GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM  5° SEMESTRE – TURMA  A Campi São Miguel A Interferência do Meio Social e Ambiental nas Doenças Hipertensivas. Graciane P. Leal RGM nº 76378-1 Maria de Fátima Sakamoto RGM nº 76618-6 Hellen Deandre Nascimento RGM nº 76810-3 Flávia da Cruz Oliveira RGM nº 76812-0 Telma Santos Silva RGM nº 76823-5 Elisabeth Batista Borges RGM nº 76824-3 Emerson Lopes de Souza RGM nº 77180-5 Elaine Cristina B. da Silva RGM nº 77395-6 Noemi de Lima Cavalcante RGM nº 77921-1 Patrícia de O. Claudino RGM nº 78813-9 São Paulo 2010
Atualmente as condições de vida, trabalho, bem como as diversas mudanças econômicas e políticas, combinadas à expectativa de vida aumentada, vem promovendo um aumento significativo de doenças crônico-degenerativas, em especial a hipertensão arterial.  (1) A hipertensão arterial sistêmica (HAS) representa grave problema de saúde no país, não só pela elevada prevalência, como também pela acentuada parcela de hipertensos não diagnosticados, ou a não tratada de forma adequada, ou ainda pelo alto índice de abandono ao tratamento.  (5) INTRODUÇÃO
Hipertensão arterial é uma síndrome clínica caracterizada pela elevação da pressão arterial a níveis iguais ou superiores a 140mmhg de pressão sistólica e ou 90mmhg de pressão diastólica, em pelo menos duas aferições subseqüentes obtidas em dias diferentes e em condições de repouso e ambiente tranqüilo.  (5) INTRODUÇÃO
OBJETIVO O objetivo deste trabalho é mostrar fatores de risco que estão diretamente ligados as doenças hipertensivas, como a interferência do meio social e ambiental, para que nós profissionais da área da saúde possamos prestar uma assistência adequada em todas as fases da vida do indivíduo com ou sem hipertensão.
ASPECTOS HISTÓRICOS Em 1905 o russo Korotkoff desenvolveu o método auscultatório de medida indireta da pressão arterial, através do esfigmomanômetro, descrevendo os ruídos que ocorrem durante a ausculta da artéria braquial, concomitante a desinsuflação do manguito.  (2)
Korotkoff  Descrição dos sons FASE I Som súbito, forte, bem definido, que aumenta em intensidade FASE II Sucessão de sons soprosos, mais suaves e prolongados (qualidade de sopro intermitente) FASE III Desaparecimento dos sons soprosos e surgimento de sons mais nítidos e intensos (semelhantes ao da fase I), que aumentam em intensidade FASE IV Os sons tornam-se abruptamente mais suaves e abafados, são menos claros.  FASE V Desaparecimento completo dos sons FASES DOS SONS DE KOROTKOFF
Até a década de 40 o limite máximo para a pressão arterial normal variava muito, mas em geral níveis até 160/100mmhg eram considerados aceitáveis.  (2) Tabela 1.  Classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual no consultório (> 18 anos) Fonte: V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – SBC, SBH, SBN – São Paulo - 2006 Classificação Pressão sistólica ( mmHg ) Pressão Diastólica (mmHg) Ótima < 120 < 80 Normal < 130 < 85 Limítrofe 130-139 85-89 Hipertensão Estagio 1 140-159 90-99 Hipertensão Estagio 2 160-179 100-109 Hipertensão Estagio 3 ≥  180 ≥  110 Hipertensão sistólica isolada ≥  140 < 90
EPIDEMIOLOGIA Segmentos sociais mais pobres tem uma maior prevalência de complicações como acidentes vasculares e doenças cardíacas. As regiões rurais apresentam menores índices de hipertensão em relação à metropolitana. Variação numa mesma população de determinada origem conforme ocorrem migrações. A urbanização, os hábitos sociais e a atividade profissional.  Diversos estudos demonstram uma prevalência elevada de hipertensão arterial na população brasileira, entre os mais comuns :
Isto se deve principalmente ao caráter assintomático da hipertensão durante seus 15 a 20 primeiros anos de evolução, sendo difícil convencer um paciente do perigo em potencial que corre e da necessidade de mudar seu estilo de vida e principalmente da necessidade de utilizar as medicações.  (2) Apesar do reconhecimento da hipertensão como uma entidade de prevalência elevada, seu tratamento continua inadequado.
FISIOPATOLOGIA Para que a hipertensão aconteça, deve haver um problema com os sistemas de controle que monitorizam ou regulam a pressão arterial, além de uma ou mais alterações dos fatores na equação da pressão arterial   : resistência periférica débito cardíaco. O desenvolvimento da hipertensão depende da interação entre predisposição genética e fatores ambientais, embora ainda não seja completamente conhecido como estas interações ocorrem.
Atividade aumentada do sistema nervoso simpático ligada à disfunção do sistema nervoso autônomo. Reabsorção renal de sódio, cloreto e água aumentada ligada a uma variação genética nas vias pelas quais o rim manuseia o sódio. Atividade aumentada do sistema renina-angiotensina-aldosterona, resultando em expansão do volume de líquido extracelular e resistência vascular sistêmica aumentada. A hipertensão é o resultado de:
Vasodilatação diminuída das arteríolas ligadas à disfunção do endotélio vascular Resistência à ação a insulina, que pode ser um fator comum ligando a hipertensão, diabetes melito do tipo 2, hipertrigliceridemia, obesidade e intolerância à glicose.  (6)
Ingesta excessiva de sódio Atividade excessiva do SN Simpático Estresse Menos Néfrons Alteração Genética Obesidade Fatores Endoteliais Retenção Renal de Sódio Superfície de filtração diminuída Excesso de renina-angiotensina Alteração da membrana celular Hiperinsulinemia Volume hídrico Constrição Venosa Pré-carga Contratilidade Constrição Funcional Hipertrofia estrutural Débito Cardíaco Resistência Perifèrica = x
FATORES DE RISCO Idade Em adultos jovens, a hipertensão decorre mais freqüentemente apenas da elevação na pressão diastólica, enquanto a partir da sexta década o principal componente é a elevação da pressão sistólica   .   O risco relativo de desenvolver doenças cardiovasculares associado ao aumento da pressão arterial não diminui com o avanço da idade.
Sexo  e  Etnia A prevalência de hipertensão entre homens e mulheres insinua que sexo não é um fator de risco para hipertensão. Estimativas globais sugerem taxas de hipertensão mais elevadas para homens até os 50 anos e para mulheres a partir da sexta década.  Hipertensão é mais prevalente em mulheres afro descendentes, com excesso de risco de hipertensão, em relação às mulheres brancas.
Nível socioeconômico mais baixo, está associado a maior prevalência de hipertensão arterial e de fatores de risco de lesão em órgãos alvos e eventos cardiovasculares.  Hábitos dietéticos, incluindo consumo de sal, ingestão de álcool Índice de massa corpórea aumentado Estresse psicossocial Menos acesso aos cuidados de saúde e nível educacional são possíveis fatores associados. HAS Fatores Socioeconômicos
Hábitos Alimentares O excesso de consumo de sódio contribui para a ocorrência de hipertensão arterial. Populações que consomem dieta com reduzido conteúdo deste, têm menor prevalência de hipertensão e a pressão arterial não se eleva com a idade.
Obesidade O excesso de massa corporal é um fator predisponente para hipertensão, podendo ser responsável por 20 a 30% dos casos de hipertensão arterial. Apesar do ganho de peso estar fortemente associado com o aumento da pressão arterial, nem todos os indivíduos obesos tornam-se hipertensos.
O consumo elevado de bebidas alcoólicas como cerveja, vinho e destilados aumenta a pressão arterial. O efeito varia com o gênero e a magnitude está associada à quantidade de etanol e à freqüência de ingestão.  Álcool
 
DOENÇAS HIPERTENSIVAS “ Milhares e milhares de pessoas estudaram as doenças, mas praticamente ninguém estudou a saúde!”     Adele Daves
É a doença vascular que mais acomete o sistema nervoso central; o déficit neurológico é causado por lesões vasculares como hemorragia, trombose, embolia ou espasmos. O número de pessoas acometidas por essa patologia tem crescido em todo o mundo devido ao grau de estresse e também pelos hábitos alimentares. As seqüelas dependem da localização, do tamanho da lesão e da quantidade de fluxo sanguíneo colateral. A alteração mais comum é a hemiplegia ou hemiparesia.  Existem dois tipos principais de acidentes vasculares encefálicos: o isquêmico e o hemorrágico.
O acidente vascular encefálico isquêmico (AVEI) caracteriza-se pela interrupção do fluxo sanguíneo (obstrução arterial por trombos ou êmbolos) em uma determinada área do encéfalo, interferindo nas funções neurológicas dependentes daquela região afetada . O acidente vascular encefálico hemorrágico (AVEH) deve-se a ruptura de um vaso intracraniano, gerando o extravasamento de sangue para o parênquima cerebral ou espaço subaracnóideo.
Suprimento de oxigênio diminuído Vasoespasmo (estreitamento ou constrição súbita) de uma artéria coronária Demanda aumentada para o oxigênio (ex.; a partir de uma freqüência cardíaca rápida).  Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) É um processo que pode levar à necrose de parte do músculo cardíaco por falta de aporte adequado de nutrientes e oxigênio. Causas: Fluxo sangüíneo reduzido em uma artéria coronária devido a ruptura de uma placa aterosclerótica e à subseqüente oclusão da artéria por um trombo.
Insuficiência Cardíaca (IC) Consiste na incapacidade do coração para bombear sangue suficiente para atender às necessidades teciduais de oxigênio e nutrientes, devido a sobrecarga hídrica ou a perfusão tissular inadequada.  A sobrecarga hídrica e a perfusão tissular diminuída resultam quando o coração não pode gerar um DC suficiente para atender às demandas do organismo.  A IC resulta de varias condições cardiovasculares, incluindo a hipertensão crônica. Essas condições  podem resultar em contração diminuída (sístole)  e ou enchimento diminuído (diástole).
PREVENÇÃO DA HIPERTENSÃO Hábitos Alimentares Saudáveis A adoção de hábitos alimentares saudáveis é um componente muito importante da prevenção primária da hipertensão arterial, sendo necessário manter o peso adequado, reduzir o consumo de sal, moderar o de álcool, controlar o de gorduras e incluir alimentos ricos em potássio na alimentação diária . x
Peso Corporal  A manutenção do índice de massa corporal entre 18,5 e 24,9 kg/m2 é o ideal. Além disso, é importante que a circunferência da cintura não seja superior a 102 cm para os homens e 88 cm para as mulheres. Quando houver sobrepeso ou obesidade, a perda de 5% a 10% do peso inicial já traz benefícios. O consumo de calorias deve estar de acordo com o gasto calórico diário, incluindo o gasto com atividade física e evitando-se alimentos hipercalóricos e sem valor nutricional.  (4) x
Tabagismo O fumo e o único fator de risco totalmente evitável de doença e morte cardiovasculares. Evitar esse hábito é um dos maiores desafios em razão da dependência química causada pela nicotina. No entanto, programas agressivos de controle ao tabagismo resultam em redução do consumo individual e se associam à diminuição de mortes cardiovasculares.
O controle do estresse emocional é necessário na prevenção da hipertensão arterial. O treino desse controle resulta em: redução da reatividade cardiovascular, redução da pressão arterial e redução de variabilidade da pressão arterial, sendo recomendado não só para hipertensos, mas também para aqueles com fatores de risco para hipertensão arterial.   Estresse
A hipertensão arterial é considerada uma doença silenciosa, pois na maioria dos casos não são observados quaisquer sintomas no paciente, quando estes ocorrem são vagos e comuns a outras doenças. Esta falta de sintomas pode fazer com que o paciente esqueça de tomar o seu remédio ou até mesmo questione a sua necessidade, o que leva a grande número de complicações, como as doenças cardiovasculales. CONCLUSÃO
Embora não exista cura para a Hipertensão Arterial Sistêmica, é possível um controle eficaz, baseado quer na reformulação de hábitos de vida, quer em medicação, permitindo ao paciente uma melhor qualidade de vida.  Desta maneira enfermeiros é importante sempre manter-se alerta:   Prevenindo o aumento da PA com a idade Diminuindo a prevalência da hipertensão Aumentando a detecção e consciência Melhorando o controle da hipertensão Reduzindo fatores de risco cardiovasculares Reconhecendo a importância da HA sistólica Aumentando as oportunidades de tratamento
Lembre-se que promoção de saúde e prevenção de doenças são os maiores aliados para se viver com saúde e com qualidade.
BIBLIOGRAFIA 1. Ferreira, V.B.,Chiapetti, N. et al. Qualidade de vida em adultos hipertensos usuários de um programa multidisciplinar de tratamento. Disponível em  www.cipsi.uem.br/anais2007/trabalhos/getdoc.php?tid=199 ,  acessado em 23/04/2010 às 20h20min. 2. Manuais de cardiologia. Disponível em  www.manuaisdecardiologia.med.br/Capa.htm acessado em 23/04/2010  as 21h00min. 3. SBC;SBH;SBN. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2006 4. Silva, J.L.L; Souza, S.L., Fatores de risco para hipertensão arterial sistêmica versus estilo de vida docente. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 6, n. 3, 2004. Disponível em www.fen.ufg.br , acessado em 23/04/2010 às 21h30min. 5. Smeltzer S. C.;Bare B.G.; Hinkle J.L.; Cheever K.H. Brunner &Suddarth Tratado de Enfermagem Médico-Cirurgica. 11ª. Ed. Vol. 2, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan 2009.

Hipertensão

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    GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM 5° SEMESTRE – TURMA A Campi São Miguel A Interferência do Meio Social e Ambiental nas Doenças Hipertensivas. Graciane P. Leal RGM nº 76378-1 Maria de Fátima Sakamoto RGM nº 76618-6 Hellen Deandre Nascimento RGM nº 76810-3 Flávia da Cruz Oliveira RGM nº 76812-0 Telma Santos Silva RGM nº 76823-5 Elisabeth Batista Borges RGM nº 76824-3 Emerson Lopes de Souza RGM nº 77180-5 Elaine Cristina B. da Silva RGM nº 77395-6 Noemi de Lima Cavalcante RGM nº 77921-1 Patrícia de O. Claudino RGM nº 78813-9 São Paulo 2010
  • 2.
    Atualmente as condiçõesde vida, trabalho, bem como as diversas mudanças econômicas e políticas, combinadas à expectativa de vida aumentada, vem promovendo um aumento significativo de doenças crônico-degenerativas, em especial a hipertensão arterial. (1) A hipertensão arterial sistêmica (HAS) representa grave problema de saúde no país, não só pela elevada prevalência, como também pela acentuada parcela de hipertensos não diagnosticados, ou a não tratada de forma adequada, ou ainda pelo alto índice de abandono ao tratamento. (5) INTRODUÇÃO
  • 3.
    Hipertensão arterial éuma síndrome clínica caracterizada pela elevação da pressão arterial a níveis iguais ou superiores a 140mmhg de pressão sistólica e ou 90mmhg de pressão diastólica, em pelo menos duas aferições subseqüentes obtidas em dias diferentes e em condições de repouso e ambiente tranqüilo. (5) INTRODUÇÃO
  • 4.
    OBJETIVO O objetivodeste trabalho é mostrar fatores de risco que estão diretamente ligados as doenças hipertensivas, como a interferência do meio social e ambiental, para que nós profissionais da área da saúde possamos prestar uma assistência adequada em todas as fases da vida do indivíduo com ou sem hipertensão.
  • 5.
    ASPECTOS HISTÓRICOS Em1905 o russo Korotkoff desenvolveu o método auscultatório de medida indireta da pressão arterial, através do esfigmomanômetro, descrevendo os ruídos que ocorrem durante a ausculta da artéria braquial, concomitante a desinsuflação do manguito. (2)
  • 6.
    Korotkoff Descriçãodos sons FASE I Som súbito, forte, bem definido, que aumenta em intensidade FASE II Sucessão de sons soprosos, mais suaves e prolongados (qualidade de sopro intermitente) FASE III Desaparecimento dos sons soprosos e surgimento de sons mais nítidos e intensos (semelhantes ao da fase I), que aumentam em intensidade FASE IV Os sons tornam-se abruptamente mais suaves e abafados, são menos claros. FASE V Desaparecimento completo dos sons FASES DOS SONS DE KOROTKOFF
  • 7.
    Até a décadade 40 o limite máximo para a pressão arterial normal variava muito, mas em geral níveis até 160/100mmhg eram considerados aceitáveis. (2) Tabela 1. Classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual no consultório (> 18 anos) Fonte: V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – SBC, SBH, SBN – São Paulo - 2006 Classificação Pressão sistólica ( mmHg ) Pressão Diastólica (mmHg) Ótima < 120 < 80 Normal < 130 < 85 Limítrofe 130-139 85-89 Hipertensão Estagio 1 140-159 90-99 Hipertensão Estagio 2 160-179 100-109 Hipertensão Estagio 3 ≥ 180 ≥ 110 Hipertensão sistólica isolada ≥ 140 < 90
  • 8.
    EPIDEMIOLOGIA Segmentos sociaismais pobres tem uma maior prevalência de complicações como acidentes vasculares e doenças cardíacas. As regiões rurais apresentam menores índices de hipertensão em relação à metropolitana. Variação numa mesma população de determinada origem conforme ocorrem migrações. A urbanização, os hábitos sociais e a atividade profissional. Diversos estudos demonstram uma prevalência elevada de hipertensão arterial na população brasileira, entre os mais comuns :
  • 9.
    Isto se deveprincipalmente ao caráter assintomático da hipertensão durante seus 15 a 20 primeiros anos de evolução, sendo difícil convencer um paciente do perigo em potencial que corre e da necessidade de mudar seu estilo de vida e principalmente da necessidade de utilizar as medicações. (2) Apesar do reconhecimento da hipertensão como uma entidade de prevalência elevada, seu tratamento continua inadequado.
  • 10.
    FISIOPATOLOGIA Para quea hipertensão aconteça, deve haver um problema com os sistemas de controle que monitorizam ou regulam a pressão arterial, além de uma ou mais alterações dos fatores na equação da pressão arterial : resistência periférica débito cardíaco. O desenvolvimento da hipertensão depende da interação entre predisposição genética e fatores ambientais, embora ainda não seja completamente conhecido como estas interações ocorrem.
  • 11.
    Atividade aumentada dosistema nervoso simpático ligada à disfunção do sistema nervoso autônomo. Reabsorção renal de sódio, cloreto e água aumentada ligada a uma variação genética nas vias pelas quais o rim manuseia o sódio. Atividade aumentada do sistema renina-angiotensina-aldosterona, resultando em expansão do volume de líquido extracelular e resistência vascular sistêmica aumentada. A hipertensão é o resultado de:
  • 12.
    Vasodilatação diminuída dasarteríolas ligadas à disfunção do endotélio vascular Resistência à ação a insulina, que pode ser um fator comum ligando a hipertensão, diabetes melito do tipo 2, hipertrigliceridemia, obesidade e intolerância à glicose. (6)
  • 13.
    Ingesta excessiva desódio Atividade excessiva do SN Simpático Estresse Menos Néfrons Alteração Genética Obesidade Fatores Endoteliais Retenção Renal de Sódio Superfície de filtração diminuída Excesso de renina-angiotensina Alteração da membrana celular Hiperinsulinemia Volume hídrico Constrição Venosa Pré-carga Contratilidade Constrição Funcional Hipertrofia estrutural Débito Cardíaco Resistência Perifèrica = x
  • 14.
    FATORES DE RISCOIdade Em adultos jovens, a hipertensão decorre mais freqüentemente apenas da elevação na pressão diastólica, enquanto a partir da sexta década o principal componente é a elevação da pressão sistólica . O risco relativo de desenvolver doenças cardiovasculares associado ao aumento da pressão arterial não diminui com o avanço da idade.
  • 15.
    Sexo e Etnia A prevalência de hipertensão entre homens e mulheres insinua que sexo não é um fator de risco para hipertensão. Estimativas globais sugerem taxas de hipertensão mais elevadas para homens até os 50 anos e para mulheres a partir da sexta década. Hipertensão é mais prevalente em mulheres afro descendentes, com excesso de risco de hipertensão, em relação às mulheres brancas.
  • 16.
    Nível socioeconômico maisbaixo, está associado a maior prevalência de hipertensão arterial e de fatores de risco de lesão em órgãos alvos e eventos cardiovasculares. Hábitos dietéticos, incluindo consumo de sal, ingestão de álcool Índice de massa corpórea aumentado Estresse psicossocial Menos acesso aos cuidados de saúde e nível educacional são possíveis fatores associados. HAS Fatores Socioeconômicos
  • 17.
    Hábitos Alimentares Oexcesso de consumo de sódio contribui para a ocorrência de hipertensão arterial. Populações que consomem dieta com reduzido conteúdo deste, têm menor prevalência de hipertensão e a pressão arterial não se eleva com a idade.
  • 18.
    Obesidade O excessode massa corporal é um fator predisponente para hipertensão, podendo ser responsável por 20 a 30% dos casos de hipertensão arterial. Apesar do ganho de peso estar fortemente associado com o aumento da pressão arterial, nem todos os indivíduos obesos tornam-se hipertensos.
  • 19.
    O consumo elevadode bebidas alcoólicas como cerveja, vinho e destilados aumenta a pressão arterial. O efeito varia com o gênero e a magnitude está associada à quantidade de etanol e à freqüência de ingestão. Álcool
  • 20.
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    DOENÇAS HIPERTENSIVAS “Milhares e milhares de pessoas estudaram as doenças, mas praticamente ninguém estudou a saúde!” Adele Daves
  • 22.
    É a doençavascular que mais acomete o sistema nervoso central; o déficit neurológico é causado por lesões vasculares como hemorragia, trombose, embolia ou espasmos. O número de pessoas acometidas por essa patologia tem crescido em todo o mundo devido ao grau de estresse e também pelos hábitos alimentares. As seqüelas dependem da localização, do tamanho da lesão e da quantidade de fluxo sanguíneo colateral. A alteração mais comum é a hemiplegia ou hemiparesia. Existem dois tipos principais de acidentes vasculares encefálicos: o isquêmico e o hemorrágico.
  • 23.
    O acidente vascularencefálico isquêmico (AVEI) caracteriza-se pela interrupção do fluxo sanguíneo (obstrução arterial por trombos ou êmbolos) em uma determinada área do encéfalo, interferindo nas funções neurológicas dependentes daquela região afetada . O acidente vascular encefálico hemorrágico (AVEH) deve-se a ruptura de um vaso intracraniano, gerando o extravasamento de sangue para o parênquima cerebral ou espaço subaracnóideo.
  • 24.
    Suprimento de oxigêniodiminuído Vasoespasmo (estreitamento ou constrição súbita) de uma artéria coronária Demanda aumentada para o oxigênio (ex.; a partir de uma freqüência cardíaca rápida). Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) É um processo que pode levar à necrose de parte do músculo cardíaco por falta de aporte adequado de nutrientes e oxigênio. Causas: Fluxo sangüíneo reduzido em uma artéria coronária devido a ruptura de uma placa aterosclerótica e à subseqüente oclusão da artéria por um trombo.
  • 25.
    Insuficiência Cardíaca (IC)Consiste na incapacidade do coração para bombear sangue suficiente para atender às necessidades teciduais de oxigênio e nutrientes, devido a sobrecarga hídrica ou a perfusão tissular inadequada. A sobrecarga hídrica e a perfusão tissular diminuída resultam quando o coração não pode gerar um DC suficiente para atender às demandas do organismo. A IC resulta de varias condições cardiovasculares, incluindo a hipertensão crônica. Essas condições podem resultar em contração diminuída (sístole) e ou enchimento diminuído (diástole).
  • 26.
    PREVENÇÃO DA HIPERTENSÃOHábitos Alimentares Saudáveis A adoção de hábitos alimentares saudáveis é um componente muito importante da prevenção primária da hipertensão arterial, sendo necessário manter o peso adequado, reduzir o consumo de sal, moderar o de álcool, controlar o de gorduras e incluir alimentos ricos em potássio na alimentação diária . x
  • 27.
    Peso Corporal A manutenção do índice de massa corporal entre 18,5 e 24,9 kg/m2 é o ideal. Além disso, é importante que a circunferência da cintura não seja superior a 102 cm para os homens e 88 cm para as mulheres. Quando houver sobrepeso ou obesidade, a perda de 5% a 10% do peso inicial já traz benefícios. O consumo de calorias deve estar de acordo com o gasto calórico diário, incluindo o gasto com atividade física e evitando-se alimentos hipercalóricos e sem valor nutricional. (4) x
  • 28.
    Tabagismo O fumoe o único fator de risco totalmente evitável de doença e morte cardiovasculares. Evitar esse hábito é um dos maiores desafios em razão da dependência química causada pela nicotina. No entanto, programas agressivos de controle ao tabagismo resultam em redução do consumo individual e se associam à diminuição de mortes cardiovasculares.
  • 29.
    O controle doestresse emocional é necessário na prevenção da hipertensão arterial. O treino desse controle resulta em: redução da reatividade cardiovascular, redução da pressão arterial e redução de variabilidade da pressão arterial, sendo recomendado não só para hipertensos, mas também para aqueles com fatores de risco para hipertensão arterial. Estresse
  • 30.
    A hipertensão arterialé considerada uma doença silenciosa, pois na maioria dos casos não são observados quaisquer sintomas no paciente, quando estes ocorrem são vagos e comuns a outras doenças. Esta falta de sintomas pode fazer com que o paciente esqueça de tomar o seu remédio ou até mesmo questione a sua necessidade, o que leva a grande número de complicações, como as doenças cardiovasculales. CONCLUSÃO
  • 31.
    Embora não existacura para a Hipertensão Arterial Sistêmica, é possível um controle eficaz, baseado quer na reformulação de hábitos de vida, quer em medicação, permitindo ao paciente uma melhor qualidade de vida. Desta maneira enfermeiros é importante sempre manter-se alerta: Prevenindo o aumento da PA com a idade Diminuindo a prevalência da hipertensão Aumentando a detecção e consciência Melhorando o controle da hipertensão Reduzindo fatores de risco cardiovasculares Reconhecendo a importância da HA sistólica Aumentando as oportunidades de tratamento
  • 32.
    Lembre-se que promoçãode saúde e prevenção de doenças são os maiores aliados para se viver com saúde e com qualidade.
  • 33.
    BIBLIOGRAFIA 1. Ferreira,V.B.,Chiapetti, N. et al. Qualidade de vida em adultos hipertensos usuários de um programa multidisciplinar de tratamento. Disponível em www.cipsi.uem.br/anais2007/trabalhos/getdoc.php?tid=199 , acessado em 23/04/2010 às 20h20min. 2. Manuais de cardiologia. Disponível em www.manuaisdecardiologia.med.br/Capa.htm acessado em 23/04/2010 as 21h00min. 3. SBC;SBH;SBN. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2006 4. Silva, J.L.L; Souza, S.L., Fatores de risco para hipertensão arterial sistêmica versus estilo de vida docente. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 6, n. 3, 2004. Disponível em www.fen.ufg.br , acessado em 23/04/2010 às 21h30min. 5. Smeltzer S. C.;Bare B.G.; Hinkle J.L.; Cheever K.H. Brunner &Suddarth Tratado de Enfermagem Médico-Cirurgica. 11ª. Ed. Vol. 2, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan 2009.