Diretrizes Curriculares
   Nacionais para a Educação
              Infantil
         MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
     CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
       CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
 RESOLUÇÃO Nº 5, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2009

Síntese por Camila Coelho, Carla Gabriela, Idalina Daniela e Karen Silva
              Disciplina de Fund. e Metod. da Ed. Infantil
                     Prof. Nara Nehme 24/04/2012
Organização


   ARTICULAM-SE         com    as    Diretrizes
    Curriculares Nacionais da Educação Básica.
    Reúne PRINCÍPIOS, FUNDAMENTOS e
    PROCEDIMENTOS para ORIENTAR as
    políticas   públicas   na    área    e     a
    ELABORAÇÃO, PLANEJAMENTO, EXECUÇÃO
    E AVALIAÇÃO de propostas pedagógicas e
    curriculares.
Currículo
(ART. 3º) É concebido como um
conjunto de práticas que buscam
   articular as experiências e os
   saberes das crianças com os
 conhecimentos que fazem parte
 do patrimônio cultural, artístico,
       ambiental, científico e
tecnológico, de modo a promover
  o desenvolvimento integral de
 crianças de 0 a 5 anos de idade.
Proposta pedagógica

(ART. 4º) Deverá considerar que a
criança, centro do planejamento curricular,
é sujeito histórico e de direitos que, nas
interações, relações e práticas cotidianas
que vivencia, constrói sua identidade
pessoal e coletiva, brinca, imagina,
fantasia, deseja, aprende, observa,
experimenta, narra, questiona e constrói
sentidos sobre a natureza e a sociedade,
produzindo cultura.
Educação Infantil,
             primeira etapa da Educação
   OFERECIDA: creches e pré-escolas. Caracterizam
    como espaços institucionais não domésticos.
    Constituem estabelecimentos educacionais públicos ou
    privados.
   IDADE: crianças de 0 a 5 anos
   PERÍODO: Diurno, em jornada integral ou parcial,
    regulados e supervisionados por órgão competente do
    sistema de ensino e submetidos a controle social.
    Acontece em tempo parcial, a jornada de, no mínimo,
    4 horas diárias e, em tempo integral, a jornada com
    duração igual ou superior a 7 horas diárias.
Princípios

   Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da
    solidariedade e do respeito ao bem comum, ao
    meio ambiente e às diferentes culturas,
    identidades e singularidades.
   Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício
    da criticidade e do respeito à ordem
    democrática.
   Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da
    ludicidade e da liberdade de expressão nas
    diferentes manifestações artísticas e culturais.
Função sociopolítica e pedagógica

   Oferecer condições e recursos para usufruirem
    seus direitos civis, humanos e sociais;
   Assumir a responsabilidade de compartilhar e
    complementar a educação e cuidado das crianças
    com as famílias;
   Possibilitar tanto a convivência e ampliação de
    saberes e conhecimentos de diferentes naturezas;
   Promover a igualdade de oportunidades
    educacionais no que se refere ao acesso a bens
    culturais e às possibilidades de vivência da infância;
   Construindo novas formas de sociabilidade e de
    subjetividade comprometidas com a ludicidade, a
    democracia, a sustentabilidade do planeta e com o
    rompimento de relações de dominação etária,
    socioeconômica, étnico-racial, de gênero, regional,
    linguística e religiosa.
Objetivo

   Apropriação, renovação e articulação de
    conhecimentos e aprendizagens de diferentes
    linguagens.
   Direito à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança,
    ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência
    e à interação com outras crianças.
   Prever condições para o trabalho coletivo e para a
    organização de materiais, espaços e tempos.
   Educação integral – cuidado indissociável ao processo
    educativo.
   Dimensões expressivo-motora, afetiva, cognitiva,
    linguística, ética, estética e sociocultural da criança.
   Participação, diálogo e escuta cotidiana das
    famílias, o respeito e a valorização de suas formas
    de organização;
   Estabelecimento de uma relação efetiva com a
    comunidade local e de mecanismos que garantam
    a gestão democrática e a consideração dos saberes
    da comunidade;
   Reconhecimento das especificidades etárias, das
    singularidades individuais e coletivas das crianças,
    promovendo interações entre crianças de mesma
    idade e crianças de diferentes idades;
   Acessibilidade
   Apropriação, reconhecimento, respeito e valorização
    dos povos indígenas, Culturas africanas, asiáticos,
    europeus e de outros países da América.
   Combate ao racismo e à discriminação.
   Proteção contra qualquer forma de violência – física
    ou simbólica – e negligência no interior da instituição
    ou praticadas pela família, prevendo os
    encaminhamentos de violações para instâncias
    competentes.
Povos Indígenas
   Relação viva com os conhecimentos, crenças,
    valores, concepções de mundo e as memórias de
    seu povo;
   Identidade étnica e a língua;
   Continuidade à educação tradicional oferecida na
    família e articular-se às práticas sócio-culturais de
    educação e cuidado coletivos da comunidade;
   Adequar calendário, agrupamentos etários e
    organização de tempos, atividades e ambientes
    de modo a atender as demandas de cada povo
    indígena.
Territórios Rurais
   São elas:
    – crianças filhas de agricultores familiares, extrativistas,
      pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados
      da reforma agrária, quilombolas, caiçaras, povos da floresta.
   Reconhecer os modos próprios de vida como fundamentais
    para a constituição da identidade;
   Víncular à realidade, suas culturas, tradições e
    identidades, e práticas ambientalmente sustentáveis;
   Flexibilizar calendário, rotinas e atividades
   Valorizar e evidenciar os saberes e o papel dessas
    populações na produção de conhecimentos sobre o mundo
    e sobre o ambiente natural;
   Ofertar brinquedos e equipamentos que respeitem as
    características ambientais e socioculturais da comunidade.
Eixos Norteadores
   Interações e a brincadeira
   Conhecimento de si e do mundo
   Experiências sensoriais, expressivas, corporais ,
    expressão da individualidade e respeito pelos
    ritmos e desejos da criança
   Diferentes linguagens e o progressivo domínio por
    elas de vários gêneros e formas de expressão:
    gestual, verbal, plástica, dramática e musical
   Experiências de narrativas, de apreciação e
    interação com a linguagem oral e escrita, e
    convívio com diferentes suportes e gêneros
    textuais orais e escritos
Construção   das relações quantitativas,
medidas, formas e orientações espaços-
temporais
Confiança e a participação nas atividades
individuais e coletivas
Aprendizagem mediadas para a elaboração
da autonomia nas ações de cuidado pessoal,
auto-organização, saúde e bem-estar
   Incentivo a curiosidade, a exploração, o
    encantamento, o questionamento, a indagação e
    o conhecimento das crianças em relação ao
    mundo físico e social, ao tempo e à natureza
   Promoção do relacionamento e a interação das
    crianças com diversificadas manifestações de
    música, artes plásticas e gráficas, cinema,
    fotografia, dança, teatro, poesia e literatura
   Interação, cuidado, e a preservação e o conhecimento
    da biodiversidade e da sustentabilidade da vida na
    Terra, assim como o não desperdício dos recursos
    naturais
   recursos tecnológicos e midiáticos: Utilização de
    gravadores, projetores, computadores, máquinas
    fotográficas
Avaliação
   Criação de procedimentos para acompanhamento
    do trabalho pedagógico e para avaliação do
    desenvolvimento das crianças, sem objetivo de
    seleção, promoção ou classificação, garantindo:
    – observação crítica e criativa das atividades, das
      brincadeiras e interações das crianças no cotidiano;
    – utilização de múltiplos registros realizados por adultos e
      crianças (relatórios, fotografias, desenhos, álbuns etc.);
    – documentação específica que permita às famílias
      conhecer o trabalho da instituição junto às crianças e os
      processos de desenvolvimento e aprendizagem da
      criança na Educação Infantil;
    – não permitir a retenção na Educação Infantil.
Transição da Educação Infantil
    para o Ensino Fundamental
 (ART. 11) A proposta pedagógica deve prever
  formas para garantir a continuidade no
  processo de aprendizagem e desenvolvimento
  das crianças, respeitando as especificidades
  etárias, sem antecipação de conteúdos que
  serão trabalhados no Ensino Fundamental.
 (ART. 12) Cabe ao Ministério da Educação
  elaborar orientações para a implementação
  dessas Diretrizes.

Diretrizes Curriculares Nacionais Para a Educação Infantil

  • 1.
    Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA RESOLUÇÃO Nº 5, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2009 Síntese por Camila Coelho, Carla Gabriela, Idalina Daniela e Karen Silva Disciplina de Fund. e Metod. da Ed. Infantil Prof. Nara Nehme 24/04/2012
  • 2.
    Organização  ARTICULAM-SE com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Reúne PRINCÍPIOS, FUNDAMENTOS e PROCEDIMENTOS para ORIENTAR as políticas públicas na área e a ELABORAÇÃO, PLANEJAMENTO, EXECUÇÃO E AVALIAÇÃO de propostas pedagógicas e curriculares.
  • 3.
    Currículo (ART. 3º) Éconcebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.
  • 4.
    Proposta pedagógica (ART. 4º)Deverá considerar que a criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.
  • 5.
    Educação Infantil, primeira etapa da Educação  OFERECIDA: creches e pré-escolas. Caracterizam como espaços institucionais não domésticos. Constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados.  IDADE: crianças de 0 a 5 anos  PERÍODO: Diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social. Acontece em tempo parcial, a jornada de, no mínimo, 4 horas diárias e, em tempo integral, a jornada com duração igual ou superior a 7 horas diárias.
  • 6.
    Princípios  Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades.  Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática.  Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais.
  • 7.
    Função sociopolítica epedagógica  Oferecer condições e recursos para usufruirem seus direitos civis, humanos e sociais;  Assumir a responsabilidade de compartilhar e complementar a educação e cuidado das crianças com as famílias;  Possibilitar tanto a convivência e ampliação de saberes e conhecimentos de diferentes naturezas;
  • 8.
    Promover a igualdade de oportunidades educacionais no que se refere ao acesso a bens culturais e às possibilidades de vivência da infância;  Construindo novas formas de sociabilidade e de subjetividade comprometidas com a ludicidade, a democracia, a sustentabilidade do planeta e com o rompimento de relações de dominação etária, socioeconômica, étnico-racial, de gênero, regional, linguística e religiosa.
  • 9.
    Objetivo  Apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens.  Direito à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência e à interação com outras crianças.  Prever condições para o trabalho coletivo e para a organização de materiais, espaços e tempos.  Educação integral – cuidado indissociável ao processo educativo.
  • 10.
    Dimensões expressivo-motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética, estética e sociocultural da criança.  Participação, diálogo e escuta cotidiana das famílias, o respeito e a valorização de suas formas de organização;  Estabelecimento de uma relação efetiva com a comunidade local e de mecanismos que garantam a gestão democrática e a consideração dos saberes da comunidade;  Reconhecimento das especificidades etárias, das singularidades individuais e coletivas das crianças, promovendo interações entre crianças de mesma idade e crianças de diferentes idades;
  • 11.
    Acessibilidade  Apropriação, reconhecimento, respeito e valorização dos povos indígenas, Culturas africanas, asiáticos, europeus e de outros países da América.  Combate ao racismo e à discriminação.  Proteção contra qualquer forma de violência – física ou simbólica – e negligência no interior da instituição ou praticadas pela família, prevendo os encaminhamentos de violações para instâncias competentes.
  • 12.
    Povos Indígenas  Relação viva com os conhecimentos, crenças, valores, concepções de mundo e as memórias de seu povo;  Identidade étnica e a língua;  Continuidade à educação tradicional oferecida na família e articular-se às práticas sócio-culturais de educação e cuidado coletivos da comunidade;  Adequar calendário, agrupamentos etários e organização de tempos, atividades e ambientes de modo a atender as demandas de cada povo indígena.
  • 13.
    Territórios Rurais  São elas: – crianças filhas de agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da reforma agrária, quilombolas, caiçaras, povos da floresta.  Reconhecer os modos próprios de vida como fundamentais para a constituição da identidade;  Víncular à realidade, suas culturas, tradições e identidades, e práticas ambientalmente sustentáveis;  Flexibilizar calendário, rotinas e atividades  Valorizar e evidenciar os saberes e o papel dessas populações na produção de conhecimentos sobre o mundo e sobre o ambiente natural;  Ofertar brinquedos e equipamentos que respeitem as características ambientais e socioculturais da comunidade.
  • 14.
    Eixos Norteadores  Interações e a brincadeira  Conhecimento de si e do mundo  Experiências sensoriais, expressivas, corporais , expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança  Diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical  Experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos
  • 15.
    Construção das relações quantitativas, medidas, formas e orientações espaços- temporais Confiança e a participação nas atividades individuais e coletivas Aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar
  • 16.
    Incentivo a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza  Promoção do relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de música, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e literatura
  • 17.
    Interação, cuidado, e a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos naturais  recursos tecnológicos e midiáticos: Utilização de gravadores, projetores, computadores, máquinas fotográficas
  • 18.
    Avaliação  Criação de procedimentos para acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou classificação, garantindo: – observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações das crianças no cotidiano; – utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios, fotografias, desenhos, álbuns etc.); – documentação específica que permita às famílias conhecer o trabalho da instituição junto às crianças e os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança na Educação Infantil; – não permitir a retenção na Educação Infantil.
  • 19.
    Transição da EducaçãoInfantil para o Ensino Fundamental  (ART. 11) A proposta pedagógica deve prever formas para garantir a continuidade no processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, respeitando as especificidades etárias, sem antecipação de conteúdos que serão trabalhados no Ensino Fundamental.  (ART. 12) Cabe ao Ministério da Educação elaborar orientações para a implementação dessas Diretrizes.