Fraturas diafisárias
dos ossos da perna
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Epidemiologia
 Fraturas mais
frequentemente
encontradas pelos
ortopedistas;
 Incidência: 26:100.000;
 Sexo: 3,41: 1;
 Média etária: 37 anos.
Mecanismos de lesão
 Apresentam-se
distribuídos em 5
causas principais:
 Quedas;
 Atividades
esportivas(futebol e
esqui na neve);
Mecanismos de lesão
 Impactos diretos ou
agressões(4,5% dos
casos);
 Acidentes com
veículos(maioria dos
casos, 37,5%);
 Armas de fogo(raras).
Mecanismos de lesão
Sinais e sintomas
 Dor e deformidade são evidentes, podendo estar
associado o edema de partes moles no local da
fratura;
 Histórico clínico do paciente: deve ser detalhado, no
sentido de avaliar lesões de partes moles e outras
lesões sistêmicas(traumas de alta energia);
 Pontos-chave: lesão de partes moles, estado neuro-
vascular e lesões associadas.
Exames radiográficos
 Radiografias ântero-posterior e lateral, costumam
ser suficientes para diagnosticar-se as fraturas da
diáfise da tíbia;
 Imprescindível que as radiografias incluam o joelho
e o tornozelo(prolongamento da linha de fratura e
lesões associadas);
 Cintilografia óssea e ressonância magnética:
fraturas por estresse.
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Exames radiográficos
Classificação
 Durante a evolução do conhecimento, as fraturas da
tíbia foram classificadas de diversas formas:
 Fechada x exposta;
 Localização;
 Relação com a fíbula;
 Gravidade do deslocamento.
Classificação
 A classificação mais abrangente é a descrita pelo
grupo AO;
 Trata-se de uma classificação morfológica, que
baseia-se nas radiografias ântero-posterior e
laterais iniciais.
Classificação AO
 Tipo A: fraturas
unifocais(traço
simples).
Classificação AO
 Tipo B: fraturas em
cunha.
Classificação AO
 Tipo C: fraturas
complexas(multifragme
ntadas, segmentadas
ou cominutivas)
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Classificação de Tscherne
 Baseia-se na gravidade das abrasões e contusões
sofridas pelas partes moles, nas características
radiológicas de cada fratura, na existência ou não
de desenluvamento fechado, na ruptura ou não de
vasos sanguíneos importantes e na existência ou
não de síndrome compartimental;
Classificação de Tscherne
 Tipo C0:
 fraturas simples, com
pouco ou nenhum
prejuízo aos tecidos
moles.
Classificação de Tscherne
 Tipo C1:
 fratura caracterizada
por gravidade leve a
moderada, associada
a abrasão superficial.
Classificação de Tscherne
 Tipo C2:
 fratura
moderadamente
grave, acompanhada
de contaminação
profunda, contusão
cutânea ou muscular.
Classificação de Tscherne
 Tipo C3:
 contusão extensa ou
esmagamento da
pele, ou ainda,
destruição muscular,
associada a fratura
grave.
Tratamento
 O tratamento das fraturas da diáfise da tíbia sempre
despertou particular interesse dos cirurgiões
ortopedistas, principalmente devido a 03 fatores:
 Localização subcutânea da superfície ântero-medial
da tíbia(alto índice de fraturas expostas);
 Lesão extensa de partes moles;
 Impacto sócio-econômico.
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Evolução histórica
 Egito antigo(papiro de Edwin Smith): primeiras
referências ao tratamento das fraturas dos ossos da
perna;
 Hipócrates: aperfeiçoamento da técnica egípcia;
 Mathysen e Pirogov(Revolução industrial): uso de
ataduras impregnadas com gesso;
 Sarmiento: popularizou o uso de órteses gessadas
funcionais
Métodos de tratamento
 Existem quatro métodos básicos para tratar as
fraturas da diáfise da tíbia, embora cada um tenha
uma série de variantes:
 Tratamento conservador(gesso inguino-podálico ou
tipo PTB);
 Placas;
 Hastes intramedulares;
 Fixadores externos.
Tratamento conservador
 Apresentam-se
divididos em 03
categorias:
 Aparelhos de gesso
longo;
 Gesso curto com
apoio no tendão
patelar;
 Órteses funcionais.
Tratamento conservador
 Indicações:
 fraturas causadas por
mecanismo de baixo
impacto;
 pacientes
jovens(avaliar tempo de
imobilização);
 Contra-indicações:
 fraturas expostas;
 fraturas com desvio da
diáfise da tíbia(alta
energia).
Tratamento cirúrgico
Anatomia cirúrgica
 A localização da tíbia e
o fato de sua borda
ântero-medial ser
subcutânea tornam a
tíbia muito suscetível a
lesões;
 Terço distal: apresenta-
se estreitada, estando
sujeita a lesões por
torção;
Anatomia cirúrgica
 A perna está dividida
em quatro
compartimentos, que
contém todos os
músculos, nervos e
vasos sanguíneos;
 As abordagens
cirúrgicas à tíbia são
relativamente diretas,
sendo todas elas
longitudinais e, sempre
que possível, ântero-
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Tratamento cirúrgico
 Hastes intramedulares:
 Travadas x não-
travadas;
 Fresadas x não-
fresadas;
 Tratamento primário x
secundário;
Tratamento cirúrgico
 Fixação com placa:
 As placas constituem
o mais difícil dos
quatro métodos de
tratamento das
fraturas da
tíbia(cirurgia invasiva
e desvitalizante);
Tratamento cirúrgico
 Contra-indicação:
fraturas
cominutivas(placas
longas);
 Indicação: fratura da
diáfise proximal da
tíbia ou combinação
de uma fratura
proximal da diáfise
com uma fratura do
platô tibial.
Tratamento cirúrgico
 Fixação externa:
 É o mais antigo dos
métodos de
tratamento utilizados
na fixação das fraturas
da diáfise da tíbia;
 Indicações: grave
lesão de partes moles;
Tratamento cirúrgico
 A fixação externa está
relacionada a uma maior
incidência de
pseudoartrose e
consolidação
viciosa(redução
anatômica);
 Complicações: infecção
nos canais dos pinos(limita
as indicações de
conversão).
Complicações das fraturas da
diáfise da tíbia
 Problemas de partes moles:
 Fraturas expostas(tratamento da ferida exposta,
lesões musculares associadas, lesões
neurovasculares e o tipo de cirurgia);
 Amputação(avaliar a gravidade da fratura);
 Síndromes compartimentais(causa mais comum);
 Distrofia simpática reflexa;
 Recuperação da função muscular.
Complicações das fraturas da
diáfise da tíbia
Complicações das fraturas da
diáfise da tíbia
 Consolidação viciosa:
 Parâmetros: 5° de desalinhamento angular ou
rotatório e 1 cm de encurtamento;
 Complicações: artrose tardia do joelho ou do
tornozelo;
 Tratamento:
 Desvios angulares: osteotomias de abertura ou
fechamento;
 Desvios rotacionais: osteotomias simples.
Complicações das fraturas da
diáfise da tíbia
 Pseudoartrose:
 Sinais clínicos: dores no foco de fratura relacionadas
a locomoção associado a edema localizado e
aumento de temperatura cutânea;
 Causas: infecção, déficits de vascularização,
mobilidade no foco de fratura, lacuna exagerada
entre os fragmentos e interposição de partes moles;
Complicações das fraturas da
diáfise da tíbia
 Tratamento:
 Pseudoartrose
asséptica: com ou
sem
desalinhamento;
 Pseudoartrose
séptica
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Fraturas diafisarias dos ossos da perna

  • 1.
    Fraturas diafisárias dos ossosda perna www.traumatologiaeortopedia.com.b r
  • 2.
    Epidemiologia  Fraturas mais frequentemente encontradaspelos ortopedistas;  Incidência: 26:100.000;  Sexo: 3,41: 1;  Média etária: 37 anos.
  • 3.
    Mecanismos de lesão Apresentam-se distribuídos em 5 causas principais:  Quedas;  Atividades esportivas(futebol e esqui na neve);
  • 4.
    Mecanismos de lesão Impactos diretos ou agressões(4,5% dos casos);  Acidentes com veículos(maioria dos casos, 37,5%);  Armas de fogo(raras).
  • 5.
  • 6.
    Sinais e sintomas Dor e deformidade são evidentes, podendo estar associado o edema de partes moles no local da fratura;  Histórico clínico do paciente: deve ser detalhado, no sentido de avaliar lesões de partes moles e outras lesões sistêmicas(traumas de alta energia);  Pontos-chave: lesão de partes moles, estado neuro- vascular e lesões associadas.
  • 7.
    Exames radiográficos  Radiografiasântero-posterior e lateral, costumam ser suficientes para diagnosticar-se as fraturas da diáfise da tíbia;  Imprescindível que as radiografias incluam o joelho e o tornozelo(prolongamento da linha de fratura e lesões associadas);  Cintilografia óssea e ressonância magnética: fraturas por estresse. www.traumatologiaeortopedia.com.b r
  • 8.
  • 9.
    Classificação  Durante aevolução do conhecimento, as fraturas da tíbia foram classificadas de diversas formas:  Fechada x exposta;  Localização;  Relação com a fíbula;  Gravidade do deslocamento.
  • 10.
    Classificação  A classificaçãomais abrangente é a descrita pelo grupo AO;  Trata-se de uma classificação morfológica, que baseia-se nas radiografias ântero-posterior e laterais iniciais.
  • 11.
    Classificação AO  TipoA: fraturas unifocais(traço simples).
  • 13.
    Classificação AO  TipoB: fraturas em cunha.
  • 15.
    Classificação AO  TipoC: fraturas complexas(multifragme ntadas, segmentadas ou cominutivas) www.traumatologiaeortopedia.com.b r
  • 17.
    Classificação de Tscherne Baseia-se na gravidade das abrasões e contusões sofridas pelas partes moles, nas características radiológicas de cada fratura, na existência ou não de desenluvamento fechado, na ruptura ou não de vasos sanguíneos importantes e na existência ou não de síndrome compartimental;
  • 18.
    Classificação de Tscherne Tipo C0:  fraturas simples, com pouco ou nenhum prejuízo aos tecidos moles.
  • 19.
    Classificação de Tscherne Tipo C1:  fratura caracterizada por gravidade leve a moderada, associada a abrasão superficial.
  • 20.
    Classificação de Tscherne Tipo C2:  fratura moderadamente grave, acompanhada de contaminação profunda, contusão cutânea ou muscular.
  • 21.
    Classificação de Tscherne Tipo C3:  contusão extensa ou esmagamento da pele, ou ainda, destruição muscular, associada a fratura grave.
  • 22.
    Tratamento  O tratamentodas fraturas da diáfise da tíbia sempre despertou particular interesse dos cirurgiões ortopedistas, principalmente devido a 03 fatores:  Localização subcutânea da superfície ântero-medial da tíbia(alto índice de fraturas expostas);  Lesão extensa de partes moles;  Impacto sócio-econômico. www.traumatologiaeortopedia.com.b r
  • 23.
    Evolução histórica  Egitoantigo(papiro de Edwin Smith): primeiras referências ao tratamento das fraturas dos ossos da perna;  Hipócrates: aperfeiçoamento da técnica egípcia;  Mathysen e Pirogov(Revolução industrial): uso de ataduras impregnadas com gesso;  Sarmiento: popularizou o uso de órteses gessadas funcionais
  • 24.
    Métodos de tratamento Existem quatro métodos básicos para tratar as fraturas da diáfise da tíbia, embora cada um tenha uma série de variantes:  Tratamento conservador(gesso inguino-podálico ou tipo PTB);  Placas;  Hastes intramedulares;  Fixadores externos.
  • 25.
    Tratamento conservador  Apresentam-se divididosem 03 categorias:  Aparelhos de gesso longo;  Gesso curto com apoio no tendão patelar;  Órteses funcionais.
  • 26.
    Tratamento conservador  Indicações: fraturas causadas por mecanismo de baixo impacto;  pacientes jovens(avaliar tempo de imobilização);  Contra-indicações:  fraturas expostas;  fraturas com desvio da diáfise da tíbia(alta energia).
  • 27.
  • 28.
    Anatomia cirúrgica  Alocalização da tíbia e o fato de sua borda ântero-medial ser subcutânea tornam a tíbia muito suscetível a lesões;  Terço distal: apresenta- se estreitada, estando sujeita a lesões por torção;
  • 29.
    Anatomia cirúrgica  Aperna está dividida em quatro compartimentos, que contém todos os músculos, nervos e vasos sanguíneos;  As abordagens cirúrgicas à tíbia são relativamente diretas, sendo todas elas longitudinais e, sempre que possível, ântero- www.traumatologiaeortopedia.com.b r www.traumatologiaeortopedia.com.b r
  • 30.
    Tratamento cirúrgico  Hastesintramedulares:  Travadas x não- travadas;  Fresadas x não- fresadas;  Tratamento primário x secundário;
  • 32.
    Tratamento cirúrgico  Fixaçãocom placa:  As placas constituem o mais difícil dos quatro métodos de tratamento das fraturas da tíbia(cirurgia invasiva e desvitalizante);
  • 33.
    Tratamento cirúrgico  Contra-indicação: fraturas cominutivas(placas longas); Indicação: fratura da diáfise proximal da tíbia ou combinação de uma fratura proximal da diáfise com uma fratura do platô tibial.
  • 34.
    Tratamento cirúrgico  Fixaçãoexterna:  É o mais antigo dos métodos de tratamento utilizados na fixação das fraturas da diáfise da tíbia;  Indicações: grave lesão de partes moles;
  • 35.
    Tratamento cirúrgico  Afixação externa está relacionada a uma maior incidência de pseudoartrose e consolidação viciosa(redução anatômica);  Complicações: infecção nos canais dos pinos(limita as indicações de conversão).
  • 36.
    Complicações das fraturasda diáfise da tíbia  Problemas de partes moles:  Fraturas expostas(tratamento da ferida exposta, lesões musculares associadas, lesões neurovasculares e o tipo de cirurgia);  Amputação(avaliar a gravidade da fratura);  Síndromes compartimentais(causa mais comum);  Distrofia simpática reflexa;  Recuperação da função muscular.
  • 37.
    Complicações das fraturasda diáfise da tíbia
  • 38.
    Complicações das fraturasda diáfise da tíbia  Consolidação viciosa:  Parâmetros: 5° de desalinhamento angular ou rotatório e 1 cm de encurtamento;  Complicações: artrose tardia do joelho ou do tornozelo;  Tratamento:  Desvios angulares: osteotomias de abertura ou fechamento;  Desvios rotacionais: osteotomias simples.
  • 39.
    Complicações das fraturasda diáfise da tíbia  Pseudoartrose:  Sinais clínicos: dores no foco de fratura relacionadas a locomoção associado a edema localizado e aumento de temperatura cutânea;  Causas: infecção, déficits de vascularização, mobilidade no foco de fratura, lacuna exagerada entre os fragmentos e interposição de partes moles;
  • 40.
    Complicações das fraturasda diáfise da tíbia  Tratamento:  Pseudoartrose asséptica: com ou sem desalinhamento;  Pseudoartrose séptica www.traumatologiaeortopedia.com.b r