NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA  PARA DOADOR-VIVO Lado esquerdo Eduardo Franco Carvalhal Bienal 2010
“ Ora, se as coisas são inatingíveis, não é motivo para não querê-las,... Que tristes os caminhos,  não fora a mágica presença das estrelas”  Mário Quintana
TRANSPLANTE RENAL Tx renal melhora a sobrevida e  a qualidade de vida dos pacientes com IRC em comparação ao tratamento dialítico US Renal Data System, 1997 Infelizmente, a pequena disponibilidade de doadores cadavéricos é ainda uma realidade
TRANSPLANTE RENAL UNOS 2000 Annual Report
NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA DOADOR-VIVO Nefrectomia de doador-vivo é uma alternativa viável para reduzir ou ultrapassar esta dificuldade Doação inter-vivos resulta em sobrevida superior do enxerto após 1 e 5 anos (6% e 12% superior que o enxerto cadavérico)   UNOS 2000 Annual Report
NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA DOADOR-VIVO 1995 – Ratner et al.  - 1 ° caso Objetivos Reduzir morbidade – paciente sadio Retorno precoce a atividades normais Estimular/aumentar o  pool  de doadores  Melhor resultado estético
NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA DOADOR-VIVO Estado Atual Técnica segura e reprodutível Ratner et al., Urol Clin North Am 2001 Comparação à nefrectomia aberta Superior quanto à morbidade  Método seguro Adequada função do enxerto 3 meta-análises  (> 6570 pts, 57% Lap) 7 clinical trials Necessidade de melhor registro e desenvolvimento da técnica em centros especializados Tooher RL, Transplantation 2004 Nanidis TG et al., Ann Surg 2008 Shokeir A, J Urol 2007
NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA DOADOR-VIVO Estado Atual Complicações da via laparoscópica Conversão 0-13%  (2% nas maiores séries) Lesões vasculares maiores 0 - 6,8%  Obstrução intestinal e pancreatite  Menor risco de pneumotórax, hérnia incisional e dor crônica que na nefrectomia aberta Jacobs S et al., J Urol 2004 Nogueira M et al., BJU Int 2005 Hsu T et al., Urology 2002
NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA DOADOR-VIVO Dilema do Rim direito Veia renal mais curta Registro inicial de maior índice de trombose Recomendação  – “Melhor rim permanece com o doador” Artérias múltiplas ou bifurcação precoce Cistos, cálculos, tamanho menor à direita
NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA DOADOR-VIVO Artérias renais múltiplas Maior procura pelo lado esquerdo Não há impacto na função renal Hsu T et al., Urology 2003 Troppman C et al., Arch Surg 2001
NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA DOADOR-VIVO Hospital São Lucas - PUCRS Protocolo Rim esquerdo ->  Transperitoneal Artéria única ou múltiplas (2) Consentimento informado Cirurgia abdome superior prévia e/ou seleção do rim direito ->  Retroperitoneal ou Trans
NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA DOADOR-VIVO Avaliação anatômica do doador Antes : UGE + Arteriografia + Ultrassom Atual :  Angio RNM ou Angio CT
NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA DOADOR-VIVO Arteriografia renal   Angio-RNM
NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA DOADOR-VIVO RNM pré-transplante
NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA DOADOR-VIVO Resultados Hospital São Lucas, PUC  Porto Alegre, Brasil 153 nefrectomias laparoscópicas de doador Maio 2002 – Outubro 2010 84 mulheres, 69 homens 92%  rim esquerdo
NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA DOADOR-VIVO Resultados Tempo cirúrgico    3,8 h  (2.5 – 6.5) Internação    3,2 dias  (2-12) Tempo de isquemia  4,2 min  (3-12) Complicações menores  7 casos  (8.5%)  Infecção de FO (2), seroma (2), atelectasia, íleo adinâmico (2), hidrocele (2) Complicações maiores  4 casos (2,6 %)  Vascular (3), necessitaram re-operação e transfusão  TEP (1) – tratado por 3 meses com anticoagulação oral  Mortalidade  Nenhum
NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA DOADOR-VIVO Lado esquerdo  Liberação do cólon Dissecção do pacote ureter/gonadal Ligadura das veias tributárias Dissecção do hilo renal Liberação do rim e mini-Pfannenstiel Controle vascular e retirada do rim Hemostasia
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NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA DOADOR-VIVO
NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA DOADOR-VIVO
PERSPECTIVAS FUTURAS E-NOTES / LESS CCF – 4 casos iniciais Portal único (umbilical) Plataforma de 3 instrumentos flexível Potencial aplicação da robótica Gill IS, et al. J Urol, June 2008, e-pub before print
NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA DOADOR-VIVO CONCLUSÕES Técnica  reprodutível e com mais rápida recuperação para a maioria dos pacientes Adequado resultado funcional do enxerto Rim esquerdo é o lado preferencial, exceto em casos de variação vascular significativa ou indicação de nefrectomia direita Importância da avaliação vascular
NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA DOADOR-VIVO CONCLUSÕES Potencial de aumento do  pool  de doadores Riscos não devem ser minimizados, requerendo alto nível de atenção e prevenção de complicações Experiência laparoscópica prévia consistente é necessária ao iniciar-se o programa laparoscópico

Nefrectomia Laparoscópica para doador Vivo

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    NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA DOADOR-VIVO Lado esquerdo Eduardo Franco Carvalhal Bienal 2010
  • 2.
    “ Ora, seas coisas são inatingíveis, não é motivo para não querê-las,... Que tristes os caminhos, não fora a mágica presença das estrelas” Mário Quintana
  • 3.
    TRANSPLANTE RENAL Txrenal melhora a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes com IRC em comparação ao tratamento dialítico US Renal Data System, 1997 Infelizmente, a pequena disponibilidade de doadores cadavéricos é ainda uma realidade
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    TRANSPLANTE RENAL UNOS2000 Annual Report
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    NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARADOADOR-VIVO Nefrectomia de doador-vivo é uma alternativa viável para reduzir ou ultrapassar esta dificuldade Doação inter-vivos resulta em sobrevida superior do enxerto após 1 e 5 anos (6% e 12% superior que o enxerto cadavérico) UNOS 2000 Annual Report
  • 6.
    NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARADOADOR-VIVO 1995 – Ratner et al. - 1 ° caso Objetivos Reduzir morbidade – paciente sadio Retorno precoce a atividades normais Estimular/aumentar o pool de doadores Melhor resultado estético
  • 7.
    NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARADOADOR-VIVO Estado Atual Técnica segura e reprodutível Ratner et al., Urol Clin North Am 2001 Comparação à nefrectomia aberta Superior quanto à morbidade Método seguro Adequada função do enxerto 3 meta-análises (> 6570 pts, 57% Lap) 7 clinical trials Necessidade de melhor registro e desenvolvimento da técnica em centros especializados Tooher RL, Transplantation 2004 Nanidis TG et al., Ann Surg 2008 Shokeir A, J Urol 2007
  • 8.
    NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARADOADOR-VIVO Estado Atual Complicações da via laparoscópica Conversão 0-13% (2% nas maiores séries) Lesões vasculares maiores 0 - 6,8% Obstrução intestinal e pancreatite Menor risco de pneumotórax, hérnia incisional e dor crônica que na nefrectomia aberta Jacobs S et al., J Urol 2004 Nogueira M et al., BJU Int 2005 Hsu T et al., Urology 2002
  • 9.
    NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARADOADOR-VIVO Dilema do Rim direito Veia renal mais curta Registro inicial de maior índice de trombose Recomendação – “Melhor rim permanece com o doador” Artérias múltiplas ou bifurcação precoce Cistos, cálculos, tamanho menor à direita
  • 10.
    NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARADOADOR-VIVO Artérias renais múltiplas Maior procura pelo lado esquerdo Não há impacto na função renal Hsu T et al., Urology 2003 Troppman C et al., Arch Surg 2001
  • 11.
    NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARADOADOR-VIVO Hospital São Lucas - PUCRS Protocolo Rim esquerdo -> Transperitoneal Artéria única ou múltiplas (2) Consentimento informado Cirurgia abdome superior prévia e/ou seleção do rim direito -> Retroperitoneal ou Trans
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    NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARADOADOR-VIVO Avaliação anatômica do doador Antes : UGE + Arteriografia + Ultrassom Atual : Angio RNM ou Angio CT
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    NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARADOADOR-VIVO Arteriografia renal Angio-RNM
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    NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARADOADOR-VIVO RNM pré-transplante
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    NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARADOADOR-VIVO Resultados Hospital São Lucas, PUC Porto Alegre, Brasil 153 nefrectomias laparoscópicas de doador Maio 2002 – Outubro 2010 84 mulheres, 69 homens 92% rim esquerdo
  • 16.
    NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARADOADOR-VIVO Resultados Tempo cirúrgico 3,8 h (2.5 – 6.5) Internação 3,2 dias (2-12) Tempo de isquemia 4,2 min (3-12) Complicações menores 7 casos (8.5%) Infecção de FO (2), seroma (2), atelectasia, íleo adinâmico (2), hidrocele (2) Complicações maiores 4 casos (2,6 %) Vascular (3), necessitaram re-operação e transfusão TEP (1) – tratado por 3 meses com anticoagulação oral Mortalidade Nenhum
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    NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARADOADOR-VIVO Lado esquerdo Liberação do cólon Dissecção do pacote ureter/gonadal Ligadura das veias tributárias Dissecção do hilo renal Liberação do rim e mini-Pfannenstiel Controle vascular e retirada do rim Hemostasia
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    PERSPECTIVAS FUTURAS E-NOTES/ LESS CCF – 4 casos iniciais Portal único (umbilical) Plataforma de 3 instrumentos flexível Potencial aplicação da robótica Gill IS, et al. J Urol, June 2008, e-pub before print
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    NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARADOADOR-VIVO CONCLUSÕES Técnica reprodutível e com mais rápida recuperação para a maioria dos pacientes Adequado resultado funcional do enxerto Rim esquerdo é o lado preferencial, exceto em casos de variação vascular significativa ou indicação de nefrectomia direita Importância da avaliação vascular
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    NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARADOADOR-VIVO CONCLUSÕES Potencial de aumento do pool de doadores Riscos não devem ser minimizados, requerendo alto nível de atenção e prevenção de complicações Experiência laparoscópica prévia consistente é necessária ao iniciar-se o programa laparoscópico