Um novo paradigma urbano?
Que razões justificam a procura de novos modelos urbanos?
§ Segundo a ONU (2012), as
cidades podem tornar-se
menos atrativas se houver
construção excessiva,
desordenada e sem
planeamento espacial, o que
acarreta problemas sociais,
ambientais, de eficiência
energética, de transportes e
de localização dos serviços
públicos e privados.
§ Mais, ainda, apesar de, as
cidades representarem
2% da superfície terrestre
os seus habitantes,
consomem mais de ¾ dos
recursos naturais do mundo.
Evolução mundial da população urbana e rural, 1950-2050
World Urbanization Prospects 2014, UN
A partir de 2005 a população urbana
ultrapassou o peso da população rural
Em 2014, mais de metade da
população mundial já era urbana. As
projeções apontam para a continuação
do ritmo de urbanização:
§ 1950 – 30% da população mundial
era urbana
§ 2014 – 54% da população mundial
era urbana
§ 2050 – estão projetados 66%.
A população urbana vive em cidades de
tamanho populacional diferente, da
pequena cidade à megacidade (10
milhões ou mais de habitantes)
https://esa.un.org/unpd/wpp/
Percentagem de urbanos e localização das aglomerações urbanas com pelo menos 500 000
habitantes, 2014
https://esa.un.org/unpd/wup/publications/files/wup2014-highlights.Pdf
Evolução da taxa de crescimento urbano e da população urbana entre 2014 e 2030.
Como ressalta da análise do mapa, o ritmo
da urbanização é muito mais elevado nos
países de menor desenvolvimento
económico e humano.
Taxa de crescimento
urbano População urbana
ü Segundo a ONU, entre 1950 e 2011, a população a viver em cidades
quintuplicou em todo o mundo (5X mais)
ü Entre 2005 e 2007, o número de urbanos ultrapassou o número de rurais
ü O crescimento urbano é um processo em progressão, particularmente, nos
países em desenvolvimento:
2,5 milhares de milhões em 2010
5,3 milhares de milhões em 2050
ü Prevê-se que, por volta de 2050, habitarão em cidades:
91,4% de latino americanos
90,7% de europeus
66,2% de asiáticos
61,8% de africanos
Estes afluxos populacionais vão, necessariamente, ampliar alguns dos problemas
já identificados e agravá-los sendo indispensável procurar soluções capazes de
gerar resultados inequívocos na melhoria da qualidade de vida das populações.
Um dos paradigmas urbanos de que mais se fala, hoje em dia, é o das Smart Cities
O que entender por
cidades inteligentes
(Smart cities)?
As cidades onde são
implementadas políticas urbanas
que buscam responder aos
principais problemas que
atualmente enfrentam tais como:
q As alterações climáticas
q As desigualdades sociais
q A exclusão social.
As cidades onde são
implementadas políticas urbanas
que buscam responder aos
principais problemas que
atualmente enfrentam tais como:
q As alterações climáticas
q As desigualdades
q A exclusão social.
De que modo?
q Utilizando as tecnologias de
informação e comunicação
q Promovendo a competitividade
económica
q Procurando a sustentabilidade
ambiental
q Visando a qualidade de vida
dos cidadãos
Revista Business Portugal, 6/11/2014
http://revistabusinessportugal.pt/smart-cities-portugal-cidades-
inteligentes-competitivas-e-sustentaveis/
O que diferencia, então, as cidades inteligentes (Smart
Cities)?
■ Assentam na utilização de tecnologias de informação e comunicação para
promover a :
- competitividade económica
- sustentabilidade ambiental
- qualidade de vida dos cidadãos
■ Utilizam a análise e integração de dados e informação de fontes diversas
para a:
- resolução rápida e eficaz dos problemas que surgem
- minimização dos impactos negativos.
Uma cidade “Smart City” assenta numa boa execução de seis pilares:
- Economia inteligente
- Mobilidade inteligente
- Ambiente inteligente
- Pessoas inteligentes
- Modo de vida inteligente
- Governança inteligente”.
O século XIX foi um século de impérios, o século XX foi um século de nações e o século
XXI será um século de cidades – Wellington E. Webb, ex-prefeito de Denver
http://www.districtoffuture.eu
Em Portugal, mesmo sem cidades de grande dimensão, a busca pela melhoria da
qualidade e bem estar da população urbana tem justificado a adoção de
medidas, por parte de alguns municípios, que se integram no projeto das Smart
cities.
Pilares /caraterísticas das Smart cities
Pilares /caraterísticas das
Smart cities
Áreas específicas
Economia inteligente
Competitividade da economia das cidades através, por exemplo, da
inovação e do empreendedorismo.
Mobilidade inteligente
Acessibilidade local e internacional das cidades.
Rede de tecnologias de informação e comunicação.
Ambiente inteligente
Atratividade das condições naturais.
Proteção ambiental e gestão de recursos.
Pessoas inteligentes
Grau de qualificação dos recursos humanos.
Abertura e nível de interações sociais.
Modo de vida inteligente
Cultura. Saúde. Segurança.
Turismo. Habitação.
Governança inteligente
Participação pública.
Serviços aos cidadãos e funcionamento da administração pública.
Especificando ...
■ Sistemas de controlo de tráfego em tempo real, gestão inteligente do estacionamento,
infraestrutura de carregamento para veículos elétricos e promoç̧ão do transporte público e de
modos alternativos de transporte.
■ Utilização de equipamentos para monitorização do consumo de energia por via remota,
iluminação pública inteligente, contentores de resíduos com sensores de limitação de carga e
sistemas de telegestão para redes de distribuição de água a nível urbano
■ Aplicação de revestimentos geradores de energia em edifícios, sistemas de videovigilância por
controlo remoto, dsponibilização de informação turística e cultural via smartphones e sistemas
de telemedicina ...
§ Áreas onde incidem iniciativas de cidades inteligentes: governação, energia,
mobilidade, edifícios, gestão da água e resíduos, segurança, saúde, cultura, etc.
Exemplos ...
A Smart City é mais do que uma
cidade digital. Uma cidade
inteligente é aquela que é capaz
de:
q ligar o capital físico com o
social e desenvolver melhores
serviços e infraestruturas
q reunir tecnologia, informação e
visão política, num programa
coerente de melhoria urbana e
serviços. http://www.districtoffuture.eu/index.php/mod.pags/mem.detalle/id.
10/relcategoria.1077/relmenu.5#.WEyWvXeMTox
Modelo de smart city
Existe, na smart city, uma necessidade de articulação entre a infraestrutura física (como edifícios,
estradas, redes de energia) e a infraestrutura digital (fibra óptica, cloud computing, sensores,
smartphones, etc.)
SMART CITIES EM
PORTUGAL
Viana do Castelo
Braga
Guimarães
Porto
Vila Nova de Gaia
Aveiro
Vila Real
Viseu
Guarda
Bragança
Castelo Branco
Coimbra
Leiria
Torres Vedras
Santarém
Lisboa
Loures
Cascais
Sintra
Almada
Setúbal
Portalegre
Évora
Beja
Faro
Rede portuguesa de Smart Cities –
RENER - 25 cidades, em 2009,
A RENER, Renewable Energy Living Lab:
- existe com vista a agilizar processos de inovação de
tecnologias e soluções relevantes para a sustentabilidade
energética e ambiental.
- É um “laboratório vivo” (um espaço para o
desenvolvimento, teste, experimentação e validação de
tecnologias, comportamentos e soluções)
- Permite aos municípios aderentes ganharem:
- Fatores de atratividade económica
- Competências para integrarem redes
internacionais de mobilidade
- A aposta na sustentabilidade das cidades
- Colocar os respetivos territórios no ranking das
cidades inteligentes
- Faz parte da Rede Europeia de Living Labs (European
Network of Living Labs – ENoLL)
- Conta com o apoio da Comissão Europeia.
Fonte: INTELI
Índice de Cidades Inteligentes
■ A INTELI - Inteligência em Inovação - Centro de Inovação - concebeu e
desenvolveu uma metodologia que constitui uma ferramenta de intelligence
denominada Índice de Cidades Inteligentes com o objetivo de posicionar
estrategicamente as cidades em matéria de inteligência urbana, resultando
numa base de informação e conhecimento municipal de suporte à tomada de
decisão das políticas públicas e dos atores económicos e sociais. Pretende,
ainda, contribuir para melhorar o desempenho dos territórios, através da
geração de oportunidades de cooperação urbana orientadas para a criação de
produtos, serviços e soluções criativas e inovadoras.
■ O Índice destaca-se por partir de um modelo integrado de 'cidade inteligente',
que se traduz ... pela aliança entre a inovação, a qualidade do ambiente e a
inclusão social e cultural, num contexto de governação aberta e de
conectividade com a economia global, visando a melhoria da qualidade de vida
dos cidadãos.
http://www.inteli.pt/pt/go/indice-cidades-inteligentes-2020
O Índice de Cidades
Inteligentes integra cinco
dimensões de análise -
Inovação, Sustentabilidade,
Inclusão, Governação e
Conectividade,
quantificadas através de
uma bateria superior a 100
indicadores.
Com vista à quantificação e
qualificação das dimensões
e subdimensões de análise
foi considerada a seguinte
tipologia de indicadores:
indicadores de
caracterização, indicadores
de estratégia e indicadores
de economia digital
GovernaçãoParticipação pública, serviços públicos,
transparência e políticas urbanas são
as principais sub-dimensões
analisadas na área da Governação.
Em termos agregados, destacam-se as
cidades de Lisboa, Aveiro, Bragança,
Viana do Castelo e Almada, logo
seguidas de Cascais. A dispersão dos
valores situa-se entre 8,72 e 3,94.
Apesar de Lisboa se encontrar no topo
do ranking, não se verifica de forma
explícita a influência da variável
número de habitantes, nem tão pouco
do fosso entre litoral e interior.
http://www.inteli.pt/uploads/documentos/documento_1357554966_2590.pdf
InovaçãoEmpreendedorismo, I&D e tecnologia,
economia verde, economia criativa e
economia social são as sub-dimensões
consideradas ao nível da avaliação da
inovação municipal.
Os municípios que se destacam são
Lisboa, Almada, Vila Nova de Gaia,
Coimbra e Cascais, com uma dispersão
global de valores entre 8,15 e 0,44.
Nesta área, a influência da dimensão
dos concelhos na respectiva
performance inovadora é significativa,
sendo que a presença de universidades
e instituições de I&D e tecnologia
também marca a diferença.
SustentabilidadeNa dimensão Sustentabilidade são
analisados diversos factores críticos:
biodiversidade e ecologia, ar e emissões,
água e resíduos, edifícios, mobilidade e
energia ... as cidades que se destacam são
Almada, Vila Nova de Gaia, Cascais, Lisboa
e Loures. Verifica-se alguma dispersão
relativa ... com o valor superior a atingir os
6,58 e o valor inferior 2,50. No entanto,
este posicionamento varia de acordo com
as subdimensões em análise, o que
demonstra que algumas cidades
apresentam melhor pontuação numas
áreas e outras cidades noutros domínios,
provavelmente em virtude das
caraterísticas dos territórios e das
prioridades das políticas públicas locais.
De relevar que não existe uma forte
correlação entre o posicionamento das
cidades em matéria de sustentabilidade e
o número de habitantes, não sendo
também notório o efeito da interioridade.
InclusãoNa área da Inclusão são analisados os
seguintes fatores críticos: coesão
social, diversidade social e cultural,
empreendedorismo e inovação social e
inclusão digital. Neste âmbito não se
consideram apenas as preocupações
com a exclusão social, mas também
com o livre acesso aos bens e serviços
culturais e criativos. Para além das
dimensões económica, social e
ambiental, a cultura é assumida como
o quarto pilar do desenvolvimento
sustentável.
As cidades de Almada, Lisboa,
Coimbra, Cascais e Aveiro demons-
tram o melhor desempenho ao nível da
inclusão social e cultural. A dispersão
de valores situa-se entre 6,62 e 2,28.
ConectividadeNa dimensão Conectividade são
analisados indicadores relativos às
redes territoriais e às tecnologias de
informação e comunicação ou redes
digitais.
Destacam-se os concelhos de Leiria,
Almada, Faro, Santarém e Aveiro com
uma dispersão de valores situada entre
5,52 e 1,31.
De relevar que estes resultados se
encontram influenciados pelos fundos
disponíveis em cada região para apoio à
cooperação territorial, mas também
pela proatividade dos municípios em
estabelecer laços com outras
autarquias, empresas e universidades.
Inteligência urbana
Lisboa, Almada, Cascais, Aveiro e Vila
Nova de Gaia são as cidades que se
destacam em matéria de inteligência
urbana, com uma dispersão global de
valores entre 6,46 e 3,66.
No entanto, este posicionamento varia
de acordo com as dimensões de
análise, o que demonstra que algumas
cidades apresentam melhor pontuação
numas áreas e outras cidades noutras,
face às características dos territórios e
à pro-atividade das políticas públicas
locais.
http://www.inteli.pt/uploads/documentos/documento_135755496
6_2590.pdf
Selo - A Smart Project for
Smart Cities
O selo A SMART PROJECT FOR SMART
CITIES, promovido pela INTELI -
Inteligência em Inovação, Centro de
Inovação, é uma insígnia que identifica,
reconhece e distingue projetos associados
ao conceito ‘Smart City'. Tratam-se de
projetos que contribuem para a
reinvenção das cidades, promovendo a
inovação, criatividade, sustentabilidade,
inclusão, participação e qualidade de
vida.
http://www.inteli.pt/pt/go/a-smart-project-for-smart-cities
NASCEU O CLUSTER SMART
CITIES PORTUGAL
Em 2009 eram 25 Smart Cities
Em 2013 a Rede RENER integrava 46
municípios
Em 2016 já eram 124 municípios.
Em 16 de janeiro de 2017, foi
apresentado o Cluster Smart Cities
Portugal – “ incentivo ao
empreendedorismo urbano, a procura
de um ambiente propício ao
desenvolvimento de projetos urbanos
inteligentes, em coerência com as
especificidades territoriais, e de
produtos e sistemas de elevado valor
acrescentado para cidades inteligentes
a nível global” é a finalidade do Cluster.
Smart Cities Tour 2017:
- um ciclo de cinco workshops temáticos
- vai ter lugar em vários municípios do país, até Maio
- com o objetivo de conhecer os principais desafios e os
projetos que estão a acontecer nas diferentes
dimensões
- Em Portimão será debatido o tema da “Governação”
- Em Évora um workshop dedicado à “Energia”
- Em Cascais o tema “Sociedade e Qualidade de Vida”
- Em Viseu abordar-se-á a “Mobilidade”
- Em Vila Nova de Gaia, o debate incidirá sobre a
“Economia e Inovação”.http://www.smart-cities.pt/pt/noticia/cluster-smartcities-2001nasceu/
A revista...
Uma publicação trimestral dedicada ao tema
das cidades inteligentes sustentáveis,
abordando projetos, soluções e tendências
de tecnologias de informação, ambiente,
energia, água, resíduos, inovação social,
saúde, educação, urbanismo e mobilidade.
As Smart Cities são cidades sustentáveis a
pensar nas pessoas, onde o progresso social
e o bem-estar são metas a atingir.
Um desafio que obriga a reinventar as
cidades, tornando-as mais competitivas e
com serviços de excelência em que a
participação ativa dos cidadãos é um factor
decisivo.
http://smart-cities.pt/pt/a-revista/
A comunicação entre os vários grupos profissionais
definem um novo mapa das províncias e regiões em
Portugal (...).
Através de representação gráfica, é revelado o
“rasto” das múltiplas comunicações entre os
diferentes pontos do território continental de
Portugal, originando novas fronteiras baseadas na
interação social e económica como por exemplo a
origem e destino de telefonemas e envio de dados.
O Laboratório Senseable City do MIT revelou esta
imagem: “à esquerda, surgem representados os
diferentes fluxos das comunicações ...; no mapa do
meio aparece uma mescla dos fluxos das
comunicações sobrepostos às fronteiras provinciais
historicamente definidas No mapa à direita são
apresentadas as divisões provinciais criadas pelos
fluxos das telecomunicações”.
(...) as Beiras e Extremadura, aparecem juntas,
assim como o Alentejo e o Algarve. Lisboa surge
sem a Margem Sul enquanto a área metropolitana
do Porto chega a Braga. As regiões do Minho e Trás-
os-Montes e Alto Douro surgem isoladas e bem
definidas com pequenas alterações de pormenor.
Comunicações em Portugal definem fronteiras regionais
surpreendentes
Vitor Pereira on Janeiro 8, 2014
O Laboratório Senseable City, está convencido “de que a análise
de padrões de telecomunicações poderá revelar-se útil para
delinear novas comunidades e círculos eleitorais mais
adequados aos padrões de vida das populações”.
A Gaiurb ... foi distinguida com o selo «Smart
Project for Smart Cities», ... depois de ter
candidatado o projeto «Nopaper» ao concurso
promovido por aquela entidade (INTELI)
especializada em sistemas para cidades
inteligentes.
(...) Esta candidatura (foi apresentada) "com o
objetivo de ser reconhecida como uma empresa
inovadora associada ao conceito de cidade
inteligente, gerida segundo o conceito de
governação aberta e orientada para a melhoria
da qualidade de vida dos cidadãos"
O «NoPaper» é dirigido aos munícipes de Vila
Nova de Gaia, técnicos urbanísticos, autarquias
e colaboradores, entidades externas,
empreiteiros, utilizadores finais e toda a
população em geral e foi concebido para
processos de licenciamento e fiscalização
urbanística relativos a este concelho, podendo
ser utilizado a partir de qualquer ponto
geográfico do território nacional ou
internacional.
http://www.gaiurb.pt/noticias/2015/ng_NoPaper_Premio.htm
Um exemplo de iniciativa em V.N. de Gaia

CIDADES INTELIGENTES, "SMART CITIES", um novo paradigma urbano?

  • 1.
  • 2.
    Que razões justificama procura de novos modelos urbanos?
  • 3.
    § Segundo aONU (2012), as cidades podem tornar-se menos atrativas se houver construção excessiva, desordenada e sem planeamento espacial, o que acarreta problemas sociais, ambientais, de eficiência energética, de transportes e de localização dos serviços públicos e privados. § Mais, ainda, apesar de, as cidades representarem 2% da superfície terrestre os seus habitantes, consomem mais de ¾ dos recursos naturais do mundo.
  • 4.
    Evolução mundial dapopulação urbana e rural, 1950-2050 World Urbanization Prospects 2014, UN A partir de 2005 a população urbana ultrapassou o peso da população rural
  • 5.
    Em 2014, maisde metade da população mundial já era urbana. As projeções apontam para a continuação do ritmo de urbanização: § 1950 – 30% da população mundial era urbana § 2014 – 54% da população mundial era urbana § 2050 – estão projetados 66%. A população urbana vive em cidades de tamanho populacional diferente, da pequena cidade à megacidade (10 milhões ou mais de habitantes) https://esa.un.org/unpd/wpp/
  • 6.
    Percentagem de urbanose localização das aglomerações urbanas com pelo menos 500 000 habitantes, 2014 https://esa.un.org/unpd/wup/publications/files/wup2014-highlights.Pdf
  • 7.
    Evolução da taxade crescimento urbano e da população urbana entre 2014 e 2030. Como ressalta da análise do mapa, o ritmo da urbanização é muito mais elevado nos países de menor desenvolvimento económico e humano. Taxa de crescimento urbano População urbana
  • 8.
    ü Segundo aONU, entre 1950 e 2011, a população a viver em cidades quintuplicou em todo o mundo (5X mais) ü Entre 2005 e 2007, o número de urbanos ultrapassou o número de rurais ü O crescimento urbano é um processo em progressão, particularmente, nos países em desenvolvimento: 2,5 milhares de milhões em 2010 5,3 milhares de milhões em 2050 ü Prevê-se que, por volta de 2050, habitarão em cidades: 91,4% de latino americanos 90,7% de europeus 66,2% de asiáticos 61,8% de africanos Estes afluxos populacionais vão, necessariamente, ampliar alguns dos problemas já identificados e agravá-los sendo indispensável procurar soluções capazes de gerar resultados inequívocos na melhoria da qualidade de vida das populações. Um dos paradigmas urbanos de que mais se fala, hoje em dia, é o das Smart Cities
  • 9.
    O que entenderpor cidades inteligentes (Smart cities)? As cidades onde são implementadas políticas urbanas que buscam responder aos principais problemas que atualmente enfrentam tais como: q As alterações climáticas q As desigualdades sociais q A exclusão social. As cidades onde são implementadas políticas urbanas que buscam responder aos principais problemas que atualmente enfrentam tais como: q As alterações climáticas q As desigualdades q A exclusão social.
  • 10.
    De que modo? qUtilizando as tecnologias de informação e comunicação q Promovendo a competitividade económica q Procurando a sustentabilidade ambiental q Visando a qualidade de vida dos cidadãos Revista Business Portugal, 6/11/2014 http://revistabusinessportugal.pt/smart-cities-portugal-cidades- inteligentes-competitivas-e-sustentaveis/
  • 11.
    O que diferencia,então, as cidades inteligentes (Smart Cities)? ■ Assentam na utilização de tecnologias de informação e comunicação para promover a : - competitividade económica - sustentabilidade ambiental - qualidade de vida dos cidadãos ■ Utilizam a análise e integração de dados e informação de fontes diversas para a: - resolução rápida e eficaz dos problemas que surgem - minimização dos impactos negativos.
  • 12.
    Uma cidade “SmartCity” assenta numa boa execução de seis pilares: - Economia inteligente - Mobilidade inteligente - Ambiente inteligente - Pessoas inteligentes - Modo de vida inteligente - Governança inteligente”. O século XIX foi um século de impérios, o século XX foi um século de nações e o século XXI será um século de cidades – Wellington E. Webb, ex-prefeito de Denver http://www.districtoffuture.eu Em Portugal, mesmo sem cidades de grande dimensão, a busca pela melhoria da qualidade e bem estar da população urbana tem justificado a adoção de medidas, por parte de alguns municípios, que se integram no projeto das Smart cities.
  • 13.
    Pilares /caraterísticas dasSmart cities Pilares /caraterísticas das Smart cities Áreas específicas Economia inteligente Competitividade da economia das cidades através, por exemplo, da inovação e do empreendedorismo. Mobilidade inteligente Acessibilidade local e internacional das cidades. Rede de tecnologias de informação e comunicação. Ambiente inteligente Atratividade das condições naturais. Proteção ambiental e gestão de recursos. Pessoas inteligentes Grau de qualificação dos recursos humanos. Abertura e nível de interações sociais. Modo de vida inteligente Cultura. Saúde. Segurança. Turismo. Habitação. Governança inteligente Participação pública. Serviços aos cidadãos e funcionamento da administração pública.
  • 14.
    Especificando ... ■ Sistemasde controlo de tráfego em tempo real, gestão inteligente do estacionamento, infraestrutura de carregamento para veículos elétricos e promoç̧ão do transporte público e de modos alternativos de transporte. ■ Utilização de equipamentos para monitorização do consumo de energia por via remota, iluminação pública inteligente, contentores de resíduos com sensores de limitação de carga e sistemas de telegestão para redes de distribuição de água a nível urbano ■ Aplicação de revestimentos geradores de energia em edifícios, sistemas de videovigilância por controlo remoto, dsponibilização de informação turística e cultural via smartphones e sistemas de telemedicina ... § Áreas onde incidem iniciativas de cidades inteligentes: governação, energia, mobilidade, edifícios, gestão da água e resíduos, segurança, saúde, cultura, etc. Exemplos ...
  • 15.
    A Smart Cityé mais do que uma cidade digital. Uma cidade inteligente é aquela que é capaz de: q ligar o capital físico com o social e desenvolver melhores serviços e infraestruturas q reunir tecnologia, informação e visão política, num programa coerente de melhoria urbana e serviços. http://www.districtoffuture.eu/index.php/mod.pags/mem.detalle/id. 10/relcategoria.1077/relmenu.5#.WEyWvXeMTox Modelo de smart city
  • 16.
    Existe, na smartcity, uma necessidade de articulação entre a infraestrutura física (como edifícios, estradas, redes de energia) e a infraestrutura digital (fibra óptica, cloud computing, sensores, smartphones, etc.)
  • 17.
  • 18.
    Viana do Castelo Braga Guimarães Porto VilaNova de Gaia Aveiro Vila Real Viseu Guarda Bragança Castelo Branco Coimbra Leiria Torres Vedras Santarém Lisboa Loures Cascais Sintra Almada Setúbal Portalegre Évora Beja Faro Rede portuguesa de Smart Cities – RENER - 25 cidades, em 2009, A RENER, Renewable Energy Living Lab: - existe com vista a agilizar processos de inovação de tecnologias e soluções relevantes para a sustentabilidade energética e ambiental. - É um “laboratório vivo” (um espaço para o desenvolvimento, teste, experimentação e validação de tecnologias, comportamentos e soluções) - Permite aos municípios aderentes ganharem: - Fatores de atratividade económica - Competências para integrarem redes internacionais de mobilidade - A aposta na sustentabilidade das cidades - Colocar os respetivos territórios no ranking das cidades inteligentes - Faz parte da Rede Europeia de Living Labs (European Network of Living Labs – ENoLL) - Conta com o apoio da Comissão Europeia. Fonte: INTELI
  • 19.
    Índice de CidadesInteligentes ■ A INTELI - Inteligência em Inovação - Centro de Inovação - concebeu e desenvolveu uma metodologia que constitui uma ferramenta de intelligence denominada Índice de Cidades Inteligentes com o objetivo de posicionar estrategicamente as cidades em matéria de inteligência urbana, resultando numa base de informação e conhecimento municipal de suporte à tomada de decisão das políticas públicas e dos atores económicos e sociais. Pretende, ainda, contribuir para melhorar o desempenho dos territórios, através da geração de oportunidades de cooperação urbana orientadas para a criação de produtos, serviços e soluções criativas e inovadoras. ■ O Índice destaca-se por partir de um modelo integrado de 'cidade inteligente', que se traduz ... pela aliança entre a inovação, a qualidade do ambiente e a inclusão social e cultural, num contexto de governação aberta e de conectividade com a economia global, visando a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. http://www.inteli.pt/pt/go/indice-cidades-inteligentes-2020
  • 20.
    O Índice deCidades Inteligentes integra cinco dimensões de análise - Inovação, Sustentabilidade, Inclusão, Governação e Conectividade, quantificadas através de uma bateria superior a 100 indicadores. Com vista à quantificação e qualificação das dimensões e subdimensões de análise foi considerada a seguinte tipologia de indicadores: indicadores de caracterização, indicadores de estratégia e indicadores de economia digital
  • 21.
    GovernaçãoParticipação pública, serviçospúblicos, transparência e políticas urbanas são as principais sub-dimensões analisadas na área da Governação. Em termos agregados, destacam-se as cidades de Lisboa, Aveiro, Bragança, Viana do Castelo e Almada, logo seguidas de Cascais. A dispersão dos valores situa-se entre 8,72 e 3,94. Apesar de Lisboa se encontrar no topo do ranking, não se verifica de forma explícita a influência da variável número de habitantes, nem tão pouco do fosso entre litoral e interior. http://www.inteli.pt/uploads/documentos/documento_1357554966_2590.pdf
  • 22.
    InovaçãoEmpreendedorismo, I&D etecnologia, economia verde, economia criativa e economia social são as sub-dimensões consideradas ao nível da avaliação da inovação municipal. Os municípios que se destacam são Lisboa, Almada, Vila Nova de Gaia, Coimbra e Cascais, com uma dispersão global de valores entre 8,15 e 0,44. Nesta área, a influência da dimensão dos concelhos na respectiva performance inovadora é significativa, sendo que a presença de universidades e instituições de I&D e tecnologia também marca a diferença.
  • 23.
    SustentabilidadeNa dimensão Sustentabilidadesão analisados diversos factores críticos: biodiversidade e ecologia, ar e emissões, água e resíduos, edifícios, mobilidade e energia ... as cidades que se destacam são Almada, Vila Nova de Gaia, Cascais, Lisboa e Loures. Verifica-se alguma dispersão relativa ... com o valor superior a atingir os 6,58 e o valor inferior 2,50. No entanto, este posicionamento varia de acordo com as subdimensões em análise, o que demonstra que algumas cidades apresentam melhor pontuação numas áreas e outras cidades noutros domínios, provavelmente em virtude das caraterísticas dos territórios e das prioridades das políticas públicas locais. De relevar que não existe uma forte correlação entre o posicionamento das cidades em matéria de sustentabilidade e o número de habitantes, não sendo também notório o efeito da interioridade.
  • 24.
    InclusãoNa área daInclusão são analisados os seguintes fatores críticos: coesão social, diversidade social e cultural, empreendedorismo e inovação social e inclusão digital. Neste âmbito não se consideram apenas as preocupações com a exclusão social, mas também com o livre acesso aos bens e serviços culturais e criativos. Para além das dimensões económica, social e ambiental, a cultura é assumida como o quarto pilar do desenvolvimento sustentável. As cidades de Almada, Lisboa, Coimbra, Cascais e Aveiro demons- tram o melhor desempenho ao nível da inclusão social e cultural. A dispersão de valores situa-se entre 6,62 e 2,28.
  • 25.
    ConectividadeNa dimensão Conectividadesão analisados indicadores relativos às redes territoriais e às tecnologias de informação e comunicação ou redes digitais. Destacam-se os concelhos de Leiria, Almada, Faro, Santarém e Aveiro com uma dispersão de valores situada entre 5,52 e 1,31. De relevar que estes resultados se encontram influenciados pelos fundos disponíveis em cada região para apoio à cooperação territorial, mas também pela proatividade dos municípios em estabelecer laços com outras autarquias, empresas e universidades.
  • 26.
    Inteligência urbana Lisboa, Almada,Cascais, Aveiro e Vila Nova de Gaia são as cidades que se destacam em matéria de inteligência urbana, com uma dispersão global de valores entre 6,46 e 3,66. No entanto, este posicionamento varia de acordo com as dimensões de análise, o que demonstra que algumas cidades apresentam melhor pontuação numas áreas e outras cidades noutras, face às características dos territórios e à pro-atividade das políticas públicas locais. http://www.inteli.pt/uploads/documentos/documento_135755496 6_2590.pdf
  • 27.
    Selo - ASmart Project for Smart Cities O selo A SMART PROJECT FOR SMART CITIES, promovido pela INTELI - Inteligência em Inovação, Centro de Inovação, é uma insígnia que identifica, reconhece e distingue projetos associados ao conceito ‘Smart City'. Tratam-se de projetos que contribuem para a reinvenção das cidades, promovendo a inovação, criatividade, sustentabilidade, inclusão, participação e qualidade de vida. http://www.inteli.pt/pt/go/a-smart-project-for-smart-cities
  • 28.
    NASCEU O CLUSTERSMART CITIES PORTUGAL Em 2009 eram 25 Smart Cities Em 2013 a Rede RENER integrava 46 municípios Em 2016 já eram 124 municípios. Em 16 de janeiro de 2017, foi apresentado o Cluster Smart Cities Portugal – “ incentivo ao empreendedorismo urbano, a procura de um ambiente propício ao desenvolvimento de projetos urbanos inteligentes, em coerência com as especificidades territoriais, e de produtos e sistemas de elevado valor acrescentado para cidades inteligentes a nível global” é a finalidade do Cluster. Smart Cities Tour 2017: - um ciclo de cinco workshops temáticos - vai ter lugar em vários municípios do país, até Maio - com o objetivo de conhecer os principais desafios e os projetos que estão a acontecer nas diferentes dimensões - Em Portimão será debatido o tema da “Governação” - Em Évora um workshop dedicado à “Energia” - Em Cascais o tema “Sociedade e Qualidade de Vida” - Em Viseu abordar-se-á a “Mobilidade” - Em Vila Nova de Gaia, o debate incidirá sobre a “Economia e Inovação”.http://www.smart-cities.pt/pt/noticia/cluster-smartcities-2001nasceu/
  • 29.
    A revista... Uma publicaçãotrimestral dedicada ao tema das cidades inteligentes sustentáveis, abordando projetos, soluções e tendências de tecnologias de informação, ambiente, energia, água, resíduos, inovação social, saúde, educação, urbanismo e mobilidade. As Smart Cities são cidades sustentáveis a pensar nas pessoas, onde o progresso social e o bem-estar são metas a atingir. Um desafio que obriga a reinventar as cidades, tornando-as mais competitivas e com serviços de excelência em que a participação ativa dos cidadãos é um factor decisivo. http://smart-cities.pt/pt/a-revista/
  • 30.
    A comunicação entreos vários grupos profissionais definem um novo mapa das províncias e regiões em Portugal (...). Através de representação gráfica, é revelado o “rasto” das múltiplas comunicações entre os diferentes pontos do território continental de Portugal, originando novas fronteiras baseadas na interação social e económica como por exemplo a origem e destino de telefonemas e envio de dados. O Laboratório Senseable City do MIT revelou esta imagem: “à esquerda, surgem representados os diferentes fluxos das comunicações ...; no mapa do meio aparece uma mescla dos fluxos das comunicações sobrepostos às fronteiras provinciais historicamente definidas No mapa à direita são apresentadas as divisões provinciais criadas pelos fluxos das telecomunicações”. (...) as Beiras e Extremadura, aparecem juntas, assim como o Alentejo e o Algarve. Lisboa surge sem a Margem Sul enquanto a área metropolitana do Porto chega a Braga. As regiões do Minho e Trás- os-Montes e Alto Douro surgem isoladas e bem definidas com pequenas alterações de pormenor. Comunicações em Portugal definem fronteiras regionais surpreendentes Vitor Pereira on Janeiro 8, 2014 O Laboratório Senseable City, está convencido “de que a análise de padrões de telecomunicações poderá revelar-se útil para delinear novas comunidades e círculos eleitorais mais adequados aos padrões de vida das populações”.
  • 31.
    A Gaiurb ...foi distinguida com o selo «Smart Project for Smart Cities», ... depois de ter candidatado o projeto «Nopaper» ao concurso promovido por aquela entidade (INTELI) especializada em sistemas para cidades inteligentes. (...) Esta candidatura (foi apresentada) "com o objetivo de ser reconhecida como uma empresa inovadora associada ao conceito de cidade inteligente, gerida segundo o conceito de governação aberta e orientada para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos" O «NoPaper» é dirigido aos munícipes de Vila Nova de Gaia, técnicos urbanísticos, autarquias e colaboradores, entidades externas, empreiteiros, utilizadores finais e toda a população em geral e foi concebido para processos de licenciamento e fiscalização urbanística relativos a este concelho, podendo ser utilizado a partir de qualquer ponto geográfico do território nacional ou internacional. http://www.gaiurb.pt/noticias/2015/ng_NoPaper_Premio.htm Um exemplo de iniciativa em V.N. de Gaia