Cenário 1: Hepatócito
 Estímulo: Ingestão crônica de álcool.
 Reação:
o Esteatose Hepática (Acúmulo de Gordura): A ingestão crônica de
álcool aumenta a produção de ácidos graxos e reduz a oxidação dos
lipídios, levando ao acúmulo de gordura dentro dos hepatócitos.
o Estresse Oxidativo: O etanol é metabolizado principalmente nos
hepatócitos, gerando espécies reativas de oxigênio (ROS), que causam
danos às membranas celulares, proteínas e DNA.
o Inflamação: O estresse oxidativo induz inflamação, com a liberação de
citocinas pró-inflamatórias que podem atrair células imunes para o
fígado, contribuindo para o desenvolvimento de hepatite alcoólica.
o Necrose ou Apoptose: Se o dano persistir, os hepatócitos podem sofrer
necrose, principalmente nas áreas centrolobulares do fígado, ou apoptose
induzida pelo estresse oxidativo severo.
Cenário 2: Neurônio
 Estímulo: Trauma mecânico devido a um acidente de carro.
 Reação:
o Danos Axonais: O impacto forte pode causar danos axonais difusos,
rompendo o citoesqueleto do neurônio e interrompendo a transmissão de
sinais.
o Resposta Inflamatória: O trauma leva à ativação de células gliais, que
iniciam uma resposta inflamatória liberando citocinas e outras moléculas
sinalizadoras, que podem agravar o dano neural.
o Tentativa de Regeneração: O neurônio pode tentar se regenerar através
da formação de brotos axonais. No entanto, a capacidade de regeneração
do sistema nervoso central é limitada.
o Apoptose: Se o dano for extenso e irreversível, a célula pode entrar em
apoptose, um processo de morte celular programada para evitar
inflamação e danos aos tecidos adjacentes.
Cenário 3: Célula Cardíaca (Cardiomiócito)
 Estímulo: Isquemia devido a um bloqueio coronariano.
 Reação:
o Glicólise Anaeróbia: Com a falta de oxigênio, os cardiomiócitos
dependem da glicólise anaeróbia para gerar ATP, resultando no acúmulo
de ácido lático, que abaixa o pH intracelular.
o Disfunção Mitocondrial: A falta de oxigênio compromete a função
mitocondrial, levando à redução da produção de ATP e ao acúmulo de
cálcio nas mitocôndrias.
o Edema Celular: A falha das bombas de íons, devido à falta de ATP,
resulta em acúmulo de sódio e água dentro das células, causando
inchaço.
o Necrose: Se a isquemia persistir, os cardiomiócitos sofrem necrose, onde
ocorre a ruptura da membrana plasmática e a liberação de conteúdo
celular que desencadeia uma resposta inflamatória no tecido cardíaco.
Cenário 4: Macrófago
 Estímulo: Infecção por Mycobacterium tuberculosis.
 Reação:
o Fagocitose: O macrófago tenta fagocitar a bactéria Mycobacterium
tuberculosis. Contudo, a bactéria tem mecanismos para evitar a
destruição dentro dos fagolisossomos.
o Sobrevivência Intracelular: M. tuberculosis pode inibir a fusão dos
lisossomos com os fagossomos, permitindo que a bactéria sobreviva e se
replique dentro do macrófago.
o Formação de Granuloma: Para conter a infecção, o sistema
imunológico isola as bactérias dentro de granulomas, que são agregados
de macrófagos ativados (alguns transformados em células gigantes),
células T e tecido fibroso.
o Necrose Caseosa: No centro do granuloma, a necrose caseosa pode
ocorrer, onde o tecido infectado morre e assume uma aparência
esbranquiçada.
Cenário 5: Fibroblasto
 Estímulo: Ferimento cutâneo profundo.
 Reação:
o Migração e Proliferação: Os fibroblastos migram para o local da lesão
atraídos por fatores de crescimento como TGF-β e FGF. Eles começam a
proliferar para preencher o tecido danificado.
o Síntese de Colágeno: Os fibroblastos produzem colágeno e outros
componentes da matriz extracelular para formar a nova estrutura do
tecido. Esse colágeno fornece suporte e força ao tecido em cicatrização.
o Formação do Tecido de Granulação: Esse processo inicial leva à
formação de tecido de granulação, que é vascularizado e rico em
fibroblastos.
o Contratura da Ferida: Os fibroblastos ajudam a contrair a ferida,
reduzindo seu tamanho e acelerando o processo de cicatrização.
Cenário 6: Célula Beta Pancreática
 Estímulo: Estresse oxidativo em um paciente diabético.
 Reação:
o Estresse do Retículo Endoplasmático: A hiperglicemia crônica
sobrecarrega as células beta, levando a um acúmulo de proteínas mal
dobradas, o que desencadeia a resposta de estresse do retículo
endoplasmático (ER).
o Produção de Insulina: Inicialmente, as células beta aumentam a
produção de insulina para compensar os altos níveis de glicose, mas o
estresse oxidativo compromete a função das células.
o Falência da Célula Beta: O dano oxidativo contínuo pode levar à
falência das células beta, onde a produção de insulina diminui
drasticamente.
o Apoptose: Como resultado do estresse prolongado, as células beta
podem entrar em apoptose, exacerbando a deficiência de insulina no
diabetes tipo 2.
Cenário 7: Osteoblasto
 Estímulo: Deficiência de cálcio e vitamina D.
 Reação:
o Redução na Atividade: Com níveis baixos de cálcio e vitamina D, os
osteoblastos reduzem sua atividade na formação de nova matriz óssea e
na mineralização do osso.
o Aumento da Reabsorção Óssea: A deficiência de vitamina D diminui a
absorção de cálcio no intestino, levando a um aumento da atividade dos
osteoclastos para liberar cálcio dos ossos, o que resulta em ossos mais
fracos e propensos a fraturas.
o Comprometimento da Mineralização: A falta de cálcio impede a
mineralização adequada da matriz óssea, resultando em osteomalacia
(nos adultos) ou raquitismo (nas crianças).
o Adaptação Crônica: A longo prazo, essa deficiência pode levar a uma
adaptação com aumento da fragilidade óssea e maior risco de
osteoporose.
Cenário 8: Célula Endotelial
 Estímulo: Hipertensão crônica.
 Reação:
o Dano ao Endotélio: O estresse mecânico causado pela pressão arterial
elevada danifica as células endoteliais, levando a disfunções como
aumento da permeabilidade vascular e ativação de processos
inflamatórios.
o Disfunção Endotelial: A hipertensão crônica reduz a produção de óxido
nítrico (NO), que é essencial para a vasodilatação. Isso pode resultar em
vasoconstrição e aumento adicional da pressão arterial.
o Inflamação Crônica: A lesão contínua do endotélio induz uma resposta
inflamatória com a adesão de células imunes à parede dos vasos,
contribuindo para a aterosclerose.
o Proliferação e Espessamento: As células endoteliais podem proliferar e
contribuir para o espessamento da parede arterial, agravando a
hipertensão e aumentando o risco de eventos cardiovasculares como
infarto e AVC.

Atividade prática de Patologia dos Sistemas

  • 1.
    Cenário 1: Hepatócito Estímulo: Ingestão crônica de álcool.  Reação: o Esteatose Hepática (Acúmulo de Gordura): A ingestão crônica de álcool aumenta a produção de ácidos graxos e reduz a oxidação dos lipídios, levando ao acúmulo de gordura dentro dos hepatócitos. o Estresse Oxidativo: O etanol é metabolizado principalmente nos hepatócitos, gerando espécies reativas de oxigênio (ROS), que causam danos às membranas celulares, proteínas e DNA. o Inflamação: O estresse oxidativo induz inflamação, com a liberação de citocinas pró-inflamatórias que podem atrair células imunes para o fígado, contribuindo para o desenvolvimento de hepatite alcoólica. o Necrose ou Apoptose: Se o dano persistir, os hepatócitos podem sofrer necrose, principalmente nas áreas centrolobulares do fígado, ou apoptose induzida pelo estresse oxidativo severo. Cenário 2: Neurônio  Estímulo: Trauma mecânico devido a um acidente de carro.  Reação: o Danos Axonais: O impacto forte pode causar danos axonais difusos, rompendo o citoesqueleto do neurônio e interrompendo a transmissão de sinais. o Resposta Inflamatória: O trauma leva à ativação de células gliais, que iniciam uma resposta inflamatória liberando citocinas e outras moléculas sinalizadoras, que podem agravar o dano neural. o Tentativa de Regeneração: O neurônio pode tentar se regenerar através da formação de brotos axonais. No entanto, a capacidade de regeneração do sistema nervoso central é limitada. o Apoptose: Se o dano for extenso e irreversível, a célula pode entrar em apoptose, um processo de morte celular programada para evitar inflamação e danos aos tecidos adjacentes. Cenário 3: Célula Cardíaca (Cardiomiócito)  Estímulo: Isquemia devido a um bloqueio coronariano.  Reação: o Glicólise Anaeróbia: Com a falta de oxigênio, os cardiomiócitos dependem da glicólise anaeróbia para gerar ATP, resultando no acúmulo de ácido lático, que abaixa o pH intracelular. o Disfunção Mitocondrial: A falta de oxigênio compromete a função mitocondrial, levando à redução da produção de ATP e ao acúmulo de cálcio nas mitocôndrias. o Edema Celular: A falha das bombas de íons, devido à falta de ATP, resulta em acúmulo de sódio e água dentro das células, causando inchaço.
  • 2.
    o Necrose: Sea isquemia persistir, os cardiomiócitos sofrem necrose, onde ocorre a ruptura da membrana plasmática e a liberação de conteúdo celular que desencadeia uma resposta inflamatória no tecido cardíaco. Cenário 4: Macrófago  Estímulo: Infecção por Mycobacterium tuberculosis.  Reação: o Fagocitose: O macrófago tenta fagocitar a bactéria Mycobacterium tuberculosis. Contudo, a bactéria tem mecanismos para evitar a destruição dentro dos fagolisossomos. o Sobrevivência Intracelular: M. tuberculosis pode inibir a fusão dos lisossomos com os fagossomos, permitindo que a bactéria sobreviva e se replique dentro do macrófago. o Formação de Granuloma: Para conter a infecção, o sistema imunológico isola as bactérias dentro de granulomas, que são agregados de macrófagos ativados (alguns transformados em células gigantes), células T e tecido fibroso. o Necrose Caseosa: No centro do granuloma, a necrose caseosa pode ocorrer, onde o tecido infectado morre e assume uma aparência esbranquiçada. Cenário 5: Fibroblasto  Estímulo: Ferimento cutâneo profundo.  Reação: o Migração e Proliferação: Os fibroblastos migram para o local da lesão atraídos por fatores de crescimento como TGF-β e FGF. Eles começam a proliferar para preencher o tecido danificado. o Síntese de Colágeno: Os fibroblastos produzem colágeno e outros componentes da matriz extracelular para formar a nova estrutura do tecido. Esse colágeno fornece suporte e força ao tecido em cicatrização. o Formação do Tecido de Granulação: Esse processo inicial leva à formação de tecido de granulação, que é vascularizado e rico em fibroblastos. o Contratura da Ferida: Os fibroblastos ajudam a contrair a ferida, reduzindo seu tamanho e acelerando o processo de cicatrização. Cenário 6: Célula Beta Pancreática  Estímulo: Estresse oxidativo em um paciente diabético.  Reação: o Estresse do Retículo Endoplasmático: A hiperglicemia crônica sobrecarrega as células beta, levando a um acúmulo de proteínas mal dobradas, o que desencadeia a resposta de estresse do retículo endoplasmático (ER). o Produção de Insulina: Inicialmente, as células beta aumentam a produção de insulina para compensar os altos níveis de glicose, mas o estresse oxidativo compromete a função das células.
  • 3.
    o Falência daCélula Beta: O dano oxidativo contínuo pode levar à falência das células beta, onde a produção de insulina diminui drasticamente. o Apoptose: Como resultado do estresse prolongado, as células beta podem entrar em apoptose, exacerbando a deficiência de insulina no diabetes tipo 2. Cenário 7: Osteoblasto  Estímulo: Deficiência de cálcio e vitamina D.  Reação: o Redução na Atividade: Com níveis baixos de cálcio e vitamina D, os osteoblastos reduzem sua atividade na formação de nova matriz óssea e na mineralização do osso. o Aumento da Reabsorção Óssea: A deficiência de vitamina D diminui a absorção de cálcio no intestino, levando a um aumento da atividade dos osteoclastos para liberar cálcio dos ossos, o que resulta em ossos mais fracos e propensos a fraturas. o Comprometimento da Mineralização: A falta de cálcio impede a mineralização adequada da matriz óssea, resultando em osteomalacia (nos adultos) ou raquitismo (nas crianças). o Adaptação Crônica: A longo prazo, essa deficiência pode levar a uma adaptação com aumento da fragilidade óssea e maior risco de osteoporose. Cenário 8: Célula Endotelial  Estímulo: Hipertensão crônica.  Reação: o Dano ao Endotélio: O estresse mecânico causado pela pressão arterial elevada danifica as células endoteliais, levando a disfunções como aumento da permeabilidade vascular e ativação de processos inflamatórios. o Disfunção Endotelial: A hipertensão crônica reduz a produção de óxido nítrico (NO), que é essencial para a vasodilatação. Isso pode resultar em vasoconstrição e aumento adicional da pressão arterial. o Inflamação Crônica: A lesão contínua do endotélio induz uma resposta inflamatória com a adesão de células imunes à parede dos vasos, contribuindo para a aterosclerose. o Proliferação e Espessamento: As células endoteliais podem proliferar e contribuir para o espessamento da parede arterial, agravando a hipertensão e aumentando o risco de eventos cardiovasculares como infarto e AVC.