UC Aspectos Humanos e Socioculturais
Emoção,
Sentimento e
Motivação
Profa. Rafaella Dominguez
NOSSOS TEMAS
MOTIVAÇÃO
EMOÇÃO SENTIMENTO
O que são emoções?
Como podemos defini-las?
Podemos dividi-las como positivas ou negativas?
Emoções
ESTADOS MENTAIS QUE
RESULTAM DAS MUDANÇAS
NO ORGANISMO NA BUSCA
DE ADAPTAÇÃO FRENTE AO
QUE ACONTECE NO
AMBIENTE OU À NOSSA
INTERPRETAÇÃO DA
SITUAÇÃO. Emoção
EMOÇÃO
Adivinhe a emoção
Circuitos neurais
(parcialmente
especializados),
sistemas de respostas e
estados e processos de
sentimentos que
motivam e organizam a
cognição e a ação.
(Izard, 2010)
Adivinhe a emoção
• O que sua expressão demonstra?
• Quais são os reflexos das emoções nas relações humanas?
Causadas por um
evento específico
Podem ser de
várias naturezas
Geralmente
acompanhadas de
expressões faciais e
reações físicas
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=GyFQj64amhY
Imagem relacionada
• Função de sobrevivência
• Seleção Natural
• Aprendizagem e ajustamento social
• Expressão da subjetividade e da individualidade
Qual a função das emoções?
Na sua opinião, a emoção ajuda ou atrapalha na
tomada de decisão?
Função das Emoções
Alegria, Raiva, Medo, Nojinho e Tristeza
Ansiedade, Inveja, Vergonha e Tédio
Primárias – universais e com
valor de sobrevivência
Raiva
Medo
Tristeza
Repugnância
Alegria
Surpresa
Secundárias - surgidas de forma
mais recente e mais
dependentes da cultura
Vergonha
Culpa
Inveja
Gratidão
Esperança
Piedade
... não há limite
Emoções Primárias e Secundárias
Emoções nas Organizações
Como a falta de inteligência emocional pode afetar as organizações e o clima organizacional?
O reconhecimento das emoções como um fenômeno inerente à vida
humana e fundamental na compreensão do comportamento em
contextos sociais torna extremamente útil sua abordagem para
compreender as relações que têm curso nas organizações de trabalho.
Que emoção seria funcional? Por que?
Você acaba de saber que um colega seu de trabalho está doente.
Você está encontrando mais dificuldades do que o previsto para o alcance da meta que foi
acordada.
Você vai fazer uma apresentação importante para toda a diretoria da sua organização sobre
o um projeto elaborado por você e sua equipe.
Ao entrevistar um candidato a uma vaga no seu setor, um candidato demonstra um
comportamento racista e discriminatório quando se refere à antiga equipe de trabalho.
Você acaba de saber que seu setor alcançou as metas estabelecidas para o mês.
Funcionalidade das Emoções
Quando
são
funcionais
ou
disfuncionais?
Intensidade
Contexto
Forma de expressão
Emoção
SENTIMENTOS
•Experiências
subjetivas
•Consciência
•Cognição
ATIVAÇÃO CORPORAL
•Ativação fisiológica
•Preparação do corpo
para ação
•Respostas motoras
SENTIDO DE
PROPÓSITO
•Função da emoção
•Aspecto adaptativo
EXPRESSÕES
•Comunicação social
•Expressão facial
•Expressão vocal
Evento
significativo da
vida
Natureza das Emoções
Emoções
✓ Núcleo de afeto (core affect): as emoções estão fundadas em
estados afetivos contínuos e flutuantes de prazer e desprazer,
com algum nível de ativação
✓ Seria detectável pela expressão facial, voz, ativação do sistema
nervoso periférico e pelo relato da experiência.
✓ A valência (prazer ou desprazer) e a ativação experimentada
correlacionaram-se positivamente com a atividade neural medial
do córtex frontal orbital e esquerda da amígdala cerebral. Desse
modo, não haveria um sistema neural específico para cada
emoção básica.
✓ Cada emoção discreta teria um tipo específico de prazer, nível de
ativação e o contexto onde se manifesta.
✓ Experiência subjetiva de difícil delimitação conceitual e com
obstáculos metodológicos e técnicos de pesquisa.
✓ A descoberta do papel da amígdala cerebral no processamento da
resposta emocional pode ser considerada, portanto, um marco nos
estudos de emoções.
Perspectivas teóricas
✓ Algumas divergências entre as abordagens teóricas das emoções:
1. No que se refere à função: para umas é predominantemente
biológica, outras, psicológica, e há aquelas que atribuem sua
importância ao papel que desempenha nas formas de
representação dos sentimentos e afetos dos povos pertencentes a
diversas culturas.
2. Compreensão de como se dá o processo emocional: varia desde
a perspectiva que parte da detecção do evento, que desencadeia
reação neurofisiológica e uma emoção específica, até a de que à
detecção do evento segue-se uma avaliação cognitiva para, a partir
daí, a emoção se manifestar.
3. Nível de consciência da resposta emocional: há teorias que
afirmam que a resposta emocional está fora do controle
consciente, enquanto outras destacam a importância da
consciência na apreensão da experiência afetiva.
Inteligência Emocional
Conjunto de habilidades que permitem identificar e compreender
as emoções pessoais, saber gerenciá-las e manejar as dos demais,
utilizando-as com a finalidade de melhorar o desempenho cognitivo
(Mayer; Caruso; Salovey, 1999)
Defende-se o ponto de vista de que a IE deve ser medida pelo
desempenho, e não por estimativas sobre a capacidade pessoal:
a melhor forma de medir inteligência emocional não é perguntando
se a pessoa acha que tem habilidades para lidar com suas próprias
emoções e as dos demais, mas colocando-a em uma situação em
que seja testado seu desempenho no manejo das emoções.
Regulação Emocional (RE): processo de influenciar o tipo, o momento e
o modo como se experimenta ou expressa uma emoção (Gross, 1998).
Desencadeada pela discrepância entre o que se sente e o que se gostaria
ou deveria sentir, mobilizando processos fisiológicos, cognitivos e
comportamentais.
Processos subjetivos de estabelecimento de vínculos com pessoas
(incluindo o próprio indivíduo), com objetos físicos ou sociais,
como também de manifestações de emoções e sentimentos.
Afetividade no contexto de trabalho
Afetividade no contexto de trabalho
• Experiências subjetivas no trabalho – sejam elas de natureza
física, emocional, mental ou social – não só afetam as pessoas
enquanto trabalham como também se irradiam para outros
domínios de sua vida pessoal, assim como já se sabe que
sentimentos e emoções manifestados no ambiente de trabalho
podem ter sido produzidos fora desse contexto.
• Com base nessa compreensão, passou-se a considerar como
interdependentes experiências no trabalho e na vida pessoal,
aventando-se possibilidades de interferências recíprocas entre os
dois domínios.
• Tanto a afetividade inerente à vida pessoal (traços e estados
afetivo-emocionais) quanto aquela desenvolvida no ambiente de
trabalho (atitudes) passaram a ser integradas aos estudos de POT.
Conjunto de variáveis do ambiente que circunda uma
pessoa durante a realização de suas atividades.
Condições de trabalho e suas repercussões sobre a afetividade do trabalhador
• Classificadas em três grandes categorias: condições físicas
(temperatura, iluminação, ruídos), condições temporais
(horário de trabalho, intervalos de descanso, duração do
turno de trabalho) e condições sociais (relações com colegas,
estilo de liderança, clima organizacional).
• Os fatores do contexto de trabalho capazes de produzir ou
alterar a afetividade do trabalhador poderiam ser reunidos em
algumas categorias não excludentes, tais como: eventos
estressores (estímulos aversivos), líderes, características do
grupo de trabalho, ambiente físico e sistema de recompensas
e punições organizacionais (Brief; Weiss, 2002).
Condições de trabalho e suas repercussões sobre a afetividade do trabalhador
O conceito de bem-estar (well-being) refere-se ao nível ótimo de
funcionamento psicológico e de experiências positivas (Ryan; Deci,
2001), resultante da avaliação subjetiva do indivíduo sobre sua vida em
geral e/ou de aspectos específicos.
Estudos têm demonstrado que existe interdependência entre o bem-
estar na vida pessoal (bem-estar subjetivo) e no trabalho.
(Chiuzi; Siqueira; Martins, 2012).
Estresse: pode ser entendido como uma reação tensional
experimentada pelo trabalhador diante de agentes
estressores que surgem no contexto de trabalho e que são
percebidos como ameaças a sua integridade.
Burnout: resposta prolongada a agentes estressores do
contexto de trabalho, sendo definido como uma síndrome
composta por três dimensões: exaustão, cinismo
(despersonalização) e ineficácia.
Estresse ocupacional e Burnout
A literatura nacional necessita avançar bem mais para
preencher as inúmeras lacunas de estudos sobre as emoções
no trabalho, mas já há bem mais clareza de como um
psicólogo pode atuar em contextos organizacionais.
Resumindo...
É A INTERPRETAÇÃO
SUBJETIVA DO QUE
OCORRE INTERNAMENTE,
CONSTRUÍDA PELO
PROCESSAMENTO
COGNITIVO DAS REAÇÕES
FISIOLÓGICAS E DA
MEMÓRIA.
SENTIMENTO
SENTIMENTO
Sentimento
Sentimento, por sua vez, é um processo mental relativamente estável, resultante da
emoção. É uma experiência subjetiva das emoções; este processo distingue-se da
emoção pelo seu caráter subjetivo e cognitivo e é inseparável dos valores.
Um sentimento é privado (não observável pelos outros), ao contrário das emoções.
O Ser Humano enquanto ser dotado de consciência, analisa, interpreta, organiza e
reflete sobre os seus próprios sentimentos, isto é, constrói sentimentos a partir dos
mesmos.
Assim, são estados afetivos, menos intensos e mais duráveis do que as emoções e que
geralmente não requerem um estímulo contextual para se manifestarem.
Diferente das emoções, os sentimentos não estariam tão relacionados à prontidão da
ação, mas a interpretação subjetiva da situação.
Qual o papel dos líderes no
cuidado dos sentimentos e
saúde das pessoas nas
organizações?
Ação dirigida a objetivos, sendo
autorregulada, biológica ou
cognitivamente, persistente no tempo
e ativada por um conjunto de
necessidades, emoções, valores,
metas e expectativas.
MOTIVAÇÃO
“É o processo responsável pela direção,
intensidade e persistência dos esforços de
um indivíduo para o alcance de
determinada meta”.
(Robbins e Judge)
DEFINIÇÕES, MODELOS DE CLASSIFICAÇÃO E TEORIAS
Histórico da Motivação
• Antes da Revolução Industrial, a principal forma de
motivar era através da punição.
Histórico da Motivação
• As operações de trabalho foram se tornando
cada vez mais simples e rotineiras;
• Passa-se a crer que o dinheiro seria a principal
fonte de motivação.
Histórico da Motivação
• Neste ambiente de incentivo à produtividade máxima,
os trabalhadores perceberam que estavam arriscando
a sua segurança no trabalho;
• Elton Mayo surge com uma nova filosofia: a
importância de considerar a pessoa na sua totalidade..
Melhor forma de motivar: forte ênfase no
comportamento social e reconhecimento do valor de
cada um.
O Porco e o pote de Biscoito
https://www.youtube.com/watch?v=jghQ20BIQRs
❑ Mais recentemente, percebe-se que cada um tem, dentro de
si, as suas próprias motivações;
❑ A motivação é considerada intrínseca às pessoas – tudo
depende do significado que se dá para o trabalho.
Histórico da Motivação
Comportamento Humano
• O comportamento é causado por
estímulos internos ou externos – existe
uma causalidade do comportamento;
• O comportamento é motivado, ou seja,
há uma finalidade em todo
comportamento humano;
• O comportamento é orientado para
objetivos.
Premissas
que
explicam
o
comportamento
Humano:
Retroalimentação
M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M8 M9 M10
Curva da Motivação
Resultado
Necessi
dade
Esforço
Energia, entusiasmo,
realização, emoção,
paixão, recursos
financeiros
Satisfação, elogios,
reconhecimento,
projeto
Teoria
Motivacional
Modelo Básico de Motivação
Estímulo
(causa)
Necessidade
(desejo)
Tensão
Desconforto
Objetivo
comportamento
A pessoa
Equilíbrio
interno
Estímulo
ou
incentivo
Necessidade Tensão
Comporta-
mento ou
ação
Satisfação
Ciclo Motivacional
Teorias sobre Motivação
Hierarquia das
Necessidades
-Abraham Maslow-
Teoria X e Y
-Douglas McGregor-
Teoria dos dois
Fatores
- Frederick Herzberg-
Teorias sobre Motivação
Hierarquia das necessidades
Maslow
A teoria motivacional mais
conhecida é a de Abraham
Maslow e se baseia na
hierarquia das necessidades
humanas;
• Segundo Maslow, as
necessidades humanas estão
arranjadas em uma pirâmide
de importância no
comportamento humano.
Necessidades
secundárias
Necessidades
primárias
Hierarquia das necessidades humanas
Aspectos da Teoria de Maslow
Uma necessidade satisfeita não é
motivadora;
O indivíduo já nasce com certa bagagem
de necessidades fisiológicas, inatas ou
hereditárias;
O indivíduo ingressa em uma longa
trajetória de aprendizagem de novos
padrões de necessidades.
Aspectos da Teoria de Maslow
As necessidades mais elevadas
predominam sobre as mais baixas.
Necessidades mais baixas – ciclo
motivacional rápido
Necessidades mais elevadas – ciclo
motivacional extremamente longo.
À medida que o indivíduo passa a controlar
suas necessidades fisiológicas e de
segurança, surgem lenta e gradativamente
as necessidades mais elevadas.
Quanto mais uma
pessoa é orientada
por motivos
superiores, maior
necessidade de
autonomia
apresenta, tendo
mais chances de ser
criativa e inovadora,
visto ser movida pela
própria realização do
trabalho, e não por
fatores externos.
Teoria X e Y
•3 princípios básicos:
•Funcionários não gostam de trabalhar;
•Funcionários evitam responsabilidades e mostram pouca
ambição;
•Funcionários precisam ser coagidos, controlados ou
ameaçados para atingir metas;
Teoria X
Visão negativa
•Trabalho pode ser fonte de satisfação ou punição,
dependendo do contexto.
•Aceitam ou buscam responsabilidades e demonstrarão auto-
orientação e autocontrole se estiverem comprometidas com
os objetivos;
•Capacidade de tomar decisões inovadoras pode estar em
qualquer pessoa, independente da hierarquia.
Teoria Y
Visão positiva
Douglas McGregor, 1960
A teoria de dois fatores de Herzberg
Herzberg alicerça sua
teoria no ambiente
externo e no trabalho
do indivíduo;
A motivação para
trabalhar depende
de dois fatores:
- Fatores
higiênicos;
- Fatores
motivacionais.
Teoria Bifatorial - Herzberg, Mausner e Snyderman (1959)
Fatores Higiênicos
• Referem-se às condições que rodeiam a pessoa
enquanto trabalha, englobando as condições
físicas e ambientais de trabalho;
• Contudo, são limitados em sua capacidade de
influenciar o comportamento dos empregados.
Fatores Higiênicos
Fatores insatisfacientes:
• Condições de trabalho e conforto;
• Políticas da organização e administração;
• Relações com o supervisor;
• Competência técnica do supervisor;
• Salário e remuneração;
• Segurança no cargo;
• Relações com os colegas.
(-) Maior
insatisfação
(+) Nenhuma
insatisfação
Fatores Motivacionais
• Referem-se ao conteúdo do cargo, às tarefas e aos deveres
relacionados com o cargo em si;
• Produzem efeito duradouro de satisfação e de aumento de
produtividade;
• Envolve sentimentos de realização, de crescimento e de
reconhecimento profissional manifestados por meio do exercício
das tarefas e atividades que oferecem desafio e significado para o
trabalho.
Fatores Motivacionais
Fatores satisfacientes:
• Delegação de responsabilidade;
• Liberdade de decidir como executar o trabalho;
• Oportunidade de promoção;
• Uso pleno das habilidades pessoais;
• Estabelecimento de objetivos e avaliação;
• Ampliação ou enriquecimento do cargo.
(+) Maior
satisfação
(-) Não
satisfação
(neutralidade)
Comparação Modelos
MASLOW HERZBERG
Necessidades de auto-realização
Trabalho em si, Responsabilidade,
Progresso
Necessidades do ego (estima)
Realização,
Reconhecimento, Status
Necessidades sociais
Relações interpessoais, Supervisão,
Colegas e subordinados
Necessidades de segurança
Supervisão técnica
Políticas administrativas
Segurança no cargo
Necessidades fisiológicas
Condições físicas de trabalho
Salário, vida pessoal
MOTIVACIONAIS
HIGIÊNICOS
Sobre os modelos baseados em necessidades
• São considerados distantes da ação.
• Atribuir a motivação a necessidades de origem
biológica e psicológica é considerá-la como do
âmbito interno pessoal e pouco passível de
modificação por força da intervenção externa.
• Nesse caso, as chances de redirecionar a
motivação seriam menores, já que suas ações
são uma consequência de fatores internos pouco
controláveis.
Síntese das Teorias
Resumo
É importante que o gestor tenha claro que a
motivação é, antes de tudo, uma teoria da ação.
É fundamental que se respondam a três perguntas
básicas:
• O que ativa e mantém a ação no contexto de uma
dada organização?
• Existe uma meta ou alvo claramente estabelecido e
compartilhado e que poderá orientar a ativação da
ação?
• Onde se encontra a força dessa ativação, na
necessidade ou carência pessoal ou na meta a ser
alcançada?
https://www.youtube.com/watch?v=DID_ojhCkjY
Referências
Gondim, S. M. G., & Siqueira, M. M. M. (2014).
Emoções e afetos no trabalho. In Zanelli, J. C., Borges-
Andrade, J. E. & Bastos, A. V. B. (Org.), Psicologia,
Organizações e Trabalho no Brasil. Artmed.

Aula2EmocoesSentimentoseMotivacao_20250902214149.pdf

  • 1.
    UC Aspectos Humanose Socioculturais Emoção, Sentimento e Motivação Profa. Rafaella Dominguez
  • 2.
  • 3.
    O que sãoemoções? Como podemos defini-las? Podemos dividi-las como positivas ou negativas? Emoções
  • 4.
    ESTADOS MENTAIS QUE RESULTAMDAS MUDANÇAS NO ORGANISMO NA BUSCA DE ADAPTAÇÃO FRENTE AO QUE ACONTECE NO AMBIENTE OU À NOSSA INTERPRETAÇÃO DA SITUAÇÃO. Emoção EMOÇÃO
  • 5.
    Adivinhe a emoção Circuitosneurais (parcialmente especializados), sistemas de respostas e estados e processos de sentimentos que motivam e organizam a cognição e a ação. (Izard, 2010)
  • 6.
    Adivinhe a emoção •O que sua expressão demonstra? • Quais são os reflexos das emoções nas relações humanas? Causadas por um evento específico Podem ser de várias naturezas Geralmente acompanhadas de expressões faciais e reações físicas
  • 7.
  • 8.
    • Função desobrevivência • Seleção Natural • Aprendizagem e ajustamento social • Expressão da subjetividade e da individualidade Qual a função das emoções? Na sua opinião, a emoção ajuda ou atrapalha na tomada de decisão? Função das Emoções
  • 9.
    Alegria, Raiva, Medo,Nojinho e Tristeza
  • 10.
  • 11.
    Primárias – universaise com valor de sobrevivência Raiva Medo Tristeza Repugnância Alegria Surpresa Secundárias - surgidas de forma mais recente e mais dependentes da cultura Vergonha Culpa Inveja Gratidão Esperança Piedade ... não há limite Emoções Primárias e Secundárias
  • 12.
    Emoções nas Organizações Comoa falta de inteligência emocional pode afetar as organizações e o clima organizacional? O reconhecimento das emoções como um fenômeno inerente à vida humana e fundamental na compreensão do comportamento em contextos sociais torna extremamente útil sua abordagem para compreender as relações que têm curso nas organizações de trabalho.
  • 13.
    Que emoção seriafuncional? Por que? Você acaba de saber que um colega seu de trabalho está doente. Você está encontrando mais dificuldades do que o previsto para o alcance da meta que foi acordada. Você vai fazer uma apresentação importante para toda a diretoria da sua organização sobre o um projeto elaborado por você e sua equipe. Ao entrevistar um candidato a uma vaga no seu setor, um candidato demonstra um comportamento racista e discriminatório quando se refere à antiga equipe de trabalho. Você acaba de saber que seu setor alcançou as metas estabelecidas para o mês.
  • 14.
  • 15.
    Emoção SENTIMENTOS •Experiências subjetivas •Consciência •Cognição ATIVAÇÃO CORPORAL •Ativação fisiológica •Preparaçãodo corpo para ação •Respostas motoras SENTIDO DE PROPÓSITO •Função da emoção •Aspecto adaptativo EXPRESSÕES •Comunicação social •Expressão facial •Expressão vocal Evento significativo da vida Natureza das Emoções
  • 16.
    Emoções ✓ Núcleo deafeto (core affect): as emoções estão fundadas em estados afetivos contínuos e flutuantes de prazer e desprazer, com algum nível de ativação ✓ Seria detectável pela expressão facial, voz, ativação do sistema nervoso periférico e pelo relato da experiência. ✓ A valência (prazer ou desprazer) e a ativação experimentada correlacionaram-se positivamente com a atividade neural medial do córtex frontal orbital e esquerda da amígdala cerebral. Desse modo, não haveria um sistema neural específico para cada emoção básica. ✓ Cada emoção discreta teria um tipo específico de prazer, nível de ativação e o contexto onde se manifesta. ✓ Experiência subjetiva de difícil delimitação conceitual e com obstáculos metodológicos e técnicos de pesquisa. ✓ A descoberta do papel da amígdala cerebral no processamento da resposta emocional pode ser considerada, portanto, um marco nos estudos de emoções.
  • 17.
    Perspectivas teóricas ✓ Algumasdivergências entre as abordagens teóricas das emoções: 1. No que se refere à função: para umas é predominantemente biológica, outras, psicológica, e há aquelas que atribuem sua importância ao papel que desempenha nas formas de representação dos sentimentos e afetos dos povos pertencentes a diversas culturas. 2. Compreensão de como se dá o processo emocional: varia desde a perspectiva que parte da detecção do evento, que desencadeia reação neurofisiológica e uma emoção específica, até a de que à detecção do evento segue-se uma avaliação cognitiva para, a partir daí, a emoção se manifestar. 3. Nível de consciência da resposta emocional: há teorias que afirmam que a resposta emocional está fora do controle consciente, enquanto outras destacam a importância da consciência na apreensão da experiência afetiva.
  • 18.
    Inteligência Emocional Conjunto dehabilidades que permitem identificar e compreender as emoções pessoais, saber gerenciá-las e manejar as dos demais, utilizando-as com a finalidade de melhorar o desempenho cognitivo (Mayer; Caruso; Salovey, 1999) Defende-se o ponto de vista de que a IE deve ser medida pelo desempenho, e não por estimativas sobre a capacidade pessoal: a melhor forma de medir inteligência emocional não é perguntando se a pessoa acha que tem habilidades para lidar com suas próprias emoções e as dos demais, mas colocando-a em uma situação em que seja testado seu desempenho no manejo das emoções. Regulação Emocional (RE): processo de influenciar o tipo, o momento e o modo como se experimenta ou expressa uma emoção (Gross, 1998). Desencadeada pela discrepância entre o que se sente e o que se gostaria ou deveria sentir, mobilizando processos fisiológicos, cognitivos e comportamentais.
  • 19.
    Processos subjetivos deestabelecimento de vínculos com pessoas (incluindo o próprio indivíduo), com objetos físicos ou sociais, como também de manifestações de emoções e sentimentos. Afetividade no contexto de trabalho
  • 20.
    Afetividade no contextode trabalho • Experiências subjetivas no trabalho – sejam elas de natureza física, emocional, mental ou social – não só afetam as pessoas enquanto trabalham como também se irradiam para outros domínios de sua vida pessoal, assim como já se sabe que sentimentos e emoções manifestados no ambiente de trabalho podem ter sido produzidos fora desse contexto. • Com base nessa compreensão, passou-se a considerar como interdependentes experiências no trabalho e na vida pessoal, aventando-se possibilidades de interferências recíprocas entre os dois domínios. • Tanto a afetividade inerente à vida pessoal (traços e estados afetivo-emocionais) quanto aquela desenvolvida no ambiente de trabalho (atitudes) passaram a ser integradas aos estudos de POT.
  • 21.
    Conjunto de variáveisdo ambiente que circunda uma pessoa durante a realização de suas atividades. Condições de trabalho e suas repercussões sobre a afetividade do trabalhador • Classificadas em três grandes categorias: condições físicas (temperatura, iluminação, ruídos), condições temporais (horário de trabalho, intervalos de descanso, duração do turno de trabalho) e condições sociais (relações com colegas, estilo de liderança, clima organizacional). • Os fatores do contexto de trabalho capazes de produzir ou alterar a afetividade do trabalhador poderiam ser reunidos em algumas categorias não excludentes, tais como: eventos estressores (estímulos aversivos), líderes, características do grupo de trabalho, ambiente físico e sistema de recompensas e punições organizacionais (Brief; Weiss, 2002).
  • 22.
    Condições de trabalhoe suas repercussões sobre a afetividade do trabalhador O conceito de bem-estar (well-being) refere-se ao nível ótimo de funcionamento psicológico e de experiências positivas (Ryan; Deci, 2001), resultante da avaliação subjetiva do indivíduo sobre sua vida em geral e/ou de aspectos específicos. Estudos têm demonstrado que existe interdependência entre o bem- estar na vida pessoal (bem-estar subjetivo) e no trabalho. (Chiuzi; Siqueira; Martins, 2012).
  • 23.
    Estresse: pode serentendido como uma reação tensional experimentada pelo trabalhador diante de agentes estressores que surgem no contexto de trabalho e que são percebidos como ameaças a sua integridade. Burnout: resposta prolongada a agentes estressores do contexto de trabalho, sendo definido como uma síndrome composta por três dimensões: exaustão, cinismo (despersonalização) e ineficácia. Estresse ocupacional e Burnout
  • 24.
    A literatura nacionalnecessita avançar bem mais para preencher as inúmeras lacunas de estudos sobre as emoções no trabalho, mas já há bem mais clareza de como um psicólogo pode atuar em contextos organizacionais. Resumindo...
  • 25.
    É A INTERPRETAÇÃO SUBJETIVADO QUE OCORRE INTERNAMENTE, CONSTRUÍDA PELO PROCESSAMENTO COGNITIVO DAS REAÇÕES FISIOLÓGICAS E DA MEMÓRIA. SENTIMENTO SENTIMENTO
  • 26.
    Sentimento Sentimento, por suavez, é um processo mental relativamente estável, resultante da emoção. É uma experiência subjetiva das emoções; este processo distingue-se da emoção pelo seu caráter subjetivo e cognitivo e é inseparável dos valores. Um sentimento é privado (não observável pelos outros), ao contrário das emoções. O Ser Humano enquanto ser dotado de consciência, analisa, interpreta, organiza e reflete sobre os seus próprios sentimentos, isto é, constrói sentimentos a partir dos mesmos. Assim, são estados afetivos, menos intensos e mais duráveis do que as emoções e que geralmente não requerem um estímulo contextual para se manifestarem. Diferente das emoções, os sentimentos não estariam tão relacionados à prontidão da ação, mas a interpretação subjetiva da situação.
  • 27.
    Qual o papeldos líderes no cuidado dos sentimentos e saúde das pessoas nas organizações?
  • 28.
    Ação dirigida aobjetivos, sendo autorregulada, biológica ou cognitivamente, persistente no tempo e ativada por um conjunto de necessidades, emoções, valores, metas e expectativas. MOTIVAÇÃO “É o processo responsável pela direção, intensidade e persistência dos esforços de um indivíduo para o alcance de determinada meta”. (Robbins e Judge)
  • 29.
    DEFINIÇÕES, MODELOS DECLASSIFICAÇÃO E TEORIAS
  • 30.
    Histórico da Motivação •Antes da Revolução Industrial, a principal forma de motivar era através da punição.
  • 31.
    Histórico da Motivação •As operações de trabalho foram se tornando cada vez mais simples e rotineiras; • Passa-se a crer que o dinheiro seria a principal fonte de motivação.
  • 32.
    Histórico da Motivação •Neste ambiente de incentivo à produtividade máxima, os trabalhadores perceberam que estavam arriscando a sua segurança no trabalho; • Elton Mayo surge com uma nova filosofia: a importância de considerar a pessoa na sua totalidade.. Melhor forma de motivar: forte ênfase no comportamento social e reconhecimento do valor de cada um.
  • 33.
    O Porco eo pote de Biscoito https://www.youtube.com/watch?v=jghQ20BIQRs
  • 34.
    ❑ Mais recentemente,percebe-se que cada um tem, dentro de si, as suas próprias motivações; ❑ A motivação é considerada intrínseca às pessoas – tudo depende do significado que se dá para o trabalho. Histórico da Motivação
  • 35.
    Comportamento Humano • Ocomportamento é causado por estímulos internos ou externos – existe uma causalidade do comportamento; • O comportamento é motivado, ou seja, há uma finalidade em todo comportamento humano; • O comportamento é orientado para objetivos. Premissas que explicam o comportamento Humano:
  • 36.
    Retroalimentação M1 M2 M3M4 M5 M6 M7 M8 M9 M10 Curva da Motivação Resultado Necessi dade Esforço Energia, entusiasmo, realização, emoção, paixão, recursos financeiros Satisfação, elogios, reconhecimento, projeto Teoria Motivacional
  • 37.
    Modelo Básico deMotivação Estímulo (causa) Necessidade (desejo) Tensão Desconforto Objetivo comportamento A pessoa Equilíbrio interno Estímulo ou incentivo Necessidade Tensão Comporta- mento ou ação Satisfação Ciclo Motivacional
  • 38.
    Teorias sobre Motivação Hierarquiadas Necessidades -Abraham Maslow- Teoria X e Y -Douglas McGregor- Teoria dos dois Fatores - Frederick Herzberg- Teorias sobre Motivação
  • 39.
    Hierarquia das necessidades Maslow Ateoria motivacional mais conhecida é a de Abraham Maslow e se baseia na hierarquia das necessidades humanas; • Segundo Maslow, as necessidades humanas estão arranjadas em uma pirâmide de importância no comportamento humano.
  • 40.
  • 41.
    Aspectos da Teoriade Maslow Uma necessidade satisfeita não é motivadora; O indivíduo já nasce com certa bagagem de necessidades fisiológicas, inatas ou hereditárias; O indivíduo ingressa em uma longa trajetória de aprendizagem de novos padrões de necessidades.
  • 42.
    Aspectos da Teoriade Maslow As necessidades mais elevadas predominam sobre as mais baixas. Necessidades mais baixas – ciclo motivacional rápido Necessidades mais elevadas – ciclo motivacional extremamente longo. À medida que o indivíduo passa a controlar suas necessidades fisiológicas e de segurança, surgem lenta e gradativamente as necessidades mais elevadas. Quanto mais uma pessoa é orientada por motivos superiores, maior necessidade de autonomia apresenta, tendo mais chances de ser criativa e inovadora, visto ser movida pela própria realização do trabalho, e não por fatores externos.
  • 43.
    Teoria X eY •3 princípios básicos: •Funcionários não gostam de trabalhar; •Funcionários evitam responsabilidades e mostram pouca ambição; •Funcionários precisam ser coagidos, controlados ou ameaçados para atingir metas; Teoria X Visão negativa •Trabalho pode ser fonte de satisfação ou punição, dependendo do contexto. •Aceitam ou buscam responsabilidades e demonstrarão auto- orientação e autocontrole se estiverem comprometidas com os objetivos; •Capacidade de tomar decisões inovadoras pode estar em qualquer pessoa, independente da hierarquia. Teoria Y Visão positiva Douglas McGregor, 1960
  • 44.
    A teoria dedois fatores de Herzberg Herzberg alicerça sua teoria no ambiente externo e no trabalho do indivíduo; A motivação para trabalhar depende de dois fatores: - Fatores higiênicos; - Fatores motivacionais.
  • 45.
    Teoria Bifatorial -Herzberg, Mausner e Snyderman (1959)
  • 46.
    Fatores Higiênicos • Referem-seàs condições que rodeiam a pessoa enquanto trabalha, englobando as condições físicas e ambientais de trabalho; • Contudo, são limitados em sua capacidade de influenciar o comportamento dos empregados.
  • 47.
    Fatores Higiênicos Fatores insatisfacientes: •Condições de trabalho e conforto; • Políticas da organização e administração; • Relações com o supervisor; • Competência técnica do supervisor; • Salário e remuneração; • Segurança no cargo; • Relações com os colegas. (-) Maior insatisfação (+) Nenhuma insatisfação
  • 48.
    Fatores Motivacionais • Referem-seao conteúdo do cargo, às tarefas e aos deveres relacionados com o cargo em si; • Produzem efeito duradouro de satisfação e de aumento de produtividade; • Envolve sentimentos de realização, de crescimento e de reconhecimento profissional manifestados por meio do exercício das tarefas e atividades que oferecem desafio e significado para o trabalho.
  • 49.
    Fatores Motivacionais Fatores satisfacientes: •Delegação de responsabilidade; • Liberdade de decidir como executar o trabalho; • Oportunidade de promoção; • Uso pleno das habilidades pessoais; • Estabelecimento de objetivos e avaliação; • Ampliação ou enriquecimento do cargo. (+) Maior satisfação (-) Não satisfação (neutralidade)
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    Comparação Modelos MASLOW HERZBERG Necessidadesde auto-realização Trabalho em si, Responsabilidade, Progresso Necessidades do ego (estima) Realização, Reconhecimento, Status Necessidades sociais Relações interpessoais, Supervisão, Colegas e subordinados Necessidades de segurança Supervisão técnica Políticas administrativas Segurança no cargo Necessidades fisiológicas Condições físicas de trabalho Salário, vida pessoal MOTIVACIONAIS HIGIÊNICOS
  • 51.
    Sobre os modelosbaseados em necessidades • São considerados distantes da ação. • Atribuir a motivação a necessidades de origem biológica e psicológica é considerá-la como do âmbito interno pessoal e pouco passível de modificação por força da intervenção externa. • Nesse caso, as chances de redirecionar a motivação seriam menores, já que suas ações são uma consequência de fatores internos pouco controláveis.
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  • 53.
    Resumo É importante queo gestor tenha claro que a motivação é, antes de tudo, uma teoria da ação. É fundamental que se respondam a três perguntas básicas: • O que ativa e mantém a ação no contexto de uma dada organização? • Existe uma meta ou alvo claramente estabelecido e compartilhado e que poderá orientar a ativação da ação? • Onde se encontra a força dessa ativação, na necessidade ou carência pessoal ou na meta a ser alcançada? https://www.youtube.com/watch?v=DID_ojhCkjY
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    Referências Gondim, S. M.G., & Siqueira, M. M. M. (2014). Emoções e afetos no trabalho. In Zanelli, J. C., Borges- Andrade, J. E. & Bastos, A. V. B. (Org.), Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil. Artmed.