Liliaceae
Aluna: Aurea Maria de Souza Sobrinho
Professor: Dr. Braz Cosenza
Sumário
 Descrição
 Filogenia
 Classificação taxonômica
 Características Gerais
 Frutos e sementes
 Inflorescência e estruturas anexas
 Conhecendo as estruturas da flor
 Polinização
 Dispersão
 Fórmula e diagrama floral
 Distribuição geográfica
 Importância econômica
 Referências Bibliográficas
Descrição
 Foi descrita por Antoine Laurent de Jussieu, em 1789.
 Como qualquer grupo herbáceo, o registro fóssil das Liliales está
bastante escasso e, devido a taxonomia deste grupo ser tumultuada,
os dados encontrados são difíceis de interpretar. Há muito pólen fóssil
que foi nomeado ao Liliales (sobre o nome Liliacidites), mas isto pode
ter que ser reinterpretado levando em conta recentes mudanças na
taxonomia. Em todo caso, é bastante provável que o grupo surgiu no
período Cretáceo, sendo conhecido como um dos grupos mais
"primitivos" de monocotiledôneas.
https://upload.wikimedia.org/wikiped
ia/commons/thumb/9/96/Jussieu_Ant
oine-Laurent_de_1748-
1836.jpg/220px-Jussieu_Antoine-
Laurent_de_1748-1836.jpg
Filogenia
 Cronquist (1981) posicionou a maioria das famílias de monocotiledôneas
petaloides com seis estames, dentre elas Alliaceae, Amaryllidaceae,
Alstroemeriaceae, Herreriaceae e Liliaceae, em uma única família, Liliaceae.
Resultando em uma família com cerca de 280 gêneros e 4.000 espécies.
 Foi considerado que as evidências disponíveis na época até então nesse grupo
eram pouco específicas para que se estabelecessem famílias com delimitações
evidente e bem fundamentadas (DUTILH, 2005). Da mesma maneira o conceito já
foi dividido de acordo com a posição do ovário sendo que espécies com ovário
súpero foram agrupados em Liliáceas e espécies com ovário ínferos em
Amaryllidaceae (LAWRENCE, 1951) o que gerou uma distribuição artificial pois
separou gêneros que hoje sabe-se que claramente se relacionam, como por
exemplo Agave e Yucca (Agavaceae).
x
Filogenia
 Dahlgren et al. (1985) dividiram Liliaceae sensu Cronquist em várias famílias,
distribuindo-as nas ordens Asparagales e Liliales.
 Estudos moleculares e morfológicos recentes (Rudall et al. 1995; Soltis et al.
2000; APG 2003) corroboram em parte a classificação de Dahlgren et al.
(1985), adicionando, inclusive, novas famílias. Alliaceae e Amaryllidaceae,
consideradas como famílias distintas em APG (1998) e Soltis et al. (2000).
 Os lírios se fizeram presentes em diferentes momentos da humanidade. Não
há um registro certo de quando os lírios começaram a ser cultivados, mas
sabe-se que no Egito Antigo e na Grécia Antiga eles já eram oferecidos aos
Deuses e usados como planta medicinal. Jesus Cristo popularizou os lírios
quando, em suas parábolas os citava como símbolo de pureza e logo depois o
Cristianismo passou a associar os lírios à figura de Maria, mãe de Jesus.
Serviram de inspiração para importantes obras de muitos artistas como Van
Gogh e Claude Monet.
Filogenia
https://www.edibleplantsinvietnam.com/uploads/1/2/6/8/12680760/4253378_orig.jpg
Filogenia
Judd, W.S.; Campbell, C.S.; Kellogg, E.A.; Stevens, P.F. & Donoghue, M.J. 2009. Sistemática vegetal: um enfoque filogenético. 3ª ed. Artmed, Porto Alegre. 612p
Classificação Taxonômica
 APG IV
Reino: Plantae
Divisão: Angiospermae
Classe: Monocots
Ordem: Liliales
Família: Liliaceae
https://species.wikimedia.org/wiki/Liliales
Características Gerais
 Atualmente se divide em cerca de 16 gêneros, abrangendo 635 espécies
(JUDD, 2000). É conhecida popularmente como “família das Tulipas” tendo
entre seus representantes os gêneros Erythronium, Gagea, Fritillaria, Lilium
e Tulipa.
https://www.pnwflowers.com
/images/plants/0401021.jpg
Erythronium
Erythronium oregonum
Gagea
Gagea pratensis
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/com
mons/7/7b/Gagea_pratensis2.jpg
Fritillaria
Fritillaria meleagris
https://bluestoneperennials.global.ssl.
fastly.net/img/BFRME/650/BFRME_0a_
Fritillaria_Meleagris1_vbl.1500568341.j
pg
Lilium
Lilium jaybird
https://professional.devroomen.com/
wp-content/uploads/sites/3/2017/07/
visi148953-Lilium-Jaybird.jpg
Tulipa
Tulipa saxatilis
https://www.johnscheepers.com/media/catalog/
product/cache/1/thumbnail/0dc2d03fe217f8c838
29496872af24a0/t/_/t_bak_lilac_wonder_1-w.jpg
Erythronium
 Erythronium é um género botânico pertencente à família Liliaceae que possui
27 espécies registradas oficialmente. É uma planta perene nativa das
florestas e campos das regiões temperadas do Hemisfério Norte. A maioria das
espécies tem o seu habitat na América do Norte, a Erythronium dens-canis é
nativa da Europa e outras poucas espécies são encontradas na Ásia.
Erythronium dens-canis
https://img.crocdn.co.uk/images/products2/pl/20/00/01/73/
pl2000017397.jpg?width=940&height=940
Gagea
 Gagea é um grande gênero na família dos lírios. Ele é encontrado
principalmente na Eurásia, com algumas espécies se estendendo para o norte
da África e América do Norte . Espécie europeia comum: Gagea lutea.
Gagea lutea
https://obs.infoflora.ch/assets/db_doc/taxa_images
/2012/06/20/20120620231051-78fcccb0.jpg
Fritillaria
 Fritillaria é um gênero de perenes da família Liliaceae. O gênero tem cerca
de 130-140 espécies divididas entre oito subgêneros . As flores são geralmente
solitárias, em forma de sino com bulbos possuindo escalas carnudas.
https://cdn.shopify.com/s/files/1/1069/2032/products/Fritillaria_meleagris_1_1024x1024.jpg?v=1454407316
Fritillaria meleagris
Lilium
 Gênero da família Liliaceae com espécies originárias do hemisfério norte com
ocorrências na Europa, Ásia, América do Norte, e América do Sul. Mais da
metade das espécies são encontradas na China e no Japão. As plantas
atingem, normalmente, de 1,20 a 2 metros de altura.
https://www.dejager.co.uk/cache/img/73/product%7C959&sz700
x750&cp&tn&ql&fm&bo&bc&sg00fd230fc0&ft1454597360&L3000-
The-Madonna-Lily.jpg
Lilium candidum
Tulipa
 Gênero que reúne cerca de 100 espécies, nativas da Ásia Central e Oriental, e
países mediterrâneos. Há vários séculos cultivadas como ornamentais pelas
belas e vistosas flores, eretas, com perianto campanulado ou ligeiramente
afunilado, únicas em um escapo que nasce diretamente do bulbo.
Tulipa sp.
http://www.osmais.com/wallpapers/201212/tulipas-amarelas-wallpaper.jpg
Características Gerais
 Estípulas ausentes
 Possuem bulbos e raízes contráteis (ou rizomas);
 Os bulbos dos lírios são considerados escamosos e das tulipas sólidos.
http://4.bp.blogspot.com/-oAuvvRATO2g/
TarEOECrE9I/AAAAAAAAAQI/jU_e7WBXvD4/s320/image005.png
https://media.istockphoto.com/illustrations/lily-with-root-illustration-id850742498
https://comps.canstockphoto.com.br/tulipa-vermelho-raizes-vetor-
eps_csp32489738.jpg
Características Gerais
 Pelos simples
 Folhas alternas e espiraladas, ou verticiladas,
ao longo de um caule ou em uma roseta basal, simples,
inteiras, com venação paralela.
https://cdn.pixabay.com/photo/2016/04/17/21/54/leaves-1335643_960_720.jpg
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/34/U
listnienie.svg/1200px-Ulistnienie.svg.png
Características Gerais
 Em Prosartes e Tricyrtis, as folhas possuem venação reticulada evidente entre
as nervuras primárias, com frequências invaginantes na base.
Prosartes
https://photos.smugmug.com/Plants/Plants-of-British-Columbia/
Wildflowers-of-BC/i-MhGDgTw/0/47a23478/L/Hooker%27s%20
Fairybell%2C%20Prosartes%20hookeri%206c-L.jpg
Tricyrtis
https://image.jimcdn.com/app/cms/image/transf/none/
path/s39de89414181c636/image/i4a6a436caf9e668a/version
/1483894362/image.jpg
Frutos e Sementes
 Fruto cápsula loculicida (abre pelo meio de cada carpelo) ou septícida (abre
pela linha de união dos carpelos), ocasionalmente baga;
 Sementes achatadas em formato de disco ou globosas; Algumas apresentam
arilo.
https://http2.mlstatic.com/tropical-sementes-semente-de-lirio-50-
unidades-D_NQ_NP_798090-MLB26226305155_102017-F.jpg
https://image.slidesharecdn.com/tlipa-151024022639-lva1-
app6891/95/tlipa-21-638.jpg?cb=1445653732
Inflorescência e estruturas anexas
 Inflorescência geralmente determinada, podendo ser
reduzida a uma única flor, terminal.
 Flores bissexuais, radiais a moderadamente bilaterais,
conspícuas.
 Grãos de pólen geralmente monossulcados.
 Endosperma oleoso, de célula triploide ou pentaploide.
 Óvulos numerosos, geralmente com um tegumento e um
megasporângio;
Inflorescência e estruturas anexas
Inflorescência e estruturas anexas
https://image.freepik.com/fotos-gratis/pistilo-e-estame-de-uma-flor-de-tulipa-
branca-linda_23-2147836447.jpg
Conhecendo as estruturas da flor
Flor que será utilizada: Lilium sp.
Serão 8 passos.
Conhecendo as estruturas da flor
Passo 1: Ao retirarmos algumas tépalas, já conseguimos ver
melhor dentro da flor, e já notamos os órgãos reprodutivos.
Conhecendo as estruturas da flor
Passo 2: Ao retirarmos todas as tépalas, vejam que sobram
apenas estas hastes, que são o gineceu e androceu.
Conhecendo as estruturas da flor
Passo 3: Agora, com a ajuda de um estilete, corte ao meio e podemos
ver onde está o gineceu e onde está o androceu.
Conhecendo as estruturas da flor
Passo 4: Vejam que ao abrir, cortando ao meio, visualizamos uma
parte muito importante: o ovário da flor. Dentro deste ovário vocês
podem notar vários grãos bem pequenos, que são os óvulos.
Conhecendo as estruturas da flor
Passo 5: Retirando todas estas hastes com a ponta escura, temos o órgão
masculino da flor: o androceu. Estas pontas são as anteras, e nelas são produzidos
os grãos de pólen. Estes grãos são, juntamente com os óvulos, os grandes
responsáveis pela reprodução das plantas.
Conhecendo as estruturas da flor
Passo 6: Depois de retirar o androceu, resta o gineceu. Ele é formado
pelo estigma, o estilete, e o ovário. O estigma é a entrada do estilete,
e este é o tubo que chega ao ovário, onde estão os óvulos.
Conhecendo as estruturas da flor
Passo 8: Olhem com cuidado o ovário aberto, com os
seus inúmeros óvulos. Cada um destes óvulos poderá
dar origem no futuro a uma nova planta desta
espécie.
Polinização
 São polinizadas por insetos, especialmente abelhas, vespas, mariposas e
borboletas;
 Entomofilia: termo geral para todos os meios de polinização através
de insetos, mas é um termo mais usado para polinização efetuada
por abelhas, vespas e moscas.
 Falenofilia: através de mariposas.
https://s2.best-wallpaper.net/wallpaper/1920x1200/1810/Butterfly-and-yellow-lily-
flower_1920x1200.jpg
https://thumbs.dreamstime.com/z/abelha-e-tulipas-113601428.jpg
Dispersão
 As sementes são dispersas pelo vento (anemocoria) ou pela água (hidrocoria);
algumas apresentam arilo e são dispersas por formigas (mirmecocoria).
https://static.tudointeressante.com.br/uploads/2014/02/YutakaKitamura08.gif
https://www.google.com/search?q=tulip+gifs&tbm=isch&tbs=simg:CAQSkgEJr-
ZP1YCDD2MahgELEKjU2AQaAAwLELCMpwgaYQpfCAMSJ8AOgAXlC-
ML5wslswKjGaYZ5gvQIYAjwCjBKMIovyjOIdEhhyPVMRowLh_1RbNNQXueOzkrckGc4r9_1RfeX603gZ_1
9FJ_1v_1m1NLej_1YtzU1RJ063_181kTB2cIAQMCxCOrv4IGgoKCAgBEgTArDa9DA&sa=X&ved=0ahUKE
wjfrNHhi_PiAhUlF7kGHXlXBDMQwg4ILCgA
Fórmula e Diagrama floral
Distribuição Geográfica
 Amplamente distribuída, sobretudo em regiões temperadas do Hemisfério Norte; florindo
principalmente na primavera em pradarias, ambientes montanhosos e abertos. Não é
endêmica no Brasil. Há ocorrências confirmadas na região Sudeste, no estado de Minas
Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, e possivelmente no Espírito Santo. Ocorrem também em
Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, no Sul do país.
http://www.mobot.org/
Importância econômica
http://monumentaleventos.com.br/uploads/blog/1474490870_63.jpg http://monumentaleventos.com.br/uploads/blog/1474490870_63.jpg
https://http2.mlstatic.com/buque-de-lirio-para-noiva-
D_NQ_NP_965744-MLB25571469437_052017-F.jpg
 A importância econômica mais evidente é relacionada a floricultura de
tulipas, lírios entre outros gêneros da família, na Holanda foi um dos pilares
econômicos há algum tempo onde acabou se tornando, por muito tempo, a 4°
maior fonte de renda deste país. (SALUM, 2008).
Importância econômica
https://cdn.aslembrancinhasdecasamento.com/wp-
content/uploads/2014/07/lirio.jpg.pagespeed.ce.ETrS6nE_hh.jpg
http://www.varietes.com.br/wp-
content/uploads/2017/02/16708471_952404434862011_35045252478108
37226_n-1.jpg
Importância econômica
http://revista.icasei.com.br/wp-content/uploads/2015/06/buqu%C3%AA-de-casamento-revista-icasei-1.jpg
https://festas.site/wp-content/uploads/2017/01/buque-de-tulipas-rosas-3.jpg
Importância econômica
http://revista.icasei.com.br/wp-content/uploads/2015/06/decora%C3%A7%C3%A3o-de-
casamento-com-tulipas-4.jpg
http://blog.giulianaflores.com.br/wp-content/uploads/2013/08/decoracao-tulipas.jpg
Referências Bibliográficas
 https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/institutodebotanica/wp-
content/uploads/sites/235/2016/06/Liliaceae-s.l..pdf
 Judd, Walter S.; et al. (2009). Sistemática Vegetal: Um enfoque filogenético. Porto Alegre: Artmed.
pp. 256–258
 www.mobot.org.
 http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/FichaPublicaTaxonUC/FichaPublicaTaxonUC.do?id=FB13
0725
 https://wcsp.science.kew.org/prepareChecklist.do;jsessionid=C17871583AE6329FA801847FBB06723
E.kppapp06-wcsp?checklist=selected_families%40%40156050620191533241
 https://bioflower2014.wordpress.com/2014/11/03/conhecendo-as-estruturas-da-flor/
“Para o poeta, o lírio no campo é poesia. Para o apaixonado, é símbolo do amor.
Para o profeta, é sinal de providência e para o insensível, é só mais uma flor.”
- Clávio Jacinto

435665108-Liliaceae-1-pptx.pdfkkkkkkkkkkk

  • 1.
    Liliaceae Aluna: Aurea Mariade Souza Sobrinho Professor: Dr. Braz Cosenza
  • 2.
    Sumário  Descrição  Filogenia Classificação taxonômica  Características Gerais  Frutos e sementes  Inflorescência e estruturas anexas  Conhecendo as estruturas da flor  Polinização  Dispersão  Fórmula e diagrama floral  Distribuição geográfica  Importância econômica  Referências Bibliográficas
  • 3.
    Descrição  Foi descritapor Antoine Laurent de Jussieu, em 1789.  Como qualquer grupo herbáceo, o registro fóssil das Liliales está bastante escasso e, devido a taxonomia deste grupo ser tumultuada, os dados encontrados são difíceis de interpretar. Há muito pólen fóssil que foi nomeado ao Liliales (sobre o nome Liliacidites), mas isto pode ter que ser reinterpretado levando em conta recentes mudanças na taxonomia. Em todo caso, é bastante provável que o grupo surgiu no período Cretáceo, sendo conhecido como um dos grupos mais "primitivos" de monocotiledôneas. https://upload.wikimedia.org/wikiped ia/commons/thumb/9/96/Jussieu_Ant oine-Laurent_de_1748- 1836.jpg/220px-Jussieu_Antoine- Laurent_de_1748-1836.jpg
  • 4.
    Filogenia  Cronquist (1981)posicionou a maioria das famílias de monocotiledôneas petaloides com seis estames, dentre elas Alliaceae, Amaryllidaceae, Alstroemeriaceae, Herreriaceae e Liliaceae, em uma única família, Liliaceae. Resultando em uma família com cerca de 280 gêneros e 4.000 espécies.  Foi considerado que as evidências disponíveis na época até então nesse grupo eram pouco específicas para que se estabelecessem famílias com delimitações evidente e bem fundamentadas (DUTILH, 2005). Da mesma maneira o conceito já foi dividido de acordo com a posição do ovário sendo que espécies com ovário súpero foram agrupados em Liliáceas e espécies com ovário ínferos em Amaryllidaceae (LAWRENCE, 1951) o que gerou uma distribuição artificial pois separou gêneros que hoje sabe-se que claramente se relacionam, como por exemplo Agave e Yucca (Agavaceae). x
  • 5.
    Filogenia  Dahlgren etal. (1985) dividiram Liliaceae sensu Cronquist em várias famílias, distribuindo-as nas ordens Asparagales e Liliales.  Estudos moleculares e morfológicos recentes (Rudall et al. 1995; Soltis et al. 2000; APG 2003) corroboram em parte a classificação de Dahlgren et al. (1985), adicionando, inclusive, novas famílias. Alliaceae e Amaryllidaceae, consideradas como famílias distintas em APG (1998) e Soltis et al. (2000).  Os lírios se fizeram presentes em diferentes momentos da humanidade. Não há um registro certo de quando os lírios começaram a ser cultivados, mas sabe-se que no Egito Antigo e na Grécia Antiga eles já eram oferecidos aos Deuses e usados como planta medicinal. Jesus Cristo popularizou os lírios quando, em suas parábolas os citava como símbolo de pureza e logo depois o Cristianismo passou a associar os lírios à figura de Maria, mãe de Jesus. Serviram de inspiração para importantes obras de muitos artistas como Van Gogh e Claude Monet.
  • 6.
  • 7.
    Filogenia Judd, W.S.; Campbell,C.S.; Kellogg, E.A.; Stevens, P.F. & Donoghue, M.J. 2009. Sistemática vegetal: um enfoque filogenético. 3ª ed. Artmed, Porto Alegre. 612p
  • 8.
    Classificação Taxonômica  APGIV Reino: Plantae Divisão: Angiospermae Classe: Monocots Ordem: Liliales Família: Liliaceae https://species.wikimedia.org/wiki/Liliales
  • 9.
    Características Gerais  Atualmentese divide em cerca de 16 gêneros, abrangendo 635 espécies (JUDD, 2000). É conhecida popularmente como “família das Tulipas” tendo entre seus representantes os gêneros Erythronium, Gagea, Fritillaria, Lilium e Tulipa. https://www.pnwflowers.com /images/plants/0401021.jpg Erythronium Erythronium oregonum Gagea Gagea pratensis https://upload.wikimedia.org/wikipedia/com mons/7/7b/Gagea_pratensis2.jpg Fritillaria Fritillaria meleagris https://bluestoneperennials.global.ssl. fastly.net/img/BFRME/650/BFRME_0a_ Fritillaria_Meleagris1_vbl.1500568341.j pg Lilium Lilium jaybird https://professional.devroomen.com/ wp-content/uploads/sites/3/2017/07/ visi148953-Lilium-Jaybird.jpg Tulipa Tulipa saxatilis https://www.johnscheepers.com/media/catalog/ product/cache/1/thumbnail/0dc2d03fe217f8c838 29496872af24a0/t/_/t_bak_lilac_wonder_1-w.jpg
  • 10.
    Erythronium  Erythronium éum género botânico pertencente à família Liliaceae que possui 27 espécies registradas oficialmente. É uma planta perene nativa das florestas e campos das regiões temperadas do Hemisfério Norte. A maioria das espécies tem o seu habitat na América do Norte, a Erythronium dens-canis é nativa da Europa e outras poucas espécies são encontradas na Ásia. Erythronium dens-canis https://img.crocdn.co.uk/images/products2/pl/20/00/01/73/ pl2000017397.jpg?width=940&height=940
  • 11.
    Gagea  Gagea éum grande gênero na família dos lírios. Ele é encontrado principalmente na Eurásia, com algumas espécies se estendendo para o norte da África e América do Norte . Espécie europeia comum: Gagea lutea. Gagea lutea https://obs.infoflora.ch/assets/db_doc/taxa_images /2012/06/20/20120620231051-78fcccb0.jpg
  • 12.
    Fritillaria  Fritillaria éum gênero de perenes da família Liliaceae. O gênero tem cerca de 130-140 espécies divididas entre oito subgêneros . As flores são geralmente solitárias, em forma de sino com bulbos possuindo escalas carnudas. https://cdn.shopify.com/s/files/1/1069/2032/products/Fritillaria_meleagris_1_1024x1024.jpg?v=1454407316 Fritillaria meleagris
  • 13.
    Lilium  Gênero dafamília Liliaceae com espécies originárias do hemisfério norte com ocorrências na Europa, Ásia, América do Norte, e América do Sul. Mais da metade das espécies são encontradas na China e no Japão. As plantas atingem, normalmente, de 1,20 a 2 metros de altura. https://www.dejager.co.uk/cache/img/73/product%7C959&sz700 x750&cp&tn&ql&fm&bo&bc&sg00fd230fc0&ft1454597360&L3000- The-Madonna-Lily.jpg Lilium candidum
  • 14.
    Tulipa  Gênero quereúne cerca de 100 espécies, nativas da Ásia Central e Oriental, e países mediterrâneos. Há vários séculos cultivadas como ornamentais pelas belas e vistosas flores, eretas, com perianto campanulado ou ligeiramente afunilado, únicas em um escapo que nasce diretamente do bulbo. Tulipa sp. http://www.osmais.com/wallpapers/201212/tulipas-amarelas-wallpaper.jpg
  • 15.
    Características Gerais  Estípulasausentes  Possuem bulbos e raízes contráteis (ou rizomas);  Os bulbos dos lírios são considerados escamosos e das tulipas sólidos. http://4.bp.blogspot.com/-oAuvvRATO2g/ TarEOECrE9I/AAAAAAAAAQI/jU_e7WBXvD4/s320/image005.png https://media.istockphoto.com/illustrations/lily-with-root-illustration-id850742498 https://comps.canstockphoto.com.br/tulipa-vermelho-raizes-vetor- eps_csp32489738.jpg
  • 16.
    Características Gerais  Pelossimples  Folhas alternas e espiraladas, ou verticiladas, ao longo de um caule ou em uma roseta basal, simples, inteiras, com venação paralela. https://cdn.pixabay.com/photo/2016/04/17/21/54/leaves-1335643_960_720.jpg https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/34/U listnienie.svg/1200px-Ulistnienie.svg.png
  • 17.
    Características Gerais  EmProsartes e Tricyrtis, as folhas possuem venação reticulada evidente entre as nervuras primárias, com frequências invaginantes na base. Prosartes https://photos.smugmug.com/Plants/Plants-of-British-Columbia/ Wildflowers-of-BC/i-MhGDgTw/0/47a23478/L/Hooker%27s%20 Fairybell%2C%20Prosartes%20hookeri%206c-L.jpg Tricyrtis https://image.jimcdn.com/app/cms/image/transf/none/ path/s39de89414181c636/image/i4a6a436caf9e668a/version /1483894362/image.jpg
  • 18.
    Frutos e Sementes Fruto cápsula loculicida (abre pelo meio de cada carpelo) ou septícida (abre pela linha de união dos carpelos), ocasionalmente baga;  Sementes achatadas em formato de disco ou globosas; Algumas apresentam arilo. https://http2.mlstatic.com/tropical-sementes-semente-de-lirio-50- unidades-D_NQ_NP_798090-MLB26226305155_102017-F.jpg https://image.slidesharecdn.com/tlipa-151024022639-lva1- app6891/95/tlipa-21-638.jpg?cb=1445653732
  • 19.
    Inflorescência e estruturasanexas  Inflorescência geralmente determinada, podendo ser reduzida a uma única flor, terminal.  Flores bissexuais, radiais a moderadamente bilaterais, conspícuas.  Grãos de pólen geralmente monossulcados.  Endosperma oleoso, de célula triploide ou pentaploide.  Óvulos numerosos, geralmente com um tegumento e um megasporângio;
  • 20.
  • 21.
    Inflorescência e estruturasanexas https://image.freepik.com/fotos-gratis/pistilo-e-estame-de-uma-flor-de-tulipa- branca-linda_23-2147836447.jpg
  • 22.
    Conhecendo as estruturasda flor Flor que será utilizada: Lilium sp. Serão 8 passos.
  • 23.
    Conhecendo as estruturasda flor Passo 1: Ao retirarmos algumas tépalas, já conseguimos ver melhor dentro da flor, e já notamos os órgãos reprodutivos.
  • 24.
    Conhecendo as estruturasda flor Passo 2: Ao retirarmos todas as tépalas, vejam que sobram apenas estas hastes, que são o gineceu e androceu.
  • 25.
    Conhecendo as estruturasda flor Passo 3: Agora, com a ajuda de um estilete, corte ao meio e podemos ver onde está o gineceu e onde está o androceu.
  • 26.
    Conhecendo as estruturasda flor Passo 4: Vejam que ao abrir, cortando ao meio, visualizamos uma parte muito importante: o ovário da flor. Dentro deste ovário vocês podem notar vários grãos bem pequenos, que são os óvulos.
  • 27.
    Conhecendo as estruturasda flor Passo 5: Retirando todas estas hastes com a ponta escura, temos o órgão masculino da flor: o androceu. Estas pontas são as anteras, e nelas são produzidos os grãos de pólen. Estes grãos são, juntamente com os óvulos, os grandes responsáveis pela reprodução das plantas.
  • 28.
    Conhecendo as estruturasda flor Passo 6: Depois de retirar o androceu, resta o gineceu. Ele é formado pelo estigma, o estilete, e o ovário. O estigma é a entrada do estilete, e este é o tubo que chega ao ovário, onde estão os óvulos.
  • 29.
    Conhecendo as estruturasda flor Passo 8: Olhem com cuidado o ovário aberto, com os seus inúmeros óvulos. Cada um destes óvulos poderá dar origem no futuro a uma nova planta desta espécie.
  • 30.
    Polinização  São polinizadaspor insetos, especialmente abelhas, vespas, mariposas e borboletas;  Entomofilia: termo geral para todos os meios de polinização através de insetos, mas é um termo mais usado para polinização efetuada por abelhas, vespas e moscas.  Falenofilia: através de mariposas. https://s2.best-wallpaper.net/wallpaper/1920x1200/1810/Butterfly-and-yellow-lily- flower_1920x1200.jpg https://thumbs.dreamstime.com/z/abelha-e-tulipas-113601428.jpg
  • 31.
    Dispersão  As sementessão dispersas pelo vento (anemocoria) ou pela água (hidrocoria); algumas apresentam arilo e são dispersas por formigas (mirmecocoria). https://static.tudointeressante.com.br/uploads/2014/02/YutakaKitamura08.gif https://www.google.com/search?q=tulip+gifs&tbm=isch&tbs=simg:CAQSkgEJr- ZP1YCDD2MahgELEKjU2AQaAAwLELCMpwgaYQpfCAMSJ8AOgAXlC- ML5wslswKjGaYZ5gvQIYAjwCjBKMIovyjOIdEhhyPVMRowLh_1RbNNQXueOzkrckGc4r9_1RfeX603gZ_1 9FJ_1v_1m1NLej_1YtzU1RJ063_181kTB2cIAQMCxCOrv4IGgoKCAgBEgTArDa9DA&sa=X&ved=0ahUKE wjfrNHhi_PiAhUlF7kGHXlXBDMQwg4ILCgA
  • 32.
  • 33.
    Distribuição Geográfica  Amplamentedistribuída, sobretudo em regiões temperadas do Hemisfério Norte; florindo principalmente na primavera em pradarias, ambientes montanhosos e abertos. Não é endêmica no Brasil. Há ocorrências confirmadas na região Sudeste, no estado de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, e possivelmente no Espírito Santo. Ocorrem também em Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, no Sul do país. http://www.mobot.org/
  • 34.
    Importância econômica http://monumentaleventos.com.br/uploads/blog/1474490870_63.jpg http://monumentaleventos.com.br/uploads/blog/1474490870_63.jpg https://http2.mlstatic.com/buque-de-lirio-para-noiva- D_NQ_NP_965744-MLB25571469437_052017-F.jpg A importância econômica mais evidente é relacionada a floricultura de tulipas, lírios entre outros gêneros da família, na Holanda foi um dos pilares econômicos há algum tempo onde acabou se tornando, por muito tempo, a 4° maior fonte de renda deste país. (SALUM, 2008).
  • 35.
  • 36.
  • 37.
  • 38.
    Referências Bibliográficas  https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/institutodebotanica/wp- content/uploads/sites/235/2016/06/Liliaceae-s.l..pdf Judd, Walter S.; et al. (2009). Sistemática Vegetal: Um enfoque filogenético. Porto Alegre: Artmed. pp. 256–258  www.mobot.org.  http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/FichaPublicaTaxonUC/FichaPublicaTaxonUC.do?id=FB13 0725  https://wcsp.science.kew.org/prepareChecklist.do;jsessionid=C17871583AE6329FA801847FBB06723 E.kppapp06-wcsp?checklist=selected_families%40%40156050620191533241  https://bioflower2014.wordpress.com/2014/11/03/conhecendo-as-estruturas-da-flor/
  • 39.
    “Para o poeta,o lírio no campo é poesia. Para o apaixonado, é símbolo do amor. Para o profeta, é sinal de providência e para o insensível, é só mais uma flor.” - Clávio Jacinto