GASTRONOMIA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL:
bases para a indução do desenvolvimento por meio da
integração, qualificação, valorização e promoção da
cultura alimentar local.
Autor:
Érlei José de Araújo
Orientador:
Prof. Dr. Leandro Pena Catão
• Inovação, Desenvolvimento Regional e a Inclusão
Social.
Área de concentração:
• Inovação e Desenvolvimento Regional
Linha de Pesquisa:
• Desenvolvimento regional. Gastronomia.
Empreendimentos gastronômicos. Agricultura familiar.
Eventos gastronômicos
Palavras chave:
“Ganhamos força, coragem
e confiança a cada
experiência em que
verdadeiramente paramos
para enfrentar o medo.”
Eleonor Roosevelt (Séc. XX)
Roteiro da apresentação
Conclusão
O modelo proposto: integrar, qualificar, valorizar e promover a cultura alimentar local
Organização produtiva em torno da gastronomia para o desenvolvimento regional
Crescimento e desenvolvimento: a evolução do pensamento econômico
Objetivo geral e objetivos específicos
OBJETIVO GERAL E OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Objetivo Geral
Identificar os atores envolvidos, diagnosticar a
situação socioeconômica utilizando uma
ferramenta de inteligência territorial e propor ação
de indução do desenvolvimento regional por meio
da metodologia integrar, empreender, qualificar e
promover a cultura alimentar de localidades de
Minas Gerais e do Brasil...
Objetivos Específicos
Identificar e qualificar os públicos de interesse;
Diagnosticar a situação socioeconômica local por meio de uma ferramenta de inteligência territorial;
Criar condições para que a proposta identifique sinergias entre os atores e parceiros, ampliando o efeito
multiplicador da geração de empregos, negócios e renda;
Resgatar e valorizar a cultura local;
Valorizar os produtos locais e qualificar os processos da produção gastronômica;
Fomentar o desenvolvimento regional integrado;
Estimular a integração dos agentes de produção local, incluindo a qualificação de produtores e
fornecedores;
Qualificar o empreendedor gastronômico e a força de trabalho local...
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO:
A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO
ECONÔMICO
Crescimento e desenvolvimento: a
evolução do pensamento econômico
No livro “A Riqueza das Nações”, 1776, de Adam Smith, o
autor destaca:
• “os bens necessários à vida e ao conforto provém do
trabalho anual da nação”;
• o crescimento econômico, via a divisão do trabalho, a
seria forma de ganhar eficiência no processo produtivo;
• a divisão do trabalho, além do ganho de escala, permitiria
um aumento na mão-de-obra ocupada, levando ao
incremento da renda da população e, no longo prazo, a
uma “redistribuição entre capital e o trabalho”.
Crescimento e desenvolvimento: a
evolução do pensamento econômico
Joseph Schumpeter (1911), trouxe a tona a diferença entre
os conceitos de crescimento e desenvolvimento:
• para o autor, o mero aumento da população e da riqueza
não pode ser caracterizado como desenvolvimento.
• atribui centralidade a figura do empreendedor no processo
de desenvolvimento, através da inovação tecnológica
constante e “educação” do consumidor.
• educar é fazer o consumidor “desejar novas coisas, ou
coisas que diferem de alguma forma daquelas que têm o
hábito de consumir”. (SCHUMPETER, 1997)
Crescimento e desenvolvimento: a
evolução do pensamento econômico
Idealizado pós Segunda Guerra Mundial, o modelo de
desenvolvimento econômico generalizado, base para aquele
debatido atualmente, era o objetivo dos planejadores econômicos.
Acreditava-se que o modelo desenvolvimentista a ser alcançado
era aquele submetido às leis de mercado e ditadas por altos
índices de produção industrial.
Indicadores relevantes acerca desse modelo tradicional de
desenvolvimento deveriam abarcar produção em escala (aço,
veículos, grãos, etc.). (ULTRAMARINE e DUARTE, 2009)
Crescimento e desenvolvimento: a
evolução do pensamento econômico
Após algumas décadas, o modelo dá sinais claros de geração de
riqueza, contudo com o aprofundamento da desigualdades sociais.
• “Hoje, os 20% dos seres humanos que vivem nos países mais
ricos consomem 86% dos bens produzidos pela humanidade. Os
20% que vivem nos países mais pobres não consomem mais do
que 1,3% do total. E o mais importante a observar foi a
acelerada tendência à concentração da renda e aumento da
pobreza verificada nas últimas décadas. Em 1960 a diferença de
renda entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres era de 30
para 1. Em 1995 essa diferença atinge a proporção de 82 para
1.”... (BAVA, 2003)
Crescimento e desenvolvimento: a
evolução do pensamento econômico
Diante desse cenário de disparidades socioeconômicas, surge a proposta do
chamado desenvolvimento local.
O modelo proposto incluiu a questão da territorialidade no âmago da
promoção do desenvolvimento.
A espacialidade passa a ser vista como fonte de vantagem competitiva a ser
explorada de maneira orquestrada, envolvendo os atores locais nas
dinâmicas do planejamento para a melhoria das condições de geração de
negócios, trabalho e renda da localidade. (PORTER, 1999)
Crescimento e desenvolvimento: a
evolução do pensamento econômico
Portanto, mais do que enveredar esforços na atração de uma “grande
empresa”, o poder público local deve investir energia e recursos na
melhoria do ambiente competitivo local.
Pesquisa da Fundação Rockefeller (EUA), concluiu que 95% dos novos
empregos gerados, surgem:
a partir do pequeno crescimento das
empresas já instaladas na localidade
de pessoas com iniciativas
empreendedoras que já moram na
região
ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA EM
TORNO DA GASTRONOMIA PARA O
DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Organização produtiva em torno da gastronomia
para o desenvolvimento regional
Gráfico 1- Comportamento do Fluxo Turístico Internacional - 2000-2012
Fonte: Organização Mundial do Turismo - OMT
Organização produtiva em torno da gastronomia
para o desenvolvimento regional
Gráfico 2 - Taxa de Crescimento do Turismo Mundial e da Economia
Fonte: Organização Mundial do Turismo - OMT e Fundo Monetário Internacional – FMI
Organização produtiva em torno da gastronomia
para o desenvolvimento regional
Turismo cultural: o turismo como alavanca do
desenvolvimento local
• Definição de turismo cultural, conforme a Conselho
Nacional de Turismo:
• “Turismo Cultural compreende as atividades
turísticas relacionadas à vivência do conjunto de
elementos significativos do patrimônio histórico e
cultural e dos eventos culturais, valorizando e
promovendo os bens materiais e imateriais da
cultura.”
O MODELO PROPOSTO: INTEGRAR,
QUALIFICAR, VALORIZAR E PROMOVER
A CULTURA ALIMENTAR LOCAL
Integrar, qualificar, valorizar e promover a
cultura alimentar local
A gastronomia está assumindo cada vez maior
importância como mais um produto para o
turismo cultural.
A busca das raízes culinárias e a forma de
entender a cultura de um lugar por meio de sua
gastronomia estão adquirindo importância cada
vez maior. (Schlüter, 2003)
Integrar, qualificar, valorizar e promover a
cultura alimentar local
O modelo proposto apresenta a
centralidade em dois atores:
•empreendimento gastronômico,
caracterizado principalmente pelos
restaurantes e bares;
•agricultor familiar local e os seus
produtos de transformação.
Integrar, qualificar, valorizar e promover a
cultura alimentar local
Integrar
Incluir no processo de capacitação os agricultores
familiares de forma a torná-los fornecedores
qualificados dos bares e restaurantes locais.
Parceiro potencial: Emater
Empreender
Proporcionar condições para que novos
empreendedores atuem, auxiliando na elaboração
de planos de negócio e formação para a gestão.
Parceiro potencial: SEBRAE
Qualificar
Capacitar os funcionários do empreendimento
gastronômico para a prestação do serviço com
qualidade e higiene.
Parceiros potenciais: SENAC e Universidades
Regionais
Promover
Planejar e realizar o evento gastronômico anual
para promoção da cultura gastronômica local.
Parceiros potenciais: Agência de Desenvolvimento
Econômico Local, Prefeitura e Empresariado.
Empreendimento
Gastronômico
+
Agricultura familiar
Integrar, qualificar, valorizar e promover a
cultura alimentar local
O Empreendimento Gastronômico
• Diante do desafio de superar as expectativas
e proporcionar a melhor experiência
gastronômica, o empreendedor
gastronômico, na figura do(s)seu(s)
proprietário(s), deve adotar medidas para
uma gestão mais eficiente e alinhada com as
necessidades e desejos dos visitantes.
Integrar, qualificar, valorizar e promover a
cultura alimentar local
Plano de Marketing
• faz parte do plano estratégico abrangente de
uma empresa;
• deve estar em perfeita sintonia com os
objetivos que forem estabelecidos pela alta
administração e com o que a empresa está
pensando em atingir em longo prazo. (Las
Casas, 1999)
Integrar, qualificar, valorizar e promover a
cultura alimentar local
Integrar, qualificar, valorizar e promover a
cultura alimentar local
O Agronegócio Familiar
• Apesar de bastante heterogêneo, o agronegócio familiar
responde por uma parcela expressiva do Produto Interno Bruto
– PIB, do agronegócio brasileiro.
• Interessante observar o quão ligado à cultura alimentar local
está o agronegócio familiar.
• Como não dispõe de recursos (tecnológicos, gerenciais e
logísticos) para atingir mercados distantes, acaba por produzir
para atender a demanda local...
Integrar, qualificar, valorizar e promover a
cultura alimentar local
Evolução do PIB do Brasil e do agronegócio familiar, com sua respectiva participação
total nacional, entre 1995 e 2005.
Fonte: Guilhoto, et al., 2007.
Integrar, qualificar, valorizar e promover a
cultura alimentar local
Culminância
do modelo:
Festival
Gastronômico
Para Riccetto (2013), “..., os
festivais gastronômicos são
excelentes “ferramentas”
técnicas para o incremento
da atividade turística de
uma localidade.”.
Os festivais gastronômicos
possibilitam:
Promoção do próprio destino turístico;
Resgate e divulgação da cultura local
(dança, artesanato, folclore, etc.);
Aquecimento das vendas do comércio e
artesanato local;
Aumento pela procura dos meios de
hospedagem...
Integrar, qualificar, valorizar e promover a
cultura alimentar local
O projeto do festival deve conter informações
sobre:
• Contexto do festival - sua proposta e potenciais benefícios;
• Justificativa - motivo pelo qual se deve investir no evento;
• Objetivo – demonstração clara do que será feito;
• Escopo – detalhamento do que será feito para atingir o
objetivo.
• Cronograma – detalhamento das ações, prazo e responsáveis.
• Investimento – recursos necessários para viabilizar o projeto.
• Equipe – planejadores do projeto...
CONCLUSÃO
Conclusão
A metodologia ora proposta visa cumprir o papel de auxiliar na
construção e execução de ações de transformação da realidade
local, tornando a comunidade autora da própria história.
Fator crítico de sucesso é selecionar atividade econômica
aderente ao contexto da comunidade.
A atividade selecionada deve ser capaz de envolver a localidade,
ser familiar e, principalmente, ter o potencial para ser utilizada
como indutora do plano de desenvolvendo.
Conclusão
Apesar da metodologia se aplicar a uma série de outras
atividades econômicas, a opção pela gastronomia se
justifica pela particularidade e reconhecimento da
mesma no estado de Minas Gerais.
Atenção especial deve ser dada aos parceiros
responsáveis pela profissionalização dos serviços nos
empreendimentos gastronômicos e qualificadores do
agronegócio familiar.
Conclusão
Outro aspecto relevante é o de garantir a
continuidade do plano de desenvolvimento ao
longo das próximas gerações.
Portanto, o estímulo ao espírito empreendedor,
através da identificação de oportunidades de
negócios é fundamental para a formação da
próxima geração de empreendedores...
Conclusão
O evento gastronômico não é um fim em si mesmo, mas o
fechamento de um ciclo de ações planejadas, abrindo
caminho para o ciclo seguinte, a ser realizado com base na
avaliação daquele que se encerrou.
Diante disso, a avaliação pós-evento se torna o início formal
do planejamento do evento seguinte, tudo feito com o
propósito único de gerar oportunidades de emprego,
trabalho, negócios e renda, melhorando a qualidade de
vida de localidades e regiões.
Conclusão
Esperar que a transformação socioeconômica local aconteça por mera obra
do acaso ou aguardar que outras esferas de governo e da sociedade ajam,
não parece a melhor opção.
Por isso, compreender a dinâmica por trás de uma atividade econômica,
auxiliará na realização de ações de desenvolvimento integradoras,
qualificadoras e empreendedoras.
Nada melhor que agir em face de algo conhecido e reconhecido como
atividade econômica de um povo. Nada melhor que transformar a
realidade, melhorando a qualidade de vida, fazendo da cultura alimentar a
mola propulsora para uma sociedade mais justa e igualitária.
Dúvidas?

GASTRONOMIA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL: bases para a indução do desenvolvimento por meio da integração, qualificação, valorização e promoção da cultura alimentar local.

  • 1.
    GASTRONOMIA E DESENVOLVIMENTOREGIONAL: bases para a indução do desenvolvimento por meio da integração, qualificação, valorização e promoção da cultura alimentar local. Autor: Érlei José de Araújo Orientador: Prof. Dr. Leandro Pena Catão
  • 2.
    • Inovação, DesenvolvimentoRegional e a Inclusão Social. Área de concentração: • Inovação e Desenvolvimento Regional Linha de Pesquisa: • Desenvolvimento regional. Gastronomia. Empreendimentos gastronômicos. Agricultura familiar. Eventos gastronômicos Palavras chave:
  • 3.
    “Ganhamos força, coragem econfiança a cada experiência em que verdadeiramente paramos para enfrentar o medo.” Eleonor Roosevelt (Séc. XX)
  • 4.
    Roteiro da apresentação Conclusão Omodelo proposto: integrar, qualificar, valorizar e promover a cultura alimentar local Organização produtiva em torno da gastronomia para o desenvolvimento regional Crescimento e desenvolvimento: a evolução do pensamento econômico Objetivo geral e objetivos específicos
  • 5.
    OBJETIVO GERAL EOBJETIVOS ESPECÍFICOS
  • 6.
    Objetivo Geral Identificar osatores envolvidos, diagnosticar a situação socioeconômica utilizando uma ferramenta de inteligência territorial e propor ação de indução do desenvolvimento regional por meio da metodologia integrar, empreender, qualificar e promover a cultura alimentar de localidades de Minas Gerais e do Brasil...
  • 7.
    Objetivos Específicos Identificar equalificar os públicos de interesse; Diagnosticar a situação socioeconômica local por meio de uma ferramenta de inteligência territorial; Criar condições para que a proposta identifique sinergias entre os atores e parceiros, ampliando o efeito multiplicador da geração de empregos, negócios e renda; Resgatar e valorizar a cultura local; Valorizar os produtos locais e qualificar os processos da produção gastronômica; Fomentar o desenvolvimento regional integrado; Estimular a integração dos agentes de produção local, incluindo a qualificação de produtores e fornecedores; Qualificar o empreendedor gastronômico e a força de trabalho local...
  • 8.
    CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO: AEVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO
  • 9.
    Crescimento e desenvolvimento:a evolução do pensamento econômico No livro “A Riqueza das Nações”, 1776, de Adam Smith, o autor destaca: • “os bens necessários à vida e ao conforto provém do trabalho anual da nação”; • o crescimento econômico, via a divisão do trabalho, a seria forma de ganhar eficiência no processo produtivo; • a divisão do trabalho, além do ganho de escala, permitiria um aumento na mão-de-obra ocupada, levando ao incremento da renda da população e, no longo prazo, a uma “redistribuição entre capital e o trabalho”.
  • 10.
    Crescimento e desenvolvimento:a evolução do pensamento econômico Joseph Schumpeter (1911), trouxe a tona a diferença entre os conceitos de crescimento e desenvolvimento: • para o autor, o mero aumento da população e da riqueza não pode ser caracterizado como desenvolvimento. • atribui centralidade a figura do empreendedor no processo de desenvolvimento, através da inovação tecnológica constante e “educação” do consumidor. • educar é fazer o consumidor “desejar novas coisas, ou coisas que diferem de alguma forma daquelas que têm o hábito de consumir”. (SCHUMPETER, 1997)
  • 11.
    Crescimento e desenvolvimento:a evolução do pensamento econômico Idealizado pós Segunda Guerra Mundial, o modelo de desenvolvimento econômico generalizado, base para aquele debatido atualmente, era o objetivo dos planejadores econômicos. Acreditava-se que o modelo desenvolvimentista a ser alcançado era aquele submetido às leis de mercado e ditadas por altos índices de produção industrial. Indicadores relevantes acerca desse modelo tradicional de desenvolvimento deveriam abarcar produção em escala (aço, veículos, grãos, etc.). (ULTRAMARINE e DUARTE, 2009)
  • 12.
    Crescimento e desenvolvimento:a evolução do pensamento econômico Após algumas décadas, o modelo dá sinais claros de geração de riqueza, contudo com o aprofundamento da desigualdades sociais. • “Hoje, os 20% dos seres humanos que vivem nos países mais ricos consomem 86% dos bens produzidos pela humanidade. Os 20% que vivem nos países mais pobres não consomem mais do que 1,3% do total. E o mais importante a observar foi a acelerada tendência à concentração da renda e aumento da pobreza verificada nas últimas décadas. Em 1960 a diferença de renda entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres era de 30 para 1. Em 1995 essa diferença atinge a proporção de 82 para 1.”... (BAVA, 2003)
  • 13.
    Crescimento e desenvolvimento:a evolução do pensamento econômico Diante desse cenário de disparidades socioeconômicas, surge a proposta do chamado desenvolvimento local. O modelo proposto incluiu a questão da territorialidade no âmago da promoção do desenvolvimento. A espacialidade passa a ser vista como fonte de vantagem competitiva a ser explorada de maneira orquestrada, envolvendo os atores locais nas dinâmicas do planejamento para a melhoria das condições de geração de negócios, trabalho e renda da localidade. (PORTER, 1999)
  • 14.
    Crescimento e desenvolvimento:a evolução do pensamento econômico Portanto, mais do que enveredar esforços na atração de uma “grande empresa”, o poder público local deve investir energia e recursos na melhoria do ambiente competitivo local. Pesquisa da Fundação Rockefeller (EUA), concluiu que 95% dos novos empregos gerados, surgem: a partir do pequeno crescimento das empresas já instaladas na localidade de pessoas com iniciativas empreendedoras que já moram na região
  • 15.
    ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA EM TORNODA GASTRONOMIA PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL
  • 16.
    Organização produtiva emtorno da gastronomia para o desenvolvimento regional Gráfico 1- Comportamento do Fluxo Turístico Internacional - 2000-2012 Fonte: Organização Mundial do Turismo - OMT
  • 17.
    Organização produtiva emtorno da gastronomia para o desenvolvimento regional Gráfico 2 - Taxa de Crescimento do Turismo Mundial e da Economia Fonte: Organização Mundial do Turismo - OMT e Fundo Monetário Internacional – FMI
  • 18.
    Organização produtiva emtorno da gastronomia para o desenvolvimento regional Turismo cultural: o turismo como alavanca do desenvolvimento local • Definição de turismo cultural, conforme a Conselho Nacional de Turismo: • “Turismo Cultural compreende as atividades turísticas relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura.”
  • 19.
    O MODELO PROPOSTO:INTEGRAR, QUALIFICAR, VALORIZAR E PROMOVER A CULTURA ALIMENTAR LOCAL
  • 20.
    Integrar, qualificar, valorizare promover a cultura alimentar local A gastronomia está assumindo cada vez maior importância como mais um produto para o turismo cultural. A busca das raízes culinárias e a forma de entender a cultura de um lugar por meio de sua gastronomia estão adquirindo importância cada vez maior. (Schlüter, 2003)
  • 21.
    Integrar, qualificar, valorizare promover a cultura alimentar local O modelo proposto apresenta a centralidade em dois atores: •empreendimento gastronômico, caracterizado principalmente pelos restaurantes e bares; •agricultor familiar local e os seus produtos de transformação.
  • 22.
    Integrar, qualificar, valorizare promover a cultura alimentar local Integrar Incluir no processo de capacitação os agricultores familiares de forma a torná-los fornecedores qualificados dos bares e restaurantes locais. Parceiro potencial: Emater Empreender Proporcionar condições para que novos empreendedores atuem, auxiliando na elaboração de planos de negócio e formação para a gestão. Parceiro potencial: SEBRAE Qualificar Capacitar os funcionários do empreendimento gastronômico para a prestação do serviço com qualidade e higiene. Parceiros potenciais: SENAC e Universidades Regionais Promover Planejar e realizar o evento gastronômico anual para promoção da cultura gastronômica local. Parceiros potenciais: Agência de Desenvolvimento Econômico Local, Prefeitura e Empresariado. Empreendimento Gastronômico + Agricultura familiar
  • 23.
    Integrar, qualificar, valorizare promover a cultura alimentar local O Empreendimento Gastronômico • Diante do desafio de superar as expectativas e proporcionar a melhor experiência gastronômica, o empreendedor gastronômico, na figura do(s)seu(s) proprietário(s), deve adotar medidas para uma gestão mais eficiente e alinhada com as necessidades e desejos dos visitantes.
  • 24.
    Integrar, qualificar, valorizare promover a cultura alimentar local Plano de Marketing • faz parte do plano estratégico abrangente de uma empresa; • deve estar em perfeita sintonia com os objetivos que forem estabelecidos pela alta administração e com o que a empresa está pensando em atingir em longo prazo. (Las Casas, 1999)
  • 25.
    Integrar, qualificar, valorizare promover a cultura alimentar local
  • 26.
    Integrar, qualificar, valorizare promover a cultura alimentar local O Agronegócio Familiar • Apesar de bastante heterogêneo, o agronegócio familiar responde por uma parcela expressiva do Produto Interno Bruto – PIB, do agronegócio brasileiro. • Interessante observar o quão ligado à cultura alimentar local está o agronegócio familiar. • Como não dispõe de recursos (tecnológicos, gerenciais e logísticos) para atingir mercados distantes, acaba por produzir para atender a demanda local...
  • 27.
    Integrar, qualificar, valorizare promover a cultura alimentar local Evolução do PIB do Brasil e do agronegócio familiar, com sua respectiva participação total nacional, entre 1995 e 2005. Fonte: Guilhoto, et al., 2007.
  • 28.
    Integrar, qualificar, valorizare promover a cultura alimentar local Culminância do modelo: Festival Gastronômico Para Riccetto (2013), “..., os festivais gastronômicos são excelentes “ferramentas” técnicas para o incremento da atividade turística de uma localidade.”. Os festivais gastronômicos possibilitam: Promoção do próprio destino turístico; Resgate e divulgação da cultura local (dança, artesanato, folclore, etc.); Aquecimento das vendas do comércio e artesanato local; Aumento pela procura dos meios de hospedagem...
  • 29.
    Integrar, qualificar, valorizare promover a cultura alimentar local O projeto do festival deve conter informações sobre: • Contexto do festival - sua proposta e potenciais benefícios; • Justificativa - motivo pelo qual se deve investir no evento; • Objetivo – demonstração clara do que será feito; • Escopo – detalhamento do que será feito para atingir o objetivo. • Cronograma – detalhamento das ações, prazo e responsáveis. • Investimento – recursos necessários para viabilizar o projeto. • Equipe – planejadores do projeto...
  • 30.
  • 31.
    Conclusão A metodologia oraproposta visa cumprir o papel de auxiliar na construção e execução de ações de transformação da realidade local, tornando a comunidade autora da própria história. Fator crítico de sucesso é selecionar atividade econômica aderente ao contexto da comunidade. A atividade selecionada deve ser capaz de envolver a localidade, ser familiar e, principalmente, ter o potencial para ser utilizada como indutora do plano de desenvolvendo.
  • 32.
    Conclusão Apesar da metodologiase aplicar a uma série de outras atividades econômicas, a opção pela gastronomia se justifica pela particularidade e reconhecimento da mesma no estado de Minas Gerais. Atenção especial deve ser dada aos parceiros responsáveis pela profissionalização dos serviços nos empreendimentos gastronômicos e qualificadores do agronegócio familiar.
  • 33.
    Conclusão Outro aspecto relevanteé o de garantir a continuidade do plano de desenvolvimento ao longo das próximas gerações. Portanto, o estímulo ao espírito empreendedor, através da identificação de oportunidades de negócios é fundamental para a formação da próxima geração de empreendedores...
  • 34.
    Conclusão O evento gastronômiconão é um fim em si mesmo, mas o fechamento de um ciclo de ações planejadas, abrindo caminho para o ciclo seguinte, a ser realizado com base na avaliação daquele que se encerrou. Diante disso, a avaliação pós-evento se torna o início formal do planejamento do evento seguinte, tudo feito com o propósito único de gerar oportunidades de emprego, trabalho, negócios e renda, melhorando a qualidade de vida de localidades e regiões.
  • 35.
    Conclusão Esperar que atransformação socioeconômica local aconteça por mera obra do acaso ou aguardar que outras esferas de governo e da sociedade ajam, não parece a melhor opção. Por isso, compreender a dinâmica por trás de uma atividade econômica, auxiliará na realização de ações de desenvolvimento integradoras, qualificadoras e empreendedoras. Nada melhor que agir em face de algo conhecido e reconhecido como atividade econômica de um povo. Nada melhor que transformar a realidade, melhorando a qualidade de vida, fazendo da cultura alimentar a mola propulsora para uma sociedade mais justa e igualitária.
  • 36.