ECI ELAINE SOARES BRASILEIRO
Profª Valéria Moreira Dantas
Projeto de vida – Plante o futuro
História da
Música
A História da música é muito antiga, visto que desde os primórdios os
homens produziam diversas formas de sonoridade.
Lembre-se, portanto, que a música é um tipo de arte que trabalha com a
harmonia entre os sons, o ritmo, a melodia, a voz.
Todos esses elementos são importantes e podem nos transportar para outro
tempo e espaço, resgatar memórias e reacender emoções.
Veremos como essa linguagem artística caminhou durante os séculos até
os nossos dias para adquirir as características que possui hoje no Ocidente.
Música na Pré-História
Pintura rupestre encontrada na Espanha exibe várias
pessoas dançando, o que sugere a presença de música.
A humanidade possui uma relação longa com a
música, sendo essa umas das formas de
manifestação cultural mais antigas.
Ainda na pré-história, há mais de 50 mil anos, os
seres humanos começaram a desenvolver ações
sonoras baseadas na observação dos fenômenos da
natureza.
Os ruídos das ondas quebrando na praia, os trovões,
a comunicação entre os animais, o barulho do vento
balançando as árvores, as batidas do coração; tudo
isso influenciou as pessoas a também explorarem os
sons que seus próprios corpos produziam.
Como, por exemplo, os sons das palmas, dos pés
batendo no chão, da própria voz, entre outros.
Nessa época, tais experimentações não eram
consideradas arte propriamente e estavam
relacionadas à comunicação, aos ritos sagrados e à
dança.
A Evolução da Música
Música no Egito
No Egito Antigo, ainda no século 4.000 a.C., a música era muito presente,
configurando um importante elemento religioso. Os egípcios consideravam
que essa forma de arte era uma invenção do deus Thoth e que outro
deus, Osíris, a utilizou como uma maneira para civilizar o mundo.
A música era empregada de forma a complementar os rituais sagrados em
torno da agricultura, que era farta na região e os instrumentos utilizados eram
harpas, flautas, instrumentos de percussão e cítara - que é um instrumento de
cordas derivado da lira.
Música na Mesopotâmia
Músicos assírios tocando instrumentos
Na região da Mesopotâmia, localizada entre os
rios Tigre e Eufrates, habitavam os povos
sumérios, assírios e babilônios.
Foram encontradas harpas de 3 a 20 cordas na
região onde os sumérios viviam e estima-se que
sejam objetos com mais de 5 mil anos. Também
foram descobertas cítaras que pertenceram ao
povo assírio.
Música na China e na Índia
À esquerda, representação de pessoa tocando instrumento
na Índia; à direita, flautas chinesas encontradas por
arqueólogos
Na Ásia - em torno de 3.000 a.C. - a atividade
musical prosperou na Índia e China. Nessas
regiões, ela também estava fortemente
relacionada à espiritualidade.
O instrumento mais popular entre os chineses era
a cítara e o sistema musical utilizado era a escala
de cinco tons - pentatônica.
Já na Índia, em 800 a.C., o método musical era o
de "ragas", que não utilizava notas musicais e era
composto de tons e semitons.
Música na Grécia e em Roma
Representação de pessoa tocando instrumento na Grécia
Antiga
Podemos observar que a cultura musical na Grécia Antiga funcionava
como uma espécie de elo entre os homens e as divindades. Tanto que a
palavra "música" provém do termo grego mousikē, que significa "a arte das
musas". As musas eram as deusas que guiavam e inspiravam as ciências
e as artes.
É importante ressaltar que Pitágoras, grande filósofo grego, foi o
responsável por estabelecer relações entre a matemática e a música,
descobrindo as notas e os intervalos musicais.
Sabe-se que na Roma Antiga, muitas manifestações artísticas foram
heranças da cultura grega, como a pintura e a escultura. Supõe-se, dessa
forma, que o mesmo ocorreu com a música. Entretanto, diferente dos
gregos, os romanos usufruíam dessa arte de maneira mais ampla e
cotidiana.
Música na Idade Média
Pintura exibindo cantores medievais
Durante a Idade Média a Igreja Católica esteve bastante presente na
sociedade europeia e ditava a conduta moral, social, política e artística.
Naquela época, a música teve uma presença marcante nos cultos católicos.
O Papa Gregório I - século VI - classificou e compilou as regras para o
canto que deveria ser entoado nas cerimônias da Igreja e intitulou-o
como canto gregoriano.
Outra expressão musical do período que merece destaque são as
chamadas Cantigas de Santa Maria, que agregam 427 composições
produzidas em galego-português e divididas em quatro manuscritos.
Uma importante compositora medieval foi Hidelgard Von Bingen, também
conhecida como Sibila do Reino.
Música no Renascimento
Pintura de Gerard van Honthorst (1623) retratando
músicos no Renascimento
Já na época renascentista - que compreende o século XIV até o século
XVI - a cultura sofreu transformações e os interesses estavam voltados
para a razão, a ciência e o conhecimento do próprio ser humano.
Tais preocupações se refletiram também na música, que apresentava
características mais universais e buscava se distanciar dos costumes da
Igreja.
Uma característica significativa da música nesse período foi a polifonia,
que compreende a combinação simultânea de quatro ou mais sons.
Podemos citar como um grande compositor da Renascença Thomas
Weelkes.
Música no Barroco
O compositor italiano Antonio Vivaldi foi um grande expoente da música barroca
A partir do século XVII, o movimento barroco promove mudanças
marcantes no cenário musical.
Foi um período bastante fértil e importante para a música ocidental e
apresentava novos contornos tonais, com a utilização do modo jônico
(modo “maior”) e modo eólio (modo “menor”).
O surgimento das óperas e das orquestras de câmaras também
acontece nessa fase, assim como o virtuosismo dos músicos ao tocar os
instrumentos. Os maiores representantes da música barroca foram
Antonio Vivaldi, Johann Sebastian Bach, Domenico Scarlatti, entre
outros.
Música no Classicismo
Retrato dos artistas Haydn, Mozart e Beethoven
No Classicismo, que corresponde ao período em torno de 1750 e 1830,
a música adquire objetividade, equilíbrio e clareza formal, conceitos já
utilizados na Grécia Antiga.
Nessa época, a música instrumental e as orquestras ganham ainda
mais destaque. O piano toma o lugar do cravo e novas estruturas
musicais são criadas, como a sonata, a sinfonia, o concerto e o quarteto
de cordas.
Os artistas que se sobressaíram são Haydn, Mozart e Beethoven.
Música no Romantismo
Pintura retratando o compositor Fréderic Chopin
No século XIX, o movimento cultural que surgiu na Europa foi o
Romantismo. A música predominante tinha como qualidades a liberdade e
a fluidez, e primava também pela intensidade e vigor emocional.
Esse período musical é inaugurado pelo compositor alemão Beethoven -
com a Sinfonia nº3 - e passa por nomes como Chopin, Schumann e sua
esposa Clara Shumann, Wagner, Verdi, Tchaikovsky, R. Strauss, entre
outros.
Música no Século XX
Com o surgimento do rádio no século XX, a música tomou
outras proporções
No século XX, a música ganha nova roupagem e uma grande
transformação ocorre com o surgimento do rádio.
Novas tecnologias e suportes para a gravação e divulgação musical
ajudam a popularizar essa linguagem artística e projetar cantores e
compositores, já que eles não dependiam somente dos concertos musicais.
Com uma cartela de opções mais variadas, o público começa a ter contato
com outros tipos de música.
É importante também destacar a presença da música atonal - ou seja, que
não possui um centro tonal nem uma tonalidade preponderante. Há
também a dodecafônica, que trata as doze notas da escala
cromática como equivalentes.
Alguns artistas também passam a incorporar novos elementos em suas
produções, como instrumentos até então pouco explorados e objetos
sonoros.
Um exemplo é o multi-instrumentista brasileiro Hermeto Pascoal, que tira
sons tanto de flautas e pianos como de objetos do cotidiano como
chaleiras, pentes, copos d'água e brocas de dentistas. A compositora
Adriana Calcanhoto também possui um projeto de música infantil que faz
uso de diversos brinquedos para produzir suas composições.
Podemos citar como grandes nomes da música do século XX o brasileiro
Heitor Villa-Lobos, o russo Igor Stravinsky, o nigeriano Fela Kuti, a pianista
carioca Chiquinha Gonzaga, o norte-americano Louis Armstrong, a
francesa Lili Boulanger, o argentino Astor Piazzolla, e muitos outros.

Aula de Arte - Ensino Médio/ EESB Música

  • 1.
    ECI ELAINE SOARESBRASILEIRO Profª Valéria Moreira Dantas
  • 2.
    Projeto de vida– Plante o futuro
  • 4.
    História da Música A Históriada música é muito antiga, visto que desde os primórdios os homens produziam diversas formas de sonoridade. Lembre-se, portanto, que a música é um tipo de arte que trabalha com a harmonia entre os sons, o ritmo, a melodia, a voz. Todos esses elementos são importantes e podem nos transportar para outro tempo e espaço, resgatar memórias e reacender emoções. Veremos como essa linguagem artística caminhou durante os séculos até os nossos dias para adquirir as características que possui hoje no Ocidente.
  • 5.
    Música na Pré-História Pinturarupestre encontrada na Espanha exibe várias pessoas dançando, o que sugere a presença de música.
  • 6.
    A humanidade possuiuma relação longa com a música, sendo essa umas das formas de manifestação cultural mais antigas. Ainda na pré-história, há mais de 50 mil anos, os seres humanos começaram a desenvolver ações sonoras baseadas na observação dos fenômenos da natureza. Os ruídos das ondas quebrando na praia, os trovões, a comunicação entre os animais, o barulho do vento balançando as árvores, as batidas do coração; tudo isso influenciou as pessoas a também explorarem os sons que seus próprios corpos produziam.
  • 7.
    Como, por exemplo,os sons das palmas, dos pés batendo no chão, da própria voz, entre outros. Nessa época, tais experimentações não eram consideradas arte propriamente e estavam relacionadas à comunicação, aos ritos sagrados e à dança.
  • 8.
    A Evolução daMúsica Música no Egito
  • 9.
    No Egito Antigo,ainda no século 4.000 a.C., a música era muito presente, configurando um importante elemento religioso. Os egípcios consideravam que essa forma de arte era uma invenção do deus Thoth e que outro deus, Osíris, a utilizou como uma maneira para civilizar o mundo. A música era empregada de forma a complementar os rituais sagrados em torno da agricultura, que era farta na região e os instrumentos utilizados eram harpas, flautas, instrumentos de percussão e cítara - que é um instrumento de cordas derivado da lira.
  • 10.
    Música na Mesopotâmia Músicosassírios tocando instrumentos
  • 11.
    Na região daMesopotâmia, localizada entre os rios Tigre e Eufrates, habitavam os povos sumérios, assírios e babilônios. Foram encontradas harpas de 3 a 20 cordas na região onde os sumérios viviam e estima-se que sejam objetos com mais de 5 mil anos. Também foram descobertas cítaras que pertenceram ao povo assírio.
  • 12.
    Música na Chinae na Índia À esquerda, representação de pessoa tocando instrumento na Índia; à direita, flautas chinesas encontradas por arqueólogos
  • 13.
    Na Ásia -em torno de 3.000 a.C. - a atividade musical prosperou na Índia e China. Nessas regiões, ela também estava fortemente relacionada à espiritualidade. O instrumento mais popular entre os chineses era a cítara e o sistema musical utilizado era a escala de cinco tons - pentatônica. Já na Índia, em 800 a.C., o método musical era o de "ragas", que não utilizava notas musicais e era composto de tons e semitons.
  • 14.
    Música na Gréciae em Roma Representação de pessoa tocando instrumento na Grécia Antiga
  • 15.
    Podemos observar quea cultura musical na Grécia Antiga funcionava como uma espécie de elo entre os homens e as divindades. Tanto que a palavra "música" provém do termo grego mousikē, que significa "a arte das musas". As musas eram as deusas que guiavam e inspiravam as ciências e as artes. É importante ressaltar que Pitágoras, grande filósofo grego, foi o responsável por estabelecer relações entre a matemática e a música, descobrindo as notas e os intervalos musicais. Sabe-se que na Roma Antiga, muitas manifestações artísticas foram heranças da cultura grega, como a pintura e a escultura. Supõe-se, dessa forma, que o mesmo ocorreu com a música. Entretanto, diferente dos gregos, os romanos usufruíam dessa arte de maneira mais ampla e cotidiana.
  • 16.
    Música na IdadeMédia Pintura exibindo cantores medievais
  • 17.
    Durante a IdadeMédia a Igreja Católica esteve bastante presente na sociedade europeia e ditava a conduta moral, social, política e artística. Naquela época, a música teve uma presença marcante nos cultos católicos. O Papa Gregório I - século VI - classificou e compilou as regras para o canto que deveria ser entoado nas cerimônias da Igreja e intitulou-o como canto gregoriano. Outra expressão musical do período que merece destaque são as chamadas Cantigas de Santa Maria, que agregam 427 composições produzidas em galego-português e divididas em quatro manuscritos. Uma importante compositora medieval foi Hidelgard Von Bingen, também conhecida como Sibila do Reino.
  • 18.
    Música no Renascimento Pinturade Gerard van Honthorst (1623) retratando músicos no Renascimento
  • 19.
    Já na épocarenascentista - que compreende o século XIV até o século XVI - a cultura sofreu transformações e os interesses estavam voltados para a razão, a ciência e o conhecimento do próprio ser humano. Tais preocupações se refletiram também na música, que apresentava características mais universais e buscava se distanciar dos costumes da Igreja. Uma característica significativa da música nesse período foi a polifonia, que compreende a combinação simultânea de quatro ou mais sons. Podemos citar como um grande compositor da Renascença Thomas Weelkes.
  • 20.
    Música no Barroco Ocompositor italiano Antonio Vivaldi foi um grande expoente da música barroca
  • 21.
    A partir doséculo XVII, o movimento barroco promove mudanças marcantes no cenário musical. Foi um período bastante fértil e importante para a música ocidental e apresentava novos contornos tonais, com a utilização do modo jônico (modo “maior”) e modo eólio (modo “menor”). O surgimento das óperas e das orquestras de câmaras também acontece nessa fase, assim como o virtuosismo dos músicos ao tocar os instrumentos. Os maiores representantes da música barroca foram Antonio Vivaldi, Johann Sebastian Bach, Domenico Scarlatti, entre outros.
  • 22.
    Música no Classicismo Retratodos artistas Haydn, Mozart e Beethoven
  • 23.
    No Classicismo, quecorresponde ao período em torno de 1750 e 1830, a música adquire objetividade, equilíbrio e clareza formal, conceitos já utilizados na Grécia Antiga. Nessa época, a música instrumental e as orquestras ganham ainda mais destaque. O piano toma o lugar do cravo e novas estruturas musicais são criadas, como a sonata, a sinfonia, o concerto e o quarteto de cordas. Os artistas que se sobressaíram são Haydn, Mozart e Beethoven.
  • 24.
    Música no Romantismo Pinturaretratando o compositor Fréderic Chopin
  • 25.
    No século XIX,o movimento cultural que surgiu na Europa foi o Romantismo. A música predominante tinha como qualidades a liberdade e a fluidez, e primava também pela intensidade e vigor emocional. Esse período musical é inaugurado pelo compositor alemão Beethoven - com a Sinfonia nº3 - e passa por nomes como Chopin, Schumann e sua esposa Clara Shumann, Wagner, Verdi, Tchaikovsky, R. Strauss, entre outros.
  • 26.
    Música no SéculoXX Com o surgimento do rádio no século XX, a música tomou outras proporções
  • 27.
    No século XX,a música ganha nova roupagem e uma grande transformação ocorre com o surgimento do rádio. Novas tecnologias e suportes para a gravação e divulgação musical ajudam a popularizar essa linguagem artística e projetar cantores e compositores, já que eles não dependiam somente dos concertos musicais. Com uma cartela de opções mais variadas, o público começa a ter contato com outros tipos de música. É importante também destacar a presença da música atonal - ou seja, que não possui um centro tonal nem uma tonalidade preponderante. Há também a dodecafônica, que trata as doze notas da escala cromática como equivalentes.
  • 28.
    Alguns artistas tambémpassam a incorporar novos elementos em suas produções, como instrumentos até então pouco explorados e objetos sonoros. Um exemplo é o multi-instrumentista brasileiro Hermeto Pascoal, que tira sons tanto de flautas e pianos como de objetos do cotidiano como chaleiras, pentes, copos d'água e brocas de dentistas. A compositora Adriana Calcanhoto também possui um projeto de música infantil que faz uso de diversos brinquedos para produzir suas composições. Podemos citar como grandes nomes da música do século XX o brasileiro Heitor Villa-Lobos, o russo Igor Stravinsky, o nigeriano Fela Kuti, a pianista carioca Chiquinha Gonzaga, o norte-americano Louis Armstrong, a francesa Lili Boulanger, o argentino Astor Piazzolla, e muitos outros.