FARMACOLOGIA
Professora Anna Klennya Fontes
O QUE É FARMACOLOGIA ?
“A ciência que estuda as interações entre os compostos químicos com o organismo
vivo ou sistema biológico, resultando em um efeito maléfico (tóxico) ou benéfico
(medicamento).’’
TEMPO EMPÍRICO X TEMPO CIENTÍFICO
 Compostos do reino mineral, vegetal,
animal.
 Ervas medicinais, sangue de lagarto,
fezes animais, leite de grávidas, livro
velho fervido
 Alho e cebola usados regularmente,
acreditavam aliviar sintomas de asma.
 Politeísmo: crença na origem espiritual
das doenças, tratamentos apenas
paliativos.
 François Magendie (1830) introduziu o
conceito de investigação sistemática da ação
das drogas: derivados dos alcaloides:
morfina, codeína, estrictina e quinina.
 Samuel Hahnemann (1835) alemão criador
da homeopatia – semelhante cura
semelhante.
 Farmacologia como Ciência (1850) – Rudolph
Buchheim- 1º. laboratório de farmacologia
experimental, classificação dos
medicamentos por analogia e
farmacodinâmica.
CONCEITOS BÁSICOS
DROGA: Substância química simples ou composta, de origem variada e utilizada para vários fins, que em
dose tão pequena, que não sirva como alimento, pode produzir alterações somáticas ou fundamentais no
organismo, benéfica ou maléfica.
TÓXICO: É a droga que atuando no organismo vivo, produz efeitos nocivos
FÁRMACO: São substâncias utilizadas com intenção terapêutica ou profilática. É a droga que atuando no
organismo vivo é capaz de modificar parâmetros fisiológicos.
PLACEBO: É a droga inativa, ou substâncias inativas, para satisfazer a necessidade psicológica do
paciente.
REMÉDIO: É um termo de conceito amplo, significando tudo aquilo que tem efeito terapeutico
MEDICAMENTO: É o preparado farmacêutico, adequado à via de administração, local de ação, etc.
Pode conter um ou mais fármacos.
VEÍCULO ou EXCIPIENTE: Substância que não tem atividade farmacológica. São misturados aos
fármacos para obter-se a forma farmacêutica, via de administração é utilizado como solução ou “jeito”
para resolver um determinado problema, portanto sem definição e utilização científica.
DOSE: É a quantidade de fármaco a ser administrada, a um indivíduo, que possui certo peso
TERMINOLOGIA E TIPOS DE EFEITO
FARMACOLOGIA: Ciência experimental que estuda os fármacos e seus efeitos.
FARMACOCINÉTICA: Estuda quantitativamente a passagem do fármaco pelo organismo.
FARMACODINÂMICA: Estuda os efeitos terapêuticos, secundários, adversos e colaterais, bem
como os mecanismos de ação dos fármacos.
EFEITOS:
𝗈
TERAPÊUTICO: desejável
𝗈
SECUNDÁRIO: nem prejudicial, nem útil
𝗈
ADVERSO: indesejável
𝗈
COLATERAL: prejudicial
FORMAS FARMACÊUTICAS
É a preparação da droga para que se proporcione um meio conveniente para administração de
uma dose para um paciente.
𝗈
Tem vantagens na facilidade de administração.
𝗈
Aumenta estabilidade que prolonga a vida útil do fármaco.
𝗈
Uniformidade em relação ao conteúdo.
𝗈
Administração da dose exata.
 Comprimidos: fármaco + veículo, comprimidos mecanicamente.
 Drágeas: fármaco + veículo + revestimento.
 Cápsulas: recipiente (gelatina), dentro dos quais se colocam fármacos em pó.
 Linimentos ou Unguentos: preparados gordurosos semi-sólidos para aplicações
cutâneas (pomadas e cremes).
 Líquidos: soluções
 Suspensões: (Benzetacil).
FARMACOCINÉTICA
Em 1953, Dost propôs o termo farmacocinética para descrever o movimento da droga através do
organismo.
𝗈
A farmacocinética estuda quantitativamente a cronologia dos processos de administração, absorção,
distribuição, metabolismo e excreção das drogas, utilizando metodologia matemática e os
relacionando aos processos de intensidade e duração de efeito das drogas.
 Importante para:
 Determinação adequada da posologia de acordo com a forma farmacêutica, via de administração,
intervalo entre as doses etc.
 Interpretação de respostas inadequadas
 Melhor compreensão da ação da droga.
 Posologias em situações especiais.
FASES DA FARMACOCINÉTICA
𝗈
A farmacocinética pode ser separada em cinco fases essenciais:
1. Liberação;
2. Absorção;
3. Distribuição;
4. Metabolismo; e
5. Excreção.
 LIBERAÇÃO:
“É a separação do fármaco do veículo”.
𝗈
Está intimamente relacionada com a forma farmacêutica (comprimidos, cápsulas, líquidos).
𝗈
Drogas administradas por via tópica ou via endovenosa não passam pela liberação.
 ABSORÇÃO:
𝗈
A absorção tem por finalidade transferir a droga do local onde é
administrada para os fluidos circulantes, representados
especialmente pelo sangue.
𝗈
Não se fala em absorção para as vias endovenosa e tópica.
𝗈
Fatores que alteram a absorção:
𝗈
Forma farmacêutica;
𝗈
Via de administração – absorção mais rápida em vias mais
vascularizadas;
𝗈
Dose-resposta – quanto maior a dose maior a resposta;
 DISTRIBUIÇÃO
𝗈
Depois de administrada e absorvida, a droga é distribuída, isto é,
transportada pelo sangue e outros fluidos a todos os tecidos do
corpo.
𝗈
Os órgãos mais vascularizados recebem mais drogas.
 METABOLISMO
O metabolismo é o conjunto de reações químicas responsáveis pelos
processos de síntese e degradação dos nutrientes na célula.
 EXCREÇÃO
𝗈
Depois de absorvidas, distribuídas e metabolizadas, as drogas e seus
metabólitos são excretados.
𝗈
As principais modalidades pelas quais as drogas deixam o organismo são:
excreção renal, excreção biliar, excreção pulmonar.
Outras vias são representadas pelo suor, saliva, lágrimas, fezes, leite
materno etc.
𝗈
A via renal constitui a principal via de excreção das drogas, contudo,
algumas drogas são secretadas na bile, pelo fígado, porém parte dela é
reabsorvida no intestino.
FARMACODINÂMICA
𝗈
É o estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos das drogas e seus mecanismos de ação, bem como a
correlação entre atividade farmacológica e estrutura química.
𝗈
Tem como objetivo principal delinear (desenhar) as interações físicas e químicas entre droga e célula-
alvo.
ºA droga ou fármaco, para exercer suas ações e produzir efeitos, precisa atingir seu local ou alvo
específico.
𝗈
Esses locais de ação são principalmente de natureza protéica e representados especialmente por
enzimas, moléculas transportadoras, canais iônicos e receptores.
º Para produzir seus efeitos, a droga deve apresentar elevado grau de especificidade de ligação com
seu local de ação.
𝗈
Nenhuma droga, entretanto, é completamente específica nas suas ações. Ela pode afetar outros alvos
celulares, e provocar efeitos colaterais.
TIPOS DE MEDICAMENTOS E SUAS DIFERENÇAS
REFERÊNCIA
 O medicamento de referência é aquele que foi desenvolvido por um laboratório após
anos de pesquisa e muito dinheiro investido. Para ter sua comercialização autorizada
pelo órgão de vigilância de cada país, o laboratório precisa apresentar estudos
clínicos comprovando a eficácia e a segurança do medicamento.
 Após um novo medicamento ser lançado no mercado, somente o laboratório criador
tem o direito de comercialização e essa exclusividade termina quando expira o prazo
da patente, que dura de 10 a 20 anos na maioria dos casos.
 Depois desse tempo, outros laboratórios podem usar o mesmo princípio ativo e fazer
cópias do medicamento de referência. Essas cópias são os medicamentos genéricos
e os similares, que são mais baratos pois os laboratórios não tiveram que gastar
tempo e dinheiro na descoberta e desenvolvimento do fármaco
SIMILAR E GENÉRICO
 São uma cópia do medicamento de referência, com o mesmo princípio ativo, a
mesma concentração, via de administração, posologia e indicação terapêutica,
além de precisarem passar obrigatoriamente pelos mesmos testes
de bioequivalência e biodisponibilidade. Por exemplo, se o medicamento de
referência começa a fazer efeito depois de 1 hora, os similares devem seguir o
mesmo padrão.
 O medicamento Genérico contém o mesmo princípio ativo e pode ser usado no
lugar do medicamento de referência, mas não tem nome de marca. Para
assegurar a intercambialidade, são realizadas os testes de equivalência
farmacêutica e bioequivalência.

AULA SOBRE INTRODUÇÃO A FARMACOLOGIA 01.pptx

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    O QUE ÉFARMACOLOGIA ? “A ciência que estuda as interações entre os compostos químicos com o organismo vivo ou sistema biológico, resultando em um efeito maléfico (tóxico) ou benéfico (medicamento).’’ TEMPO EMPÍRICO X TEMPO CIENTÍFICO  Compostos do reino mineral, vegetal, animal.  Ervas medicinais, sangue de lagarto, fezes animais, leite de grávidas, livro velho fervido  Alho e cebola usados regularmente, acreditavam aliviar sintomas de asma.  Politeísmo: crença na origem espiritual das doenças, tratamentos apenas paliativos.  François Magendie (1830) introduziu o conceito de investigação sistemática da ação das drogas: derivados dos alcaloides: morfina, codeína, estrictina e quinina.  Samuel Hahnemann (1835) alemão criador da homeopatia – semelhante cura semelhante.  Farmacologia como Ciência (1850) – Rudolph Buchheim- 1º. laboratório de farmacologia experimental, classificação dos medicamentos por analogia e farmacodinâmica.
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    CONCEITOS BÁSICOS DROGA: Substânciaquímica simples ou composta, de origem variada e utilizada para vários fins, que em dose tão pequena, que não sirva como alimento, pode produzir alterações somáticas ou fundamentais no organismo, benéfica ou maléfica. TÓXICO: É a droga que atuando no organismo vivo, produz efeitos nocivos FÁRMACO: São substâncias utilizadas com intenção terapêutica ou profilática. É a droga que atuando no organismo vivo é capaz de modificar parâmetros fisiológicos. PLACEBO: É a droga inativa, ou substâncias inativas, para satisfazer a necessidade psicológica do paciente. REMÉDIO: É um termo de conceito amplo, significando tudo aquilo que tem efeito terapeutico MEDICAMENTO: É o preparado farmacêutico, adequado à via de administração, local de ação, etc. Pode conter um ou mais fármacos. VEÍCULO ou EXCIPIENTE: Substância que não tem atividade farmacológica. São misturados aos fármacos para obter-se a forma farmacêutica, via de administração é utilizado como solução ou “jeito” para resolver um determinado problema, portanto sem definição e utilização científica. DOSE: É a quantidade de fármaco a ser administrada, a um indivíduo, que possui certo peso
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    TERMINOLOGIA E TIPOSDE EFEITO FARMACOLOGIA: Ciência experimental que estuda os fármacos e seus efeitos. FARMACOCINÉTICA: Estuda quantitativamente a passagem do fármaco pelo organismo. FARMACODINÂMICA: Estuda os efeitos terapêuticos, secundários, adversos e colaterais, bem como os mecanismos de ação dos fármacos. EFEITOS: 𝗈 TERAPÊUTICO: desejável 𝗈 SECUNDÁRIO: nem prejudicial, nem útil 𝗈 ADVERSO: indesejável 𝗈 COLATERAL: prejudicial
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    FORMAS FARMACÊUTICAS É apreparação da droga para que se proporcione um meio conveniente para administração de uma dose para um paciente. 𝗈 Tem vantagens na facilidade de administração. 𝗈 Aumenta estabilidade que prolonga a vida útil do fármaco. 𝗈 Uniformidade em relação ao conteúdo. 𝗈 Administração da dose exata.  Comprimidos: fármaco + veículo, comprimidos mecanicamente.  Drágeas: fármaco + veículo + revestimento.  Cápsulas: recipiente (gelatina), dentro dos quais se colocam fármacos em pó.  Linimentos ou Unguentos: preparados gordurosos semi-sólidos para aplicações cutâneas (pomadas e cremes).  Líquidos: soluções  Suspensões: (Benzetacil).
  • 7.
    FARMACOCINÉTICA Em 1953, Dostpropôs o termo farmacocinética para descrever o movimento da droga através do organismo. 𝗈 A farmacocinética estuda quantitativamente a cronologia dos processos de administração, absorção, distribuição, metabolismo e excreção das drogas, utilizando metodologia matemática e os relacionando aos processos de intensidade e duração de efeito das drogas.  Importante para:  Determinação adequada da posologia de acordo com a forma farmacêutica, via de administração, intervalo entre as doses etc.  Interpretação de respostas inadequadas  Melhor compreensão da ação da droga.  Posologias em situações especiais.
  • 8.
    FASES DA FARMACOCINÉTICA 𝗈 Afarmacocinética pode ser separada em cinco fases essenciais: 1. Liberação; 2. Absorção; 3. Distribuição; 4. Metabolismo; e 5. Excreção.  LIBERAÇÃO: “É a separação do fármaco do veículo”. 𝗈 Está intimamente relacionada com a forma farmacêutica (comprimidos, cápsulas, líquidos). 𝗈 Drogas administradas por via tópica ou via endovenosa não passam pela liberação.
  • 9.
     ABSORÇÃO: 𝗈 A absorçãotem por finalidade transferir a droga do local onde é administrada para os fluidos circulantes, representados especialmente pelo sangue. 𝗈 Não se fala em absorção para as vias endovenosa e tópica. 𝗈 Fatores que alteram a absorção: 𝗈 Forma farmacêutica; 𝗈 Via de administração – absorção mais rápida em vias mais vascularizadas; 𝗈 Dose-resposta – quanto maior a dose maior a resposta;  DISTRIBUIÇÃO 𝗈 Depois de administrada e absorvida, a droga é distribuída, isto é, transportada pelo sangue e outros fluidos a todos os tecidos do corpo. 𝗈 Os órgãos mais vascularizados recebem mais drogas.
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     METABOLISMO O metabolismoé o conjunto de reações químicas responsáveis pelos processos de síntese e degradação dos nutrientes na célula.  EXCREÇÃO 𝗈 Depois de absorvidas, distribuídas e metabolizadas, as drogas e seus metabólitos são excretados. 𝗈 As principais modalidades pelas quais as drogas deixam o organismo são: excreção renal, excreção biliar, excreção pulmonar. Outras vias são representadas pelo suor, saliva, lágrimas, fezes, leite materno etc. 𝗈 A via renal constitui a principal via de excreção das drogas, contudo, algumas drogas são secretadas na bile, pelo fígado, porém parte dela é reabsorvida no intestino.
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    FARMACODINÂMICA 𝗈 É o estudodos efeitos bioquímicos e fisiológicos das drogas e seus mecanismos de ação, bem como a correlação entre atividade farmacológica e estrutura química. 𝗈 Tem como objetivo principal delinear (desenhar) as interações físicas e químicas entre droga e célula- alvo. ºA droga ou fármaco, para exercer suas ações e produzir efeitos, precisa atingir seu local ou alvo específico. 𝗈 Esses locais de ação são principalmente de natureza protéica e representados especialmente por enzimas, moléculas transportadoras, canais iônicos e receptores. º Para produzir seus efeitos, a droga deve apresentar elevado grau de especificidade de ligação com seu local de ação. 𝗈 Nenhuma droga, entretanto, é completamente específica nas suas ações. Ela pode afetar outros alvos celulares, e provocar efeitos colaterais.
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    TIPOS DE MEDICAMENTOSE SUAS DIFERENÇAS
  • 15.
    REFERÊNCIA  O medicamentode referência é aquele que foi desenvolvido por um laboratório após anos de pesquisa e muito dinheiro investido. Para ter sua comercialização autorizada pelo órgão de vigilância de cada país, o laboratório precisa apresentar estudos clínicos comprovando a eficácia e a segurança do medicamento.  Após um novo medicamento ser lançado no mercado, somente o laboratório criador tem o direito de comercialização e essa exclusividade termina quando expira o prazo da patente, que dura de 10 a 20 anos na maioria dos casos.  Depois desse tempo, outros laboratórios podem usar o mesmo princípio ativo e fazer cópias do medicamento de referência. Essas cópias são os medicamentos genéricos e os similares, que são mais baratos pois os laboratórios não tiveram que gastar tempo e dinheiro na descoberta e desenvolvimento do fármaco
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    SIMILAR E GENÉRICO São uma cópia do medicamento de referência, com o mesmo princípio ativo, a mesma concentração, via de administração, posologia e indicação terapêutica, além de precisarem passar obrigatoriamente pelos mesmos testes de bioequivalência e biodisponibilidade. Por exemplo, se o medicamento de referência começa a fazer efeito depois de 1 hora, os similares devem seguir o mesmo padrão.  O medicamento Genérico contém o mesmo princípio ativo e pode ser usado no lugar do medicamento de referência, mas não tem nome de marca. Para assegurar a intercambialidade, são realizadas os testes de equivalência farmacêutica e bioequivalência.