Análise das Demonstrações
Contábeis
ANÁLISE NAS DEMONSTRAÇÕES
Prof. Sergio Pontes de Araújo
CONCEITOS
Segundo o Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa, ANALISAR é:
1. fazer análise de; separar (um todo) em seus elementos ou
partes componentes; 2. investigar, examinar minuciosamente;
esquadrinhar, dissecar (...).
Segundo Hugo R. Braga “a análise das demonstrações financeiras
tem por objetivo observar e confrontar os elementos
patrimoniais e os resultados das operações, visando ao
conhecimento minucioso de sua composição qualitativa e de sua
expressão quantitativa, de modo a revelar os fatores
antecedentes e determinantes da situação atual, e, também, a
servir de ponto de partida para delinear o comportamento futuro
da empresa (p. 117)”.
DADOS X INFORMAÇÕES
Isso é o mesmo que dizer que a Análise de Balanços tem o
objetivo de extrair informações das demonstrações financeiras
para subsidiar a tomada de decisões. Ela permite conhecer os
efeitos das decisões adotadas no passado e as causas
determinantes do estado atual, servindo de orientação para a
elaboração de planos futuros.
Segundo MATARAZZO, as demonstrações financeiras fornecem
uma série de dados sobre a empresa, de acordo com
doutrinamento contábil. A análise sobre as referidas
demonstrações transforma esses dados em informações e será
mais eficiente quanto melhores informações produzir.
DADOS X INFORMAÇÕES
Dados: São números ou descrição de objetos ou eventos
que, isoladamente, não provocam nenhuma reação
imediata no usuário.
Informações: Representam, para seus usuários, uma
comunicação que pode produzir reação ou decisão,
frequentemente acompanhada de um efeito-surpresa.
“Medir é importante: o que não é medido não é
gerenciado” (KAPLAN; NORTON, 1997)
ANÁLISE NAS DEMONSTRAÇÕES
ANÁLISE NAS DEMONSTRAÇÕES
A análise financeira deve ser um instrumento que
possibilite o gerenciamento a partir dos dados contábeis.
Assim, um dos fundamentos da análise financeira é
estabelecer métodos que permitam a comparabilidade.
Dentro da empresa, um dos aspectos relevantes é o
acompanhamento de tendência dos indicadores. A
importância desta percepção está na comparabilidade a
que foi referida, além de possibilitar eventualmente inferir
aspectos futuros da empresa.
METODOLOGIA E PROCESSO
ANÁLISE
ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL
Os métodos de análise vertical e horizontal prestam valiosa
contribuição à estrutura e à tendência dos números de uma
empresa. De acordo com Pereira da Silva (2010, p. 198), a
análise vertical e horizontal pode auxiliar na análise dos
índices financeiros e em outros métodos de análise. No
entendimento de Matarazzo (2010, p. 170), por intermédio
da análise vertical e horizontal é possível conhecer
pormenores das demonstrações financeiras que escapam à
análise genérica por meio de índices.
ANÁLISE VERTICAL
Segundo Pereira da Silva (2010, p. 199), o primeiro
propósito da análise vertical (AV) é mostrar a participação
relativa de cada item de uma demonstração contábil em
relação a determinado referencial. O percentual de cada
conta revela sua real importância no conjunto. No
entendimento de Iudícibus (2010, p. 86), este tipo de análise
é importante para avaliar a estrutura da composição de
itens.
ANÁLISE VERTICAL
AV = RUBRICA X 100
BASE
Código Balanço Patrimonial 20X1
1 Ativo Total – AT 3.807
1.01 Ativo Circulante – AC 2.206
AV = Análise Vertical
Rubrica = conta contábil que queremos calcular (ex.: ativo circulante)
Base = no BP usamos o ativo total, na DRE usamos as Vendas Operac. Líquidas.
Exemplo:
ANÁLISE VERTICAL
Quanto ao cálculo podemos observar que a análise
vertical toma o ativo total como base 100%, de modo
que o ativo circulante representa 58% do total do ativo.
A análise vertical baseia-se em valores percentuais das
demonstrações financeiras e para isso se calcula o
percentual de cada conta em relação a um valor base.
ANÁLISE HORIZONTAL
Já na análise horizontal (AH), no entendimento de
Pereira da Silva (2010, p. 205), o propósito é permitir o
exame da evolução histórica de cada uma das contas de
uma série que compõe as demonstrações financeiras em
relação à demonstração anterior e/ou em relação a uma
demonstração financeira básica, geralmente a mais
antiga da série. A evolução de cada conta mostra os
caminhos trilhados pela empresa e as possíveis
tendências.
ANÁLISE HORIZONTAL
AH =
RUBRICA EM ANÁLISE EM Xn
X 100
RUBRICA EM ANÁLISE EM X1
Códig
o
Balanço Patrimonial 20X1 20X2
1 Ativo Total – AT 3.80
7
5.07
1
Tanto podemos utilizar a seguinte fórmula:
AH = Análise Horizontal
Xn = Rubrica em 20xn
X1 = Rubrica em 20x1
Exemplo:
ANÁLISE HORIZONTAL
AH = (
RUBRICA EM ANÁLISE EM Xn
RUBRICA EM ANÁLISE EM X1
) -1 ) X 100
AH = Análise Horizontal
Xn = Rubrica em 20xn
X1 = Rubrica em 20x1
Quanto Essa fórmula:
ANÁLISE POR ÍNDICES
Segundo PADOVEZE, o objetivo básico dos indicadores
econômico-financeiros é evidenciar a posição atual da
empresa, ao mesmo tempo em que tentam inferir o que pode
acontecer no futuro, com a empresa, caso aquela situação
detectada pelos indicadores tenha sequência.
O uso de quocientes (índices) tem como finalidade principal
permitir ao analista extrair tendências e comparar os
quocientes com padrões preestabelecidos.
A conjugação do uso de índices-padrão e de pesos possibilita
chegar-se a uma avaliação global da empresa analisada, o que
é de extrema utilidade nas tomadas de decisões.
ÍNDICES LIQUIDEZ
Os índices desse grupo evidenciam a base da situação
financeira da empresa, isto é, constituem uma apreciação
sobre sua capacidade de saldar compromissos a partir da
comparação entre os direitos disponíveis e realizáveis com as
obrigações da companhia. Uma empresa com índices de
liquidez superiores à unidade, em tese, tem condições de pagar
suas dívidas.
Cabe salientar que liquidez não é sinônimo de solvência.
Liquidez é a capacidade de liquidar as obrigações em dia, por
meio do giro dos negócios.
ÍNDICES LIQUIDEZ
Liquidez Corrente: Indica quanto a empresa possui em
dinheiro, mais bens e direitos realizáveis no curto prazo
(próximo exercício), comparado com suas dívidas a serem
pagas no mesmo período.
LC = Liquidez corrente
AC = Ativo Circulante
PC = Passivo Circulante
Código Balanço Patrimonial 20X1
1.01 Ativo Circulante – AC 2.206
2.01 Passivo Circulante – PC 1.187
ÍNDICES LIQUIDEZ
Liquidez Seca: Indica quanto a empresa possui em
disponibilidades (dinheiro, depósitos bancários à vista e
aplicações financeiras de liquidez imediata), aplicações
financeiras de curto prazo e duplicatas a receber, para fazer
frente ante ao seu passivo circulante.
LS = Liquidez seca
AC = Ativo Circulante
Est = Estoques
PC = Passivo Circulante
Código Balanço Patrimonial 20X1
1.01 Ativo Circulante – AC 2.206
1.01.03 Estoques 587
2.01 Passivo Circulante – PC 1.187
ÍNDICES LIQUIDEZ
Liquidez Geral: Indica quanto a empresa possui em dinheiro,
bens e direitos realizáveis a curto e longo prazos, para fazer
frente as suas dívidas totais (passivo exigível).
LG = Liquidez geral
AC = Ativo Circulante
RLP = Realizável L. Prazo
PC = Passivo Circulante
PNC = Passivo Não Circulante
1.01 Ativo Circulante – AC 2.206
1.02.01 Realizávela LongoPrazo– RLP 231
2.01 Passivo Circulante – PC 1.187
2.02 Passivo Não circulante 1.336
ÍNDICES ENDIVIDAMENTO
Conforme Marion (2010, p. 93) “são os indicadores de
endividamento que nos informam se a empresa se utiliza mais
de recursos de terceiros ou de recursos dos proprietários”. O
autor afirma que a partir destes indicadores é possível saber o
grau de comprometimento com obrigações e se os
vencimentos dos recursos de terceiros são na sua maioria a
curto ou longo prazo.
Os índices de endividamento decorrem das decisões
estratégicas da empresa, relacionadas às decisões financeiras
de investimentos, financiamento e distribuição de dividendos.
ÍNDICES ENDIVIDAMENTO
Participação de Capitais de Terceiros: Indica o percentual de
capital de terceiros em relação ao patrimônio líquido, ou
capital próprio, retratando a dependência da empresa em
relação aos recursos externos a ela.
PCT = Participação de Capitais de Terceiros
PC = Passivo Circulante
PNC = Passivo Não Circulante
PL = Patrimônio Líquido
Código Balanço Patrimonial 20X1
2.01 Passivo Circulante – PC 1.187
2.02 Passivo Não circulante - PNC 1.336
3 Patrimônio Líquido – PL 1.284
ÍNDICES ENDIVIDAMENTO
Composição de Endividamento: Indica quanto da dívida total
da empresa deverá ser paga no curto prazo, isto é, as
obrigações que vencem durante o próximo exercício,
comparadas com todo o exigível da empresa.
CE = Composição do Endividamento
PC = Passivo Circulante
PNC = Passivo Não Circulante
Código Balanço Patrimonial 20X1
2.01 Passivo Circulante – PC 1.187
2.02 Passivo Não circulante - PNC 1.336
ÍNDICES ENDIVIDAMENTO
Endividamento Geral: Esse indicador reforça as conclusões
tiradas a partir do índice Relação Entre as Fontes de Recursos,
revelando o percentual do ativo que é financiado por capitais
de terceiros.
CE = Composição do Endividamento
PC = Passivo Circulante
PNC = Passivo Não Circulante
Código Balanço Patrimonial 20X1
2.01 Passivo Circulante – PC 1.187
2.02 Passivo Não circulante - PNC 1.336
1 Ativo Total – AT 3.807
ANÁLISE DE PRAZO MÉDIO
Conhecer e entender por meio das demonstrações financeiras,
quantos dias em média a empresa está precisando para
renovação de seus estoques; como podem ser calculados e
quantos dias em média, a empresa terá de esperar para
receber suas vendas e quantos dias, a empresa tem para pagar
suas compras.
Prazo Médio de Estoques (PME)
Prazo Médio de Recebimentos (PMR)
Prazo Médio de Pagamentos (PMP)
Prazo Médio de Estoque - PME
O prazo médio de estoques indica quantos dias, em média, os
produtos ficam armazenados na empresa antes de serem vendidos.
O volume de estoques mantidos por uma empresa decorre
fundamentalmente do seu volume de vendas e de sua política de
estocagem. Quanto maiores os estoques, mais recursos as empresas
estão comprometendo com os mesmos.
PME = Prazo médio de estoque
ESTm = Estoque médio
• considerando Ei = estoque inicial que é o valor do estoque final do ano anterior e Ef = estoque final do
exercício atual, dividindo o resultado da soma por dois.
CPV = Custo dos produtos vendidos
Dp = Dias do período considerado (360 dias para um ano)
PME =
ESTm X Dp
CMV
Prazo Médio de Estoque - PME
Código Balanço Patrimonial 20X1 20X2
1.01.03 Estoques 587 675
Código Demonstração do Resultado do Exercício 20X1 20X2
2 (-) Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos 3.870 4.059
Devemos observar que neste exemplo poderemos calcular o estoque médio de 20X1 e 20X2
Uma vez encontrados os valores do estoque médio prosseguimos com a aplicação da fór-
mula de prazo médio de estoques:
GE =
360 = 6 giros no ano
56
GE =
Dp
PME
Prazo Médio de Recebimentos – PMR
O prazo médio de recebimento das vendas indica quantos dias, em
média, a empresa leva para receber suas vendas. Por meio dele
verifica-se a eficiência da administração na sua política de vendas a
prazo. O volume de duplicatas a receber é decorrência de dois
fatores básicos: montante de vendas a prazo e prazo concedido aos
clientes para pagamento.
PMR = Prazo médio de recebimento das vendas
DRm = Duplicatas a receber médio
• Considerando DRi = Duplicatas a receber inicial, que é o valor das duplicatas a receber ao final do ano anterior
e DRf = Duplicatas a receber ao final do exercício atual, dividindo o resultado da soma por dois. Esta conta, no
balanço patrimonial, é denominada de “Créditos”.
RL = Receita Líquida de Vendas e/ou serviços
Dp = Dias do período considerado (360 dias para um ano)
PMR =
DRm X Dp
RL
Prazo Médio de Recebimentos – PMR
Código Balanço Patrimonial 20X1 20X2
1.01.02 Créditos/Contas a receber/DR 583 737
Código Demonstração do Resultado do Exercício 20X1 20X2
1 Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 5.402 5.670
Devemos observar que neste exemplo poderemos calcular o índice Duplicatas a Receber
médio de 20X1 e 20X2
Uma vez encontrados os valores do “duplicatas a receber médio” prosseguimos com a
aplicação da fórmula de prazo médio de recebimento das vendas:
Prazo Médio de Pagamentos – PMP
O prazo médio de pagamento das compras indica quantos dias, em
média, a empresa tem para pagar seus fornecedores. A partir do
PMC podemos calcular o número de vezes em que são renovadas as
dívidas com fornecedores, ou seja, a rotação da conta que expressa
as compras a prazo, denominada fornecedores.
PMP = Prazo médio de pagamento das compras
DPm = Fornecedores médio
• considerando DPi = fornecedores inicial, que é o valor dos fornecedores final do ano anterior e DPf =
fornecedores final do exercício atual, dividindo o resultado da soma por dois.
MC = Montante de Compras ou Compras do período
Dp = Dias do período considerado (360 dias para um ano)
PMP =
DPm X Dp
MC
DPm =
DPi +DPf
2
Prazo Médio de Pagamentos – PMP
Código Balanço Patrimonial 20X1 20X2
1.01.03 Estoques 587 675
2.01.02 Fornecedores 349 511
Código Demonstração do Resultado do Exercício 20X1 20X2
2 (-) Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos 3.870 4.059
Devemos observar que neste exemplo poderemos calcular os fornecedores médio de
20X1 e 20X2
DPm 20X2 =
349 + 511 = 430
2
MC = CMV + ESTf - ESTi
Uma vez encontrados os valores dos fornecedores médio, precisamos ainda encontrar o
montante de compras.
MC = Montante de compras
CMV = Custo dos produtos vendidos
ESTi = Estoque inicial (é o valor final dos estoques do exercício anterior) ESTf = Estoque final (é o valor dos estoques final do exercício
atual)
Prazo Médio de Pagamentos – PMP
Trata-se de uma informação indispensável para o cálculo do Prazo Médio de Compras.
Uma vez encontrados os valores dos fornecedores médio e do montante de compras,
pros- seguimos com a aplicação da fórmula de prazo médio de pagamento das compras:
PMP 20X2 = 430 X 360 = 37 dias
4.147
Análise de Ciclos

Análise das demonstrações contábeis - Aula.pptx

  • 1.
    Análise das Demonstrações Contábeis ANÁLISENAS DEMONSTRAÇÕES Prof. Sergio Pontes de Araújo
  • 2.
    CONCEITOS Segundo o DicionárioHouaiss de Língua Portuguesa, ANALISAR é: 1. fazer análise de; separar (um todo) em seus elementos ou partes componentes; 2. investigar, examinar minuciosamente; esquadrinhar, dissecar (...). Segundo Hugo R. Braga “a análise das demonstrações financeiras tem por objetivo observar e confrontar os elementos patrimoniais e os resultados das operações, visando ao conhecimento minucioso de sua composição qualitativa e de sua expressão quantitativa, de modo a revelar os fatores antecedentes e determinantes da situação atual, e, também, a servir de ponto de partida para delinear o comportamento futuro da empresa (p. 117)”.
  • 3.
    DADOS X INFORMAÇÕES Issoé o mesmo que dizer que a Análise de Balanços tem o objetivo de extrair informações das demonstrações financeiras para subsidiar a tomada de decisões. Ela permite conhecer os efeitos das decisões adotadas no passado e as causas determinantes do estado atual, servindo de orientação para a elaboração de planos futuros. Segundo MATARAZZO, as demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a empresa, de acordo com doutrinamento contábil. A análise sobre as referidas demonstrações transforma esses dados em informações e será mais eficiente quanto melhores informações produzir.
  • 4.
    DADOS X INFORMAÇÕES Dados:São números ou descrição de objetos ou eventos que, isoladamente, não provocam nenhuma reação imediata no usuário. Informações: Representam, para seus usuários, uma comunicação que pode produzir reação ou decisão, frequentemente acompanhada de um efeito-surpresa. “Medir é importante: o que não é medido não é gerenciado” (KAPLAN; NORTON, 1997)
  • 5.
  • 6.
    ANÁLISE NAS DEMONSTRAÇÕES Aanálise financeira deve ser um instrumento que possibilite o gerenciamento a partir dos dados contábeis. Assim, um dos fundamentos da análise financeira é estabelecer métodos que permitam a comparabilidade. Dentro da empresa, um dos aspectos relevantes é o acompanhamento de tendência dos indicadores. A importância desta percepção está na comparabilidade a que foi referida, além de possibilitar eventualmente inferir aspectos futuros da empresa.
  • 7.
  • 8.
    ANÁLISE HORIZONTAL EVERTICAL Os métodos de análise vertical e horizontal prestam valiosa contribuição à estrutura e à tendência dos números de uma empresa. De acordo com Pereira da Silva (2010, p. 198), a análise vertical e horizontal pode auxiliar na análise dos índices financeiros e em outros métodos de análise. No entendimento de Matarazzo (2010, p. 170), por intermédio da análise vertical e horizontal é possível conhecer pormenores das demonstrações financeiras que escapam à análise genérica por meio de índices.
  • 9.
    ANÁLISE VERTICAL Segundo Pereirada Silva (2010, p. 199), o primeiro propósito da análise vertical (AV) é mostrar a participação relativa de cada item de uma demonstração contábil em relação a determinado referencial. O percentual de cada conta revela sua real importância no conjunto. No entendimento de Iudícibus (2010, p. 86), este tipo de análise é importante para avaliar a estrutura da composição de itens.
  • 10.
    ANÁLISE VERTICAL AV =RUBRICA X 100 BASE Código Balanço Patrimonial 20X1 1 Ativo Total – AT 3.807 1.01 Ativo Circulante – AC 2.206 AV = Análise Vertical Rubrica = conta contábil que queremos calcular (ex.: ativo circulante) Base = no BP usamos o ativo total, na DRE usamos as Vendas Operac. Líquidas. Exemplo:
  • 11.
    ANÁLISE VERTICAL Quanto aocálculo podemos observar que a análise vertical toma o ativo total como base 100%, de modo que o ativo circulante representa 58% do total do ativo. A análise vertical baseia-se em valores percentuais das demonstrações financeiras e para isso se calcula o percentual de cada conta em relação a um valor base.
  • 12.
    ANÁLISE HORIZONTAL Já naanálise horizontal (AH), no entendimento de Pereira da Silva (2010, p. 205), o propósito é permitir o exame da evolução histórica de cada uma das contas de uma série que compõe as demonstrações financeiras em relação à demonstração anterior e/ou em relação a uma demonstração financeira básica, geralmente a mais antiga da série. A evolução de cada conta mostra os caminhos trilhados pela empresa e as possíveis tendências.
  • 13.
    ANÁLISE HORIZONTAL AH = RUBRICAEM ANÁLISE EM Xn X 100 RUBRICA EM ANÁLISE EM X1 Códig o Balanço Patrimonial 20X1 20X2 1 Ativo Total – AT 3.80 7 5.07 1 Tanto podemos utilizar a seguinte fórmula: AH = Análise Horizontal Xn = Rubrica em 20xn X1 = Rubrica em 20x1 Exemplo:
  • 14.
    ANÁLISE HORIZONTAL AH =( RUBRICA EM ANÁLISE EM Xn RUBRICA EM ANÁLISE EM X1 ) -1 ) X 100 AH = Análise Horizontal Xn = Rubrica em 20xn X1 = Rubrica em 20x1 Quanto Essa fórmula:
  • 15.
    ANÁLISE POR ÍNDICES SegundoPADOVEZE, o objetivo básico dos indicadores econômico-financeiros é evidenciar a posição atual da empresa, ao mesmo tempo em que tentam inferir o que pode acontecer no futuro, com a empresa, caso aquela situação detectada pelos indicadores tenha sequência. O uso de quocientes (índices) tem como finalidade principal permitir ao analista extrair tendências e comparar os quocientes com padrões preestabelecidos. A conjugação do uso de índices-padrão e de pesos possibilita chegar-se a uma avaliação global da empresa analisada, o que é de extrema utilidade nas tomadas de decisões.
  • 16.
    ÍNDICES LIQUIDEZ Os índicesdesse grupo evidenciam a base da situação financeira da empresa, isto é, constituem uma apreciação sobre sua capacidade de saldar compromissos a partir da comparação entre os direitos disponíveis e realizáveis com as obrigações da companhia. Uma empresa com índices de liquidez superiores à unidade, em tese, tem condições de pagar suas dívidas. Cabe salientar que liquidez não é sinônimo de solvência. Liquidez é a capacidade de liquidar as obrigações em dia, por meio do giro dos negócios.
  • 17.
    ÍNDICES LIQUIDEZ Liquidez Corrente:Indica quanto a empresa possui em dinheiro, mais bens e direitos realizáveis no curto prazo (próximo exercício), comparado com suas dívidas a serem pagas no mesmo período. LC = Liquidez corrente AC = Ativo Circulante PC = Passivo Circulante Código Balanço Patrimonial 20X1 1.01 Ativo Circulante – AC 2.206 2.01 Passivo Circulante – PC 1.187
  • 18.
    ÍNDICES LIQUIDEZ Liquidez Seca:Indica quanto a empresa possui em disponibilidades (dinheiro, depósitos bancários à vista e aplicações financeiras de liquidez imediata), aplicações financeiras de curto prazo e duplicatas a receber, para fazer frente ante ao seu passivo circulante. LS = Liquidez seca AC = Ativo Circulante Est = Estoques PC = Passivo Circulante Código Balanço Patrimonial 20X1 1.01 Ativo Circulante – AC 2.206 1.01.03 Estoques 587 2.01 Passivo Circulante – PC 1.187
  • 19.
    ÍNDICES LIQUIDEZ Liquidez Geral:Indica quanto a empresa possui em dinheiro, bens e direitos realizáveis a curto e longo prazos, para fazer frente as suas dívidas totais (passivo exigível). LG = Liquidez geral AC = Ativo Circulante RLP = Realizável L. Prazo PC = Passivo Circulante PNC = Passivo Não Circulante 1.01 Ativo Circulante – AC 2.206 1.02.01 Realizávela LongoPrazo– RLP 231 2.01 Passivo Circulante – PC 1.187 2.02 Passivo Não circulante 1.336
  • 20.
    ÍNDICES ENDIVIDAMENTO Conforme Marion(2010, p. 93) “são os indicadores de endividamento que nos informam se a empresa se utiliza mais de recursos de terceiros ou de recursos dos proprietários”. O autor afirma que a partir destes indicadores é possível saber o grau de comprometimento com obrigações e se os vencimentos dos recursos de terceiros são na sua maioria a curto ou longo prazo. Os índices de endividamento decorrem das decisões estratégicas da empresa, relacionadas às decisões financeiras de investimentos, financiamento e distribuição de dividendos.
  • 21.
    ÍNDICES ENDIVIDAMENTO Participação deCapitais de Terceiros: Indica o percentual de capital de terceiros em relação ao patrimônio líquido, ou capital próprio, retratando a dependência da empresa em relação aos recursos externos a ela. PCT = Participação de Capitais de Terceiros PC = Passivo Circulante PNC = Passivo Não Circulante PL = Patrimônio Líquido Código Balanço Patrimonial 20X1 2.01 Passivo Circulante – PC 1.187 2.02 Passivo Não circulante - PNC 1.336 3 Patrimônio Líquido – PL 1.284
  • 22.
    ÍNDICES ENDIVIDAMENTO Composição deEndividamento: Indica quanto da dívida total da empresa deverá ser paga no curto prazo, isto é, as obrigações que vencem durante o próximo exercício, comparadas com todo o exigível da empresa. CE = Composição do Endividamento PC = Passivo Circulante PNC = Passivo Não Circulante Código Balanço Patrimonial 20X1 2.01 Passivo Circulante – PC 1.187 2.02 Passivo Não circulante - PNC 1.336
  • 23.
    ÍNDICES ENDIVIDAMENTO Endividamento Geral:Esse indicador reforça as conclusões tiradas a partir do índice Relação Entre as Fontes de Recursos, revelando o percentual do ativo que é financiado por capitais de terceiros. CE = Composição do Endividamento PC = Passivo Circulante PNC = Passivo Não Circulante Código Balanço Patrimonial 20X1 2.01 Passivo Circulante – PC 1.187 2.02 Passivo Não circulante - PNC 1.336 1 Ativo Total – AT 3.807
  • 24.
    ANÁLISE DE PRAZOMÉDIO Conhecer e entender por meio das demonstrações financeiras, quantos dias em média a empresa está precisando para renovação de seus estoques; como podem ser calculados e quantos dias em média, a empresa terá de esperar para receber suas vendas e quantos dias, a empresa tem para pagar suas compras. Prazo Médio de Estoques (PME) Prazo Médio de Recebimentos (PMR) Prazo Médio de Pagamentos (PMP)
  • 25.
    Prazo Médio deEstoque - PME O prazo médio de estoques indica quantos dias, em média, os produtos ficam armazenados na empresa antes de serem vendidos. O volume de estoques mantidos por uma empresa decorre fundamentalmente do seu volume de vendas e de sua política de estocagem. Quanto maiores os estoques, mais recursos as empresas estão comprometendo com os mesmos. PME = Prazo médio de estoque ESTm = Estoque médio • considerando Ei = estoque inicial que é o valor do estoque final do ano anterior e Ef = estoque final do exercício atual, dividindo o resultado da soma por dois. CPV = Custo dos produtos vendidos Dp = Dias do período considerado (360 dias para um ano) PME = ESTm X Dp CMV
  • 26.
    Prazo Médio deEstoque - PME Código Balanço Patrimonial 20X1 20X2 1.01.03 Estoques 587 675 Código Demonstração do Resultado do Exercício 20X1 20X2 2 (-) Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos 3.870 4.059 Devemos observar que neste exemplo poderemos calcular o estoque médio de 20X1 e 20X2 Uma vez encontrados os valores do estoque médio prosseguimos com a aplicação da fór- mula de prazo médio de estoques: GE = 360 = 6 giros no ano 56 GE = Dp PME
  • 27.
    Prazo Médio deRecebimentos – PMR O prazo médio de recebimento das vendas indica quantos dias, em média, a empresa leva para receber suas vendas. Por meio dele verifica-se a eficiência da administração na sua política de vendas a prazo. O volume de duplicatas a receber é decorrência de dois fatores básicos: montante de vendas a prazo e prazo concedido aos clientes para pagamento. PMR = Prazo médio de recebimento das vendas DRm = Duplicatas a receber médio • Considerando DRi = Duplicatas a receber inicial, que é o valor das duplicatas a receber ao final do ano anterior e DRf = Duplicatas a receber ao final do exercício atual, dividindo o resultado da soma por dois. Esta conta, no balanço patrimonial, é denominada de “Créditos”. RL = Receita Líquida de Vendas e/ou serviços Dp = Dias do período considerado (360 dias para um ano) PMR = DRm X Dp RL
  • 28.
    Prazo Médio deRecebimentos – PMR Código Balanço Patrimonial 20X1 20X2 1.01.02 Créditos/Contas a receber/DR 583 737 Código Demonstração do Resultado do Exercício 20X1 20X2 1 Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 5.402 5.670 Devemos observar que neste exemplo poderemos calcular o índice Duplicatas a Receber médio de 20X1 e 20X2 Uma vez encontrados os valores do “duplicatas a receber médio” prosseguimos com a aplicação da fórmula de prazo médio de recebimento das vendas:
  • 29.
    Prazo Médio dePagamentos – PMP O prazo médio de pagamento das compras indica quantos dias, em média, a empresa tem para pagar seus fornecedores. A partir do PMC podemos calcular o número de vezes em que são renovadas as dívidas com fornecedores, ou seja, a rotação da conta que expressa as compras a prazo, denominada fornecedores. PMP = Prazo médio de pagamento das compras DPm = Fornecedores médio • considerando DPi = fornecedores inicial, que é o valor dos fornecedores final do ano anterior e DPf = fornecedores final do exercício atual, dividindo o resultado da soma por dois. MC = Montante de Compras ou Compras do período Dp = Dias do período considerado (360 dias para um ano) PMP = DPm X Dp MC DPm = DPi +DPf 2
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    Prazo Médio dePagamentos – PMP Código Balanço Patrimonial 20X1 20X2 1.01.03 Estoques 587 675 2.01.02 Fornecedores 349 511 Código Demonstração do Resultado do Exercício 20X1 20X2 2 (-) Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos 3.870 4.059 Devemos observar que neste exemplo poderemos calcular os fornecedores médio de 20X1 e 20X2 DPm 20X2 = 349 + 511 = 430 2 MC = CMV + ESTf - ESTi Uma vez encontrados os valores dos fornecedores médio, precisamos ainda encontrar o montante de compras. MC = Montante de compras CMV = Custo dos produtos vendidos ESTi = Estoque inicial (é o valor final dos estoques do exercício anterior) ESTf = Estoque final (é o valor dos estoques final do exercício atual)
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    Prazo Médio dePagamentos – PMP Trata-se de uma informação indispensável para o cálculo do Prazo Médio de Compras. Uma vez encontrados os valores dos fornecedores médio e do montante de compras, pros- seguimos com a aplicação da fórmula de prazo médio de pagamento das compras: PMP 20X2 = 430 X 360 = 37 dias 4.147
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