CSV na Saúde: Como Médicos e Dentistas
Podem Usar o Custo do Serviço Vendido
para Aumentar o Lucro e Evitar Prejuízos
Entenda como calcular e analisar o Custo do Serviço Vendido (CSV) para
precificar corretamente seus atendimentos, reduzir desperdícios e melhorar a
rentabilidade da sua clínica médica ou odontológica.
1. O Que é o CSV e Por Que Ele é Vital para Clínicas e Consultórios
O Custo do Serviço Vendido (CSV) representa todos os gastos diretos envolvidos
na execução de um serviço. No contexto da saúde, isso inclui materiais
utilizados, tempo do profissional, despesas operacionais, impostos,
comissões e insumos específicos de cada procedimento. Entender o CSV é
essencial porque ele define o ponto de equilíbrio entre o preço cobrado e o custo
real do atendimento — o que determina, na prática, o lucro ou prejuízo de cada
consulta.
Segundo levantamento da Senior Consultoria em Gestão Financeira para Saúde
(2025), mais de 60% das clínicas médicas e odontológicas no Brasil não
possuem controle do CSV por procedimento, o que leva a erros de precificação
e margens negativas em atendimentos de alto volume. Em muitos casos, o
profissional acredita estar lucrando, quando na verdade está apenas cobrindo
custos fixos.
Exemplo prático: um dentista cobra R$ 300 por uma restauração, mas gasta R$
190 com materiais, equipe de apoio e encargos. Isso significa que o lucro real é de
apenas R$ 110, sem considerar tributos ou tempo de cadeira — margem
extremamente baixa para manter o negócio saudável.
Dica prática: crie uma planilha ou utilize um sistema de gestão que permita
registrar o custo de cada insumo e serviço. Assim, será possível calcular com
precisão o valor mínimo de venda que cobre custos e garante margem de lucro.
2. Como Calcular o CSV na Prática
O cálculo do CSV segue uma lógica simples: CSV = Custos Diretos + Custos
Variáveis. Custos diretos são aqueles diretamente ligados ao atendimento
(materiais odontológicos, seringas, vacinas, EPIs, energia da sala, tempo da
equipe). Já os custos variáveis englobam encargos, comissões, impostos sobre
faturamento e taxas de cartão.
Para chegar a um valor preciso, é fundamental separar custos fixos (aluguel,
salários administrativos, softwares) dos custos variáveis, que se alteram
conforme o volume de pacientes atendidos. O CSV, portanto, é um indicador
dinâmico, que deve ser monitorado mensalmente. Clínicas que aplicam esse
controle conseguem identificar quais procedimentos são realmente lucrativos e
quais precisam de ajuste de preço.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Clínicas Odontológicas
(ABCD, 2024), clínicas que passaram a calcular o CSV individualmente
aumentaram em média 22% sua margem operacional no primeiro ano, apenas
ajustando preços de serviços com baixa rentabilidade.
Exemplo prático: em uma clínica de vacinas, o custo médio de aplicação de uma
dose pode ser R$ 60 (vacina, seringa, equipe e descarte). Se o preço cobrado for
R$ 80, o lucro é de R$ 20 por aplicação. Mas se a clínica negociar insumos em
volume e reduzir o custo para R$ 50, o lucro sobe para R$ 30 — um aumento de
50% na margem.
Dica prática: revise o CSV a cada trimestre, considerando reajustes de
fornecedores e alterações tributárias. Pequenas variações nos custos podem
impactar significativamente o lucro anual.
3. A Relação entre CSV, Precificação e Margem de Lucro
Saber o CSV é apenas o primeiro passo; o segundo é precificar com base nele.
Muitos médicos e dentistas cometem o erro de precificar com base em “média de
mercado”, sem considerar sua própria estrutura de custos. Essa prática
compromete a competitividade e reduz a sustentabilidade financeira. O ideal é
calcular o markup, que é o fator multiplicador aplicado sobre o CSV para formar o
preço final, considerando margem de lucro e impostos.
Por exemplo, se o CSV de um procedimento for R$ 200 e o markup definido for 2,2
(ou seja, lucro de 120% sobre o custo), o preço final será R$ 440. Essa
metodologia garante que todos os custos estejam cobertos e o lucro planejado
seja alcançado. Clínicas que aplicam precificação científica, baseada em dados
financeiros, têm até 35% mais previsibilidade de caixa, segundo estudo da
KPMG Healthcare Insights (2024).
Exemplo prático: um médico que realiza consultas particulares a R$ 250 e
descobre que seu CSV é R$ 180 (considerando hora médica, equipe, aluguel e
sistemas) percebe que a margem líquida é de apenas R$ 70. Com essa
informação, ele pode reajustar o preço para R$ 280 ou otimizar o tempo de
consulta, mantendo a rentabilidade sem perder competitividade.
Dica prática: sempre que lançar um novo serviço, simule o CSV antes de definir o
preço final. Essa prática evita que promoções ou pacotes causem prejuízos
disfarçados de “estratégia de marketing”.
4. Reduzindo o CSV e Aumentando a Lucratividade
O CSV não serve apenas para precificar; ele é uma ferramenta poderosa para
otimizar custos e melhorar a margem de lucro. Ao analisar detalhadamente
cada componente do custo, o gestor pode renegociar contratos, eliminar
desperdícios e ajustar o mix de serviços. Clínicas que controlam o CSV de forma
estruturada costumam ter margens de lucro 25% maiores, segundo estudo da
Senior Consultoria em Saúde (2025).
Uma das estratégias mais eficazes é reduzir custos sem comprometer a
qualidade. Isso pode ser feito com a compra coletiva de insumos, padronização
de materiais e melhor gestão do estoque. Outra forma é aumentar o número de
atendimentos por hora, diluindo os custos fixos. Além disso, integrar sistemas
financeiros e operacionais ajuda a monitorar indicadores em tempo real,
permitindo decisões mais rápidas.
Exemplo prático: uma clínica odontológica que implementou um controle
semanal de estoque reduziu em 18% o consumo de materiais e economizou R$
2.500 por mês. Outro exemplo é uma clínica de vacinas que renegociou contratos
de energia e reduziu o custo operacional anual em R$ 12 mil.
Dica prática: crie relatórios mensais comparando o CSV de cada procedimento
com o faturamento. Isso revela quais serviços devem ser promovidos, reajustados
ou descontinuados.
Conclusão
Compreender o Custo do Serviço Vendido (CSV) é o que separa clínicas
rentáveis de clínicas que apenas “se mantêm abertas”. Médicos e dentistas que
dominam esse conceito conseguem precificar corretamente, planejar com
segurança e investir com base em dados, não em intuição.
O CSV é, portanto, uma ferramenta de gestão financeira e estratégica — ele
revela onde o lucro se forma e onde ele se perde. Implementar seu cálculo e
acompanhamento contínuo é o primeiro passo para transformar a clínica em uma
empresa sustentável, lucrativa e preparada para crescer com segurança.
Controlar o CSV é, no fim das contas, cuidar da saúde financeira do próprio
negócio — com o mesmo zelo com que se cuida dos pacientes.
www.seniorgestao.com.br
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CSV na Saúde - Como Médicos e Dentistas Podem Usar o Custo do Serviço Vendido para Aumentar o Lucro e Evitar Prejuízos.pdf

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    CSV na Saúde:Como Médicos e Dentistas Podem Usar o Custo do Serviço Vendido para Aumentar o Lucro e Evitar Prejuízos Entenda como calcular e analisar o Custo do Serviço Vendido (CSV) para precificar corretamente seus atendimentos, reduzir desperdícios e melhorar a rentabilidade da sua clínica médica ou odontológica. 1. O Que é o CSV e Por Que Ele é Vital para Clínicas e Consultórios O Custo do Serviço Vendido (CSV) representa todos os gastos diretos envolvidos na execução de um serviço. No contexto da saúde, isso inclui materiais utilizados, tempo do profissional, despesas operacionais, impostos, comissões e insumos específicos de cada procedimento. Entender o CSV é essencial porque ele define o ponto de equilíbrio entre o preço cobrado e o custo real do atendimento — o que determina, na prática, o lucro ou prejuízo de cada consulta. Segundo levantamento da Senior Consultoria em Gestão Financeira para Saúde (2025), mais de 60% das clínicas médicas e odontológicas no Brasil não possuem controle do CSV por procedimento, o que leva a erros de precificação e margens negativas em atendimentos de alto volume. Em muitos casos, o profissional acredita estar lucrando, quando na verdade está apenas cobrindo custos fixos.
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    Exemplo prático: umdentista cobra R$ 300 por uma restauração, mas gasta R$ 190 com materiais, equipe de apoio e encargos. Isso significa que o lucro real é de apenas R$ 110, sem considerar tributos ou tempo de cadeira — margem extremamente baixa para manter o negócio saudável. Dica prática: crie uma planilha ou utilize um sistema de gestão que permita registrar o custo de cada insumo e serviço. Assim, será possível calcular com precisão o valor mínimo de venda que cobre custos e garante margem de lucro. 2. Como Calcular o CSV na Prática O cálculo do CSV segue uma lógica simples: CSV = Custos Diretos + Custos Variáveis. Custos diretos são aqueles diretamente ligados ao atendimento (materiais odontológicos, seringas, vacinas, EPIs, energia da sala, tempo da equipe). Já os custos variáveis englobam encargos, comissões, impostos sobre faturamento e taxas de cartão. Para chegar a um valor preciso, é fundamental separar custos fixos (aluguel, salários administrativos, softwares) dos custos variáveis, que se alteram conforme o volume de pacientes atendidos. O CSV, portanto, é um indicador dinâmico, que deve ser monitorado mensalmente. Clínicas que aplicam esse controle conseguem identificar quais procedimentos são realmente lucrativos e quais precisam de ajuste de preço. De acordo com dados da Associação Brasileira de Clínicas Odontológicas (ABCD, 2024), clínicas que passaram a calcular o CSV individualmente aumentaram em média 22% sua margem operacional no primeiro ano, apenas ajustando preços de serviços com baixa rentabilidade. Exemplo prático: em uma clínica de vacinas, o custo médio de aplicação de uma dose pode ser R$ 60 (vacina, seringa, equipe e descarte). Se o preço cobrado for R$ 80, o lucro é de R$ 20 por aplicação. Mas se a clínica negociar insumos em volume e reduzir o custo para R$ 50, o lucro sobe para R$ 30 — um aumento de 50% na margem. Dica prática: revise o CSV a cada trimestre, considerando reajustes de fornecedores e alterações tributárias. Pequenas variações nos custos podem impactar significativamente o lucro anual. 3. A Relação entre CSV, Precificação e Margem de Lucro Saber o CSV é apenas o primeiro passo; o segundo é precificar com base nele. Muitos médicos e dentistas cometem o erro de precificar com base em “média de
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    mercado”, sem considerarsua própria estrutura de custos. Essa prática compromete a competitividade e reduz a sustentabilidade financeira. O ideal é calcular o markup, que é o fator multiplicador aplicado sobre o CSV para formar o preço final, considerando margem de lucro e impostos. Por exemplo, se o CSV de um procedimento for R$ 200 e o markup definido for 2,2 (ou seja, lucro de 120% sobre o custo), o preço final será R$ 440. Essa metodologia garante que todos os custos estejam cobertos e o lucro planejado seja alcançado. Clínicas que aplicam precificação científica, baseada em dados financeiros, têm até 35% mais previsibilidade de caixa, segundo estudo da KPMG Healthcare Insights (2024). Exemplo prático: um médico que realiza consultas particulares a R$ 250 e descobre que seu CSV é R$ 180 (considerando hora médica, equipe, aluguel e sistemas) percebe que a margem líquida é de apenas R$ 70. Com essa informação, ele pode reajustar o preço para R$ 280 ou otimizar o tempo de consulta, mantendo a rentabilidade sem perder competitividade. Dica prática: sempre que lançar um novo serviço, simule o CSV antes de definir o preço final. Essa prática evita que promoções ou pacotes causem prejuízos disfarçados de “estratégia de marketing”. 4. Reduzindo o CSV e Aumentando a Lucratividade O CSV não serve apenas para precificar; ele é uma ferramenta poderosa para otimizar custos e melhorar a margem de lucro. Ao analisar detalhadamente cada componente do custo, o gestor pode renegociar contratos, eliminar desperdícios e ajustar o mix de serviços. Clínicas que controlam o CSV de forma estruturada costumam ter margens de lucro 25% maiores, segundo estudo da Senior Consultoria em Saúde (2025). Uma das estratégias mais eficazes é reduzir custos sem comprometer a qualidade. Isso pode ser feito com a compra coletiva de insumos, padronização de materiais e melhor gestão do estoque. Outra forma é aumentar o número de atendimentos por hora, diluindo os custos fixos. Além disso, integrar sistemas financeiros e operacionais ajuda a monitorar indicadores em tempo real, permitindo decisões mais rápidas. Exemplo prático: uma clínica odontológica que implementou um controle semanal de estoque reduziu em 18% o consumo de materiais e economizou R$ 2.500 por mês. Outro exemplo é uma clínica de vacinas que renegociou contratos de energia e reduziu o custo operacional anual em R$ 12 mil.
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    Dica prática: crierelatórios mensais comparando o CSV de cada procedimento com o faturamento. Isso revela quais serviços devem ser promovidos, reajustados ou descontinuados. Conclusão Compreender o Custo do Serviço Vendido (CSV) é o que separa clínicas rentáveis de clínicas que apenas “se mantêm abertas”. Médicos e dentistas que dominam esse conceito conseguem precificar corretamente, planejar com segurança e investir com base em dados, não em intuição. O CSV é, portanto, uma ferramenta de gestão financeira e estratégica — ele revela onde o lucro se forma e onde ele se perde. Implementar seu cálculo e acompanhamento contínuo é o primeiro passo para transformar a clínica em uma empresa sustentável, lucrativa e preparada para crescer com segurança. Controlar o CSV é, no fim das contas, cuidar da saúde financeira do próprio negócio — com o mesmo zelo com que se cuida dos pacientes. www.seniorgestao.com.br #GestaoFinanceira #CSVnaSaude #GestaoDeClinicas #SeniorConsultoria #GestaoOdontologica #GestaoMedica #Precificacao #LucroNaSaude #ClinicasDeSucesso #EmpreendedorismoNaSaude