Dificuldades Financeiras
Prof. Milton Henrique
mcouto@catolica-es.edu.br
Empresa
• Crescimento = investimentos ($$ próprio ou
emprestado)

• Quem empresta? => Bancos
• Como? Constituindo garantias reais
• O problema: a quebra do devedor
• Bancos precisam ter certeza de receber de
volta os valores emprestados + juros
pactuados, pois têm obrigações com seus

depositantes
• Sem essa certeza, cobram um adicional a
título de ‘risco de crédito’ (spread)
Quanto mais precisa do dinheiro

Menos crédito disponível

Paga-se mais caro pelo dinheiro

Mais difícil de pagar o empréstimo

INADIMPLÊNCIA
O Primeiro Erro

• Toda a empresa em situação financeira difícil tende a cometer os mesmos
erros.
O primeiro deles é o “aumento do preço dos produtos” para
fazer face a;
–
–
–
–
–

Manter o volume de vendas.
Aumento dos insumos
Despesas financeiras crescentes
Dissídios
Fechar os números

• A resultante é sempre a mesma

– Queda do volume de vendas
– Perda de clientes
– Menor margem em valor absoluto.
O Segundo Erro

• Toda a empresa em situação financeira difícil tende a
queimar estoques para fazer face a:
– Melhorar o fluxo de caixa
– Manter a Folha de Pagamento em dia
– Fechar os números

• A resultante é sempre a mesma
– Piorar o desempenho do fluxo de caixa no longo prazo
– Não repor os estoques
– Menor margem em valor absoluto.
O mais grave
dos erros

•
•
•
•
•

Não admitir que a situação esteja difícil
Querer resolver a situação sem ajuda externa
Não querer fazer ajustes de custos e despesas
Considerar que existam despesas intocáveis
Menosprezar o mercado, a concorrência, as
tendências
• Não desejar fazer mudanças profundas
Algumas Empresas Brasileiras que
Enfrentaram Dificuldades Financeiras
Sobrevivência das Empresas

USA

Brasil

De 100 empresas:

De 100 empresas:

• 30 ficam na 2ª geração
• 10 ficam na 3ª geração

• 30 ficam na 2ª geração
• 05 ficam na 3ª geração

Praticamente não existem no Brasil empresas na 5ª geração.
Estima-se em menos de 10 empresas apenas nesta condição.
Crise da Empresa
PATRIMONIAL – Ativo menor que o passivo
ECONÔMICA – Falta de faturamento em razão
da retração nos negócios

FINANCEIRA – Falta de liquidez – falta de
montante em caixa para pagamento de
obrigações imediatas
Dificuldades Financeiras
São situações pelas quais passa
uma empresa cujos fluxos de
caixa operacionais são
insuficientes para atender os
compromissos financeiros nas
datas de vencimento e/ou o
valor de seus ativos é
insuficiente para cobrir seus
débitos junto a credores
Dificuldades Financeiras
Desequilíbrio do fluxo de caixa
Sinais de que uma empresa passa por
dificuldades financeiras
•
•
•
•
•
•
•

Atraso de pagamentos
Prejuízos
Reduções de dividendos
Fechamento de instalações
Dispensa de pessoal
Mudança de diretores
Queda de preço das ações
Papel dos Administradores
Os administradores devem conhecer as possibilidades
e os processos de reestruturação e liquidação

Sua própria
empresa

Forem credores
de outras
empresas
Dificuldades Financeiras com base em
Balanços e em Fluxos de Caixa
• Balanços
(Posição
Estática)
– Dizemos que
uma empresa
é insolvente
quando seu
patrimônio
líquido é
negativo
Dificuldades Financeiras com base em
Balanços e em Fluxos de Caixa

• Fluxos de Caixa (Posição Dinâmica)
– Dizemos que uma empresa é insolvente quando
não consegue pagar suas dívidas
Insolvência

• Econômico-Financeira

• Técnica
Insolvência Econômico-Financeira

• Ocorre quando as receitas da empresa não
cobrem seus custos, e a geração de caixa é
insuficiente para honrar seus compromissos
Insolvência
Técnica
• Ocorre quando a empresa não é capaz de
saldar suas dívidas nas datas combinadas,
embora tenha ativos permanentes superiores
a suas dívidas

Crise de liquidez
Fatores que Levam a Dificuldades
Financeiras
• Ausência de planejamento estratégico
Fatores que Levam a Dificuldades
Financeiras

• Brigas familiares
Fatores que Levam a Dificuldades
Financeiras

• Cancelamento de um grande pedido
Fatores que Levam a Dificuldades
Financeiras

• Controles financeiros deficientes
Fatores que Levam
a Dificuldades
Financeiras

• Custos altos
Fatores que
Levam a
Dificuldades
Financeiras
• Dependência
de poucos
clientes
Fatores que Levam a Dificuldades
Financeiras

• Dependência de poucos
fornecedores
Fatores que Levam a Dificuldades
Financeiras
• Desvio de dinheiro para negócios particulares
Fatores que Levam a Dificuldades
Financeiras
• Diversificações mal conduzidas
Fatores que Levam a Dificuldades
Financeiras
• Entrada de concorrentes poderosos
Fatores que Levam a
Dificuldades Financeiras
• Estoques altos
Fatores que Levam a Dificuldades
Financeiras

• Estrutura de capital inadequada
Fatores que Levam
a Dificuldades
Financeiras

• Excesso de
endividamento
Fatores que Levam a Dificuldades
Financeiras

• Excesso de otimismo sobre o negócio
Fatores que Levam a Dificuldades
Financeiras

• Falta de
capacidade
gerencial
Fatores que Levam a Dificuldades
Financeiras

• Falta de capital próprio
Fatores que Levam a
Dificuldades Financeiras
• Falta de investimentos
tecnológicos
Fatores que Levam a Dificuldades
Financeiras

• Falta de vantagem competitiva
Fatores que Levam a Dificuldades
Financeiras

• Lentidão na tomada de decisão e nas ações
Fatores que Levam a Dificuldades
Financeiras

• Má administração de crédito e cobrança
Fatores que Levam a Dificuldades
Financeiras

• Falhas na distribuição dos produtos
Fatores que Levam a Dificuldades
Financeiras

• Má localização geográfica
Fatores que Levam a Dificuldades
Financeiras

• Gerenciamento de risco precário ou
inexistente
Fatores que Levam a Dificuldades
Financeiras

• Morte dos fundadores
Fatores que Levam a Dificuldades
Financeiras

• Mudanças na conjuntura econômica
Fatores que Levam a Dificuldades
Financeiras

• Paternalismo
na avaliação
dos resultados
Lei de Falências
(número 11.101 de 09/02/2005)

• Objetivos
– Facilitar a recuperação da empresa em
crise econômico-financeira, com a
manutenção da fonte produtora e dos
empregos, bem como aumentar a
probabilidade aos credores da
retomada de seus bens e direitos
Lei de Falências
(número 11.101 de 09/02/2005)

• Não se aplica
–
–
–
–
–
–

Empresa pública
Economia mista
Instituição financeira
Cooperativa de crédito
Consórcio
Entidade de previdência
complementar
– Sociedade operadora de plano de
assistência à saúde
– Sociedade seguradora
– Sociedade de capitalização
Lei de Falências
Extrajudicial
• Fase de Recuperação
• Fase Falimentar
• Fase Criminal

Judicial
Lei de Falências
• Recuperação
– Concordata = ‘Contrato’ entre devedor e credores
mais um terceiro não contratante (o Estado-juiz)
que visa a reabilitação do devedor em estado
temporário de insolvência
– Finalidade real: fazer o devedor ganhar tempo
para negociar dívidas ou preparar sua empresa
para a falência (‘limpeza’)
Lei de Falências
• Falência
– Forma jurídica de solucionar a situação jurídica do
comerciante que não cumpre, no vencimento,
com obrigações líquidas e certas
– Finalidade: liquidação do patrimônio do devedor
insolvente
Lei de Falências
• Crime Falimentar
– Todo e qualquer ato praticado antes, durante e
até mesmo após a falência, com o objetivo de
prejudicar credores em benefício próprio

– Exemplos de crimes
• Escriturar Livros Contábeis e Fiscais em atraso ou não
ter esses livros
• não encerrar o balanço no prazo legal
• falsificar, destruir ou inutilizar material utilizado para
escrituração
Lei de Falências
• Recuperação Extrajudicial
• Recuperação Judicial
• Falência
Recuperação
ExtraJudicial
• Tem por objetivo permitir ao devedor
negociar fora dos tribunais com seus
principais credores e aprovar um plano de
pagamento para suas dívidas, dentro de suas
reais possibilidades
Recuperação ExtraJudicial
Plano de Pagamentos aprovado por pelo
menos 60% dos credores

?
NÃO

Refaz o Plano

SIM

Homologação
Reestruturação Financeira
• Adequação do Passivo
ao Ativo, do fluxo de
caixa ao ciclo
econômico e das
contas a pagar às
contas a receber
Reestruturação Financeira
Soluções mais utilizadas:
• Alongamento do perfil da dívida
• Transferência do controle acionário
Reestruturação Financeira

• Alongamento do perfil da dívida
– Consiste em renegociar as condições da dívida a
vencer ou vencida, com maiores prazos e taxas de
juros menores
Reestruturação
Financeira
• Transferência do controle acionário
– É a transferência do controle acionário e legal da
empresa aos credores ou a terceiros, por iniciativa
própria dos sócios da empresa em dificuldade
– Aproveita-se a sinergia da transferência do controle
acionário para um fornecedor que terá a missão de
salvar a empresa, liquidando seus débitos
Recuperação Judicial
• Tem por objetivo viabilizar a superação de crise
econômico-financeira do devedor, a fim de
permitir a manutenção da fonte produtora, do
emprego dos trabalhadores e do interesse dos
credores, promovendo, assim, a preservação da
empresa, sua função social e o estímulo a
atividade econômica
Recuperação Judicial
• É uma trégua
solicitada pela
empresa devedora
e decretada, via
sentença judicial,
como melhor forma
de pagamento de
seus credores
Recuperação
Judicial
• A empresa tem
2 anos de prazo
para pagamento
das dívidas ou
desconto de
50% do valor
para pagamento
à vista
Recuperação Judicial
• Geralmente a empresa perde o crédito, tendo
que efetuar as próximas compras à vista junto
a seus fornecedores
Recuperação Judicial
• Se a empresa
não cumprir o
plano de
pagamentos
ou não se
reerguer ao
final do prazo,
a falência será
decretada
Falência

• É um processo jurídico que ao promover o
afastamento do devedor de suas atividades, visa
a preservar e aperfeiçoar a utilização produtiva
dos bens, ativos e recursos produtivos, inclusive
os intangíveis da empresa
Falência
• É considerada falida a empresa cujas
dívidas de curto e de longo prazos
são maiores que seu ativo, ou seja, a
empresa apresenta um patrimônio
líquido negativo
Falência
• É nomeado
um sindico
pelo juiz para
administrar a
massa falida,
receber todos
os direitos e
quitar todas as
obrigações
Falência
• O processo de falência visa
também apurar e mensurar
responsabilidades pela situação
de insolvência (inclusive
criminais), legitimar e
relacionar os credores em
ordem de preferência de
recebimento
Fases da Falência

• Fase Preliminar
– Do pedido a
constituição do
síndico

• Fase de
Sindicância
– Levantamento
dos direitos e
haveres

• Fase de
Liquidação
– Venda e rateio
entre os
credores
Falência

• O processo inicia-se com um
pedido de falência:
– Pelo próprio devedor
(autofalência), quando o juiz
decreta, de imediato
– Solicitada pelos credores
(presumida), quando o juiz
citará o devedor para que o
mesmo apresente defesa ou
efetue pagamento
– Decretada pelo juiz após a
recuperação judicial, seja por
insucesso na recuperação ou
por não cumprimento das
cláusulas
Falência
• Os titulares ficam impedidos de administrar
outras empresas durante o processo de falência
• Quando todas as dívidas são pagas, os titulares
são liberados para iniciar ou administrar um novo
empreendimento
• Se o valor apurado não for suficiente para quitar
todas as obrigações, os titulares ficarão
impedidos de iniciar outro empreendimento ou
administrar empresas por 5 anos
Falência
• Ordem de Pagamento
– créditos extraconcursais (tributos com fato gerador
ocorrido após a decretação da falência)
– créditos trabalhistas (até 150 salários mín/credor)
– créditos com garantia real
– créditos tributários (exceto multas)
– créditos com privilégio especial
– créditos com privilégio geral
– créditos quirografários
– multas em geral
– créditos subordinados
Créditos
Extraconcursais
• Despesas contraídas para manter a massa falida
em operação após a decretação da falência com o
administrador judicial, as custas processuais, etc.

São os gastos necessários para se manter o processo de falência!
Créditos Trabalhistas e Acidente de
Trabalho
Créditos com Garantias Reais

• Hipotecas
• Alienações
• Penhores
Créditos Tributários
Créditos com Privilégio Especial
•

Art. 964. Têm privilégio especial:
I - sobre a coisa arrecadada e liquidada, o credor de custas e despesas judiciais feitas com a
arrecadação e liquidação;
II - sobre a coisa salvada, o credor por despesas de salvamento;
III - sobre a coisa beneficiada, o credor por benfeitorias necessárias ou úteis;
IV - sobre os prédios rústicos ou urbanos, fábricas, oficinas, ou quaisquer outras construções, o
credor de materiais, dinheiro, ou serviços para a sua edificação, reconstrução, ou melhoramento;
V - sobre os frutos agrícolas, o credor por sementes, instrumentos e serviços à cultura, ou à
colheita;
VI - sobre as alfaias e utensílios de uso doméstico, nos prédios rústicos ou urbanos, o credor de
aluguéis, quanto às prestações do ano corrente e do anterior;
VII - sobre os exemplares da obra existente na massa do editor, o autor dela, ou seus legítimos
representantes, pelo crédito fundado contra aquele no contrato da edição;
VIII - sobre o produto da colheita, para a qual houver concorrido com o seu trabalho, e
precipuamente a quaisquer outros créditos, ainda que reais, o trabalhador agrícola, quanto à dívida
dos seus salários.
Créditos com Privilégio Geral
•

Art. 965. Goza de privilégio geral, na ordem seguinte, sobre os bens do devedor:

I - o crédito por despesa de seu funeral, feito segundo a condição do morto e o costume do lugar;
II - o crédito por custas judiciais, ou por despesas com a arrecadação e liquidação da massa;
III - o crédito por despesas com o luto do cônjuge sobrevivo e dos filhos do devedor falecido, se
foram moderadas;
IV - o crédito por despesas com a doença de que faleceu o devedor, no semestre anterior à sua
morte;
V - o crédito pelos gastos necessários à mantença do devedor falecido e sua família, no trimestre
anterior ao falecimento;

VI - o crédito pelos impostos devidos à Fazenda Pública, no ano corrente e no anterior;
VII - o crédito pelos salários dos empregados do serviço doméstico do devedor, nos seus derradeiros
seis meses de vida;
VIII - os demais créditos de privilégio geral.
Créditos Quirografários
• Compreende aqueles sem qualquer garantia;
os saldos das instituições financeiras
superiores à garantia real e os trabalhistas
acima dos 150 salários mínimos, nessa ordem.
Multas
Créditos Subordinados
• Corresponde àquele pertencente aos sócios
ou administradores, ou seja, o pro labore
(retirada) ou à parte dos lucros que lhes cabe
nos resultados da em presa falida, pendentes
na data da quebra.
Como Enfrentar as Dificuldades Financeiras
• Fazendo fusões, aquisições ou cisões
Como Enfrentar as Dificuldades Financeiras
• Buscando novas linhas de financiamento
Como Enfrentar as
Dificuldades
Financeiras
• Desmobilizando
Venda tudo
o que não
fizer falta!
Como Enfrentar
as Dificuldades
Financeiras

• Negociando com
bancos e outros
credores
Como
Enfrentar as
Dificuldades
Financeiras

• Reduzindo custos
Como Enfrentar as Dificuldades Financeiras
• Reduzindo investimentos
Como Enfrentar as Dificuldades Financeiras
• Reduzindo gastos com pesquisa e
desenvolvimento
Como Enfrentar as Dificuldades Financeiras

• Substituindo
diretores e
gerentes
Como Enfrentar as Dificuldades Financeiras

• Substituindo dívidas por ações
Dificuldades Financeiras
Não há
reestruturação
financeira
Recuperação
Dificuldades
Financeiras

Recuperações

Há
reestruturação
financeira

Fusão,
aquisição ou
cisão

Falência

Solução
negociada
Por que as Empresas Quebram?

•
•
•
•
•
•

Baixa Produtividade
Baixa Rentabilidade
Deficiência Estrutural
Baixa Capitalização
Descuido com a Essência
Envelhecimento das Crenças
Descuido com a Essência
•
•
•
•

Desatenção do Produto
Perda de Qualidade
Custos Altos
Atraso Tecnológico
Indicadores de Eficiência Global
• Lucro
– Produtividade
– Giros

• Retorno sobre Investimentos
– Estrutura
– Rentabilidade

• Fluxo de Caixa
– Produtividade
– Capitalização
Indicadores de Eficiência Global
• Ajustabilidade
– Modernização do Produto
– Custo Compatível

• Capital Humano
– Treinamento
– Participação nos Resultados

• Filosofia de Gestão
– Revisionismo
Quem sou eu?
Prof. Milton Henrique do Couto Neto
mcouto@catolica-es.edu.br
Engenheiro Mecânico, UFF
MBA em Gestão Empresarial, UVV
MBA em Marketing Empresarial, UVV
Mestre em Administração, UFES
Pós-MBA em Inteligência Empresarial, FGV
http://lattes.cnpq.br/8394911895758599
Professor Universitário
2004

2011

2006

2007

2009

2011
Disciplinas
Lecionadas
Marketing
Empreendedorismo
Administração de Materiais
Matemática
Matemática Financeira
Gestão Financeira
Fundamentos da Administração
Gestão de Processos e Empresas
miltonhenrique
miltonhcouto
miltonhcouto
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05 2014 - dificuldades financeiras

  • 1.
  • 2.
    Empresa • Crescimento =investimentos ($$ próprio ou emprestado) • Quem empresta? => Bancos • Como? Constituindo garantias reais • O problema: a quebra do devedor • Bancos precisam ter certeza de receber de volta os valores emprestados + juros pactuados, pois têm obrigações com seus depositantes • Sem essa certeza, cobram um adicional a título de ‘risco de crédito’ (spread)
  • 3.
    Quanto mais precisado dinheiro Menos crédito disponível Paga-se mais caro pelo dinheiro Mais difícil de pagar o empréstimo INADIMPLÊNCIA
  • 4.
    O Primeiro Erro •Toda a empresa em situação financeira difícil tende a cometer os mesmos erros. O primeiro deles é o “aumento do preço dos produtos” para fazer face a; – – – – – Manter o volume de vendas. Aumento dos insumos Despesas financeiras crescentes Dissídios Fechar os números • A resultante é sempre a mesma – Queda do volume de vendas – Perda de clientes – Menor margem em valor absoluto.
  • 5.
    O Segundo Erro •Toda a empresa em situação financeira difícil tende a queimar estoques para fazer face a: – Melhorar o fluxo de caixa – Manter a Folha de Pagamento em dia – Fechar os números • A resultante é sempre a mesma – Piorar o desempenho do fluxo de caixa no longo prazo – Não repor os estoques – Menor margem em valor absoluto.
  • 6.
    O mais grave doserros • • • • • Não admitir que a situação esteja difícil Querer resolver a situação sem ajuda externa Não querer fazer ajustes de custos e despesas Considerar que existam despesas intocáveis Menosprezar o mercado, a concorrência, as tendências • Não desejar fazer mudanças profundas
  • 7.
    Algumas Empresas Brasileirasque Enfrentaram Dificuldades Financeiras
  • 8.
    Sobrevivência das Empresas USA Brasil De100 empresas: De 100 empresas: • 30 ficam na 2ª geração • 10 ficam na 3ª geração • 30 ficam na 2ª geração • 05 ficam na 3ª geração Praticamente não existem no Brasil empresas na 5ª geração. Estima-se em menos de 10 empresas apenas nesta condição.
  • 9.
    Crise da Empresa PATRIMONIAL– Ativo menor que o passivo ECONÔMICA – Falta de faturamento em razão da retração nos negócios FINANCEIRA – Falta de liquidez – falta de montante em caixa para pagamento de obrigações imediatas
  • 10.
    Dificuldades Financeiras São situaçõespelas quais passa uma empresa cujos fluxos de caixa operacionais são insuficientes para atender os compromissos financeiros nas datas de vencimento e/ou o valor de seus ativos é insuficiente para cobrir seus débitos junto a credores
  • 11.
  • 12.
    Sinais de queuma empresa passa por dificuldades financeiras • • • • • • • Atraso de pagamentos Prejuízos Reduções de dividendos Fechamento de instalações Dispensa de pessoal Mudança de diretores Queda de preço das ações
  • 13.
    Papel dos Administradores Osadministradores devem conhecer as possibilidades e os processos de reestruturação e liquidação Sua própria empresa Forem credores de outras empresas
  • 14.
    Dificuldades Financeiras combase em Balanços e em Fluxos de Caixa • Balanços (Posição Estática) – Dizemos que uma empresa é insolvente quando seu patrimônio líquido é negativo
  • 15.
    Dificuldades Financeiras combase em Balanços e em Fluxos de Caixa • Fluxos de Caixa (Posição Dinâmica) – Dizemos que uma empresa é insolvente quando não consegue pagar suas dívidas
  • 16.
  • 17.
    Insolvência Econômico-Financeira • Ocorrequando as receitas da empresa não cobrem seus custos, e a geração de caixa é insuficiente para honrar seus compromissos
  • 18.
    Insolvência Técnica • Ocorre quandoa empresa não é capaz de saldar suas dívidas nas datas combinadas, embora tenha ativos permanentes superiores a suas dívidas Crise de liquidez
  • 19.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Ausência de planejamento estratégico
  • 20.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Brigas familiares
  • 21.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Cancelamento de um grande pedido
  • 22.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Controles financeiros deficientes
  • 23.
    Fatores que Levam aDificuldades Financeiras • Custos altos
  • 24.
    Fatores que Levam a Dificuldades Financeiras •Dependência de poucos clientes
  • 25.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Dependência de poucos fornecedores
  • 26.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Desvio de dinheiro para negócios particulares
  • 27.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Diversificações mal conduzidas
  • 28.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Entrada de concorrentes poderosos
  • 29.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Estoques altos
  • 30.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Estrutura de capital inadequada
  • 31.
    Fatores que Levam aDificuldades Financeiras • Excesso de endividamento
  • 32.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Excesso de otimismo sobre o negócio
  • 33.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Falta de capacidade gerencial
  • 34.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Falta de capital próprio
  • 35.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Falta de investimentos tecnológicos
  • 36.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Falta de vantagem competitiva
  • 37.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Lentidão na tomada de decisão e nas ações
  • 38.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Má administração de crédito e cobrança
  • 39.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Falhas na distribuição dos produtos
  • 40.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Má localização geográfica
  • 41.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Gerenciamento de risco precário ou inexistente
  • 42.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Morte dos fundadores
  • 43.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Mudanças na conjuntura econômica
  • 44.
    Fatores que Levama Dificuldades Financeiras • Paternalismo na avaliação dos resultados
  • 45.
    Lei de Falências (número11.101 de 09/02/2005) • Objetivos – Facilitar a recuperação da empresa em crise econômico-financeira, com a manutenção da fonte produtora e dos empregos, bem como aumentar a probabilidade aos credores da retomada de seus bens e direitos
  • 46.
    Lei de Falências (número11.101 de 09/02/2005) • Não se aplica – – – – – – Empresa pública Economia mista Instituição financeira Cooperativa de crédito Consórcio Entidade de previdência complementar – Sociedade operadora de plano de assistência à saúde – Sociedade seguradora – Sociedade de capitalização
  • 47.
    Lei de Falências Extrajudicial •Fase de Recuperação • Fase Falimentar • Fase Criminal Judicial
  • 48.
    Lei de Falências •Recuperação – Concordata = ‘Contrato’ entre devedor e credores mais um terceiro não contratante (o Estado-juiz) que visa a reabilitação do devedor em estado temporário de insolvência – Finalidade real: fazer o devedor ganhar tempo para negociar dívidas ou preparar sua empresa para a falência (‘limpeza’)
  • 49.
    Lei de Falências •Falência – Forma jurídica de solucionar a situação jurídica do comerciante que não cumpre, no vencimento, com obrigações líquidas e certas – Finalidade: liquidação do patrimônio do devedor insolvente
  • 50.
    Lei de Falências •Crime Falimentar – Todo e qualquer ato praticado antes, durante e até mesmo após a falência, com o objetivo de prejudicar credores em benefício próprio – Exemplos de crimes • Escriturar Livros Contábeis e Fiscais em atraso ou não ter esses livros • não encerrar o balanço no prazo legal • falsificar, destruir ou inutilizar material utilizado para escrituração
  • 51.
    Lei de Falências •Recuperação Extrajudicial • Recuperação Judicial • Falência
  • 52.
    Recuperação ExtraJudicial • Tem porobjetivo permitir ao devedor negociar fora dos tribunais com seus principais credores e aprovar um plano de pagamento para suas dívidas, dentro de suas reais possibilidades
  • 53.
    Recuperação ExtraJudicial Plano dePagamentos aprovado por pelo menos 60% dos credores ? NÃO Refaz o Plano SIM Homologação
  • 54.
    Reestruturação Financeira • Adequaçãodo Passivo ao Ativo, do fluxo de caixa ao ciclo econômico e das contas a pagar às contas a receber
  • 55.
    Reestruturação Financeira Soluções maisutilizadas: • Alongamento do perfil da dívida • Transferência do controle acionário
  • 56.
    Reestruturação Financeira • Alongamentodo perfil da dívida – Consiste em renegociar as condições da dívida a vencer ou vencida, com maiores prazos e taxas de juros menores
  • 57.
    Reestruturação Financeira • Transferência docontrole acionário – É a transferência do controle acionário e legal da empresa aos credores ou a terceiros, por iniciativa própria dos sócios da empresa em dificuldade – Aproveita-se a sinergia da transferência do controle acionário para um fornecedor que terá a missão de salvar a empresa, liquidando seus débitos
  • 58.
    Recuperação Judicial • Tempor objetivo viabilizar a superação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e do interesse dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo a atividade econômica
  • 59.
    Recuperação Judicial • Éuma trégua solicitada pela empresa devedora e decretada, via sentença judicial, como melhor forma de pagamento de seus credores
  • 60.
    Recuperação Judicial • A empresatem 2 anos de prazo para pagamento das dívidas ou desconto de 50% do valor para pagamento à vista
  • 61.
    Recuperação Judicial • Geralmentea empresa perde o crédito, tendo que efetuar as próximas compras à vista junto a seus fornecedores
  • 62.
    Recuperação Judicial • Sea empresa não cumprir o plano de pagamentos ou não se reerguer ao final do prazo, a falência será decretada
  • 63.
    Falência • É umprocesso jurídico que ao promover o afastamento do devedor de suas atividades, visa a preservar e aperfeiçoar a utilização produtiva dos bens, ativos e recursos produtivos, inclusive os intangíveis da empresa
  • 64.
    Falência • É consideradafalida a empresa cujas dívidas de curto e de longo prazos são maiores que seu ativo, ou seja, a empresa apresenta um patrimônio líquido negativo
  • 65.
    Falência • É nomeado umsindico pelo juiz para administrar a massa falida, receber todos os direitos e quitar todas as obrigações
  • 66.
    Falência • O processode falência visa também apurar e mensurar responsabilidades pela situação de insolvência (inclusive criminais), legitimar e relacionar os credores em ordem de preferência de recebimento
  • 67.
    Fases da Falência •Fase Preliminar – Do pedido a constituição do síndico • Fase de Sindicância – Levantamento dos direitos e haveres • Fase de Liquidação – Venda e rateio entre os credores
  • 68.
    Falência • O processoinicia-se com um pedido de falência: – Pelo próprio devedor (autofalência), quando o juiz decreta, de imediato – Solicitada pelos credores (presumida), quando o juiz citará o devedor para que o mesmo apresente defesa ou efetue pagamento – Decretada pelo juiz após a recuperação judicial, seja por insucesso na recuperação ou por não cumprimento das cláusulas
  • 69.
    Falência • Os titularesficam impedidos de administrar outras empresas durante o processo de falência • Quando todas as dívidas são pagas, os titulares são liberados para iniciar ou administrar um novo empreendimento • Se o valor apurado não for suficiente para quitar todas as obrigações, os titulares ficarão impedidos de iniciar outro empreendimento ou administrar empresas por 5 anos
  • 70.
    Falência • Ordem dePagamento – créditos extraconcursais (tributos com fato gerador ocorrido após a decretação da falência) – créditos trabalhistas (até 150 salários mín/credor) – créditos com garantia real – créditos tributários (exceto multas) – créditos com privilégio especial – créditos com privilégio geral – créditos quirografários – multas em geral – créditos subordinados
  • 71.
    Créditos Extraconcursais • Despesas contraídaspara manter a massa falida em operação após a decretação da falência com o administrador judicial, as custas processuais, etc. São os gastos necessários para se manter o processo de falência!
  • 72.
    Créditos Trabalhistas eAcidente de Trabalho
  • 73.
    Créditos com GarantiasReais • Hipotecas • Alienações • Penhores
  • 74.
  • 75.
    Créditos com PrivilégioEspecial • Art. 964. Têm privilégio especial: I - sobre a coisa arrecadada e liquidada, o credor de custas e despesas judiciais feitas com a arrecadação e liquidação; II - sobre a coisa salvada, o credor por despesas de salvamento; III - sobre a coisa beneficiada, o credor por benfeitorias necessárias ou úteis; IV - sobre os prédios rústicos ou urbanos, fábricas, oficinas, ou quaisquer outras construções, o credor de materiais, dinheiro, ou serviços para a sua edificação, reconstrução, ou melhoramento; V - sobre os frutos agrícolas, o credor por sementes, instrumentos e serviços à cultura, ou à colheita; VI - sobre as alfaias e utensílios de uso doméstico, nos prédios rústicos ou urbanos, o credor de aluguéis, quanto às prestações do ano corrente e do anterior; VII - sobre os exemplares da obra existente na massa do editor, o autor dela, ou seus legítimos representantes, pelo crédito fundado contra aquele no contrato da edição; VIII - sobre o produto da colheita, para a qual houver concorrido com o seu trabalho, e precipuamente a quaisquer outros créditos, ainda que reais, o trabalhador agrícola, quanto à dívida dos seus salários.
  • 76.
    Créditos com PrivilégioGeral • Art. 965. Goza de privilégio geral, na ordem seguinte, sobre os bens do devedor: I - o crédito por despesa de seu funeral, feito segundo a condição do morto e o costume do lugar; II - o crédito por custas judiciais, ou por despesas com a arrecadação e liquidação da massa; III - o crédito por despesas com o luto do cônjuge sobrevivo e dos filhos do devedor falecido, se foram moderadas; IV - o crédito por despesas com a doença de que faleceu o devedor, no semestre anterior à sua morte; V - o crédito pelos gastos necessários à mantença do devedor falecido e sua família, no trimestre anterior ao falecimento; VI - o crédito pelos impostos devidos à Fazenda Pública, no ano corrente e no anterior; VII - o crédito pelos salários dos empregados do serviço doméstico do devedor, nos seus derradeiros seis meses de vida; VIII - os demais créditos de privilégio geral.
  • 77.
    Créditos Quirografários • Compreendeaqueles sem qualquer garantia; os saldos das instituições financeiras superiores à garantia real e os trabalhistas acima dos 150 salários mínimos, nessa ordem.
  • 78.
  • 79.
    Créditos Subordinados • Correspondeàquele pertencente aos sócios ou administradores, ou seja, o pro labore (retirada) ou à parte dos lucros que lhes cabe nos resultados da em presa falida, pendentes na data da quebra.
  • 80.
    Como Enfrentar asDificuldades Financeiras • Fazendo fusões, aquisições ou cisões
  • 81.
    Como Enfrentar asDificuldades Financeiras • Buscando novas linhas de financiamento
  • 82.
  • 83.
    Venda tudo o quenão fizer falta!
  • 84.
    Como Enfrentar as Dificuldades Financeiras •Negociando com bancos e outros credores
  • 85.
  • 86.
    Como Enfrentar asDificuldades Financeiras • Reduzindo investimentos
  • 87.
    Como Enfrentar asDificuldades Financeiras • Reduzindo gastos com pesquisa e desenvolvimento
  • 88.
    Como Enfrentar asDificuldades Financeiras • Substituindo diretores e gerentes
  • 89.
    Como Enfrentar asDificuldades Financeiras • Substituindo dívidas por ações
  • 90.
  • 91.
    Por que asEmpresas Quebram? • • • • • • Baixa Produtividade Baixa Rentabilidade Deficiência Estrutural Baixa Capitalização Descuido com a Essência Envelhecimento das Crenças
  • 92.
    Descuido com aEssência • • • • Desatenção do Produto Perda de Qualidade Custos Altos Atraso Tecnológico
  • 93.
    Indicadores de EficiênciaGlobal • Lucro – Produtividade – Giros • Retorno sobre Investimentos – Estrutura – Rentabilidade • Fluxo de Caixa – Produtividade – Capitalização
  • 94.
    Indicadores de EficiênciaGlobal • Ajustabilidade – Modernização do Produto – Custo Compatível • Capital Humano – Treinamento – Participação nos Resultados • Filosofia de Gestão – Revisionismo
  • 95.
    Quem sou eu? Prof.Milton Henrique do Couto Neto [email protected] Engenheiro Mecânico, UFF MBA em Gestão Empresarial, UVV MBA em Marketing Empresarial, UVV Mestre em Administração, UFES Pós-MBA em Inteligência Empresarial, FGV http://lattes.cnpq.br/8394911895758599
  • 96.
  • 97.
    Disciplinas Lecionadas Marketing Empreendedorismo Administração de Materiais Matemática MatemáticaFinanceira Gestão Financeira Fundamentos da Administração Gestão de Processos e Empresas
  • 98.
  • 99.
    Este e outrosarquivos estão disponíveis para download no www.slideshare.net/miltonh