Agrupamento Vertical de Escolas do Búzio  - 2009/2010 Linhas temáticas de Ricardo Reis Trabalho realizado por:  Diana Barreiro nº9  Joana Quental nº12
Quem ‘e Ricardo Reis  ?   É um  poeta clássico , da  serenidade epicurista , que aceita com  calma lucidez  a relatividade e a  fugacidade de todas as coisas .  No poema “Prefiro rosas, meu amor, à pátria”, mostra-nos ser um  discípulo de Caeiro  e revela a sua aceitação pela antiga crença nos deuses, enquanto disciplinador das suas emoções e sentimentos. A filosofia de Ricardo Reis é a de um  epicurista triste , pois defende o prazer do momento “ carpe diem ” (máxima horaciana) como caminho para a felicidade. Contudo, apesar deste prazer que procura e da felicidade que deseja alcançar, considera que ser se consegue a verdadeira  calma e tranquilidade , imposta pela  ataraxia. R Reis  sente que tem de viver em conformidade com as leis do  destino , indiferente à dor numa verdadeira ilusão da felicidade, conseguida pelo esforço estóico lúcido e disciplinado.
   Características temáticas:   Paganismo (crença nos deuses e na civilização grega );  Fatalismo (passividade, indiferença, ausência de compromisso com o Mundo);  Consciência da precariedade da vida, medo da morte);  Epicurismo  (busca da felicidade relativa, moderação nos prazeres, fuga à dor; “ carpe diem”  - vive o momento);  Estoicismo  (aceitação das leis do destino - a passagem do tempo e a morte - , autodisciplina face às paixões e à dor; intelectualização das emoções);  Culto do Belo, como forma de superar a efemeridade dos bens e a miséria da vida; A interiorização das emoções; O autodominio e a contenção dos sentimentos; O elogio da vida rústica : a felicidade só é possivel no sossego do campo; Classicismo , individualismo, passividade.
Características estilísticas   Submissão da expressão ao conteúdo: a uma ideia perfeita corresponde a  uma expressão perfeita ; Estrofes regulares e versos brancos; Recusa frequente à assonância, à rima interior e à aliteração; Predominância da subordinação; Uso frequente do hipérbato; Uso frequente do gerúndio e do imperativo; O uso de latinismos;  Metáforas, eufemismos, comparações, apóstrofes ; Estilo construído com muito rigor e muito denso;  Verdadeira sabedoria da vida é viver de forma equilibrada e serena; As perífrases que remetem para um contexto religioso e mitológico grego ou latino.
“ Prefiro Rosas, meu Amor, à Pátria”   Prefiro rosas, meu amor, à pátria,  E antes magnólias amo  Que a glória e a virtude.  Logo que a vida me não canse, deixo  Que a vida por mim passe  Logo que eu fique o mesmo.  Que importa àquele a quem já nada importa  Que um perca e outro vença,  Se a aurora raia sempre,  Se cada ano com a primavera  As folhas aparecem  E com o Outono cessam?  E o resto, as outras coisas que os humanos  Acrescentam à vida,  Que me aumentam na alma?  Nada, salvo o desejo de indiferença  E a confiança mole  Na hora fugitiva.  Ricardo Reis, in "Odes"   Heterónimo de Fernando Pessoa
“ Prefiro rosas, meu amor,  à pátria” Prefiro rosas , meu amor ,  à pátria,  E antes   magnólias   amo  Que a glória e a virtude.  Logo que a vida me não canse,  deixo  Que a vida por mim passe  Logo que eu fique o mesmo.  Que  importa àquele a quem já nada importa  Que  um  perca  e outro  vença ,  Se  a aurora raia sempre,  Apóstrofe Antítese   Conjunção Subordinativa condicional Refere-se à natureza  Nega o poder Ataraxia Hipérbato   Anáfora
Se cada ano com a primavera  As folhas aparecem  E com o Outono cessam ?  E o resto, as outras coisas que os  humanos  Acrescentam à vida,   Que me aumentam na alma ?  Nada,  salvo o desejo de indiferença  E a confiança mole  Na hora fugitiva.  Revela a indiferença e a ataraxia Fugacidade da vida Eufemismo- Morte Justificam a sua postura. Seguindo a vida de acordo de fenómenos naturais mostrando-se indiferente a tudo o que não é Natureza.

Características poéticas de Ricardo Reis

  • 1.
    Agrupamento Vertical deEscolas do Búzio - 2009/2010 Linhas temáticas de Ricardo Reis Trabalho realizado por: Diana Barreiro nº9 Joana Quental nº12
  • 2.
    Quem ‘e RicardoReis ? É um poeta clássico , da serenidade epicurista , que aceita com calma lucidez a relatividade e a fugacidade de todas as coisas . No poema “Prefiro rosas, meu amor, à pátria”, mostra-nos ser um discípulo de Caeiro e revela a sua aceitação pela antiga crença nos deuses, enquanto disciplinador das suas emoções e sentimentos. A filosofia de Ricardo Reis é a de um epicurista triste , pois defende o prazer do momento “ carpe diem ” (máxima horaciana) como caminho para a felicidade. Contudo, apesar deste prazer que procura e da felicidade que deseja alcançar, considera que ser se consegue a verdadeira calma e tranquilidade , imposta pela ataraxia. R Reis sente que tem de viver em conformidade com as leis do destino , indiferente à dor numa verdadeira ilusão da felicidade, conseguida pelo esforço estóico lúcido e disciplinado.
  • 3.
      Característicastemáticas: Paganismo (crença nos deuses e na civilização grega ); Fatalismo (passividade, indiferença, ausência de compromisso com o Mundo); Consciência da precariedade da vida, medo da morte); Epicurismo (busca da felicidade relativa, moderação nos prazeres, fuga à dor; “ carpe diem” - vive o momento); Estoicismo (aceitação das leis do destino - a passagem do tempo e a morte - , autodisciplina face às paixões e à dor; intelectualização das emoções); Culto do Belo, como forma de superar a efemeridade dos bens e a miséria da vida; A interiorização das emoções; O autodominio e a contenção dos sentimentos; O elogio da vida rústica : a felicidade só é possivel no sossego do campo; Classicismo , individualismo, passividade.
  • 4.
    Características estilísticas Submissão da expressão ao conteúdo: a uma ideia perfeita corresponde a uma expressão perfeita ; Estrofes regulares e versos brancos; Recusa frequente à assonância, à rima interior e à aliteração; Predominância da subordinação; Uso frequente do hipérbato; Uso frequente do gerúndio e do imperativo; O uso de latinismos; Metáforas, eufemismos, comparações, apóstrofes ; Estilo construído com muito rigor e muito denso; Verdadeira sabedoria da vida é viver de forma equilibrada e serena; As perífrases que remetem para um contexto religioso e mitológico grego ou latino.
  • 5.
    “ Prefiro Rosas,meu Amor, à Pátria” Prefiro rosas, meu amor, à pátria, E antes magnólias amo Que a glória e a virtude. Logo que a vida me não canse, deixo Que a vida por mim passe Logo que eu fique o mesmo. Que importa àquele a quem já nada importa Que um perca e outro vença, Se a aurora raia sempre, Se cada ano com a primavera As folhas aparecem E com o Outono cessam? E o resto, as outras coisas que os humanos Acrescentam à vida, Que me aumentam na alma? Nada, salvo o desejo de indiferença E a confiança mole Na hora fugitiva. Ricardo Reis, in "Odes" Heterónimo de Fernando Pessoa
  • 6.
    “ Prefiro rosas,meu amor, à pátria” Prefiro rosas , meu amor , à pátria, E antes magnólias amo Que a glória e a virtude. Logo que a vida me não canse, deixo Que a vida por mim passe Logo que eu fique o mesmo. Que importa àquele a quem já nada importa Que um perca e outro vença , Se a aurora raia sempre, Apóstrofe Antítese Conjunção Subordinativa condicional Refere-se à natureza Nega o poder Ataraxia Hipérbato Anáfora
  • 7.
    Se cada anocom a primavera As folhas aparecem E com o Outono cessam ? E o resto, as outras coisas que os humanos Acrescentam à vida, Que me aumentam na alma ? Nada, salvo o desejo de indiferença E a confiança mole Na hora fugitiva. Revela a indiferença e a ataraxia Fugacidade da vida Eufemismo- Morte Justificam a sua postura. Seguindo a vida de acordo de fenómenos naturais mostrando-se indiferente a tudo o que não é Natureza.