Cantigas de Amigo
UMA PERCEPÇÃO SOBRE AS CANTIGAS LÍRICAS
INTRODUÇÃO
 Tema
De modo geral, as Cantigas de Amigo, destacam e evocam o
“amigo”, que costuma estar ausente. Falam de uma relação amorosa
que acontece entre as pessoas em certo ambiente. O tema central
dessas cantigas é a saudade.
 Origem
São de origem peninsular (galaico-portuguesas) e ligam-se a
aspectos da época: às romarias, às lutas pela reconquista (ao
fossado), à vida doméstica.
Como se apresenta
 Quem fala?
A voz poética ou o “eu” lírico (não confundir com o autor) seria
uma donzela que expõe os seus sentimentos amorosos.
 Palavra Chave
Amigo (“amado", "amante”)
 Personagens
A amiga.
A mãe, que representa geralmente o código social proibitivo.
Confidentes: a mãe, uma amiga, a irmã, outras noivas, a natureza (as
flores, as ondas do mar), etc.
O “amigo”, frequentemente ausente.
Caraqueterísticas
 Feminismo - Os sentimentos que se exprimem são sempre de mulher, isto é,
quem exterioriza as intimidades é uma donzela.
 Simplicidade - Possuem uma estrutura muito simples. Tanto as personagens
como os ambientes surgem impregnados de odor a campo, montanha ou
mar.
 Ruralismo - Os ambientes de trabalho e de diversão referidos nas cantigas
evidenciam também o seu ruralismo: o campo, a fonte, o baile, a romaria,
etc.
 Ligação com o canto e a dança - O trovador era frequentemente
acompanhado por um jogral que tocava o que ele recitava. Para além do
jogral acompanhava também o trovador a jogralesa que dançava.
 Paralelismo - O paralelismo é uma das características mais típicas da poesia
trovadoresca e denuncia o carácter popular destas poesias.
 Refrão - É a repetição do mesmo ou mesmos versos geralmente no fim de
cada estrofe.
Exemplos
“Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo!
ai Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo!
ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi há jurado!
ai Deus, e u é?"
(…)
D. Dinis
EQUIPE

Cantigas de amigo

  • 1.
    Cantigas de Amigo UMAPERCEPÇÃO SOBRE AS CANTIGAS LÍRICAS
  • 2.
    INTRODUÇÃO  Tema De modogeral, as Cantigas de Amigo, destacam e evocam o “amigo”, que costuma estar ausente. Falam de uma relação amorosa que acontece entre as pessoas em certo ambiente. O tema central dessas cantigas é a saudade.  Origem São de origem peninsular (galaico-portuguesas) e ligam-se a aspectos da época: às romarias, às lutas pela reconquista (ao fossado), à vida doméstica.
  • 3.
    Como se apresenta Quem fala? A voz poética ou o “eu” lírico (não confundir com o autor) seria uma donzela que expõe os seus sentimentos amorosos.  Palavra Chave Amigo (“amado", "amante”)  Personagens A amiga. A mãe, que representa geralmente o código social proibitivo. Confidentes: a mãe, uma amiga, a irmã, outras noivas, a natureza (as flores, as ondas do mar), etc. O “amigo”, frequentemente ausente.
  • 4.
    Caraqueterísticas  Feminismo -Os sentimentos que se exprimem são sempre de mulher, isto é, quem exterioriza as intimidades é uma donzela.  Simplicidade - Possuem uma estrutura muito simples. Tanto as personagens como os ambientes surgem impregnados de odor a campo, montanha ou mar.  Ruralismo - Os ambientes de trabalho e de diversão referidos nas cantigas evidenciam também o seu ruralismo: o campo, a fonte, o baile, a romaria, etc.  Ligação com o canto e a dança - O trovador era frequentemente acompanhado por um jogral que tocava o que ele recitava. Para além do jogral acompanhava também o trovador a jogralesa que dançava.  Paralelismo - O paralelismo é uma das características mais típicas da poesia trovadoresca e denuncia o carácter popular destas poesias.  Refrão - É a repetição do mesmo ou mesmos versos geralmente no fim de cada estrofe.
  • 5.
    Exemplos “Ai flores, aiflores do verde pino, se sabedes novas do meu amigo! ai Deus, e u é? Ai flores, ai flores do verde ramo, se sabedes novas do meu amado! ai Deus, e u é? Se sabedes novas do meu amigo, aquel que mentiu do que pôs comigo! ai Deus, e u é? Se sabedes novas do meu amado, aquel que mentiu do que mi há jurado! ai Deus, e u é?" (…) D. Dinis
  • 6.