve à ação de:Se deve à ação de:
 Corticóides (reduz a atividade de linfócitos T)Corticóides (reduz a atividade de linfócitos T)
 Adrenalina (diminui a proliferação deAdrenalina (diminui a proliferação de
linfócitos)linfócitos)
 Substâncias imunossupressoras liberadasSubstâncias imunossupressoras liberadas
após agressões (prostaglandinas e citocinas)após agressões (prostaglandinas e citocinas)
 Citocinas que estimulam as atividadesCitocinas que estimulam as atividades
imunes (IL-1, IL-6, TNFimunes (IL-1, IL-6, TNFσσ
Causas gerais das lesõesCausas gerais das lesões
 7. AGENTES FÍSICOS7. AGENTES FÍSICOS
 Força mecânica (lesões traumáticas)Força mecânica (lesões traumáticas)
 Abrasão (arrancamento de células da epiderme)Abrasão (arrancamento de células da epiderme)
 Laceração (rasgo de tecidos)Laceração (rasgo de tecidos)
 Contusão (impacto transmitido através da pele aosContusão (impacto transmitido através da pele aos
órgãos adjacentes)órgãos adjacentes)
 Incisão (corte – são mais extensos que profundos)Incisão (corte – são mais extensos que profundos)
 Perfuração (são mais profundas que extensas)Perfuração (são mais profundas que extensas)
 Fraturas (ruptura ou solução de continuidade deFraturas (ruptura ou solução de continuidade de
tecidos duros – ósseos ou cartilaginosos)tecidos duros – ósseos ou cartilaginosos)
Causas gerais das lesõesCausas gerais das lesões
 Variações da pressão atmosféricaVariações da pressão atmosférica
 Em condições hiperbáricas (Síndrome daEm condições hiperbáricas (Síndrome da
descompressão)descompressão)
 Os gases dissolvidos formam bolhas no sangue (êmbolosOs gases dissolvidos formam bolhas no sangue (êmbolos
gasosos), tecidos (enfisema intersticial) e célulasgasosos), tecidos (enfisema intersticial) e células
 Em condições hipobáricas (altitudes elevadas)Em condições hipobáricas (altitudes elevadas)
 Tensão de O2 baixa provoca hipóxiaTensão de O2 baixa provoca hipóxia
 Vasoconstrição periféricaVasoconstrição periférica
 Lesão endotelial – provocando edema (membros, face,Lesão endotelial – provocando edema (membros, face,
pulmões e encéfalo)pulmões e encéfalo)
 TaquipnéiaTaquipnéia
 Desidratação (baixa umidade do ar)Desidratação (baixa umidade do ar)
Causas gerais das lesõesCausas gerais das lesões
 Variações de temperaturaVariações de temperatura
 Baixas temperaturasBaixas temperaturas
 Vasoconstrição, oligoemia, hipóxia e lesões degenerativasVasoconstrição, oligoemia, hipóxia e lesões degenerativas
 Lesão endotelial (hipóxia) >> edema (aumento daLesão endotelial (hipóxia) >> edema (aumento da
permeabilidade vascular)permeabilidade vascular)
 Aumento da vasoconstrição, anóxia e necroseAumento da vasoconstrição, anóxia e necrose
 Desaparece o controle nervoso da vasomotricidade >>Desaparece o controle nervoso da vasomotricidade >>
vasodilatação arteriolar e venularvasodilatação arteriolar e venular
 Congelamento de água no interior da célula >> desiquilíbrioCongelamento de água no interior da célula >> desiquilíbrio
eletrolítico >> altera funções vitais (respiração) e inativaeletrolítico >> altera funções vitais (respiração) e inativa
macromoléculasmacromoléculas
 Morte celularMorte celular
 Hipotermia (< 35°C) – morte por falência cardio-respiratóriaHipotermia (< 35°C) – morte por falência cardio-respiratória
Causas gerais das lesõesCausas gerais das lesões
 Variações de temperaturaVariações de temperatura
 Altas temperaturas (queimaduras)Altas temperaturas (queimaduras)
 Edema (aumento da permeabilidade vascular)Edema (aumento da permeabilidade vascular)
 VasodilataçãoVasodilatação
 Lesão direta da parede vascular >> hemorragia, trombose,Lesão direta da parede vascular >> hemorragia, trombose,
isquemia e necroseisquemia e necrose
 Lesão direta da célula >> degeneração hidrópica (> 52°C)Lesão direta da célula >> degeneração hidrópica (> 52°C)
 Morte celular – desnaturação protéica (> 55°C)Morte celular – desnaturação protéica (> 55°C)
 Processos de cicatrizaçãoProcessos de cicatrização
 Hipertermia (> 40°C)Hipertermia (> 40°C)
Causas gerais das lesõesCausas gerais das lesões
 EletricidadeEletricidade
 Disfunção elétrica dos tecidos (miocárdio, mm.Disfunção elétrica dos tecidos (miocárdio, mm.
esqueléticos e tecido nervoso)esqueléticos e tecido nervoso)
 Produção de calorProdução de calor
 Tipo de corrente (alternada é mais lesiva)Tipo de corrente (alternada é mais lesiva)
 Quantidade de correnteQuantidade de corrente
 Trajeto da correnteTrajeto da corrente
 Duração da agressãoDuração da agressão
 Superfície de contato (pequena = queimadura profunda;Superfície de contato (pequena = queimadura profunda;
grande = não lesa a pele; morte por parada cardio-grande = não lesa a pele; morte por parada cardio-
respiratória)respiratória)
Causas gerais das lesõesCausas gerais das lesões
 RadiaçõesRadiações
 Inalação ou ingestãoInalação ou ingestão
 Exposição com fins terapêuticos ou diagnósticosExposição com fins terapêuticos ou diagnósticos
 Contato acidentalContato acidental
 Bombas nuclearesBombas nucleares
 Mecanismos de lesão:Mecanismos de lesão:
 Ação direta sobre macromoléculasAção direta sobre macromoléculas
 Ação indireta – produção de radicais livresAção indireta – produção de radicais livres
 Tipos de lesãoTipos de lesão
 Agudas (degenerações até necrose), crônicas e tardiasAgudas (degenerações até necrose), crônicas e tardias
 Alterações vasculares (edema, hemorragias e trombos)Alterações vasculares (edema, hemorragias e trombos)
Causas gerais das lesõesCausas gerais das lesões
 Ruídos (som)Ruídos (som)
 Distúbios de audição caracterizados por perdaDistúbios de audição caracterizados por perda
progressiva da capacidade de distinguir sons deprogressiva da capacidade de distinguir sons de
frequência mais altafrequência mais alta
Causas gerais das lesõesCausas gerais das lesões
 8. AGENTES BIOLÓGICOS8. AGENTES BIOLÓGICOS
 Microrganismos (vírus, bactérias e fungos)Microrganismos (vírus, bactérias e fungos)
 Parasitas (ectoparasitas, endoparasitas)Parasitas (ectoparasitas, endoparasitas)
Lesões celulares induzidas por vírusLesões celulares induzidas por vírus
Lesões celulares induzidas por bactériasLesões celulares induzidas por bactérias
Causas gerais das lesõesCausas gerais das lesões
 9. AGENTES QUÍMICOS9. AGENTES QUÍMICOS
 Substâncias tóxicas ou medicamentosSubstâncias tóxicas ou medicamentos
 Mecanismos:Mecanismos:
 Ação direta sobre células ou interstícioAção direta sobre células ou interstício
 Transformações moleculares (degeneração ou morte celular)Transformações moleculares (degeneração ou morte celular)
 Modificações no genoma (efeito carcinogênico)Modificações no genoma (efeito carcinogênico)
 Vida intra-uterina (efeito teratogênico)Vida intra-uterina (efeito teratogênico)
 Ação indiretaAção indireta
 Indução de resposta imune humoral ou celularIndução de resposta imune humoral ou celular

02 etiopatogãšnese das lesã•es

  • 1.
    ETIOPATOGÊNESE GERALETIOPATOGÊNESE GERAL DASLESÕESDAS LESÕES Prof. Gildemar CrispimProf. Gildemar Crispim
  • 2.
    Plano de EnsinoePlano de Ensino e AprendizagemAprendizagem
  • 5.
    Agentes agressivos ouetiológicos:Agentes agressivos ou etiológicos:  Qualquer agente queQualquer agente que determine reaçõesdetermine reações anormais na célula,anormais na célula, podendo levar à perdapodendo levar à perda da capacidade deda capacidade de compensação e gerarcompensação e gerar alterações bioquímicas,alterações bioquímicas, fisiológicas efisiológicas e morfológicas.morfológicas.
  • 6.
    A lesão bioquímicaAlesão bioquímica precede a lesãoprecede a lesão morfológica emorfológica e fisiológicafisiológica
  • 7.
    Classificação dos agentesClassificaçãodos agentes agressivos:agressivos:  Endógenos ou intrínsecosEndógenos ou intrínsecos  Internos – próprio organismoInternos – próprio organismo  Exógenos ou extrínsecosExógenos ou extrínsecos  Externos – meio ambienteExternos – meio ambiente
  • 8.
    Causas endógenas ouCausasendógenas ou intrísecas:intrísecas:  Modificações no genoma, na hereditariedade eModificações no genoma, na hereditariedade e na embriogênesena embriogênese  Erros metabólicos inatosErros metabólicos inatos  Disfunções imunológicas (autoimunidade;Disfunções imunológicas (autoimunidade; hipersensibilidades; imunossupressão)hipersensibilidades; imunossupressão)  Distúrbios circulatóriosDistúrbios circulatórios  DisendocriniasDisendocrinias  Distúrbios nervosos e psíquicosDistúrbios nervosos e psíquicos  EnvelhecimentoEnvelhecimento
  • 9.
    Causas exógenas ouextrínsecas:Causas exógenas ou extrínsecas:  Agentes físicosAgentes físicos  Temperatura; eletricidade; radiações; sons eTemperatura; eletricidade; radiações; sons e ultrasons; magnetismo, gravidade e pressãoultrasons; magnetismo, gravidade e pressão  Agentes biológicos ou infeccionsosAgentes biológicos ou infeccionsos  Agentes acelulares: Prions (<5 nm); viroides (<5 nm);Agentes acelulares: Prions (<5 nm); viroides (<5 nm); virus (20-200 nm)virus (20-200 nm)  Procariotos: clamídias, micoplasmas, rickettsias,Procariotos: clamídias, micoplasmas, rickettsias, bactérias bactérias   Eucariotos: fungos, protozoários, helmintos,Eucariotos: fungos, protozoários, helmintos, artrópodesartrópodes  Agentes químicosAgentes químicos  Inorgânicos: Ácidos, bases, metais pesadosInorgânicos: Ácidos, bases, metais pesados  Orgânicos: Toxinas, venenos, organo-sintéticosOrgânicos: Toxinas, venenos, organo-sintéticos  Desvios nutricionaisDesvios nutricionais
  • 10.
     Os ambientes(físico, psíquico e social)Os ambientes (físico, psíquico e social) em que o indivíduo se insere são muitoem que o indivíduo se insere são muito importantes para o estabelecimento daimportantes para o estabelecimento da doença:doença:  Pobreza – desnutriçãoPobreza – desnutrição  Desemprego – distúrbios emocionaisDesemprego – distúrbios emocionais  Saneamento básico – distúrbiosSaneamento básico – distúrbios gastrointestinais (cólera)gastrointestinais (cólera)  Meio ambiente - dengueMeio ambiente - dengue
  • 11.
    Modo de açãodos agentesModo de ação dos agentes agressivos:agressivos:  DiretaDireta  Sobre alvos do organismo: vias metábólicas,Sobre alvos do organismo: vias metábólicas, enzimas, proteínas, componentes celularesenzimas, proteínas, componentes celulares  IndiretaIndireta  Fornecimento de oxigênioFornecimento de oxigênio  Mecanismos de produção e inativação deMecanismos de produção e inativação de radicais livresradicais livres  Respostas adaptativas locais ou sistêmicasRespostas adaptativas locais ou sistêmicas
  • 12.
    Causas gerais daslesões:Causas gerais das lesões:  Hipóxia e anóxiaHipóxia e anóxia  Radicais livresRadicais livres  Resposta imuneResposta imune  Resposta localizada: reação inflamatóriaResposta localizada: reação inflamatória  Resposta sistêmica: reação de faseResposta sistêmica: reação de fase agudaaguda
  • 13.
    1. Hipóxia eanóxia:1. Hipóxia e anóxia:  HIPÓXIA:HIPÓXIA:  Redução do fornecimento de oxigênio àsRedução do fornecimento de oxigênio às célulascélulas  ANÓXIA:ANÓXIA:  Interrupção do fornecimento de oxigênio àsInterrupção do fornecimento de oxigênio às célulascélulas
  • 14.
    Redução doRedução do fluxofluxo sangüíneosangüíneo OLIGOEMIA HIPÓXIA Paradado fluxoParada do fluxo sangüíneosangüíneo ISQUEMIA ANÓXIA INTENSIDADE – DURAÇÃO - SUSCEPTIBILIDADE DEGENERAÇÃO OU MORTE CELULAR
  • 15.
    Hipóxia – causamodificaçõesHipóxia – causa modificações metabólicas progressivasmetabólicas progressivas  Diminui a síntese de ATPDiminui a síntese de ATP  Aumenta ADP e AMPAumenta ADP e AMP  Estimula a respiração anaeróbicaEstimula a respiração anaeróbica  aumento de ácido lático – diminuição de pH intracelularaumento de ácido lático – diminuição de pH intracelular  Altera a permeabilidade da MPAltera a permeabilidade da MP  Aumenta a concentração de água e Na+Aumenta a concentração de água e Na+  Diminuição da síntese celularDiminuição da síntese celular  Condensação da cromatina e diminuição da transcriçãoCondensação da cromatina e diminuição da transcrição
  • 16.
    Cessada a hipóxiaCessadaa hipóxia LesãoLesão REVERSÍVELREVERSÍVEL Persiste a hipóxiaPersiste a hipóxia LesãoLesão IRREVERSÍVELIRREVERSÍVEL MORTEMORTE CELULARCELULAR
  • 17.
    Lesão induzida porreperfusãoLesão induzida por reperfusão após uma isquemia:após uma isquemia:  Formação de radicais livres de oxigênioFormação de radicais livres de oxigênio com a participação de xantina oxidasecom a participação de xantina oxidase e/ou por leucócitos na parede dos vasose/ou por leucócitos na parede dos vasos  Maior captação de cálcio pelas célulasMaior captação de cálcio pelas células anóxiasanóxias  Choque osmótico – tumefação súbita daChoque osmótico – tumefação súbita da célula e ruptura da membranacélula e ruptura da membrana
  • 18.
    2. Radicais livres:2.Radicais livres:  Moléculas muito reativasMoléculas muito reativas  Apresentam um elétron desemparelhadoApresentam um elétron desemparelhado no orbital externono orbital externo  Podem iniciar reações em cadeia quePodem iniciar reações em cadeia que levam à formação de novos radicaislevam à formação de novos radicais  amplifica a capacidade de produzir lesõesamplifica a capacidade de produzir lesões  Podem atuar como reguladores dePodem atuar como reguladores de atividades celularesatividades celulares  ativação de enzimas, fatores de transcrição,ativação de enzimas, fatores de transcrição, controle de receptores celularescontrole de receptores celulares
  • 19.
    Sistemas anti-oxidantesSistemas anti-oxidantes A SUPERÓXIDO DISMUTASE elimina os radicais superóxido convertendo-os em peróxido de hidrogênio.  O peróxido de hidrogênio produzido por esta reação pode ser metabolizado por duas outras enzimas:  CATALASE: converte peróxido de hidrogênio em oxigênio molecular e água.  PEROXIDASE: converte peróxido de hidrogênio em água.
  • 20.
    A enzima SUPERÓXIDODISMUTASE está presente em todos os aeróbios e ausente nos anaeróbios Consiste na explicação para a intolerânciaConsiste na explicação para a intolerância dos anaeróbios ao oxigêniodos anaeróbios ao oxigênio
  • 21.
    Causas gerais daslesõesCausas gerais das lesões  4. SISTEMA IMUNOLÓGICO4. SISTEMA IMUNOLÓGICO  Resposta imunológica pode defender oResposta imunológica pode defender o organismo e, ao mesmo tempo, causarorganismo e, ao mesmo tempo, causar lesõeslesões RESPOSTA HUMORAL RESPOSTA CELULAR
  • 22.
    4.1.Resposta humoral4.1.Resposta humoral Bloqueio ou estimulação de uma função celularBloqueio ou estimulação de uma função celular  Formação de complexos Ag-Ac e fixação deFormação de complexos Ag-Ac e fixação de complemento, estimulando a liberação decomplemento, estimulando a liberação de citocinas (inflamação)citocinas (inflamação)  Citotoxidade celular dependente de anticorposCitotoxidade celular dependente de anticorpos  linfócitos, macrófagos, neutrófilos reconhecem alinfócitos, macrófagos, neutrófilos reconhecem a porção Fc de Ac e lesam a célula – doenças viraisporção Fc de Ac e lesam a célula – doenças virais
  • 23.
    4.2.Resposta celular4.2.Resposta celular Células citotóxicas reconhecem Ag, noCélulas citotóxicas reconhecem Ag, no contexto de MHC-I e destroem as célulascontexto de MHC-I e destroem as células  Induzir a apoptoseInduzir a apoptose  Ativação de fagócitos que liberamAtivação de fagócitos que liberam enzimas, radicais livres e outrasenzimas, radicais livres e outras substâncias capazes de lesar células ousubstâncias capazes de lesar células ou componentes do interstíciocomponentes do interstício
  • 24.
    Causas gerais daslesõesCausas gerais das lesões  5. RESPOSTAS LOCALIZADAS:5. RESPOSTAS LOCALIZADAS:  Objetivo: tentar conter ou eliminar o agressor,Objetivo: tentar conter ou eliminar o agressor, ou ainda, a ele se adaptarou ainda, a ele se adaptar  Resposta inespecífica (independe do agenteResposta inespecífica (independe do agente agressoragressor REAÇÃO INFLAMATÓRIA
  • 25.
    Causas gerais daslesõesCausas gerais das lesões  6. RESPOSTAS SISTÊMICAS6. RESPOSTAS SISTÊMICAS  Consiste em um conjunto de respostas caracterizadoConsiste em um conjunto de respostas caracterizado porpor  mudança no padrão de síntese de proteínas do fígadomudança no padrão de síntese de proteínas do fígado  efeito metabólico decorrente da liberação de hormônios daefeito metabólico decorrente da liberação de hormônios da supra-renal e da hipófisesupra-renal e da hipófise  Alterações no centro termorregulador (febre) e centro doAlterações no centro termorregulador (febre) e centro do apetiteapetite  Modulação da sensação dolorosaModulação da sensação dolorosa  Modificações na resposta imuneModificações na resposta imune REAÇÃO DE FASE AGUDA
  • 26.
    Modificações na sínteseproteíca:Modificações na síntese proteíca:  Proteínas reacionais de fase aguda:Proteínas reacionais de fase aguda:  São secretadas no sangue em quantidadeSão secretadas no sangue em quantidade aumentada ou diminuída pelos hepatócitosaumentada ou diminuída pelos hepatócitos em reposta a um trauma, inflamação ouem reposta a um trauma, inflamação ou doença.doença.  Podem servir como inibidores ou mediadoresPodem servir como inibidores ou mediadores nos processos inflamatóriosnos processos inflamatórios  Algumas têm sido utilizadas para diagnosticarAlgumas têm sido utilizadas para diagnosticar e acompanhar o curso de doenças ou comoe acompanhar o curso de doenças ou como marcadores tumorais (Ex: Proteína C Reativa)marcadores tumorais (Ex: Proteína C Reativa)
  • 27.
    Proteína C reativaProteínaC reativa  1930 (Tillet e Francis): precipita o1930 (Tillet e Francis): precipita o polissacarídio C depolissacarídio C de PneumococcusPneumococcus  Não é anticorpo, mas, quandoNão é anticorpo, mas, quando complexada a patógenos, fixacomplexada a patógenos, fixa complemento, opsonina para macrófagos,complemento, opsonina para macrófagos, liga-se NKliga-se NK  Valores normais: 0,5-0,9 mg/dLValores normais: 0,5-0,9 mg/dL
  • 28.
    Proteína C reativa– aumento:Proteína C reativa – aumento:  Às vezes precede sintomas e febreÀs vezes precede sintomas e febre  Elevação em 6-8 h pós-estímulo: pico entre 24-72 horasElevação em 6-8 h pós-estímulo: pico entre 24-72 horas  Aumento exgerado (1000X) depende da intensidade doAumento exgerado (1000X) depende da intensidade do estímulo: infarto do miocárdio ou grandes traumasestímulo: infarto do miocárdio ou grandes traumas  Valores elevados persistentes: mau prognósticoValores elevados persistentes: mau prognóstico  Retorna ao normal: espontaneamente após a faseRetorna ao normal: espontaneamente após a fase aguda, devido ao uso de corticóide e anti-inflamatóriosaguda, devido ao uso de corticóide e anti-inflamatórios
  • 29.
    Outras proteínas defase aguda:Outras proteínas de fase aguda:  αα-1-antitripsina (inibidor de proteases)-1-antitripsina (inibidor de proteases)  Cerulosplasmina (remoção de radicaisCerulosplasmina (remoção de radicais livres)livres)  Ferritina (reduz o ferro sérico – açãoFerritina (reduz o ferro sérico – ação antimicrobiana)antimicrobiana)  Haptoglobina (opsonizante – remoção deHaptoglobina (opsonizante – remoção de restos celulares)restos celulares)
  • 30.
    Alterações metabólicas:Alterações metabólicas: Adrenalina liberada após agressões:Adrenalina liberada após agressões:  estimula a glicogenólise (aumento daestimula a glicogenólise (aumento da glicemia)glicemia)  inibe a liberação de insulina e aumenta ainibe a liberação de insulina e aumenta a liberação de glucagon (ilhotas deliberação de glucagon (ilhotas de Langerhans)Langerhans)  Favorece a lipólise (liberação de ácidosFavorece a lipólise (liberação de ácidos graxos)graxos)  incrementa o trabalho cardíaco e produzincrementa o trabalho cardíaco e produz vaso-dilatação periféricavaso-dilatação periférica
  • 31.
    Alterações metabólicas:Alterações metabólicas: Glicocorticóides (hormônios esteróides):Glicocorticóides (hormônios esteróides): favorece o aumento da glicemia:favorece o aumento da glicemia:  Ativação do catabolismo protéico (aumenta oAtivação do catabolismo protéico (aumenta o N urinário) – intenso no tecido muscularN urinário) – intenso no tecido muscular  Aumenta a gliconeogênese (a partir de aa)Aumenta a gliconeogênese (a partir de aa)
  • 32.
    Alterações no centrotermorregulador:Alterações no centro termorregulador:  Provocadas pela ação de pirógenosProvocadas pela ação de pirógenos (endógenos ou exógenos)(endógenos ou exógenos)  Febre: síndrome clínicaFebre: síndrome clínica caracterizada por sensação decaracterizada por sensação de frio, tremores, hipertermia,frio, tremores, hipertermia, taquicardia, seguidos detaquicardia, seguidos de sudorese e diurese no períodosudorese e diurese no período de resoluçãode resolução
  • 33.
    Febre:Febre:  SERVE DEAVISOSERVE DE AVISO  PAPEL ANTI-INFECCIOSOPAPEL ANTI-INFECCIOSO  impede crescimento / inativa bactérias, vírus e fungosimpede crescimento / inativa bactérias, vírus e fungos  diminui produção de fatores virulentosdiminui produção de fatores virulentos  aumenta a produção de fatores de defesaaumenta a produção de fatores de defesa  potência o efeito dos antibióticospotência o efeito dos antibióticos
  • 34.
    Alterações do apetitee sonoAlterações do apetite e sono  Provocadas por ação de citocinas sobre oProvocadas por ação de citocinas sobre o SNC:SNC:  Inibição do apetite – perda de pesoInibição do apetite – perda de peso  Insônia e irritabilidadeInsônia e irritabilidade
  • 35.
    Sinais inespecíficos dedoençasSinais inespecíficos de doenças inflamatórias e infecciosas:inflamatórias e infecciosas:  Provocadas por ação de citocinas (IL-1,Provocadas por ação de citocinas (IL-1, IL-6, TNFIL-6, TNFαα)) sobre o SNC:sobre o SNC: FRAQUEZA MAL-ESTAR CANSAÇO LETARGIA DORES MUSCULARES E ARTICULARES ESTADO DE CHOQUE
  • 36.
    Modulação da sensaçãodolorosa:Modulação da sensação dolorosa:  Provocada pela ação de endorfinasProvocada pela ação de endorfinas  Aumenta o limiar de dorAumenta o limiar de dor  É evidente nos estados de agressão graveÉ evidente nos estados de agressão grave  QueimadurasQueimaduras  Traumas múltiplosTraumas múltiplos
  • 37.
    Modulação da respostaimune:Modulação da resposta imune:  Se deve à ação de:Se deve à ação de:  Corticóides (reduz a atividade de linfócitos T)Corticóides (reduz a atividade de linfócitos T)  Adrenalina (diminui a proliferação deAdrenalina (diminui a proliferação de linfócitos)linfócitos)  Substâncias imunossupressoras liberadasSubstâncias imunossupressoras liberadas após agressões (prostaglandinas e citocinas)após agressões (prostaglandinas e citocinas)  Citocinas que estimulam as atividadesCitocinas que estimulam as atividades imunes (IL-1, IL-6, TNFimunes (IL-1, IL-6, TNFσσ
  • 38.
    Causas gerais daslesõesCausas gerais das lesões  7. AGENTES FÍSICOS7. AGENTES FÍSICOS  Força mecânica (lesões traumáticas)Força mecânica (lesões traumáticas)  Abrasão (arrancamento de células da epiderme)Abrasão (arrancamento de células da epiderme)  Laceração (rasgo de tecidos)Laceração (rasgo de tecidos)  Contusão (impacto transmitido através da pele aosContusão (impacto transmitido através da pele aos órgãos adjacentes)órgãos adjacentes)  Incisão (corte – são mais extensos que profundos)Incisão (corte – são mais extensos que profundos)  Perfuração (são mais profundas que extensas)Perfuração (são mais profundas que extensas)  Fraturas (ruptura ou solução de continuidade deFraturas (ruptura ou solução de continuidade de tecidos duros – ósseos ou cartilaginosos)tecidos duros – ósseos ou cartilaginosos)
  • 39.
    Causas gerais daslesõesCausas gerais das lesões  Variações da pressão atmosféricaVariações da pressão atmosférica  Em condições hiperbáricas (Síndrome daEm condições hiperbáricas (Síndrome da descompressão)descompressão)  Os gases dissolvidos formam bolhas no sangue (êmbolosOs gases dissolvidos formam bolhas no sangue (êmbolos gasosos), tecidos (enfisema intersticial) e célulasgasosos), tecidos (enfisema intersticial) e células  Em condições hipobáricas (altitudes elevadas)Em condições hipobáricas (altitudes elevadas)  Tensão de O2 baixa provoca hipóxiaTensão de O2 baixa provoca hipóxia  Vasoconstrição periféricaVasoconstrição periférica  Lesão endotelial – provocando edema (membros, face,Lesão endotelial – provocando edema (membros, face, pulmões e encéfalo)pulmões e encéfalo)  TaquipnéiaTaquipnéia  Desidratação (baixa umidade do ar)Desidratação (baixa umidade do ar)
  • 40.
    Causas gerais daslesõesCausas gerais das lesões  Variações de temperaturaVariações de temperatura  Baixas temperaturasBaixas temperaturas  Vasoconstrição, oligoemia, hipóxia e lesões degenerativasVasoconstrição, oligoemia, hipóxia e lesões degenerativas  Lesão endotelial (hipóxia) >> edema (aumento daLesão endotelial (hipóxia) >> edema (aumento da permeabilidade vascular)permeabilidade vascular)  Aumento da vasoconstrição, anóxia e necroseAumento da vasoconstrição, anóxia e necrose  Desaparece o controle nervoso da vasomotricidade >>Desaparece o controle nervoso da vasomotricidade >> vasodilatação arteriolar e venularvasodilatação arteriolar e venular  Congelamento de água no interior da célula >> desiquilíbrioCongelamento de água no interior da célula >> desiquilíbrio eletrolítico >> altera funções vitais (respiração) e inativaeletrolítico >> altera funções vitais (respiração) e inativa macromoléculasmacromoléculas  Morte celularMorte celular  Hipotermia (< 35°C) – morte por falência cardio-respiratóriaHipotermia (< 35°C) – morte por falência cardio-respiratória
  • 41.
    Causas gerais daslesõesCausas gerais das lesões  Variações de temperaturaVariações de temperatura  Altas temperaturas (queimaduras)Altas temperaturas (queimaduras)  Edema (aumento da permeabilidade vascular)Edema (aumento da permeabilidade vascular)  VasodilataçãoVasodilatação  Lesão direta da parede vascular >> hemorragia, trombose,Lesão direta da parede vascular >> hemorragia, trombose, isquemia e necroseisquemia e necrose  Lesão direta da célula >> degeneração hidrópica (> 52°C)Lesão direta da célula >> degeneração hidrópica (> 52°C)  Morte celular – desnaturação protéica (> 55°C)Morte celular – desnaturação protéica (> 55°C)  Processos de cicatrizaçãoProcessos de cicatrização  Hipertermia (> 40°C)Hipertermia (> 40°C)
  • 42.
    Causas gerais daslesõesCausas gerais das lesões  EletricidadeEletricidade  Disfunção elétrica dos tecidos (miocárdio, mm.Disfunção elétrica dos tecidos (miocárdio, mm. esqueléticos e tecido nervoso)esqueléticos e tecido nervoso)  Produção de calorProdução de calor  Tipo de corrente (alternada é mais lesiva)Tipo de corrente (alternada é mais lesiva)  Quantidade de correnteQuantidade de corrente  Trajeto da correnteTrajeto da corrente  Duração da agressãoDuração da agressão  Superfície de contato (pequena = queimadura profunda;Superfície de contato (pequena = queimadura profunda; grande = não lesa a pele; morte por parada cardio-grande = não lesa a pele; morte por parada cardio- respiratória)respiratória)
  • 43.
    Causas gerais daslesõesCausas gerais das lesões  RadiaçõesRadiações  Inalação ou ingestãoInalação ou ingestão  Exposição com fins terapêuticos ou diagnósticosExposição com fins terapêuticos ou diagnósticos  Contato acidentalContato acidental  Bombas nuclearesBombas nucleares  Mecanismos de lesão:Mecanismos de lesão:  Ação direta sobre macromoléculasAção direta sobre macromoléculas  Ação indireta – produção de radicais livresAção indireta – produção de radicais livres  Tipos de lesãoTipos de lesão  Agudas (degenerações até necrose), crônicas e tardiasAgudas (degenerações até necrose), crônicas e tardias  Alterações vasculares (edema, hemorragias e trombos)Alterações vasculares (edema, hemorragias e trombos)
  • 44.
    Causas gerais daslesõesCausas gerais das lesões  Ruídos (som)Ruídos (som)  Distúbios de audição caracterizados por perdaDistúbios de audição caracterizados por perda progressiva da capacidade de distinguir sons deprogressiva da capacidade de distinguir sons de frequência mais altafrequência mais alta
  • 45.
    Causas gerais daslesõesCausas gerais das lesões  8. AGENTES BIOLÓGICOS8. AGENTES BIOLÓGICOS  Microrganismos (vírus, bactérias e fungos)Microrganismos (vírus, bactérias e fungos)  Parasitas (ectoparasitas, endoparasitas)Parasitas (ectoparasitas, endoparasitas)
  • 46.
    Lesões celulares induzidaspor vírusLesões celulares induzidas por vírus
  • 47.
    Lesões celulares induzidaspor bactériasLesões celulares induzidas por bactérias
  • 48.
    Causas gerais daslesõesCausas gerais das lesões  9. AGENTES QUÍMICOS9. AGENTES QUÍMICOS  Substâncias tóxicas ou medicamentosSubstâncias tóxicas ou medicamentos  Mecanismos:Mecanismos:  Ação direta sobre células ou interstícioAção direta sobre células ou interstício  Transformações moleculares (degeneração ou morte celular)Transformações moleculares (degeneração ou morte celular)  Modificações no genoma (efeito carcinogênico)Modificações no genoma (efeito carcinogênico)  Vida intra-uterina (efeito teratogênico)Vida intra-uterina (efeito teratogênico)  Ação indiretaAção indireta  Indução de resposta imune humoral ou celularIndução de resposta imune humoral ou celular

Notas do Editor

  • #8 Qualquer estímulo, dependendo da intensidade, tempo de ação e do organismo (capacidade de reagir) pode provocar lesão. Há uma interação entre o agente lesivo e os mecanismos de defesa do organismo – ASSOCIAÇÃO ENTRE AS CAUSAS EXÓGENAS E ENDÓGENAS
  • #9 Cada organismo reage aos estímulos de uma forma diferente, o que se deve ao seu patrimônio genético, inicialmente. Entretanto, os ambientes (físico, psíquico e social) em que o indivíduo se insere são muito importantes para o estabelecimento da doença: Pobreza – desnutrição Desemprego – distúrbios emocionais Saneamento básico – distúrbios gastrointestinais (cólera) Meio ambiente - dengue
  • #12 A maioria produz lesão de forma indireta As respostas adaptativas têm o objetivo de melhorar as condições de escape da agressão ou eliminá-la. Quando ultrapassa certos limites pode causar desastres para o organismo.
  • #15 Várias são as causas da redução e/ou parada do fluxo sangüíneo: obstrução vascular (embolia,
  • #18 Os radicais livres de oxigênio são formados a partir das primeiras moléculas que chegam aos tecidos após a reperfusão; Isto se deve a presença da xantina oxidase que transforma O2 em superóxido, do qual origina radicais livres capazes de lesar as membranas e produzir lesões irreversíveis. O choque osmótico leva à tumefação celular e ruptura de membranas favorecendo a irreversibilidade do processo.
  • #19 Reagem com qualquer outro tipo de moléculas: lipídeos, bases púricas e pirimídicas, aminoácidos (metionina, histidina, lisina, cisteína) Elétron desemparelhado – reações de oxirredução e, como essas reações são realizadas em etapas podem ser formados compostos intermediários Reguladores de atividades celulares: ativação de enzimas, fatores de transcrição, controle de receptores celulares A formação de novos radicais amplifica a capacidade de produzir lesões
  • #23 Anticorpos podem lesar ou interferir com o funcionamento celular: CCDA: linfócitos, macrófagos, neutrófilos reconhecem a porção Fc de Ac e lesam a célula – ex: doenças virais
  • #24 Apoptose: ativando enzimas (caspases)
  • #25 Inespecífica: independe do agente agressor Inflamação: induz as células ou a matriz intercelular a liberar mediadores (quimiocinas, TNFα, IL-1, etc.) que estimulam a migração de células para o local da agressão
  • #27 Os hepatócitos sintetizam menos albumina e ferritina e aumentam a produção de proteína C reativa e outras. Hormônios: adrenalina e corticóides Adrenalina estimula a glicogenólise, levando a uma aumento da glicemia; inibe a liberação de insulina e aumenta a liberação de glucagon; incrementa o trabalho cardíaco e produz vaso-dilatação periférica. O aumento da glicemia aumenta a disponibilidade energética nos tecidos
  • #31 Os hepatócitos sintetizam menos albumina e ferritina e aumentam a produção de proteína C reativa e outras. Hormônios: adrenalina e corticóides Adrenalina estimula a glicogenólise, levando a uma aumento da glicemia; inibe a liberação de insulina e aumenta a liberação de glucagon; incrementa o trabalho cardíaco e produz vaso-dilatação periférica. O aumento da glicemia aumenta a disponibilidade energética nos tecidos
  • #32 Os hepatócitos sintetizam menos albumina e ferritina e aumentam a produção de proteína C reativa e outras. Hormônios: adrenalina e corticóides Adrenalina estimula a glicogenólise, levando a uma aumento da glicemia; inibe a liberação de insulina e aumenta a liberação de glucagon; incrementa o trabalho cardíaco e produz vaso-dilatação periférica. O aumento da glicemia aumenta a disponibilidade energética nos tecidos
  • #47 A- O vírus penetra na célula, via receptor, e se multiplica no citoplasma; B- o vírus lisa a célula e as partículas virais são liberadas no interstício e capturadas por células apresentadoras de antígeno, induzindo resposta imune celular (Th1) ou humoral (LB). Os Ac reconhecem os Ags virais e formam imunocomplexos, que se depositam no interstício, ativam complemento e induzem resposta inflamatória. C- O vírus não lisa a célula, mas expõe Ag virais na superfície celular. Estes são reconhecidos por Ac e ativam complemento (C’) ou induzem citotoxidade celular mediada por Ac (ADCC), que matam a célula. Células NK e linfócitos Tc reconhecem a célula infectada e a matam. Macrófagos, estimulados por IFN gama, produzem radicais livres e secretam enzimas capazes de agredir a célula infectada.