Microbiologia e Parasitologia
Profª. Ana Paula Rabelo
Introdução à Estrutura Celular
• A célula é a unidade que constitui os seres vivos,
podendo existir isoladamente, nos seres
unicelulares, ou formar arranjos ordenados, os
tecidos, que constituem o corpo dos seres
pluricelulares. Em geral, os tecidos apresentam
quantidades variáveis de material extracelular,
produzido por suas células.
• Há apenas dois tipos básicos de células:
procariontes e eucariontes
Procariontes
O nome dessa célula vem do grego “pro” (antes, primeiro) e
“karyon” (núcleo), ou seja, “antes do núcleo”. As células
procariontes são formadas por citoplasma, ribossomos e material
genético, e possuem apenas a Membrana Plásmática, com
ausência da carioteca que divide o núcleo celular. O material
genético fica no nucleóide (núcleo não separado), região celular
localizada no citoplasma e que abriga moléculas de DNA circulares
chamadas plasmídeos.
Eucariontes
As células eucarióticas são mais complexas. Seu nome também
vem do grego: “eu” (verdadeiro) e “karyon” (núcleo), ou seja,
“núcleo verdadeiro”. Têm membrana individualizada e delimitada
– sua principal característica -, que envolve o núcleo celular,
que, por sua vez, armazena o material genético. Essas células
possuem muitas organelas celulares que têm diferentes funções
e duas partes distintas: o citoplasma e um núcleo bem definido.
Introdução a Microbiologia
Microbiologia: é o estudo dos microrganismos
Microrganismos: É um conjunto de seres vivos capazes de
existirem como uma célula única ou em agrupamentos.
São seres vivos que só podem ser observados ao
microscópio
Evolução da Microbiologia
Considera-se o início da Microbiologia se deu quando se
aprendeu a polir lentes de vidro, e ao combiná-las produzia
aumentos suficientes para a visualização de
microrganismos. No século XIII, Roger Bacon postulou que
a doença era produzida por seres vivos invisíveis. Este
postulado foi reforçado e defendido por Fracastoro de
Verona (entre 1483-1553), e posteriormente por Von
Plenciz (1762), mas nenhum deles apresentava provas.
Em 1665, Robert Hooke visualiza e descreve as células
em um pedaço de cortiça, sugerindo que animais e
plantas, por mais complexos que sejam, eram compostos
de partes elementares repetidas. Entretanto, é muito
provável que o primeiro a visualizar bactérias e
protozoários, foi o holandês Antony Van Leeuwenhoek
(1632-1723), relatando suas observações, com descrições
precisas e desenhos, denominando de pequenos
“animálculos”.
Antony Van Leeuvenhoek,
considerado o pai da Microbiologia.
• Geração Espontânea(Abiogênese) vs Biogênese
• O primeiro período áureo da microbiologia teve
início no final do século XIX, com a derrubada da
teoria da abiogênese, o estabelecimento dos
processos de fermentação como produto da
atividade de microrganismos, o estabelecimento da
relação de microrganismos com as doenças e o
desenvolvimento da microbiologia agrícola e
ambiental.
• Francesco Redi, biólogo italiano, em 1668, quando
demonstrou que as larvas que surgiam na carne em
putrefação eram um estágio da vida das moscas, e que as
mesmas não surgiam na carne se a mesma estivesse
devidamente protegida.
Após 200 anos de discussão.
A partir desse experimento, Pasteur mostrou que um líquido,
ao ser fervido, não perde a “força vital”, como defendiam os
adeptos da abiogênese, pois quando o pescoço do frasco é
quebrado, após a fervura desse líquido, ainda aparecem seres
vivos. Dessa forma, Pasteur sepultou de vez a teoria da
abiogênese ou geração espontânea, que admitia que os seres
vivos originavam-se a partir de matéria bruta.
Louis Pasteur é o criador do método da pasteurização que além
de eliminar os agentes causadores de doenças, este processo permite
que os alimentos possam ser conservados por um tempo maior.
A pasteurização é um processo que consiste em submeter um
produto alimentício (leite, por exemplo) à alta temperatura e, logo em
seguida, à baixa temperatura.
Com essa rápida variação de temperatura é possível matar os
germes e bactérias existentes nos alimentos. Este processo ocorre num
aparelho conhecido pelo nome de pasteurizador.
As bactérias e micro-organismos do leite têm como origem o
próprio animal, vivendo em seu organismo e saindo junto com o leite.
Por isso, é importante tomar somente o leite pasteurizado. Em sítios ou
fazendas o leite deve ser fervido antes de se tomar.
Os alimentos que geralmente são pasteurizados são: leite,
laticínios, sucos, comida enlatada e ovos utilizados em alimentos
preparados.
Classificação dos Seres Vivos
Reino Monera
• É um dos reinos dos seres vivos, caracterizado por
organismos procariontes, unicelulares, autótrofos ou
heterótrofos.
• O grupo do monera compreende as bactérias e as
cianobactérias (algas azuis ou cianofíceas).
O termo "monera" na classificação atual encontra-se
obsoleto. Seus integrantes foram divididos entre os
reinos Bacteria e Archaea
As bactérias (do grego bakteria: 'bastão')
são encontrados em todos os
ecossistemas da Terra e são de grande
importância para a saúde, para o
ambiente e a economia.
As bactérias são encontradas em
qualquer tipo de meio: mar, água doce,
solo, ar e, inclusive, no interior de muitos
seres vivos.
• Exemplos da importância das bactérias:
• na decomposição de matéria orgânica morta. Esse processo é
efetuado tanto aeróbia, quanto anaerobiamente;
• agentes que provocam doença no homem;
• em processos industriais, como por exemplo, os lactobacilos,
utilizados na indústria de transformação do leite em coalhada;
• no ciclo do nitrogênio, em que atuam em diversas fases,
fazendo com que o nitrogênio atmosférico possa ser utilizado
pelas plantas;
• em Engenharia Genética e Biotecnologia para a síntese de
várias substâncias, entre elas a insulina e o hormônio de
crescimento.
•Estrutura das Bactérias
Bactérias são microorganismos unicelulares,
procariotos, podendo viver isoladamente ou
construir agrupamentos coloniais de diversos
formatos. A célula bacterianas contém os
quatro componentes fundamentais a qualquer
célula: membrana plasmática, hialoplasma,
ribossomos e cromatina, no caso, uma molécula
de DNA circular, que constitui o único
cromossomo bacteriano.
Estrutura de uma Bactéria
Tipos de Bactérias:
•As bactérias podem viver isoladamente ou construir
agrupamentos coloniais de diversos formatos. De
acordo com a forma que apresentam recebem uma
denominação específica:
•Bacilos: apresentam formas alongadas;
•Cocos: com formas esféricas. Porém, eles podem se
associar formando diversos tipos de colônias:
diplococos, estafilococos, estreptococos,
pneumococos e tétrade.
•Espirilos: apresentam forma de espiral;
•Vibriões: em forma de vírgula.
:
Estudo Dirigido 2
Cite 4 doenças causadas por bactérias
O nome Científico da bactéria.
Forma de transmissão
Prevenção de cada uma.
Reino Fungi
• Fungos são organismos eucariontes (possuem célula com
núcleo individualizado) e heterotróficos (não são capazes de
produzir seu próprio alimento). As células desses seres vivos
destacam-se pela presença de uma parede celular de quitina
e a ausência de pigmentos fotossintéticos e plastos. A sua
principal substância de reserva é o glicogênio.
• Em relação à estrutura corporal, as formas mais comuns são
as células isoladas e os filamentos multicelulares. O corpo
dos fungos multicelulares é constituído por uma rede de
filamentos finos conhecidos como hifas.
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São quimio-heterotróficos e adquirem alimentos por absorção.
Com exceção das leveduras, os fungos são multicelulares.
A maioria se reproduz através de esporos sexuados e
assexuados.
Das mais de 100 mil espécies conhecidas de fungos, apenas
cerca de 200 são patogênicas aos seres humanos e aos
animais. Contudo, ao longo dos últimos 10 anos, a incidência
de infecções fúngicas importantes tem aumentado. Essas
infecções estão ocorrendo em unidades de cuidados da saúde
e em indivíduos imunocomprometidos. Além disso, milhares de
doenças causadas por fungos afetam plantas economicamente
importantes, causando prejuízos de mais de um bilhão de
dólares ao ano.
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Os fungos também são benéficos. São importantes na cadeia
alimentar, uma vez que decompõem a matéria vegetal morta,
reciclando, assim, elementos vitais.
As partes duras das plantas, que os animais não conseguem
digerir, são decompostas principalmente pelos fungos, através
do uso de enzimas extracelulares, como as celulases.
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Quase todas as plantas dependem de simbioses com
fungos, conhecidas como micorrizas, que auxiliam as
raízes das plantas a absorverem minerais e água do
solo.
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O estudo dos fungos é chamado de micologia. Um patógeno
deve ser identificado com precisão, a fim de se inserir um
tratamento adequado para uma doença e prevenir a sua
disseminação.
Todos os fungos são quimio--heterotróficos, necessitando de
componentes orgânicos como fontes de energia e carbono.
Os fungos são aeróbios ou anaeróbios facultativos; somente
alguns fungos anaeróbios são conhecidos.
Características dos fungos A identificação de leveduras e
bactérias envolve testes bioquímicos. Entretanto, fungos
multicelulares são identificados considerando-se sua aparência
física, incluindo características da colônia e dos esporos
reprodutivos.
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Os fungos também são valiosos para os animais.
Algumas formigas cultivam fungos para quebrar a celulose e a lignina
presentes nas plantas, provendo glicose, que as formigas podem, então,
digerir. Os seres humanos utilizam os fungos para o consumo (cogumelos) e
na produção de alimentos (pão e ácido cítrico) e fármacos (álcool e penicilina).
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Alexander Fleming e a descoberta da penicilina Oficial médico inglês, Alexander Fleming voltou da
Primeira Guerra Mundial com um sonho: pesquisar uma forma de reduzir o sofrimento dos soldados
que tinham suas feridas infectadas, impondo dor e por tantas vezes um processo ainda mais
acelerado em direção à morte. De volta ao St. Mary´s Hospital, em Londres, em 1928, dedicou-se a
estudar a bactéria Staphylococcus aureus, responsável pelos abscessos em feridas abertas
provocadas por armas de fogo. Estudou tão intensamente que, um dia, exausto, resolveu se dar de
presente alguns dias de férias. Saiu, deixando os recipientes de vidro do laboratório, com as culturas
da bactéria, sem supervisão. Esse desleixo fez com que, ao retornar, encontrasse um dos vidros sem
tampa e com a cultura exposta e contaminada com o mofo da própria atmosfera. Estava prestes a
jogar todo o material fora quando, ao olhar no interior do vidro, percebeu que onde tinha se
formado bolor, não havia Staphylococcus em atividade. Concluiu que o mofo, oriundo do fungo
Penicillium, agia secretando uma substância que destruía a bactéria. Ainda que por acaso, estava
criado o primeiro antibiótico da história da humanidade – a penicilina – que é para tantos cientistas
uma das mais vitais descobertas da historia humana. Para eles, a medicina só se tornou ciência
verdadeira a partir dos antibióticos. Antes deles, era um bom exercício para o diagnóstico das
enfermidades infecciosas. Quanto ao tratamento e à cura, só a interpretação religiosa podia
compreender ou ajudar.
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Com a descoberta de Alexander Fleming, abriam-se as portas de um novo mundo, com o
surgimento de uma grande indústria que passou a se dedicar à produção de penicilina e outros
antibióticos responsáveis pela possibilidade de vida com qualidade para pessoas que sofriam de
tuberculose, pneumonia, meningite, sífilis, entre outras infecções.
A penincilina só foi verdadeiramente isolada em 1938, por Ernst B. Chain e Howard W. Florey,
também na Inglaterra. Embora logo após a descoberta de Fleming tivesse surgido uma onda de
desconfiança sobre a eficácia do bolor, ela não impediu que cientistas médicos continuassem
estudando a substância. Com a Segunda Guerra Mundial e a necessidade de ajudar cada vez mais
os feridos, Dr. Florey, patologista da Universidade de Oxford, tomou para si a pesquisa da
penicilina, retomando o cultivo do bolor de Fleming e dele extraindo um pó marrom. A
substância foi testada em 80 tipos de bactérias, provando sua eficácia contra os micróbios e
inatividade com relação aos glóbulos brancos.
Em 1940, a penicilina foi utilizada, na Inglaterra, no primeiro paciente humano, um policial, vítima
de grave infecção sanguínea. O mundo passava a conhecer e desfrutar de uma arma
absolutamente vital à vida e existência a partir de então.
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A natureza conta com vários tipos de fungos, uma forma de vida muito comum.
No entanto existem aqueles que se alimentam de matéria em decomposição,
alimentos e organismos vivos e, nesse cenário, entram também os seres
humanos. Esse tipo de fungo é extremamente prejudicial à saúde, já que
podem causar diferentes tipos de doenças e dois tipos de infecções:
sistêmicas e superficiais. Essas infecções são contagiosas e podem ser
transmitidas através de algum contato direto com uma pessoa que esteja
infectada ou, mais raramente, através de roupas ou pelo próprio ambiente.
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Onicomicose
É uma infecção fúngica das unhas, e pode ser considerada uma doença bem difícil de
tratar. A maioria das pessoas que têm onicomicose não procuram tratamento, e talvez
nem sequer tenham conhecimento da infecção. Há três grupos de fungos que causam
essa complicação. São eles as leveduras (fungos como o Trichophyton rubrum), os
dermatófitos (fungos como o Candida albicans) e os não dermatófitos (como o
Microascus brevicaulis). A onicomicose é considerada uma infecção patogênica,
principalmente em pessoas que possuem o sistema imunológico fragilizado e, em
muitos desses casos, pode ser fatal.
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Candidíase
Tem esse nome por que é causada por diferentes espécies de leveduras da família
Candida, e é muito comum nos seres humanos, já que muitas delas vivem
pacificamente em nossos corpos. Estão presentes em superfícies úmidas, como na
boca, intestino e até mesmo no órgão reprodutor feminino, podendo causar
infecção vaginal. As infecções que ocorrem na boca ou na garganta se
desencadeiam quando a levedura invade a corrente sanguínea e se espalha por
diversas áreas do corpo. A candidíase também pode ser fatal em casos de pessoas
que possuem o sistema imunológico fraco.
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A cândida ataca quem tem imunidade fraca pelo uso de quimioterapia, esteroides,
antibióticos e outros componentes. Para reduzir as chances de contrair a candidíase, o
ideal é usar roupas íntimas de algodão. Confira algumas informações relevantes sobre
essa doença causada por fungos:
•o diagnóstico depende da coleta de uma pequena amostra de corrimento vaginal;
•a amostra é analisada no microscópio no consultório médico ou em um laboratório de
uma cultura de fungos;
•a presença de cultura fúngica identificada pelos profissionais de saúde nem sempre
significa que a Cândida está causando sintomas;
•o tratamento requer a ingestão e aplicação interna de medicamentos como o fluconazol;
•os médicos precisam saber receitar medicamentos que serão aplicados dentro da vagina,
como nistatina, ácido bórico, sulfato de neomicina, dipropriato de betametasona,
cetoconazol ou flucitosina
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Rinossinusite
Ocorre devido a infecção do fungo aspergillus. As pessoas infectadas geralmente
apresentam sintomas como narizes congestionados, perda do olfato, sinusites de
repetição e pólipos nasais. É uma infecção difícil de se tratar podendo se prolongar
por um longo tempo. Os tratamentos mais eficientes são as cirurgias endoscópicas
ou abertas.
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Esporotricose
A esporotricose é uma infecção causada pelo sporothrix, um fungo que vive no solo e na
matéria vegetal, feno, musgo, esfagno e roseiras. Os pacientes contraem essa doença
ao entrar em contato direto com os microrganismos que ficam no ambiente. Eles causam
infecção cutânea ao adentrar a pele por meio de um pequeno arranhão ou corte.
Isso geralmente acontece quando alguém toca na matéria vegetal contaminada e,
em virtude disso, a pele dos pés, pernas, mãos ou braços é afetada. Mas existem outros
tipos de esporotricose, por exemplo, a pulmonar que é mais rara, porém, pode acontecer
depois que a pessoa respira esporos fúngicos do ambiente.
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Esporotricose disseminada é a infecção que se espalha para outra parte do corpo,
como articulações, ossos ou sistema nervoso central;
•afeta pessoas que tomam medicamentos ou com problemas de saúde que reduzem
a capacidade do corpo de combater germes e doenças;
•ataca pessoas com sistema imunológico fragilizado, com problemas de
alcoolismo, doença pulmonar obstrutiva crônica, diabetes ou HIV etc.;
•pode ser causada por mordidas de animais, principalmente os gatos;
•ocorreram surtos da doença entre trabalhadores florestais, que atuam em centros de
jardinagem, viveiros de árvores e ou com fardos de feno;
•sintomas incluem um pequeno inchaço indolor que pode se desenvolver a qualquer
momento até 3 meses após a exposição ao fungo;
•surge protuberância rosa, vermelha ou roxa no dedo, na mão ou no braço onde o
fungo entrou pela ruptura na pele;
•pode parecer uma úlcera ou ferida aberta cicatriza de forma muito lenta;
•as infecções do sistema nervoso central podem envolver dificuldade para pensar,
dor de cabeça e convulsões;
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Esporotricose
• Doenças causadas por fungos
• São reconhecidas cerca de 80.000 espécies fúngicas, destas
apenas 0,5% oferecem riscos à saúde humana, sendo que as
espécies de fungos patogênicos podem ser encontradas em
diferentes locais na natureza.
• As espécies residentes da microbiota humana são responsáveis
pela incidência de doenças fúngicas como candidíase e
dermatofitose, principalmente em ambientes hospitalares.
Nestes ambientes, a alta incidência de infecções fúngicas se
deve ao oportunismo facilitado pelo imunocomprometimento de
alguns pacientes.
Os vírus são muito pequenos para serem vistos ao microscópio óptico
e não podem ser cultivados fora de seus hospedeiros. Portanto,
embora as doenças virais não sejam novidade, as partículas virais não
puderam ser estudadas até o século XX. Os avanços nas técnicas de
biologia molecular nos anos de 1980 e 1990 permitiram a
identificação de vários novos vírus, incluindo o vírus da
imunodeficiência humana (HIV) e o coronavírus associado à síndrome
respiratória aguda severa (SARS).
Estrutura do VírusOs vírus são formados por ácidos nucleicos, RNA
(ácido ribonucleico) ou DNA (ácido desoxirribonucleico), envolvidos
por uma capa proteica chamada de capsídeo. Além desses
componentes, alguns vírus ainda podem ser revestidos por uma
película de gordura e proteína.
Glicoproteínas- carboidratos ligados a proteínas
Capsidio- é uma estrutura proteica dos vírus com
função de proteger o material genético e facilitar a
invasão em uma célula hospedeira.
Envelope- é uma estrutura presente na parte externa
da maioria dos vírus, é formada principalmente
glicoproteína, glicolipídeos e fosfolipídeos
DNA/RNA- Material Genético
• A reprodução dos vírus
• Os vírus reproduzem-se em um processo denominado
de replicação, que ocorre em seis etapas básicas:
• Adsorção: Nessa primeira etapa, o vírus liga-se à membrana da
célula que ele parasitará. Essa ligação ocorre graças a receptores
presentes nas células.
• Penetração: Após se ligar à célula, o vírus começa o processo de
penetração, ou seja, ele começa a entrar na célula que será
parasitada.
• Desnudamento: Já no interior da célula, o vírus sofre a ação de
enzimas que destroem seu capsídeo (uma cápsula rica
em proteínas que envolve o material genético do vírus). Após
destruir o capsídeo, o material genético é liberado no citoplasma da
célula ou no núcleo.
• Síntese viral: Nesse momento, o material genético do vírus afeta a
atividade da célula, que passa a produzir as proteínas necessárias
para a criação de novos vírus.
• Montagem e maturação: Nesse processo, novos vírus são formados
a partir das proteínas produzidas pela célula.
• Liberação: Após estarem completamente montados, os vírus saem
da célula para parasitar outra. Essa saída pode ocorrer por meio do
rompimento da membrana da célula ou, ainda, por uma espécie de
brotamento, em que levam parte da membrana da célula
parasitada.
A reprodução dos vírus
As características que realmente distinguem os vírus estão
relacionadas à sua organização estrutural simples e aos mecanismos
de multiplicação.
Dessa forma, os vírus são entidades que:
• Contêm um único tipo de ácido nucleico, DNA ou RNA.
• Contêm um revestimento proteico (às vezes recoberto por um
envelope de lipídeos, proteínas e carboidratos) que envolve o ácido
nucleico
• Multiplicam-se no interior de células vivas utilizando a maquinaria
sintética da célula.
• Induzem a síntese de estruturas especializadas que podem
transferir o ácido nucleico viral para outras células
Em 1886, o químico holandês Adolf Mayer demonstrou que a
doença do mosaico do tabaco (DMT) era transmissível de uma planta
doente para uma planta sadia. Em 1892, em uma tentativa de isolar a
causa da DMT, o bacteriologista russo Dimitri Iwanowiski filtrou a
seiva de plantas doentes em filtros de porcelana construídos para
reter bactérias. Ele esperava encontrar o micróbio preso ao filtro. Ao
contrário, ele constatou que o agente infeccioso havia atravessado os
diminutos poros do filtro. Quando ele injetou o fluido filtrado em
plantas sadias, elas contraíram a doença. A primeira doença humana
associada com um agente filtrável foi a febre amarela.
Há cem anos, os pesquisadores não imaginavam que poderiam existir
partículas submicroscópicas, assim, descreveram esses agentes
infecciosos com o termo contagium vivum fluidum – um fluido
contagioso. Por volta da década de 1930, os cientistas começaram a
usar a palavra vírus, palavra que no latim significa veneno, para
descrever esses agentes filtráveis. A invenção do microscópio
eletrônico, aproximadamente na mesma época, possibilitou a sua
visualização.
Como, então, definimos um vírus? Os vírus foram originalmente
diferenciados de outros agentes infecciosos por serem especialmente
muito pequenos (filtráveis) e por serem parasitos intracelulares
obrigatórios – isto é, eles necessariamente precisam de células
hospedeiras vivas para a sua multiplicação.
Os vírus têm poucas ou mesmo nenhuma enzima própria para seu
metabolismo. Por exemplo, não têm enzimas para a síntese proteica
e a geração de ATP. Os vírus devem assumir a maquinaria metabólica
da célula hospedeira para a sua multiplicação. Esse fato é de
considerável importância médica para o desenvolvimento de
fármacos antivirais, pois a maioria dos fármacos que interferem na
multiplicação viral também pode interferir com a fisiologia da célula
hospedeira, sendo, por isso, demasiadamente tóxicas para uso clínico
• Catapora
• A varicela, mais conhecida como catapora, é uma doença
infecciosa, altamente contagiosa, causada pelo vírus herpes zoster.
A catapora acomete principalmente crianças, entre o fim do inverno
e no início da primavera. Quando ocorre em adolescentes e
adultos, a infecção tende a ser mais severa. A doença também
representa risco para pacientes imunocomprometidos ou
portadores de doenças crônicas, como neoplasias, Aids, dentre
outras.
• A principal característica clínica da varicela é o aparecimento de
lesões na pele que se apresentam nas diversas formas evolutivas
(máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas), acompanhadas de
coceira.
• A hepatite viral é uma das doenças infecciosas mais comuns
no mundo. Já foram identificados vários vírus diferentes de
hepatite, incluindo os vírus da hepatite B e da hepatite C
transmissíveis pelo sangue, e o vírus da hepatite A
transmissível por alimentos.
• Poliomielite
• A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa aguda,
causada por um vírus que vive no intestino, denominado
poliovírus. Embora ocorra com maior frequência em menores
de cinco anos, também pode infectar adultos.
• A doença pode provocar desde sintomas como os de um
resfriado comum a problemas graves no sistema nervoso,
como paralisia irreversível, principalmente em crianças.
• No Brasil, não há circulação de poliovírus selvagem desde
1990, em virtude do êxito da política de prevenção,
vigilância e controle desenvolvida pelos três níveis do
Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, devido aos baixos
níveis vacinais, há grande preocupação da pólio reaparecer
no país.
Poliomielite e a Paralisia Infantil
• Sarampo
• O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza
viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa. A
doença é causada pelo Morbillivirus e é muito comum na
infância, mas também pode acometer adultos. As
complicações infecciosas contribuem para a gravidade do
sarampo, que pode, inclusive, levar a morte do paciente
https://www.youtube.com/watch?v=WD3rOXk7xHI
Para Refletir, você sendo um profissional de saúde, como
desenvolveria educação em saúde com pais que não querem vacinar
os filhos...
• Existem vacinas contraindicadas durante a gestação?
Sim. São elas a Tríplice Viral (sarampo, rubéola e caxumba),
HPV (condiloma ou papiloma), Varicela (catapora) e Dengue.
Reino Protista
• Os protozoários, apesar de também serem unicelulares,
como as bactérias, são eucarióticos. Esses organismos
vivem, geralmente, em água-doce, mas também são
encontrados em água salgada, regiões lodosas e solo
úmido; e alguns são parasitas, como o Trypanosoma
cruzi, causador da doença de Chagas.
• São heterotróficos, utilizando o fagossomo - que se
transforma em um vacúolo digestivo - para sua digestão
intracelular. Além disso, alguns possuem vacúolos
contráteis, auxiliando na expulsão de água em excesso,
acumulada no interior do indivíduo.
Estruturalmente, a forma e a resistência apresentada por esses organismos deve-se à ação
da membrana celular e do citoesqueleto. Os protozoários podem possuir estruturas
responsáveis pela locomoção, como os cílios, flagelos e os pseudópodes, que são importantes
na classificação deles em grupos.
Uma estrutura importante presente em alguns protozoários são os vacúolos pulsáteis, que agem
para regular a osmolaridade celular, principalmente nos organismos que têm a água salgada como
habitat.
Esses microorganismos são unicelulares (de uma só célula),
eucariontes (com um núcleo) e, geralmente, são heterotróficos (sem
capacidade de produzir seu próprio alimento, portanto, se alimentam
de outros seres vivos).
Os protozoários fazem parte do Reino Protista, assim como as algas.
Esses microorganismos são unicelulares (de uma só célula),
eucariontes (com um núcleo) e, geralmente, são heterotróficos (sem
capacidade de produzir seu próprio alimento, portanto, se alimentam
de outros seres vivos). Vale ressaltar que a maioria deles não são
organismos autotróficos, uma característica importante que
contribui para o parasitismo
• História dos protozoários
Antigamente, os protozoários eram classificados como um filo do
Reino Animal, descritos como microorganismos unicelulares
heterotróficos, semelhantes a animais. Era o antigo Reino Protozoa,
do grego Proto (que em português significa primeiro) e Zoa ou
zoo (que em português significa animal ou animais), traduzido então
como “primeiros animais”. No entanto, com a nova classificação com
base na locomoção e pela semelhança com as algas unicelulares, eles
passaram a apresentar características mistas, semelhantes a animais
e vegetais, por isso foram incluídos no Reino Protista. Reino dos
Protistas é polifilético. Ou seja, os seres vivos encontrados ali não
têm ancestrais comuns, suas origens são variadas.
• Como são classificados os protozoários?
• Os protozoários são divididos em classes que seguem como critério
o modo de locomoção que utilizam. Confira abaixo as quatro
classes mais importantes.
• Rizópodos
• Ciliados
• Flagelados
• Esporozoários
• Como são classificados os protozoários?
• Os protozoários são divididos em classes que seguem como critério
o modo de locomoção que utilizam. Confira abaixo as quatro
classes mais importantes.
• Rizópodos
• Ciliados
• Flagelados
• Esporozoários
• Rizópodos
• Os rizópodos utilizam pseudópodos (“falsos pés”) para se
locomover. O mais famoso representante deste grupo é a ameba,
que obtém seu alimento com o processo chamado fagocitose, e
fazendo a digestão em seus vacúolos digestivos.
• Flagelados
• Os flagelados utilizam o movimento de um único e longo flagelo
para se locomover, são de vida livre e muitos deles são parasitas de
seres humanos. É o caso do Trypanosoma cruzi, causador da
doença de Chagas.
Ciliados
• O meio que os ciliados usam para se locomover é através do
batimento de cílios, que são filamentos menores e mais numerosos
do que os flagelos. Geralmente aparecem na água doce ou salgada
com matéria vegetal em decomposição. A forma de reprodução é
sexuada, em que uma célula transmite material genético para outra
célula. Depois da conjugação, as células realizam a reprodução
assexuada. Um exemplo de protozoário ciliado é os do
gênero Paramecium, que costumam habitar poças de água suja.
• Esporozoários
• Os esporozoários, por sua vez, não apresentam organelas
locomotoras nem vacúolos contráteis. Eles são levados pelo
ambiente, que pode ser o ar, a água ou algum animal. Um exemplo
desse tipo de protozoário é o Plasmodium vivax, responsável por
provocar a malária.
Reprodução dos Protozoários
Os protozoários podem se reproduzir de forma
assexuada ou sexuada:
• Reprodução assexuada
• A reprodução assexuada é a mais comum nos protozoários e pode
ocorrer por divisão binária ou divisão múltipla:
• Divisão binária: A célula-mãe se divide ao meio, originando duas
células-filhas idênticas.
• Divisão múltipla: A célula realiza várias mitoses, formando muitos
núcleos que se dividem em células pequenas.
• A reprodução sexuada ocorre por conjugação, quando dois indivíduos
se unem, trocam material genético e originam novos protozoários. Em
algumas espécies, ocorre a alternância de gerações (sexuada e
assexuada) e a formação de esporos
• Doenças causadas por protozoários
• As doenças causadas por protozoários são chamadas
de protozooses. Apesar de serem considerados microorganismos
de vida livre, eles podem agir como parasitas, ou seja, se alojar no
corpo de outros animais, que recebem o nome de hospedeiros.
Os protozoários podem causar diversas doenças no ser humano,
algumas delas com elevada mortalidade.
As principais patologias que têm como agentes causadores os
protozoários são divididas pela sua localização no corpo do paciente e
são:
Trato urogenital: tricomoníase;
Trato gastrointestinal: amebíase, disenteria, ciclosporíase, isosporose,
giardíase e criptosporidiose; e
Sangue e tecidos: doença de Chagas, doença do sono, leishmaniose
Calazar, leishmaniose cutânea, malária, toxoplasmose, meningite,
babesiose e, até mesmo, pneumonia.
Esse tipo de doença é mais comum em países e regiões mais
pobres, com problemas de saneamento básico e tratamento de água.
A melhor maneira de prevenir é bebendo água filtrada, lavar bem os
alimentos antes de comer, usar repelentes e ter hábitos de higiene,
como lavar as mãos depois de usar o banheiro.
• Amebíase
• Também chamada de
disenteria amebiana,
é transmitida por
hospedeiros como
artrópodes (baratas e
moscas, por exemplo),
ou pela ingestão de
água ou alimentos
com cistos (células
inativas ou em estado
de hibernação). O
agente causador é o
parasita Entamoeba
histolytica.
• Malária
• Essa doença é causada
por diferentes espécies
de protozoários do
gênero plasmodium,
sendo mais comum no
Brasil o Plasmodium
vivax. O agente
transmissor é o mosquito
do gênero Anopheles,
popularmente chamado
de mosquito-prego, que
contém o protozoário em
sua saliva e o transmite
por meio da picada.
• Doença de Chagas
• A transmissão ocorre pelo inseto
popularmente conhecido como
barbeiro, que pica a pessoa e, ao
mesmo tempo, defeca na ferida.
É assim que o
protozoário Trypanossoma
cruzi, que está presente nas fezes
do inseto, chega até o organismo
do hospedeiro, provocando
problemas de saúde como
insuficiência cardíaca, inflamação
do cérebro, lesões neurológicas e
dilatação do tubo digestório, que
podem levar o indivíduo à morte.
Leishmaniose
• É uma doença que
provoca lesões nas
mucosas, como
boca e cavidade
nasal. A
transmissão ocorre
por meio da picada
da fêmea do
mosquito-palha. O
agente causador é
o protozoário do
gênero Leishmania.
Giardíase é causada pela ingestão de água e
alimentos contaminados por um parasita, e
tem como principal sintoma a diarreia.
Giardíase é uma infecção no intestino
delgado causada pelo protozoário Giardia
lamblia. A infecção ocorre principalmente
quando a pessoa ingere cistos do
protozoário (forma que o parasita adquire
para resistir a condições ambientais
desfavoráveis até conseguir um hospedeiro)
presentes em alimentos contaminados por
fezes e água sem tratamento.
A ingestão do parasita também pode ocorrer
por falta de higiene, ao não lavar as mãos
adequadamente, por exemplo, ou pelo
contato sexual com uma pessoa infectada.
No trato intestinal, o protozoário se aloja na
primeira porção do intestino delgado
(duodeno e início do jejuno).
• Sintomas de giardíase
• A maioria das infecções ocorre em
crianças e é assintomática, mas mesmo
sem sintomas o paciente elimina cistos
que podem infectar outras
pessoas. Quando a infecção é
sintomática, o paciente costuma
apresentar:
• Cólicas abdominais;
• Flatulência;
• Distensão abdominal;
• Náuseas;
• Eliminação de fezes gordurosas e
fétidas;
• Perda de peso;
• Diarreia.
• Diagnóstico
• O diagnóstico das protozooses é feito, normalmente, por exames
laboratoriais que permitam constatar a presença do parasita ou que
sugerem a infecção do paciente por ele. Os principais exames utilizados são:
• Exame de fezes: permite a verificação da presença de protozoários nas
fezes. É utilizado principalmente na suspeita de infecção por uma
das espécies que infectam o trato gastrointestinal;
• Exame microscópico: principalmente o esfregaço sanguíneo com coloração
que permita a visualização do protozoário, é indicado para o diagnóstico
de protozooses do sangue ou tecidos; e
• Exame de sangue: permitem o achado de anticorpos específicos para as
doenças causadas por protozoários.
• Outros exames como biópsias, no caso de protozooses que cursam com
manifestação cutânea, como a leishmaniose, e exames de imagem podem
ajudar no diagnóstico.
Os protozoários podem ser encontrados
livres ou em associação com outros seres vivos,
estabelecendo relações de parasitismo,
comensalismo e até mesmo de mutualismo.
Entre as espécies parasitas que infectam o
homem, podemos citar a
Giardia intestinalis (giardíase),
Entamoeba histolytica (amebíase),
Trichomonas vaginalis (tricomoníase),
Toxoplasma gondii (toxoplasmose),
Trypanossoma cruzi (Doença de Chagas)
Leishmania sp (leishmaniose)

aula.1microbio1.3.pptxffffffffffffffffff

  • 1.
  • 2.
    Introdução à EstruturaCelular • A célula é a unidade que constitui os seres vivos, podendo existir isoladamente, nos seres unicelulares, ou formar arranjos ordenados, os tecidos, que constituem o corpo dos seres pluricelulares. Em geral, os tecidos apresentam quantidades variáveis de material extracelular, produzido por suas células. • Há apenas dois tipos básicos de células: procariontes e eucariontes
  • 3.
    Procariontes O nome dessacélula vem do grego “pro” (antes, primeiro) e “karyon” (núcleo), ou seja, “antes do núcleo”. As células procariontes são formadas por citoplasma, ribossomos e material genético, e possuem apenas a Membrana Plásmática, com ausência da carioteca que divide o núcleo celular. O material genético fica no nucleóide (núcleo não separado), região celular localizada no citoplasma e que abriga moléculas de DNA circulares chamadas plasmídeos.
  • 4.
    Eucariontes As células eucarióticassão mais complexas. Seu nome também vem do grego: “eu” (verdadeiro) e “karyon” (núcleo), ou seja, “núcleo verdadeiro”. Têm membrana individualizada e delimitada – sua principal característica -, que envolve o núcleo celular, que, por sua vez, armazena o material genético. Essas células possuem muitas organelas celulares que têm diferentes funções e duas partes distintas: o citoplasma e um núcleo bem definido.
  • 5.
    Introdução a Microbiologia Microbiologia:é o estudo dos microrganismos Microrganismos: É um conjunto de seres vivos capazes de existirem como uma célula única ou em agrupamentos. São seres vivos que só podem ser observados ao microscópio
  • 6.
    Evolução da Microbiologia Considera-seo início da Microbiologia se deu quando se aprendeu a polir lentes de vidro, e ao combiná-las produzia aumentos suficientes para a visualização de microrganismos. No século XIII, Roger Bacon postulou que a doença era produzida por seres vivos invisíveis. Este postulado foi reforçado e defendido por Fracastoro de Verona (entre 1483-1553), e posteriormente por Von Plenciz (1762), mas nenhum deles apresentava provas.
  • 7.
    Em 1665, RobertHooke visualiza e descreve as células em um pedaço de cortiça, sugerindo que animais e plantas, por mais complexos que sejam, eram compostos de partes elementares repetidas. Entretanto, é muito provável que o primeiro a visualizar bactérias e protozoários, foi o holandês Antony Van Leeuwenhoek (1632-1723), relatando suas observações, com descrições precisas e desenhos, denominando de pequenos “animálculos”.
  • 8.
    Antony Van Leeuvenhoek, consideradoo pai da Microbiologia. • Geração Espontânea(Abiogênese) vs Biogênese • O primeiro período áureo da microbiologia teve início no final do século XIX, com a derrubada da teoria da abiogênese, o estabelecimento dos processos de fermentação como produto da atividade de microrganismos, o estabelecimento da relação de microrganismos com as doenças e o desenvolvimento da microbiologia agrícola e ambiental.
  • 9.
    • Francesco Redi,biólogo italiano, em 1668, quando demonstrou que as larvas que surgiam na carne em putrefação eram um estágio da vida das moscas, e que as mesmas não surgiam na carne se a mesma estivesse devidamente protegida.
  • 10.
    Após 200 anosde discussão. A partir desse experimento, Pasteur mostrou que um líquido, ao ser fervido, não perde a “força vital”, como defendiam os adeptos da abiogênese, pois quando o pescoço do frasco é quebrado, após a fervura desse líquido, ainda aparecem seres vivos. Dessa forma, Pasteur sepultou de vez a teoria da abiogênese ou geração espontânea, que admitia que os seres vivos originavam-se a partir de matéria bruta.
  • 11.
    Louis Pasteur éo criador do método da pasteurização que além de eliminar os agentes causadores de doenças, este processo permite que os alimentos possam ser conservados por um tempo maior. A pasteurização é um processo que consiste em submeter um produto alimentício (leite, por exemplo) à alta temperatura e, logo em seguida, à baixa temperatura. Com essa rápida variação de temperatura é possível matar os germes e bactérias existentes nos alimentos. Este processo ocorre num aparelho conhecido pelo nome de pasteurizador. As bactérias e micro-organismos do leite têm como origem o próprio animal, vivendo em seu organismo e saindo junto com o leite. Por isso, é importante tomar somente o leite pasteurizado. Em sítios ou fazendas o leite deve ser fervido antes de se tomar. Os alimentos que geralmente são pasteurizados são: leite, laticínios, sucos, comida enlatada e ovos utilizados em alimentos preparados.
  • 12.
  • 13.
    Reino Monera • Éum dos reinos dos seres vivos, caracterizado por organismos procariontes, unicelulares, autótrofos ou heterótrofos. • O grupo do monera compreende as bactérias e as cianobactérias (algas azuis ou cianofíceas). O termo "monera" na classificação atual encontra-se obsoleto. Seus integrantes foram divididos entre os reinos Bacteria e Archaea
  • 14.
    As bactérias (dogrego bakteria: 'bastão') são encontrados em todos os ecossistemas da Terra e são de grande importância para a saúde, para o ambiente e a economia. As bactérias são encontradas em qualquer tipo de meio: mar, água doce, solo, ar e, inclusive, no interior de muitos seres vivos.
  • 15.
    • Exemplos daimportância das bactérias: • na decomposição de matéria orgânica morta. Esse processo é efetuado tanto aeróbia, quanto anaerobiamente; • agentes que provocam doença no homem; • em processos industriais, como por exemplo, os lactobacilos, utilizados na indústria de transformação do leite em coalhada; • no ciclo do nitrogênio, em que atuam em diversas fases, fazendo com que o nitrogênio atmosférico possa ser utilizado pelas plantas; • em Engenharia Genética e Biotecnologia para a síntese de várias substâncias, entre elas a insulina e o hormônio de crescimento.
  • 16.
    •Estrutura das Bactérias Bactériassão microorganismos unicelulares, procariotos, podendo viver isoladamente ou construir agrupamentos coloniais de diversos formatos. A célula bacterianas contém os quatro componentes fundamentais a qualquer célula: membrana plasmática, hialoplasma, ribossomos e cromatina, no caso, uma molécula de DNA circular, que constitui o único cromossomo bacteriano.
  • 17.
  • 18.
    Tipos de Bactérias: •Asbactérias podem viver isoladamente ou construir agrupamentos coloniais de diversos formatos. De acordo com a forma que apresentam recebem uma denominação específica: •Bacilos: apresentam formas alongadas; •Cocos: com formas esféricas. Porém, eles podem se associar formando diversos tipos de colônias: diplococos, estafilococos, estreptococos, pneumococos e tétrade. •Espirilos: apresentam forma de espiral; •Vibriões: em forma de vírgula.
  • 21.
  • 30.
    Estudo Dirigido 2 Cite4 doenças causadas por bactérias O nome Científico da bactéria. Forma de transmissão Prevenção de cada uma.
  • 31.
    Reino Fungi • Fungossão organismos eucariontes (possuem célula com núcleo individualizado) e heterotróficos (não são capazes de produzir seu próprio alimento). As células desses seres vivos destacam-se pela presença de uma parede celular de quitina e a ausência de pigmentos fotossintéticos e plastos. A sua principal substância de reserva é o glicogênio. • Em relação à estrutura corporal, as formas mais comuns são as células isoladas e os filamentos multicelulares. O corpo dos fungos multicelulares é constituído por uma rede de filamentos finos conhecidos como hifas.
  • 34.
    Reino Fungi São quimio-heterotróficose adquirem alimentos por absorção. Com exceção das leveduras, os fungos são multicelulares. A maioria se reproduz através de esporos sexuados e assexuados. Das mais de 100 mil espécies conhecidas de fungos, apenas cerca de 200 são patogênicas aos seres humanos e aos animais. Contudo, ao longo dos últimos 10 anos, a incidência de infecções fúngicas importantes tem aumentado. Essas infecções estão ocorrendo em unidades de cuidados da saúde e em indivíduos imunocomprometidos. Além disso, milhares de doenças causadas por fungos afetam plantas economicamente importantes, causando prejuízos de mais de um bilhão de dólares ao ano.
  • 35.
    Reino Fungi Os fungostambém são benéficos. São importantes na cadeia alimentar, uma vez que decompõem a matéria vegetal morta, reciclando, assim, elementos vitais. As partes duras das plantas, que os animais não conseguem digerir, são decompostas principalmente pelos fungos, através do uso de enzimas extracelulares, como as celulases.
  • 36.
    Reino Fungi Quase todasas plantas dependem de simbioses com fungos, conhecidas como micorrizas, que auxiliam as raízes das plantas a absorverem minerais e água do solo.
  • 37.
    Reino Fungi O estudodos fungos é chamado de micologia. Um patógeno deve ser identificado com precisão, a fim de se inserir um tratamento adequado para uma doença e prevenir a sua disseminação. Todos os fungos são quimio--heterotróficos, necessitando de componentes orgânicos como fontes de energia e carbono. Os fungos são aeróbios ou anaeróbios facultativos; somente alguns fungos anaeróbios são conhecidos. Características dos fungos A identificação de leveduras e bactérias envolve testes bioquímicos. Entretanto, fungos multicelulares são identificados considerando-se sua aparência física, incluindo características da colônia e dos esporos reprodutivos.
  • 38.
    Reino Fungi Os fungostambém são valiosos para os animais. Algumas formigas cultivam fungos para quebrar a celulose e a lignina presentes nas plantas, provendo glicose, que as formigas podem, então, digerir. Os seres humanos utilizam os fungos para o consumo (cogumelos) e na produção de alimentos (pão e ácido cítrico) e fármacos (álcool e penicilina).
  • 39.
  • 40.
  • 41.
    Reino Fungi Alexander Fleminge a descoberta da penicilina Oficial médico inglês, Alexander Fleming voltou da Primeira Guerra Mundial com um sonho: pesquisar uma forma de reduzir o sofrimento dos soldados que tinham suas feridas infectadas, impondo dor e por tantas vezes um processo ainda mais acelerado em direção à morte. De volta ao St. Mary´s Hospital, em Londres, em 1928, dedicou-se a estudar a bactéria Staphylococcus aureus, responsável pelos abscessos em feridas abertas provocadas por armas de fogo. Estudou tão intensamente que, um dia, exausto, resolveu se dar de presente alguns dias de férias. Saiu, deixando os recipientes de vidro do laboratório, com as culturas da bactéria, sem supervisão. Esse desleixo fez com que, ao retornar, encontrasse um dos vidros sem tampa e com a cultura exposta e contaminada com o mofo da própria atmosfera. Estava prestes a jogar todo o material fora quando, ao olhar no interior do vidro, percebeu que onde tinha se formado bolor, não havia Staphylococcus em atividade. Concluiu que o mofo, oriundo do fungo Penicillium, agia secretando uma substância que destruía a bactéria. Ainda que por acaso, estava criado o primeiro antibiótico da história da humanidade – a penicilina – que é para tantos cientistas uma das mais vitais descobertas da historia humana. Para eles, a medicina só se tornou ciência verdadeira a partir dos antibióticos. Antes deles, era um bom exercício para o diagnóstico das enfermidades infecciosas. Quanto ao tratamento e à cura, só a interpretação religiosa podia compreender ou ajudar.
  • 42.
    Reino Fungi Com adescoberta de Alexander Fleming, abriam-se as portas de um novo mundo, com o surgimento de uma grande indústria que passou a se dedicar à produção de penicilina e outros antibióticos responsáveis pela possibilidade de vida com qualidade para pessoas que sofriam de tuberculose, pneumonia, meningite, sífilis, entre outras infecções. A penincilina só foi verdadeiramente isolada em 1938, por Ernst B. Chain e Howard W. Florey, também na Inglaterra. Embora logo após a descoberta de Fleming tivesse surgido uma onda de desconfiança sobre a eficácia do bolor, ela não impediu que cientistas médicos continuassem estudando a substância. Com a Segunda Guerra Mundial e a necessidade de ajudar cada vez mais os feridos, Dr. Florey, patologista da Universidade de Oxford, tomou para si a pesquisa da penicilina, retomando o cultivo do bolor de Fleming e dele extraindo um pó marrom. A substância foi testada em 80 tipos de bactérias, provando sua eficácia contra os micróbios e inatividade com relação aos glóbulos brancos. Em 1940, a penicilina foi utilizada, na Inglaterra, no primeiro paciente humano, um policial, vítima de grave infecção sanguínea. O mundo passava a conhecer e desfrutar de uma arma absolutamente vital à vida e existência a partir de então.
  • 43.
    Reino Fungi A naturezaconta com vários tipos de fungos, uma forma de vida muito comum. No entanto existem aqueles que se alimentam de matéria em decomposição, alimentos e organismos vivos e, nesse cenário, entram também os seres humanos. Esse tipo de fungo é extremamente prejudicial à saúde, já que podem causar diferentes tipos de doenças e dois tipos de infecções: sistêmicas e superficiais. Essas infecções são contagiosas e podem ser transmitidas através de algum contato direto com uma pessoa que esteja infectada ou, mais raramente, através de roupas ou pelo próprio ambiente.
  • 44.
    Reino Fungi Onicomicose É umainfecção fúngica das unhas, e pode ser considerada uma doença bem difícil de tratar. A maioria das pessoas que têm onicomicose não procuram tratamento, e talvez nem sequer tenham conhecimento da infecção. Há três grupos de fungos que causam essa complicação. São eles as leveduras (fungos como o Trichophyton rubrum), os dermatófitos (fungos como o Candida albicans) e os não dermatófitos (como o Microascus brevicaulis). A onicomicose é considerada uma infecção patogênica, principalmente em pessoas que possuem o sistema imunológico fragilizado e, em muitos desses casos, pode ser fatal.
  • 45.
    Reino Fungi Candidíase Tem essenome por que é causada por diferentes espécies de leveduras da família Candida, e é muito comum nos seres humanos, já que muitas delas vivem pacificamente em nossos corpos. Estão presentes em superfícies úmidas, como na boca, intestino e até mesmo no órgão reprodutor feminino, podendo causar infecção vaginal. As infecções que ocorrem na boca ou na garganta se desencadeiam quando a levedura invade a corrente sanguínea e se espalha por diversas áreas do corpo. A candidíase também pode ser fatal em casos de pessoas que possuem o sistema imunológico fraco.
  • 46.
    Reino Fungi A cândidaataca quem tem imunidade fraca pelo uso de quimioterapia, esteroides, antibióticos e outros componentes. Para reduzir as chances de contrair a candidíase, o ideal é usar roupas íntimas de algodão. Confira algumas informações relevantes sobre essa doença causada por fungos: •o diagnóstico depende da coleta de uma pequena amostra de corrimento vaginal; •a amostra é analisada no microscópio no consultório médico ou em um laboratório de uma cultura de fungos; •a presença de cultura fúngica identificada pelos profissionais de saúde nem sempre significa que a Cândida está causando sintomas; •o tratamento requer a ingestão e aplicação interna de medicamentos como o fluconazol; •os médicos precisam saber receitar medicamentos que serão aplicados dentro da vagina, como nistatina, ácido bórico, sulfato de neomicina, dipropriato de betametasona, cetoconazol ou flucitosina
  • 47.
  • 48.
  • 49.
    Reino Fungi Rinossinusite Ocorre devidoa infecção do fungo aspergillus. As pessoas infectadas geralmente apresentam sintomas como narizes congestionados, perda do olfato, sinusites de repetição e pólipos nasais. É uma infecção difícil de se tratar podendo se prolongar por um longo tempo. Os tratamentos mais eficientes são as cirurgias endoscópicas ou abertas.
  • 50.
    Reino Fungi Esporotricose A esporotricoseé uma infecção causada pelo sporothrix, um fungo que vive no solo e na matéria vegetal, feno, musgo, esfagno e roseiras. Os pacientes contraem essa doença ao entrar em contato direto com os microrganismos que ficam no ambiente. Eles causam infecção cutânea ao adentrar a pele por meio de um pequeno arranhão ou corte. Isso geralmente acontece quando alguém toca na matéria vegetal contaminada e, em virtude disso, a pele dos pés, pernas, mãos ou braços é afetada. Mas existem outros tipos de esporotricose, por exemplo, a pulmonar que é mais rara, porém, pode acontecer depois que a pessoa respira esporos fúngicos do ambiente.
  • 51.
    Reino Fungi Esporotricose disseminadaé a infecção que se espalha para outra parte do corpo, como articulações, ossos ou sistema nervoso central; •afeta pessoas que tomam medicamentos ou com problemas de saúde que reduzem a capacidade do corpo de combater germes e doenças; •ataca pessoas com sistema imunológico fragilizado, com problemas de alcoolismo, doença pulmonar obstrutiva crônica, diabetes ou HIV etc.; •pode ser causada por mordidas de animais, principalmente os gatos; •ocorreram surtos da doença entre trabalhadores florestais, que atuam em centros de jardinagem, viveiros de árvores e ou com fardos de feno; •sintomas incluem um pequeno inchaço indolor que pode se desenvolver a qualquer momento até 3 meses após a exposição ao fungo; •surge protuberância rosa, vermelha ou roxa no dedo, na mão ou no braço onde o fungo entrou pela ruptura na pele; •pode parecer uma úlcera ou ferida aberta cicatriza de forma muito lenta; •as infecções do sistema nervoso central podem envolver dificuldade para pensar, dor de cabeça e convulsões;
  • 52.
  • 53.
    • Doenças causadaspor fungos • São reconhecidas cerca de 80.000 espécies fúngicas, destas apenas 0,5% oferecem riscos à saúde humana, sendo que as espécies de fungos patogênicos podem ser encontradas em diferentes locais na natureza. • As espécies residentes da microbiota humana são responsáveis pela incidência de doenças fúngicas como candidíase e dermatofitose, principalmente em ambientes hospitalares. Nestes ambientes, a alta incidência de infecções fúngicas se deve ao oportunismo facilitado pelo imunocomprometimento de alguns pacientes.
  • 54.
    Os vírus sãomuito pequenos para serem vistos ao microscópio óptico e não podem ser cultivados fora de seus hospedeiros. Portanto, embora as doenças virais não sejam novidade, as partículas virais não puderam ser estudadas até o século XX. Os avanços nas técnicas de biologia molecular nos anos de 1980 e 1990 permitiram a identificação de vários novos vírus, incluindo o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e o coronavírus associado à síndrome respiratória aguda severa (SARS).
  • 55.
    Estrutura do VírusOsvírus são formados por ácidos nucleicos, RNA (ácido ribonucleico) ou DNA (ácido desoxirribonucleico), envolvidos por uma capa proteica chamada de capsídeo. Além desses componentes, alguns vírus ainda podem ser revestidos por uma película de gordura e proteína. Glicoproteínas- carboidratos ligados a proteínas Capsidio- é uma estrutura proteica dos vírus com função de proteger o material genético e facilitar a invasão em uma célula hospedeira. Envelope- é uma estrutura presente na parte externa da maioria dos vírus, é formada principalmente glicoproteína, glicolipídeos e fosfolipídeos DNA/RNA- Material Genético
  • 57.
    • A reproduçãodos vírus • Os vírus reproduzem-se em um processo denominado de replicação, que ocorre em seis etapas básicas: • Adsorção: Nessa primeira etapa, o vírus liga-se à membrana da célula que ele parasitará. Essa ligação ocorre graças a receptores presentes nas células. • Penetração: Após se ligar à célula, o vírus começa o processo de penetração, ou seja, ele começa a entrar na célula que será parasitada. • Desnudamento: Já no interior da célula, o vírus sofre a ação de enzimas que destroem seu capsídeo (uma cápsula rica em proteínas que envolve o material genético do vírus). Após destruir o capsídeo, o material genético é liberado no citoplasma da célula ou no núcleo.
  • 58.
    • Síntese viral:Nesse momento, o material genético do vírus afeta a atividade da célula, que passa a produzir as proteínas necessárias para a criação de novos vírus. • Montagem e maturação: Nesse processo, novos vírus são formados a partir das proteínas produzidas pela célula. • Liberação: Após estarem completamente montados, os vírus saem da célula para parasitar outra. Essa saída pode ocorrer por meio do rompimento da membrana da célula ou, ainda, por uma espécie de brotamento, em que levam parte da membrana da célula parasitada.
  • 59.
  • 60.
    As características querealmente distinguem os vírus estão relacionadas à sua organização estrutural simples e aos mecanismos de multiplicação. Dessa forma, os vírus são entidades que: • Contêm um único tipo de ácido nucleico, DNA ou RNA. • Contêm um revestimento proteico (às vezes recoberto por um envelope de lipídeos, proteínas e carboidratos) que envolve o ácido nucleico • Multiplicam-se no interior de células vivas utilizando a maquinaria sintética da célula. • Induzem a síntese de estruturas especializadas que podem transferir o ácido nucleico viral para outras células
  • 61.
    Em 1886, oquímico holandês Adolf Mayer demonstrou que a doença do mosaico do tabaco (DMT) era transmissível de uma planta doente para uma planta sadia. Em 1892, em uma tentativa de isolar a causa da DMT, o bacteriologista russo Dimitri Iwanowiski filtrou a seiva de plantas doentes em filtros de porcelana construídos para reter bactérias. Ele esperava encontrar o micróbio preso ao filtro. Ao contrário, ele constatou que o agente infeccioso havia atravessado os diminutos poros do filtro. Quando ele injetou o fluido filtrado em plantas sadias, elas contraíram a doença. A primeira doença humana associada com um agente filtrável foi a febre amarela.
  • 62.
    Há cem anos,os pesquisadores não imaginavam que poderiam existir partículas submicroscópicas, assim, descreveram esses agentes infecciosos com o termo contagium vivum fluidum – um fluido contagioso. Por volta da década de 1930, os cientistas começaram a usar a palavra vírus, palavra que no latim significa veneno, para descrever esses agentes filtráveis. A invenção do microscópio eletrônico, aproximadamente na mesma época, possibilitou a sua visualização. Como, então, definimos um vírus? Os vírus foram originalmente diferenciados de outros agentes infecciosos por serem especialmente muito pequenos (filtráveis) e por serem parasitos intracelulares obrigatórios – isto é, eles necessariamente precisam de células hospedeiras vivas para a sua multiplicação.
  • 63.
    Os vírus têmpoucas ou mesmo nenhuma enzima própria para seu metabolismo. Por exemplo, não têm enzimas para a síntese proteica e a geração de ATP. Os vírus devem assumir a maquinaria metabólica da célula hospedeira para a sua multiplicação. Esse fato é de considerável importância médica para o desenvolvimento de fármacos antivirais, pois a maioria dos fármacos que interferem na multiplicação viral também pode interferir com a fisiologia da célula hospedeira, sendo, por isso, demasiadamente tóxicas para uso clínico
  • 67.
    • Catapora • Avaricela, mais conhecida como catapora, é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, causada pelo vírus herpes zoster. A catapora acomete principalmente crianças, entre o fim do inverno e no início da primavera. Quando ocorre em adolescentes e adultos, a infecção tende a ser mais severa. A doença também representa risco para pacientes imunocomprometidos ou portadores de doenças crônicas, como neoplasias, Aids, dentre outras. • A principal característica clínica da varicela é o aparecimento de lesões na pele que se apresentam nas diversas formas evolutivas (máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas), acompanhadas de coceira.
  • 68.
    • A hepatiteviral é uma das doenças infecciosas mais comuns no mundo. Já foram identificados vários vírus diferentes de hepatite, incluindo os vírus da hepatite B e da hepatite C transmissíveis pelo sangue, e o vírus da hepatite A transmissível por alimentos.
  • 70.
    • Poliomielite • Apoliomielite é uma doença infecto-contagiosa aguda, causada por um vírus que vive no intestino, denominado poliovírus. Embora ocorra com maior frequência em menores de cinco anos, também pode infectar adultos. • A doença pode provocar desde sintomas como os de um resfriado comum a problemas graves no sistema nervoso, como paralisia irreversível, principalmente em crianças. • No Brasil, não há circulação de poliovírus selvagem desde 1990, em virtude do êxito da política de prevenção, vigilância e controle desenvolvida pelos três níveis do Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, devido aos baixos níveis vacinais, há grande preocupação da pólio reaparecer no país.
  • 71.
    Poliomielite e aParalisia Infantil
  • 72.
    • Sarampo • Osarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa. A doença é causada pelo Morbillivirus e é muito comum na infância, mas também pode acometer adultos. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, que pode, inclusive, levar a morte do paciente
  • 74.
    https://www.youtube.com/watch?v=WD3rOXk7xHI Para Refletir, vocêsendo um profissional de saúde, como desenvolveria educação em saúde com pais que não querem vacinar os filhos...
  • 75.
    • Existem vacinascontraindicadas durante a gestação?
  • 76.
    Sim. São elasa Tríplice Viral (sarampo, rubéola e caxumba), HPV (condiloma ou papiloma), Varicela (catapora) e Dengue.
  • 77.
    Reino Protista • Osprotozoários, apesar de também serem unicelulares, como as bactérias, são eucarióticos. Esses organismos vivem, geralmente, em água-doce, mas também são encontrados em água salgada, regiões lodosas e solo úmido; e alguns são parasitas, como o Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas. • São heterotróficos, utilizando o fagossomo - que se transforma em um vacúolo digestivo - para sua digestão intracelular. Além disso, alguns possuem vacúolos contráteis, auxiliando na expulsão de água em excesso, acumulada no interior do indivíduo.
  • 78.
    Estruturalmente, a formae a resistência apresentada por esses organismos deve-se à ação da membrana celular e do citoesqueleto. Os protozoários podem possuir estruturas responsáveis pela locomoção, como os cílios, flagelos e os pseudópodes, que são importantes na classificação deles em grupos. Uma estrutura importante presente em alguns protozoários são os vacúolos pulsáteis, que agem para regular a osmolaridade celular, principalmente nos organismos que têm a água salgada como habitat.
  • 79.
    Esses microorganismos sãounicelulares (de uma só célula), eucariontes (com um núcleo) e, geralmente, são heterotróficos (sem capacidade de produzir seu próprio alimento, portanto, se alimentam de outros seres vivos). Os protozoários fazem parte do Reino Protista, assim como as algas. Esses microorganismos são unicelulares (de uma só célula), eucariontes (com um núcleo) e, geralmente, são heterotróficos (sem capacidade de produzir seu próprio alimento, portanto, se alimentam de outros seres vivos). Vale ressaltar que a maioria deles não são organismos autotróficos, uma característica importante que contribui para o parasitismo
  • 80.
    • História dosprotozoários Antigamente, os protozoários eram classificados como um filo do Reino Animal, descritos como microorganismos unicelulares heterotróficos, semelhantes a animais. Era o antigo Reino Protozoa, do grego Proto (que em português significa primeiro) e Zoa ou zoo (que em português significa animal ou animais), traduzido então como “primeiros animais”. No entanto, com a nova classificação com base na locomoção e pela semelhança com as algas unicelulares, eles passaram a apresentar características mistas, semelhantes a animais e vegetais, por isso foram incluídos no Reino Protista. Reino dos Protistas é polifilético. Ou seja, os seres vivos encontrados ali não têm ancestrais comuns, suas origens são variadas.
  • 82.
    • Como sãoclassificados os protozoários? • Os protozoários são divididos em classes que seguem como critério o modo de locomoção que utilizam. Confira abaixo as quatro classes mais importantes. • Rizópodos • Ciliados • Flagelados • Esporozoários
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    • Como sãoclassificados os protozoários? • Os protozoários são divididos em classes que seguem como critério o modo de locomoção que utilizam. Confira abaixo as quatro classes mais importantes. • Rizópodos • Ciliados • Flagelados • Esporozoários
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    • Rizópodos • Osrizópodos utilizam pseudópodos (“falsos pés”) para se locomover. O mais famoso representante deste grupo é a ameba, que obtém seu alimento com o processo chamado fagocitose, e fazendo a digestão em seus vacúolos digestivos.
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    • Flagelados • Osflagelados utilizam o movimento de um único e longo flagelo para se locomover, são de vida livre e muitos deles são parasitas de seres humanos. É o caso do Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas.
  • 86.
    Ciliados • O meioque os ciliados usam para se locomover é através do batimento de cílios, que são filamentos menores e mais numerosos do que os flagelos. Geralmente aparecem na água doce ou salgada com matéria vegetal em decomposição. A forma de reprodução é sexuada, em que uma célula transmite material genético para outra célula. Depois da conjugação, as células realizam a reprodução assexuada. Um exemplo de protozoário ciliado é os do gênero Paramecium, que costumam habitar poças de água suja.
  • 87.
    • Esporozoários • Osesporozoários, por sua vez, não apresentam organelas locomotoras nem vacúolos contráteis. Eles são levados pelo ambiente, que pode ser o ar, a água ou algum animal. Um exemplo desse tipo de protozoário é o Plasmodium vivax, responsável por provocar a malária.
  • 88.
    Reprodução dos Protozoários Osprotozoários podem se reproduzir de forma assexuada ou sexuada: • Reprodução assexuada • A reprodução assexuada é a mais comum nos protozoários e pode ocorrer por divisão binária ou divisão múltipla: • Divisão binária: A célula-mãe se divide ao meio, originando duas células-filhas idênticas. • Divisão múltipla: A célula realiza várias mitoses, formando muitos núcleos que se dividem em células pequenas. • A reprodução sexuada ocorre por conjugação, quando dois indivíduos se unem, trocam material genético e originam novos protozoários. Em algumas espécies, ocorre a alternância de gerações (sexuada e assexuada) e a formação de esporos
  • 90.
    • Doenças causadaspor protozoários • As doenças causadas por protozoários são chamadas de protozooses. Apesar de serem considerados microorganismos de vida livre, eles podem agir como parasitas, ou seja, se alojar no corpo de outros animais, que recebem o nome de hospedeiros.
  • 91.
    Os protozoários podemcausar diversas doenças no ser humano, algumas delas com elevada mortalidade. As principais patologias que têm como agentes causadores os protozoários são divididas pela sua localização no corpo do paciente e são: Trato urogenital: tricomoníase; Trato gastrointestinal: amebíase, disenteria, ciclosporíase, isosporose, giardíase e criptosporidiose; e Sangue e tecidos: doença de Chagas, doença do sono, leishmaniose Calazar, leishmaniose cutânea, malária, toxoplasmose, meningite, babesiose e, até mesmo, pneumonia.
  • 92.
    Esse tipo dedoença é mais comum em países e regiões mais pobres, com problemas de saneamento básico e tratamento de água. A melhor maneira de prevenir é bebendo água filtrada, lavar bem os alimentos antes de comer, usar repelentes e ter hábitos de higiene, como lavar as mãos depois de usar o banheiro.
  • 93.
    • Amebíase • Tambémchamada de disenteria amebiana, é transmitida por hospedeiros como artrópodes (baratas e moscas, por exemplo), ou pela ingestão de água ou alimentos com cistos (células inativas ou em estado de hibernação). O agente causador é o parasita Entamoeba histolytica.
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    • Malária • Essadoença é causada por diferentes espécies de protozoários do gênero plasmodium, sendo mais comum no Brasil o Plasmodium vivax. O agente transmissor é o mosquito do gênero Anopheles, popularmente chamado de mosquito-prego, que contém o protozoário em sua saliva e o transmite por meio da picada.
  • 95.
    • Doença deChagas • A transmissão ocorre pelo inseto popularmente conhecido como barbeiro, que pica a pessoa e, ao mesmo tempo, defeca na ferida. É assim que o protozoário Trypanossoma cruzi, que está presente nas fezes do inseto, chega até o organismo do hospedeiro, provocando problemas de saúde como insuficiência cardíaca, inflamação do cérebro, lesões neurológicas e dilatação do tubo digestório, que podem levar o indivíduo à morte.
  • 96.
    Leishmaniose • É umadoença que provoca lesões nas mucosas, como boca e cavidade nasal. A transmissão ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito-palha. O agente causador é o protozoário do gênero Leishmania.
  • 97.
    Giardíase é causadapela ingestão de água e alimentos contaminados por um parasita, e tem como principal sintoma a diarreia. Giardíase é uma infecção no intestino delgado causada pelo protozoário Giardia lamblia. A infecção ocorre principalmente quando a pessoa ingere cistos do protozoário (forma que o parasita adquire para resistir a condições ambientais desfavoráveis até conseguir um hospedeiro) presentes em alimentos contaminados por fezes e água sem tratamento. A ingestão do parasita também pode ocorrer por falta de higiene, ao não lavar as mãos adequadamente, por exemplo, ou pelo contato sexual com uma pessoa infectada. No trato intestinal, o protozoário se aloja na primeira porção do intestino delgado (duodeno e início do jejuno).
  • 98.
    • Sintomas degiardíase • A maioria das infecções ocorre em crianças e é assintomática, mas mesmo sem sintomas o paciente elimina cistos que podem infectar outras pessoas. Quando a infecção é sintomática, o paciente costuma apresentar: • Cólicas abdominais; • Flatulência; • Distensão abdominal; • Náuseas; • Eliminação de fezes gordurosas e fétidas; • Perda de peso; • Diarreia.
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    • Diagnóstico • Odiagnóstico das protozooses é feito, normalmente, por exames laboratoriais que permitam constatar a presença do parasita ou que sugerem a infecção do paciente por ele. Os principais exames utilizados são: • Exame de fezes: permite a verificação da presença de protozoários nas fezes. É utilizado principalmente na suspeita de infecção por uma das espécies que infectam o trato gastrointestinal; • Exame microscópico: principalmente o esfregaço sanguíneo com coloração que permita a visualização do protozoário, é indicado para o diagnóstico de protozooses do sangue ou tecidos; e • Exame de sangue: permitem o achado de anticorpos específicos para as doenças causadas por protozoários. • Outros exames como biópsias, no caso de protozooses que cursam com manifestação cutânea, como a leishmaniose, e exames de imagem podem ajudar no diagnóstico.
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    Os protozoários podemser encontrados livres ou em associação com outros seres vivos, estabelecendo relações de parasitismo, comensalismo e até mesmo de mutualismo. Entre as espécies parasitas que infectam o homem, podemos citar a Giardia intestinalis (giardíase), Entamoeba histolytica (amebíase), Trichomonas vaginalis (tricomoníase), Toxoplasma gondii (toxoplasmose), Trypanossoma cruzi (Doença de Chagas) Leishmania sp (leishmaniose)