1/23
Definição do determinante
Propriedades do determinante
Determinante e matriz inversa
Referências
DETERMINANTES
(a consulta a estas notas de aula não dispensa a leitura da bibliografia de referência)
Prof. Ricardo Saldanha de Morais
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Departamento de Matemática (http://www.dm.cefetmg.br)
II semestre de 2021
2/23
Definição do determinante
Propriedades do determinante
Determinante e matriz inversa
Referências
Sumário
1 Definição do determinante
2 Propriedades do determinante
3 Determinante e matriz inversa
4 Referências
3/23
Definição do determinante
Propriedades do determinante
Determinante e matriz inversa
Referências
Definição do determinante
Determinantes são úteis na resolução de sistemas lineares, na caracte-
rização de matrizes invertı́veis e no processo de mudança de variáveis
em integrais, entre outras aplicações.
O determinante pode ser visto como uma função cuja entrada é uma
matriz quadrada e cuja saı́da é um número real.
Denotamos o determinante de uma matriz quadrada A = (aij)n×n
por
det A, ou por det(A).
Definição (Determinante de matrizes 1 × 1 e 2 × 2)
(i) det [ a11 ] = a11 ,
(ii) det [
a11 a12
a21 a22
] = a11a22 − a21a12.
Exemplo 1
Se M = [
−5 −2
3 8
], então det(M) = (−5) ⋅ 8 − 3 ⋅ (−2) = −40 + 6 = −34.
4/23
Definição do determinante
Propriedades do determinante
Determinante e matriz inversa
Referências
Dada uma matriz A = (aij)n×n
, o menor do elemento do elemento aij,
denotado por Ãij, é a submatriz (n−1)×(n−1) de A obtida eliminando-
se a i-ésima linha e j-ésima coluna de A:
̃
Aij =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
a11 ⋯ a1j ⋯ a1n
⋮ ⋮ ⋮
aij ⋯ aij ⋯ ain
⋮ ⋮ ⋮
an1 ⋯ anj ⋯ ann
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
.
Exemplo 2
Seja B =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
1 2 3 1
3 2 1 2
0 0 −3 −4
0 5 0 −6
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
. Os menores associados a b11, b21 e b43 são
̃
B11 =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
2 1 2
0 −3 −4
5 0 −6
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
, ̃
B21 =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
2 3 1
0 −3 −4
5 0 −6
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
e ̃
B43 =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
1 2 1
3 2 2
0 0 −4
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
.
5/23
Definição do determinante
Propriedades do determinante
Determinante e matriz inversa
Referências
Seja A = (aij)3×3
. O cofator do elemento aij é definido por
ãij = (−1)
i+j
det( ̃
Aij).
Cabe observar que ̃
Aij é uma matriz 2 × 2.
Exemplo 3
Seja E =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
3 0 −3
1 −2 2
0 2 1
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
.
O cofator do elemento e22 é
ẽ22 = (−1)
2+2
det [
3 −3
0 1
] = 1 ⋅ (3 ⋅ 1 − 0 ⋅ (−3)) = 3.
O cofator de e32 é
ẽ32 = (−1)
3+2
det [
3 −3
1 2
] = (−1) ⋅ (3 ⋅ 2 − 1 ⋅ (−3)) = −9.
Definição (Determinante de matrizes 3 × 3)
Seja A = (aij)3×3
. O determinante de A é
det(A) = ai1 ⋅ ãi1 + ai2 ⋅ ãi2 + ai3 ⋅ ãi3 , (1)
em que i é o ı́ndice de uma linha qualquer de A, i = 1, 2, 3.
Pode-se provar que o determinante está bem definido, isto é, o resultado
da fórmula (1) não depende da escolha da linha.
Exemplo 4
Calcule det(G), em que G =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
1 2 3
0 1 2
1 1 2
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
.
Solução: Escolhendo a 2
a
¯ linha, obtemos
det(G) = 0 ⋅ g̃21 + 1 ⋅ g̃22 + 2 ⋅ g̃23
= 1 ⋅ {(−1)
2+2
det [
1 3
1 2
]} + 2 ⋅ {(−1)
2+3
det [
1 2
1 1
]}
= 1 ⋅ 1 ⋅ (1 ⋅ 2 − 1 ⋅ 3) + 2 ⋅ (−1)(1 ⋅ 1 − 1 ⋅ 2) = −1 + 2 = 1.
Pela 1
a
¯ ou 3
a
¯ linha, chegarı́amos ao mesmo resultado (confira!).
6/23
7/23
Definição do determinante
Propriedades do determinante
Determinante e matriz inversa
Referências
Suponhamos que sabemos calcular o determinante de matrizes de di-
mensões (n − 1) × (n − 1).
Definição (Determinante de matrizes n × n)
Seja A = (aij)n×n
. O cofator do elemento aij é definido por
ãij = (−1)
i+j
det(Ãij).
O determinante de A é definido por
det(A) = ai1 ⋅ ãi1 + ai2 ⋅ ãi2 + ⋯ + ain ⋅ ãin , (2)
em que i é o ı́ndice de uma linha qualquer de A, i = 1, ⋯, n.
Convém observar que Ãij é uma matriz (n − 1) × (n − 1).
É possı́vel demonstrar que o determinante está bem definido, isto é, o
resultado da expressão (2) independe da escolha da linha.
A fórmula (2) é chamada desenvolvimento em cofatores do deter-
minante de A em termos da i-ésima linha.
8/23
Definição do determinante
Propriedades do determinante
Determinante e matriz inversa
Referências
Exemplo 5
Calcule det(F), em que F =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
1 2 3 4
0 1 2 0
0 0 0 3
1 1 2 1
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
.
Solução: Como o determinante independe da escolha da linha, escolhemos
a linha com mais zeros. Pela 3
a
¯ linha, temos
det(F) = 0 ⋅ ˜
f31 + 0 ⋅ ˜
f32 + 0 ⋅ ˜
f33 + 3 ⋅ ˜
f34 = 3 ⋅ ˜
f34
= 3 ⋅ {(−1)
3+4
det(F̃34)} ,
em que F̃34 =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
1 2 3
0 1 2
1 1 2
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
. A matriz F̃34 coincide com a matriz G do
exemplo anterior. Vimos que det(G) = 1. Logo,
det(F) = 3 ⋅ (−1) ⋅ 1 = −3.
Quando uma matriz tem poucos zeros, o cálculo do determinante pela
definição pode ser bastante trabalhoso.
9/23
Definição do determinante
Propriedades do determinante
Determinante e matriz inversa
Referências
Propriedades do determinante
Regra de Sarrus
Se A = (aij)3×3
, repetimos as duas primeiras colunas de A, à direita da
disposição original dos elementos, conforme a figura
O determinante é a soma dos produtos ao longo das diagonais indicadas por
linhas cheias menos a soma dos produtos ao longo das diagonais tracejadas:
det(A) = (a11 ⋅ a22 ⋅ a33 + a12 ⋅ a23 ⋅ a31 + a13 ⋅ a21 ⋅ a32)
− (a31 ⋅ a22 ⋅ a13 + a32 ⋅ a23 ⋅ a11 + a33 ⋅ a21 ⋅ a12).
O resultado acima é válido somente para o cálculo do determinante de
matrizes 3 × 3.
Definição (Matriz triangular)
Uma matriz triangular é uma matriz quadrada tal que os elementos situ-
ados acima, ou abaixo, da diagonal principal são todos nulos.
Exemplo 6 (Matrizes triangulares)
C =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
2 −1 0
0 −1
√
2
0 0 3
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
ÍÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÑÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÏ
triangular superior
, K =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
2 0 0 0
1 −1 0 0
π 2 2 0
1 0 5 4
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
ÍÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÑÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÏ
triangular inferior
, I3 =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
1 0 0
0 1 0
0 0 1
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
.
Teorema (Determinantes de matrizes triangulares)
O determinante de uma matriz triangular coincide com o produto dos ele-
mentos da diagonal principal.
Exemplo 7
Em relação às matrizes do exemplo anterior, temos
det(C) = 2⋅(−1)⋅3 = −6, det(K) = 2⋅(−1)⋅2⋅4 = −16 e det(I3) = 1⋅1⋅1 = 1.
10/23
Dada uma matriz com nenhum ou poucos elementos nulos, é possı́vel re-
lacionar o cálculo de seu determinante com o determinante duma matriz
triangular?
Propriedades do determinante (Parte I)
Sejam A e B matrizes n × n. Então,
P1 Se A tem uma linha nula, det(A) = 0;
P2 det(A) = det(A
t
);
P3 det(AB) = det(A) det(B).
Exemplo 8
Calcule o determinante de E =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
0 5 4
1 3 2
0 9 −8
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
.
Solução: Como det(E) = det(E
t
), podemos escolher colunas também para
calcular o determinante. Entre todas as linhas e colunas, a 1
a
¯ coluna possui
mais zero. Daı́, pela 1
a
¯ coluna, encontramos
det(E) = 0 ⋅ ẽ11 + 1 ⋅ ẽ21 + 0 ⋅ ẽ31 = 1 ⋅ {(−1)
2+1
det [
5 4
9 −8
]} = 76.
11/23
A propriedade P2 implica que todos os resultados que se referem a linhas
são válidos com relação a colunas.
Exemplo 9
Sejam M e N matrizes n × n tais que det(M) = −2 e det(N) = 3. Calcule
det(NM
t
).
Solução:
Temos que det(NM
t
)
P3
= det(N) det(M
t
)
P2
= det(N) det(M) = 3 ⋅ (−2) = −6.
Propriedades do determinante (Parte II)
P4 Sejam A e B matrizes n × n. Se B é obtida de A multiplicando-se uma
linha por um escalar α então det(B) = α det(A);
Exemplo 10
Seja A = [
−2 5
1 2
]. Assim, det(A) = (−2) ⋅ 2 − 1 ⋅ 5 = −9.
Seja B a matriz obtida de A por meio da operação elementar 3L2 → L2,
isto é, B = [
−2 5
3 6
].
Temos que det(B) = (−2) ⋅ 6 − 3 ⋅ 5 = −27. Ou seja, det(B) = 3 det(A).
12/23
13/23
Definição do determinante
Propriedades do determinante
Determinante e matriz inversa
Referências
Propriedades do determinante (Parte III)
P5 Sejam A e B matrizes n × n. Se B resulta de A pela troca da posição
relativa de duas linhas então det(B) = − det(A).
Exemplo 11
Seja a matriz A = [
−2 5
1 2
] do exemplo anterior. Sabemos que
det(A) = −9.
Consideremos agora a matriz B obtida de A através da operação ele-
mentar L1 ↔ L2, isto é, B = [
1 2
−2 5
].
Daı́, det(B) = 1 ⋅ 5 − (−2) ⋅ 2 = 9. Ou seja, det(B) = − det(A).
Propriedades do determinante (Parte IV)
P6 Sejam A e B matrizes n × n. Se B é obtida de A substituindo a linha
i por ela somada a um múltiplo escalar de uma linha j, i ≠ j, então
det(B) = det(A).
Exemplo 12
Seja A = [
−2 5
1 2
] (mesma matriz do último exemplo). Já vimos que
det(A) = −9.
Seja B obtida de A por meio da operação elementar (−5) L2 + L1 → L1,
isto é, B = [
−7 −5
1 2
].
Logo, det(B) = (−7) ⋅ 2 − 1 ⋅ (−5) = −9. Ou seja, det(B) = det(A).
Exemplo 13
Seja A =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
0 2 −4 5
3 0 −3 6
2 4 5 7
5 −1 −3 1
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
. Calcule o determinante da matriz A usando
operações elementares para “transformá-la” em uma matriz triangular.
Solução:
A =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
0 2 −4 5
3 0 −3 6
2 4 5 7
5 −1 −3 1
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
L1 ↔ L2
B =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
3 0 −3 6
0 2 −4 5
2 4 5 7
5 −1 −3 1
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
(1/3) L1 → L1
14/23
15/23
Definição do determinante
Propriedades do determinante
Determinante e matriz inversa
Referências
Exemplo 13 (cont.)
C =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
1 0 −1 2
0 2 −4 5
2 4 5 7
5 −1 −3 1
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
(−2) L1 + L3 → L3
(−5) L1 + L4 → L4
D =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
1 0 −1 2
0 2 −4 5
0 4 7 3
0 −1 2 −9
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
L2 ↔ L4
E =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
1 0 −1 2
0 −1 2 −9
0 4 7 3
0 2 −4 5
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
4 L2 + L3 → L3
2 L2 + L4 → L4
F =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
1 0 −1 2
0 −1 2 −9
0 0 15 −33
0 0 0 −13
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
ÍÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÑÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÏ
matriz triangular
Temos que det(F) = 1 ⋅ (−1) ⋅ 15 ⋅ (−13) = 195. Além disso,
(i) det(F)
P6
= det(E),
(ii) det(E)
P5
= − det(D),
(iii) det(D)
P6
= det(C),
(iv) det(C)
P4
=
1
3
det(B) e
(v) det(B)
P5
= − det(A) .
16/23
Definição do determinante
Propriedades do determinante
Determinante e matriz inversa
Referências
Exemplo 13 (cont.)
Logo,
det(A) = − det(B) = −3 det(C) = −3 det(D) = 3 det(E) = 3 det(F)
e portanto det(A) = 3 ⋅ 195 = 585.
Corolário 1
Se A = (aij)n×n
é invertı́vel, então
det (A
−1
) =
1
det(A)
.
Prova: Temos que A A
−1
= In. Assim, pela propriedade P3,
det (A A
−1
) = det(In) ⟺ det(A) det (A
−1
) = 1.
Portanto, det (A
−1
) =
1
det(A)
.
Corolário 2
Sejam A uma matriz n × n e α ∈ R. Então det (α A) = α
n
det(A) .
Prova:
det (α A) = det (α In A)
P3
= det (α In) det (A)
= det
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
α 0 ⋯ 0
0 α ⋯ 0
⋮ ⋮ ⋱ ⋮
0 0 ⋯ α
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
det(A)
= α
n
det(A) .
Corolário 3
Se A = (aij)n×n
tem duas linhas iguais, então det(A) = 0.
Prova: Sejam i e j as linhas iguais de A. Seja B a matriz obtida de A pela
aplicação da operação elementar Li ↔ Lj. Pela propriedade P5,
det(B) = − det(A).
Mas A = B. Portanto, det(A) = − det(A) ⇔ 2 det(A) = 0 ⇔ det(A) = 0.
17/23
Exemplo 14
A matriz E =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
−2 0 0 0
2 −2 0 0
0 3 2 0
−1 5 4 3
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
foi obtida de A = (aij)4×4
através da
sequência de operações elementares:
troca da linha L2 pela linha L4,
multiplicação da linha L3 por 3,
substituição da linha L2 por (−1) L4 + L2,
substituição da linha L1 por 2 L4 + L1.
Calcule det (
√
2 A
t
A
−2
).
Solução:
Como não conhecemos os elementos da matriz A, de imediato, e o determi-
nante de E é fácil de ser calculado, vamos expressar o determinante de A
em termos do determinante de E.
Sejam B, C e D as matrizes resultantes das aplicações das três pri-
meiras operações relacionadas acima no seguinte sentido:
A
L2↔L4
−
−
−
−
−
−
−
−
−
→ B
3 L3→L3
−
−
−
−
−
−
−
−
−
−
→ C
(−1) L4+L2→L2
−
−
−
−
−
−
−
−
−
−
−
→ D
2 L4+L1→L1
−
−
−
−
−
−
−
−
−
−
→ E.
18/23
Exemplo 14 (cont.)
Então,
(i) det(B)
P5
= − det(A),
(ii) det(C)
P4
= 3 det(B),
(iii) det(D)
P6
= det(C) e
(iv) det(E)
P6
= det(D) .
Assim,
det(A) = − det(B) = −
1
3
det(C) = −
1
3
det(D) = −
1
3
det(E)
= (−
1
3
) ⋅ (−2) ⋅ (−2) ⋅ 2 ⋅ 3 = −8
e, por isso,
det (
√
2 A
t
A
−2
)
P3
= det (
√
2 A
t
) det ((A
−1
)
2
)
Cor. 2
= (
√
2)
4
det (A
t
) (det (A
−1
))
2
Cor. 1
= 4 det(A) (
1
det(A)
)
2
= 4
1
det(A)
= 4 (−
1
8
) = −
1
2
.
19/23
20/23
Definição do determinante
Propriedades do determinante
Determinante e matriz inversa
Referências
Exemplo 15
Utilize operações elementares para simplificar e calcular o determinante de
P =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
11 12 −19 18
18 19 −47 46
5 6 −96 95
3 4 −21 20
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
.
Solução:
Neste caso, aplicando operações elementares às colunas, é possı́vel chegar a
uma matriz com duas colunas iguais:
P =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
11 12 −19 18
18 19 −47 46
5 6 −96 95
3 4 −21 20
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
(−1) C2 + C1 → C1
C4 + C3 → C3
Q =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
−1 12 −1 18
−1 19 −1 46
−1 6 −1 95
−1 4 −1 20
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
.
Pelas propriedades P2 e P6, det(P) = det(Q). Como Q tem duas colunas
iguais, det(Q) = 0 (Cor. 3 + P2). Logo, det(P) = 0.
Determinante e matriz inversa
Teorema (Determinante e matriz inversa)
Seja A uma matriz n × n. Então, A é invertı́vel se, e somente se, det(A) ≠ 0.
Prova:
Seja R a forma escalonada reduzida de A. Então,
(i) R = In ou R tem uma linha nula e
(ii) A é invertı́vel se e somente se R = In.
Como R pode ser obtida de A por meio de uma sequência de operações
elementares,
det(A) = α det(R) para algum α ∈ R não nulo.
Daı́,
(iii) det(A) ≠ 0 se e somente se det(R) ≠ 0.
Segue dos fatos (i), (ii) e (iii) que A é invertı́vel se, e somente se, det(A) ≠ 0.
Equivalentemente, A não é invertı́vel se, e somente se, det(A) = 0.
21/23
Corolário
Seja A uma matriz n × n. O sistema homogêneo AX = 0̄ admite somente a
solução trivial se se somente se det(A) ≠ 0.
Equivalentemente, o sistema homogêneo AX = 0̄ possui solução não
trivial (i.e., infinitas soluções) se, e somente se, det(A) = 0.
Exemplo 16
Determine os valores de λ ∈ R para os quais o sistema linear homogêneo
(K − λI3)X = 0̄ admite solução não trivial, em que K =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
−2 0 0
−1 3 0
√
5 2 −2
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
.
Solução:
De acordo com o corolário acima, (K − λI3)X = 0̄ tem infinitas soluções se
e somente se det(K − λI3) = 0. Temos que
K − λI3 =
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
−2 0 0
−1 3 0
√
5 2 −2
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
− λ
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
1 0 0
0 1 0
0 0 1
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
=
⎡
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
−2 − λ 0 0
−1 3 − λ 0
√
5 2 −2 − λ
⎤
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
ÍÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÑÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÏ
matriz triangular
.
Assim, det (K − λIn) = (−2−λ)(3−λ)(−2−λ) = (2+λ)
2
(3−λ) e, portanto,
det (K − λIn) = 0 ⟺ λ = −2 ou λ = 3.
22/23
23/23
Definição do determinante
Propriedades do determinante
Determinante e matriz inversa
Referências
Referências
SANTOS, R.J. Geometria Analı́tica e Álgebra Linear. Belo Hori-
zonte: Imprensa Universitária da UFMG, 2014. Acesso em 24/08/2020.
BOLDRINI, J.L. [et. al.]. Álgebra Linear. 3. ed. São Paulo: Editora
Harper Row do Brasil Ltda, 1980.
ANTON, H.; RORRES, C. Álgebra Linear com Aplicações. 8. ed.
Porto Alegre: Bookman, 2001.
POOLE, D. Álgebra Linear. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,
2004.
L
A
TEX https://www.latex-project.org/

Determinantes: definição e algumas propriedades

  • 1.
    1/23 Definição do determinante Propriedadesdo determinante Determinante e matriz inversa Referências DETERMINANTES (a consulta a estas notas de aula não dispensa a leitura da bibliografia de referência) Prof. Ricardo Saldanha de Morais Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais Departamento de Matemática (http://www.dm.cefetmg.br) II semestre de 2021
  • 2.
    2/23 Definição do determinante Propriedadesdo determinante Determinante e matriz inversa Referências Sumário 1 Definição do determinante 2 Propriedades do determinante 3 Determinante e matriz inversa 4 Referências
  • 3.
    3/23 Definição do determinante Propriedadesdo determinante Determinante e matriz inversa Referências Definição do determinante Determinantes são úteis na resolução de sistemas lineares, na caracte- rização de matrizes invertı́veis e no processo de mudança de variáveis em integrais, entre outras aplicações. O determinante pode ser visto como uma função cuja entrada é uma matriz quadrada e cuja saı́da é um número real. Denotamos o determinante de uma matriz quadrada A = (aij)n×n por det A, ou por det(A). Definição (Determinante de matrizes 1 × 1 e 2 × 2) (i) det [ a11 ] = a11 , (ii) det [ a11 a12 a21 a22 ] = a11a22 − a21a12. Exemplo 1 Se M = [ −5 −2 3 8 ], então det(M) = (−5) ⋅ 8 − 3 ⋅ (−2) = −40 + 6 = −34.
  • 4.
    4/23 Definição do determinante Propriedadesdo determinante Determinante e matriz inversa Referências Dada uma matriz A = (aij)n×n , o menor do elemento do elemento aij, denotado por Ãij, é a submatriz (n−1)×(n−1) de A obtida eliminando- se a i-ésima linha e j-ésima coluna de A: ̃ Aij = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ a11 ⋯ a1j ⋯ a1n ⋮ ⋮ ⋮ aij ⋯ aij ⋯ ain ⋮ ⋮ ⋮ an1 ⋯ anj ⋯ ann ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ . Exemplo 2 Seja B = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 1 2 3 1 3 2 1 2 0 0 −3 −4 0 5 0 −6 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ . Os menores associados a b11, b21 e b43 são ̃ B11 = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 2 1 2 0 −3 −4 5 0 −6 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ , ̃ B21 = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 2 3 1 0 −3 −4 5 0 −6 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ e ̃ B43 = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 1 2 1 3 2 2 0 0 −4 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ .
  • 5.
    5/23 Definição do determinante Propriedadesdo determinante Determinante e matriz inversa Referências Seja A = (aij)3×3 . O cofator do elemento aij é definido por ãij = (−1) i+j det( ̃ Aij). Cabe observar que ̃ Aij é uma matriz 2 × 2. Exemplo 3 Seja E = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 3 0 −3 1 −2 2 0 2 1 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ . O cofator do elemento e22 é ẽ22 = (−1) 2+2 det [ 3 −3 0 1 ] = 1 ⋅ (3 ⋅ 1 − 0 ⋅ (−3)) = 3. O cofator de e32 é ẽ32 = (−1) 3+2 det [ 3 −3 1 2 ] = (−1) ⋅ (3 ⋅ 2 − 1 ⋅ (−3)) = −9.
  • 6.
    Definição (Determinante dematrizes 3 × 3) Seja A = (aij)3×3 . O determinante de A é det(A) = ai1 ⋅ ãi1 + ai2 ⋅ ãi2 + ai3 ⋅ ãi3 , (1) em que i é o ı́ndice de uma linha qualquer de A, i = 1, 2, 3. Pode-se provar que o determinante está bem definido, isto é, o resultado da fórmula (1) não depende da escolha da linha. Exemplo 4 Calcule det(G), em que G = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 1 2 3 0 1 2 1 1 2 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ . Solução: Escolhendo a 2 a ¯ linha, obtemos det(G) = 0 ⋅ g̃21 + 1 ⋅ g̃22 + 2 ⋅ g̃23 = 1 ⋅ {(−1) 2+2 det [ 1 3 1 2 ]} + 2 ⋅ {(−1) 2+3 det [ 1 2 1 1 ]} = 1 ⋅ 1 ⋅ (1 ⋅ 2 − 1 ⋅ 3) + 2 ⋅ (−1)(1 ⋅ 1 − 1 ⋅ 2) = −1 + 2 = 1. Pela 1 a ¯ ou 3 a ¯ linha, chegarı́amos ao mesmo resultado (confira!). 6/23
  • 7.
    7/23 Definição do determinante Propriedadesdo determinante Determinante e matriz inversa Referências Suponhamos que sabemos calcular o determinante de matrizes de di- mensões (n − 1) × (n − 1). Definição (Determinante de matrizes n × n) Seja A = (aij)n×n . O cofator do elemento aij é definido por ãij = (−1) i+j det(Ãij). O determinante de A é definido por det(A) = ai1 ⋅ ãi1 + ai2 ⋅ ãi2 + ⋯ + ain ⋅ ãin , (2) em que i é o ı́ndice de uma linha qualquer de A, i = 1, ⋯, n. Convém observar que Ãij é uma matriz (n − 1) × (n − 1). É possı́vel demonstrar que o determinante está bem definido, isto é, o resultado da expressão (2) independe da escolha da linha. A fórmula (2) é chamada desenvolvimento em cofatores do deter- minante de A em termos da i-ésima linha.
  • 8.
    8/23 Definição do determinante Propriedadesdo determinante Determinante e matriz inversa Referências Exemplo 5 Calcule det(F), em que F = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 1 2 3 4 0 1 2 0 0 0 0 3 1 1 2 1 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ . Solução: Como o determinante independe da escolha da linha, escolhemos a linha com mais zeros. Pela 3 a ¯ linha, temos det(F) = 0 ⋅ ˜ f31 + 0 ⋅ ˜ f32 + 0 ⋅ ˜ f33 + 3 ⋅ ˜ f34 = 3 ⋅ ˜ f34 = 3 ⋅ {(−1) 3+4 det(F̃34)} , em que F̃34 = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 1 2 3 0 1 2 1 1 2 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ . A matriz F̃34 coincide com a matriz G do exemplo anterior. Vimos que det(G) = 1. Logo, det(F) = 3 ⋅ (−1) ⋅ 1 = −3. Quando uma matriz tem poucos zeros, o cálculo do determinante pela definição pode ser bastante trabalhoso.
  • 9.
    9/23 Definição do determinante Propriedadesdo determinante Determinante e matriz inversa Referências Propriedades do determinante Regra de Sarrus Se A = (aij)3×3 , repetimos as duas primeiras colunas de A, à direita da disposição original dos elementos, conforme a figura O determinante é a soma dos produtos ao longo das diagonais indicadas por linhas cheias menos a soma dos produtos ao longo das diagonais tracejadas: det(A) = (a11 ⋅ a22 ⋅ a33 + a12 ⋅ a23 ⋅ a31 + a13 ⋅ a21 ⋅ a32) − (a31 ⋅ a22 ⋅ a13 + a32 ⋅ a23 ⋅ a11 + a33 ⋅ a21 ⋅ a12). O resultado acima é válido somente para o cálculo do determinante de matrizes 3 × 3.
  • 10.
    Definição (Matriz triangular) Umamatriz triangular é uma matriz quadrada tal que os elementos situ- ados acima, ou abaixo, da diagonal principal são todos nulos. Exemplo 6 (Matrizes triangulares) C = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 2 −1 0 0 −1 √ 2 0 0 3 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ÍÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÑÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÏ triangular superior , K = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 2 0 0 0 1 −1 0 0 π 2 2 0 1 0 5 4 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ÍÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÑÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÏ triangular inferior , I3 = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 1 0 0 0 1 0 0 0 1 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ . Teorema (Determinantes de matrizes triangulares) O determinante de uma matriz triangular coincide com o produto dos ele- mentos da diagonal principal. Exemplo 7 Em relação às matrizes do exemplo anterior, temos det(C) = 2⋅(−1)⋅3 = −6, det(K) = 2⋅(−1)⋅2⋅4 = −16 e det(I3) = 1⋅1⋅1 = 1. 10/23
  • 11.
    Dada uma matrizcom nenhum ou poucos elementos nulos, é possı́vel re- lacionar o cálculo de seu determinante com o determinante duma matriz triangular? Propriedades do determinante (Parte I) Sejam A e B matrizes n × n. Então, P1 Se A tem uma linha nula, det(A) = 0; P2 det(A) = det(A t ); P3 det(AB) = det(A) det(B). Exemplo 8 Calcule o determinante de E = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 0 5 4 1 3 2 0 9 −8 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ . Solução: Como det(E) = det(E t ), podemos escolher colunas também para calcular o determinante. Entre todas as linhas e colunas, a 1 a ¯ coluna possui mais zero. Daı́, pela 1 a ¯ coluna, encontramos det(E) = 0 ⋅ ẽ11 + 1 ⋅ ẽ21 + 0 ⋅ ẽ31 = 1 ⋅ {(−1) 2+1 det [ 5 4 9 −8 ]} = 76. 11/23
  • 12.
    A propriedade P2implica que todos os resultados que se referem a linhas são válidos com relação a colunas. Exemplo 9 Sejam M e N matrizes n × n tais que det(M) = −2 e det(N) = 3. Calcule det(NM t ). Solução: Temos que det(NM t ) P3 = det(N) det(M t ) P2 = det(N) det(M) = 3 ⋅ (−2) = −6. Propriedades do determinante (Parte II) P4 Sejam A e B matrizes n × n. Se B é obtida de A multiplicando-se uma linha por um escalar α então det(B) = α det(A); Exemplo 10 Seja A = [ −2 5 1 2 ]. Assim, det(A) = (−2) ⋅ 2 − 1 ⋅ 5 = −9. Seja B a matriz obtida de A por meio da operação elementar 3L2 → L2, isto é, B = [ −2 5 3 6 ]. Temos que det(B) = (−2) ⋅ 6 − 3 ⋅ 5 = −27. Ou seja, det(B) = 3 det(A). 12/23
  • 13.
    13/23 Definição do determinante Propriedadesdo determinante Determinante e matriz inversa Referências Propriedades do determinante (Parte III) P5 Sejam A e B matrizes n × n. Se B resulta de A pela troca da posição relativa de duas linhas então det(B) = − det(A). Exemplo 11 Seja a matriz A = [ −2 5 1 2 ] do exemplo anterior. Sabemos que det(A) = −9. Consideremos agora a matriz B obtida de A através da operação ele- mentar L1 ↔ L2, isto é, B = [ 1 2 −2 5 ]. Daı́, det(B) = 1 ⋅ 5 − (−2) ⋅ 2 = 9. Ou seja, det(B) = − det(A). Propriedades do determinante (Parte IV) P6 Sejam A e B matrizes n × n. Se B é obtida de A substituindo a linha i por ela somada a um múltiplo escalar de uma linha j, i ≠ j, então det(B) = det(A).
  • 14.
    Exemplo 12 Seja A= [ −2 5 1 2 ] (mesma matriz do último exemplo). Já vimos que det(A) = −9. Seja B obtida de A por meio da operação elementar (−5) L2 + L1 → L1, isto é, B = [ −7 −5 1 2 ]. Logo, det(B) = (−7) ⋅ 2 − 1 ⋅ (−5) = −9. Ou seja, det(B) = det(A). Exemplo 13 Seja A = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 0 2 −4 5 3 0 −3 6 2 4 5 7 5 −1 −3 1 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ . Calcule o determinante da matriz A usando operações elementares para “transformá-la” em uma matriz triangular. Solução: A = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 0 2 −4 5 3 0 −3 6 2 4 5 7 5 −1 −3 1 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ L1 ↔ L2 B = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 3 0 −3 6 0 2 −4 5 2 4 5 7 5 −1 −3 1 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ (1/3) L1 → L1 14/23
  • 15.
    15/23 Definição do determinante Propriedadesdo determinante Determinante e matriz inversa Referências Exemplo 13 (cont.) C = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 1 0 −1 2 0 2 −4 5 2 4 5 7 5 −1 −3 1 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ (−2) L1 + L3 → L3 (−5) L1 + L4 → L4 D = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 1 0 −1 2 0 2 −4 5 0 4 7 3 0 −1 2 −9 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ L2 ↔ L4 E = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 1 0 −1 2 0 −1 2 −9 0 4 7 3 0 2 −4 5 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ 4 L2 + L3 → L3 2 L2 + L4 → L4 F = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 1 0 −1 2 0 −1 2 −9 0 0 15 −33 0 0 0 −13 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ÍÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÑÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÏ matriz triangular Temos que det(F) = 1 ⋅ (−1) ⋅ 15 ⋅ (−13) = 195. Além disso, (i) det(F) P6 = det(E), (ii) det(E) P5 = − det(D), (iii) det(D) P6 = det(C), (iv) det(C) P4 = 1 3 det(B) e (v) det(B) P5 = − det(A) .
  • 16.
    16/23 Definição do determinante Propriedadesdo determinante Determinante e matriz inversa Referências Exemplo 13 (cont.) Logo, det(A) = − det(B) = −3 det(C) = −3 det(D) = 3 det(E) = 3 det(F) e portanto det(A) = 3 ⋅ 195 = 585. Corolário 1 Se A = (aij)n×n é invertı́vel, então det (A −1 ) = 1 det(A) . Prova: Temos que A A −1 = In. Assim, pela propriedade P3, det (A A −1 ) = det(In) ⟺ det(A) det (A −1 ) = 1. Portanto, det (A −1 ) = 1 det(A) .
  • 17.
    Corolário 2 Sejam Auma matriz n × n e α ∈ R. Então det (α A) = α n det(A) . Prova: det (α A) = det (α In A) P3 = det (α In) det (A) = det ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ α 0 ⋯ 0 0 α ⋯ 0 ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ 0 0 ⋯ α ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ det(A) = α n det(A) . Corolário 3 Se A = (aij)n×n tem duas linhas iguais, então det(A) = 0. Prova: Sejam i e j as linhas iguais de A. Seja B a matriz obtida de A pela aplicação da operação elementar Li ↔ Lj. Pela propriedade P5, det(B) = − det(A). Mas A = B. Portanto, det(A) = − det(A) ⇔ 2 det(A) = 0 ⇔ det(A) = 0. 17/23
  • 18.
    Exemplo 14 A matrizE = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ −2 0 0 0 2 −2 0 0 0 3 2 0 −1 5 4 3 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ foi obtida de A = (aij)4×4 através da sequência de operações elementares: troca da linha L2 pela linha L4, multiplicação da linha L3 por 3, substituição da linha L2 por (−1) L4 + L2, substituição da linha L1 por 2 L4 + L1. Calcule det ( √ 2 A t A −2 ). Solução: Como não conhecemos os elementos da matriz A, de imediato, e o determi- nante de E é fácil de ser calculado, vamos expressar o determinante de A em termos do determinante de E. Sejam B, C e D as matrizes resultantes das aplicações das três pri- meiras operações relacionadas acima no seguinte sentido: A L2↔L4 − − − − − − − − − → B 3 L3→L3 − − − − − − − − − − → C (−1) L4+L2→L2 − − − − − − − − − − − → D 2 L4+L1→L1 − − − − − − − − − − → E. 18/23
  • 19.
    Exemplo 14 (cont.) Então, (i)det(B) P5 = − det(A), (ii) det(C) P4 = 3 det(B), (iii) det(D) P6 = det(C) e (iv) det(E) P6 = det(D) . Assim, det(A) = − det(B) = − 1 3 det(C) = − 1 3 det(D) = − 1 3 det(E) = (− 1 3 ) ⋅ (−2) ⋅ (−2) ⋅ 2 ⋅ 3 = −8 e, por isso, det ( √ 2 A t A −2 ) P3 = det ( √ 2 A t ) det ((A −1 ) 2 ) Cor. 2 = ( √ 2) 4 det (A t ) (det (A −1 )) 2 Cor. 1 = 4 det(A) ( 1 det(A) ) 2 = 4 1 det(A) = 4 (− 1 8 ) = − 1 2 . 19/23
  • 20.
    20/23 Definição do determinante Propriedadesdo determinante Determinante e matriz inversa Referências Exemplo 15 Utilize operações elementares para simplificar e calcular o determinante de P = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 11 12 −19 18 18 19 −47 46 5 6 −96 95 3 4 −21 20 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ . Solução: Neste caso, aplicando operações elementares às colunas, é possı́vel chegar a uma matriz com duas colunas iguais: P = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 11 12 −19 18 18 19 −47 46 5 6 −96 95 3 4 −21 20 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ (−1) C2 + C1 → C1 C4 + C3 → C3 Q = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ −1 12 −1 18 −1 19 −1 46 −1 6 −1 95 −1 4 −1 20 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ . Pelas propriedades P2 e P6, det(P) = det(Q). Como Q tem duas colunas iguais, det(Q) = 0 (Cor. 3 + P2). Logo, det(P) = 0.
  • 21.
    Determinante e matrizinversa Teorema (Determinante e matriz inversa) Seja A uma matriz n × n. Então, A é invertı́vel se, e somente se, det(A) ≠ 0. Prova: Seja R a forma escalonada reduzida de A. Então, (i) R = In ou R tem uma linha nula e (ii) A é invertı́vel se e somente se R = In. Como R pode ser obtida de A por meio de uma sequência de operações elementares, det(A) = α det(R) para algum α ∈ R não nulo. Daı́, (iii) det(A) ≠ 0 se e somente se det(R) ≠ 0. Segue dos fatos (i), (ii) e (iii) que A é invertı́vel se, e somente se, det(A) ≠ 0. Equivalentemente, A não é invertı́vel se, e somente se, det(A) = 0. 21/23
  • 22.
    Corolário Seja A umamatriz n × n. O sistema homogêneo AX = 0̄ admite somente a solução trivial se se somente se det(A) ≠ 0. Equivalentemente, o sistema homogêneo AX = 0̄ possui solução não trivial (i.e., infinitas soluções) se, e somente se, det(A) = 0. Exemplo 16 Determine os valores de λ ∈ R para os quais o sistema linear homogêneo (K − λI3)X = 0̄ admite solução não trivial, em que K = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ −2 0 0 −1 3 0 √ 5 2 −2 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ . Solução: De acordo com o corolário acima, (K − λI3)X = 0̄ tem infinitas soluções se e somente se det(K − λI3) = 0. Temos que K − λI3 = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ −2 0 0 −1 3 0 √ 5 2 −2 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ − λ ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ 1 0 0 0 1 0 0 0 1 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ −2 − λ 0 0 −1 3 − λ 0 √ 5 2 −2 − λ ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ÍÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÑÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÏ matriz triangular . Assim, det (K − λIn) = (−2−λ)(3−λ)(−2−λ) = (2+λ) 2 (3−λ) e, portanto, det (K − λIn) = 0 ⟺ λ = −2 ou λ = 3. 22/23
  • 23.
    23/23 Definição do determinante Propriedadesdo determinante Determinante e matriz inversa Referências Referências SANTOS, R.J. Geometria Analı́tica e Álgebra Linear. Belo Hori- zonte: Imprensa Universitária da UFMG, 2014. Acesso em 24/08/2020. BOLDRINI, J.L. [et. al.]. Álgebra Linear. 3. ed. São Paulo: Editora Harper Row do Brasil Ltda, 1980. ANTON, H.; RORRES, C. Álgebra Linear com Aplicações. 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. POOLE, D. Álgebra Linear. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. L A TEX https://www.latex-project.org/