Saúde da Criança e Adolescente
Prof. Enf. Sidney Gonçalves
INTRODUÇÃO
• Considerando a necessidade de instrumentalizar a Enfermagem, que atua
nas Unidades Básicas de Saúde, e garantindo que essa Assistência ocorra
conforme as diretrizes do Sistema Único de Saúde fez-se necessária a
elaboração deste Instrumento, com o objetivo de nortear condutas no âmbito
da Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente.
• Na Saúde da Criança e do Adolescente, a Enfermagem, sobretudo, vem
acompanhar o desenvolvimento infanto-juvenil e ampliar as competências e
responsabilidades familiares no cuidado da criança e do adolescente.
PRIMEIRO ATENDIMENTO
Parabenizar pela chegada da criança
Perguntar como foi à experiência do parto, como se sentiu
Observar indícios de depressão pós-parto (vide manual Saúde da Mulher) e se houve
intercorrências pós-parto
Fazer avaliação física da loquiação, episiorrafia ou rafia da cesárea
Avaliar as mamas, observar a amamentação, orientando e incentivando o aleitamento materno
exclusivo
Verificar situação vacinal da mãe e da criança
Verificar se foram realizados os exames de triagem neonatal e orientar a levar os resultados na
Consulta Médica
PRIMEIRO ATENDIMENTO
Verificar o preenchimento completo do cartão de gestante/puérpera
Quando se tratar de crianças em situação de rua, verificar se a mesma esta
abrigada, se sim, seguir a rotina de consulta, porém quando a mesma estiver
na rua (sem ser abrigada) procurar saber onde e com quem fica, para garantir
a continuidade dos cuidados com a criança.
PRIMEIRO ATENDIMENTO
È uma oportunidade importante para orientar as peculiaridades do cuidado ao Recém-nascido (RN)
como:
- Cólicas
- Choro excessivo
- Cuidados com o coto um umbilical
- Higiene em geral
- Padrão de Sono
- Eliminações – aspecto das fezes e urina
- Observar se há presença de icterícia
- Observar aceitação da amamentação
ACOMPANHAMENTO DO RN
DEVERÁ SER REALIZADO EM CONSULTA DE ENFERMAGEM, MÉDICA,
VISITA DOMICILIÁRIA E GRUPOS EDUCATIVOS
PRIORIZAR SEGUIMENTO DO RN DE BAIXO PESO AO NASCER E DOS
PREMATUROS
ACOMPANHAMENTO DO RN
- PRIMEIRO ANO DE VIDA DE CRIANÇAS SEM RISCO
CM Consulta Médica e CE - Consulta do Enfermeiro 1º mês ->
(preferencialmente nos primeiros 10 dias) CE - Consulta do Enfermeiro - 3º; 5º;
7º; 8º; 10º; 11º mês
Após o 6º mês acontecerão: consultas médicas, do enfermeiro e, participação
em grupos com a equipe, agenda que dependerá das características locais,
considerando, principalmente, indicadores epidemiológicos.
ACOMPANHAMENTO DO RN
- DO PRIMEIRO AO SEGUNDO ANO DE VIDA TRIMESTRALMENTE
Intercalando Consulta Médica, de Enfermagem e participação nos grupos com
a equipe.
- DO SEGUNDO AO QUINTO ANO DE VIDA SEMESTRALMENTE
Intercalando Consulta Médica, de Enfermagem e participação nos grupos com
a equipe.
ACOMPANHAMENTO DO RN
Atentar à primeira CE, preferencialmente deve ser realizada quando na VD -
PUÉRPERA E O RECÉM-NASCIDO
CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS A SEREM OBSERVADOS
- Risco de crescimento e desenvolvimento:
Curva descendente ou horizontal, ganho de peso insuficiente, agravos
nutricionais, prematuridade, desenvolvimento não compatível com a idade,
atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e infecção de repetição.
ACOMPANHAMENTO DO RN
- Risco de infecções de repetição:
Internação, atraso vacinal, desnutrição e aleitamento misto.
- Riscos identificados ao nascer:
Baixo peso ao nascer (<2.500g). Prematuridade
Morte de irmão menor de 5 anos de idade, internação após alta materna.
- Risco ambiental:
Falta de saneamento básico, moradia inadequada, desestruturação familiar,
situações de violência doméstica e sexual, uso e dependência de drogas lícitas e ilícitas.
CONSULTA DE ENFERMAGEM ORIENTAÇÕES
- Citar quem é o informante da consulta (mãe, pai, avó, babá, etc.) e quem vai cuidar dessa
criança.
- Quem cuidará dela após o término da licença maternidade (creche, avó, babá, etc.).
- A mãe fez pré-natal? Fez todos os exames do pré-natal?
- Ficou doente durante a gravidez?
- Possui alguma doença imunossupressora?
- Usou drogas lícitas ou ilícitas?
- Quantos filhos ela já teve? São de um mesmo relacionamento?
- Quantos morreram?
- Quais as causas dos óbitos?
- A gravidez foi planejada?
- História de transtornos psiquiátricos?
-
CONSULTA DE ENFERMAGEM ORIENTAÇÕES
- Aproveitar todas as oportunidades para investigar sinais indicativos de maus tratos, tais como,
equimoses, hematomas, pequenos traumas e comportamento da criança
- Peso ao nascer
-Tipo de parto
- Verificar relatório de alta do RN
- Verificar se foi realizado o exame do pezinho e reflexo vermelho na maternidade
- A carteira de vacina deve ser verificada sempre, anotando se está em dia pela verificação direta
- Aproveitar qualquer vinda da criança à UBS para regularizar as vacinas (acolhimento, grupos,
consultas médicas ou de enfermagem).
- Orientar a mãe ou cuidador sobre a importância da vacinação, que mantenham sempre consigo a
Caderneta de Saúde da Criança, apropriando-se das informações nela contidas.
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA CONSULTA DE
ENFERMAGEM ORIENTAÇÕES
- O acompanhamento do desenvolvimento biopsicossocial é um marco fundamental da atenção à
saúde da criança. Além da importância para promoção da saúde, desenvolvimento de
potencialidades,
diagnóstico e tratamento precoce de patologias, contribui para uma melhor qualidade de vida.
- De acordo com as orientações do Ministério da Saúde (MS) encontradas na Caderneta de Saúde
da Criança, o seu crescimento e desenvolvimento são importantes indicadores de saúde e sofrem
influência de fatores biológicos e ambientais
- É importante estimular desde cedo o desenvolvimento da criança para que ela adquira
autoconfiança, autoestima e desenvolva capacidade de relacionar-se bem com outras crianças,
com a família e com a comunidade.
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA CONSULTA DE
ENFERMAGEM ORIENTAÇÕES
- Vigiar o desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida é de fundamental importância,
pois é nesta etapa da vida extrauterina que o tecido nervoso mais cresce e amadurece, estando,
portanto, mais sujeito a agravos.
- É também nesta época que a criança responde melhor aos estímulos que recebe do meio
ambiente e às intervenções, quando necessárias. Portanto, é importante que neste período o
profissional de saúde, juntamente com a família e a comunidade, faça a vigilância do
desenvolvimento infantil e verifique o adequado preenchimento da Caderneta de Saúde da Criança
com os parâmetros para o desenvolvimento da criança.
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA CONSULTA DE
ENFERMAGEM ORIENTAÇÕES
Na primeira consulta da criança é importante perguntar para a mãe/cuidador sobre fatos
associados ao seu desenvolvimento, observar alguns detalhes no seu exame físico e finalizar com
a observação da criança na realização de comportamento os esperados para a sua faixa etária.
Aproveite para observar a interação da mãe/cuidador com a criança (vínculo mãe/filho), por ser
esta relação importante fator de proteção para o desenvolvimento humano.
Observe a forma como a mãe segura à criança, se existe contato visual e verbal de forma
afetuosa entre mãe e filho.
Veja ainda os movimentos espontâneos da criança, se ela apresenta interesse por objetos
próximos e pelo ambiente.
Verifique os cuidados da mãe ou cuidador com a criança pelo seu estado de higiene e a atenção
ao que ela está fazendo, para onde olha ou o que deseja naquele momento. São observações
que podem auxiliar na avaliação.
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA CONSULTA DE
ENFERMAGEM ORIENTAÇÕES
É importante que o profissional esteja atento às condições de saúde da mãe/cuidador.
Mães podem apresentar depressão pós-parto (vide Manual de Saúde da Mulher). Nesses
casos, é importante reforçar a confiança das mães e, se necessário, encaminhá-las para
atendimento médico.
detalhes perante o ambiente/ interação
A vigilância do desenvolvimento da criança pode ser realizada pelo profissional da Atenção
Básica com a utilização de alguns brinquedos e objetos que desencadeiam respostas reflexas.
Certifique-se que o ambiente para avaliação seja o mais tranquilo possível e que a criança
esteja em boas condições emocionais e de saúde para iniciar o exame.
Se por algum motivo não for possível avaliar o desenvolvimento da criança naquela consulta
ou, se ficar em dúvida quanto a algum item de avaliação, marque retorno o mais breve
possível para proceder à avaliação com mais segurança.
DESENVOLVIMENTO DE 0 A 12 MESES
DESENVOLVIMENTO DE 0 A 12 MESES
DESENVOLVIMENTO DE 12 A 36 MESES
DESENVOLVIMENTO DE 12 A 36 MESES
DESENVOLVIMENTO PONDEROESTATURAL
A partir do 2º mês de vida, o esperado para o ganho de peso é de 18 a 30 g/dia, mas,
o crescimento individual de cada criança poderá ter variações. Nas crianças em aleitamento
materno, a enfermagem deverá avaliar o momento da mamada (posição, pega e fluxo de leite).
Pela aferição de peso e estatura é possível o diagnóstico nutricional.
Esta aferição deve ser realizada na consulta de enfermagem, médica, no atendimento do
auxiliar de enfermagem e em grupos de puericultura.
Deve-se garantir sempre a retirada completa das roupas, fraldas e calçados.
Estatura: 1º semestre de vida -> 15 cm; 2º semestre de vida -> 10 cm; 1º ano de vida -> 25
cm; 2º ano de vida -> 10 a 12 cm/ano; 3º e 4º ano de vida -> 7cm/ano
Peso: Nos primeiros meses de vida, o esperado para ganho de peso é de 700 a 1000
gramas/mês (mínimo de 20 gramas/dia). Ocorre uma perda de 10% do peso do nascimento até
o 10º dia de vida.
DESENVOLVIMENTO PONDEROESTATURAL
A partir do 2º mês de vida, o esperado para o ganho de peso é de 18 a 30 g/dia, mas,
o crescimento individual de cada criança poderá ter variações. Nas crianças em aleitamento
materno, a enfermagem deverá avaliar o momento da mamada (posição, pega e fluxo de leite).
Pela aferição de peso e estatura é possível o diagnóstico nutricional.
Esta aferição deve ser realizada na consulta de enfermagem, médica, no atendimento do
auxiliar de enfermagem e em grupos de puericultura.
Deve-se garantir sempre a retirada completa das roupas, fraldas e calçados.
Estatura: 1º semestre de vida -> 15 cm; 2º semestre de vida -> 10 cm; 1º ano de vida -> 25
cm; 2º ano de vida -> 10 a 12 cm/ano; 3º e 4º ano de vida -> 7cm/ano
Peso: Nos primeiros meses de vida, o esperado para ganho de peso é de 700 a 1000
gramas/mês (mínimo de 20 gramas/dia). Ocorre uma perda de 10% do peso do nascimento até
o 10º dia de vida.
EXAME FÍSICO
O exame físico deve ser sempre detalhado, respeitando suas características de
desenvolvimento
Realizar o desnudamento da criança por partes
Lembrar peculiaridades do RN, lactente, crianças entre 13 a 36 meses, pré-
escolar e escolar
Estar atento para hipoatividade ou abatimento da criança, assim como
irritabilidade ou choro excessivo
Sempre atentar para sinais de maus tratos, má higiene, abandono ou negligência.
Deixar por último os procedimentos mais estressantes (otoscopia, inspeção das
amígdalas, mensurações e outros)
Deixar anotado no prontuário qualquer suspeita e discutir com a equipe.
EXAME FÍSICO GERAL E ESPECÍFICO
EXAME FÍSICO
EXAME FÍSICO
EXAME FÍSICO
EXAME FÍSICO
EXAME FÍSICO
COMPLEMENTAÇÃO VITAMÍNICA
Vitaminas A e D devem ser suplementadas a partir do 7º dia de vida até dois anos de idade como medida profilática
(posologia vide bula).
A deficiência de Ferro é a mais frequente dentre as carências nutricionais das crianças em todo o mundo, constituindo um
grave problema de saúde pública. A deficiência de Ferro causa repercussões negativas para o desenvolvimento mental e
motor das crianças, ocasionando uma redução do rendimento escolar.
Considerando a crescente prevalência de anemia ferropriva e as dificuldades de grande parte da população ao acesso
aos alimentos ricos em Ferro ou aos alimentos fortificados, foi desenvolvido um Programa de Prevenção de Anemia
Ferropriva na infância onde é indicado a Suplementação de Ferro elementar conforme quadro abaixo:
HIGIENE ORAL
ALEITAMENTO
ALEITAMENTO
ALEITAMENTO
ORDENHA MANUAL
ORDENHA MANUAL
INTERRUPÇÃO TEMPORÁRIA DAAMAMENTAÇÃO
LEITE DE VACA
LEITE EM PÓ INTEGRAL
LEITE EM PÓ INTEGRAL
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
AVALIAÇÃO DO PESO E GANHO PONDERAL
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
AVALIAÇÃO DO PESO E GANHO PONDERAL
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
AVALIAÇÃO DO PESO E GANHO PONDERAL
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
AVALIAÇÃO DO PESO E GANHO PONDERAL
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
ESCABIOSE
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
ESCABIOSE
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
ESTRÓFULO
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
ESTRÓFULO
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
PEDICULOSE
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
PEDICULOSE
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
DERMATITE DAS FRALDAS
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
DERMATITE DAS FRALDAS
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
DERMATITE DAS FRALDAS
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
DERMATITE SEBORRÉICA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
DERMATITE SEBORRÉICA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
INTERTRIGO
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
INTERTRIGO
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS
COMUNS NA INFÂNCIA
ATENDIMENTO A CRIANÇAS E ADOLESCENTES
VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA
A violência é um fenômeno que se desenvolve e dissemina nas
relações sociais e interpessoais, implicando sempre uma relação de poder
que não
faz parte da natureza humana. A violência sexual é uma das principais
causas de morbimortalidade, especialmente na população de crianças,
adolescentes e adultos jovens. (M.S,2002).
Há diversos tipos de violência, tais como: física, psicológica, sexual,
negligência e Síndrome de Münchausen.
A Síndrome de Münchausen ocorre quando um parente, quase
sempre a mãe, de forma persistentemente ou intermitentemente produzem
(fabrica, simula, inventa), de forma intencional, sintomas em seu filho,
fazendo que este seja considerado doente, ou provocando ativamente a
doença, colocando-a em risco e numa situação que requeira investigação.
A gravidade e a abrangência do fenômeno da violência contra crianças e
adolescentes exige que toda a sociedade se responsabilize pela superação
do problema.
Trata-se de envolver a comunidade, estimulando o compromisso de todos na
construção dos direitos e no fortalecimento da cultura de paz e não-violência.
ATENDIMENTO A CRIANÇAS E ADOLESCENTES
VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA
AS FORMAS MAIS FREQUENTES DEVIOLÊNCIA
A violência sempre é expressão de uma relação de poder em que o lado mais
forte usa da força para impor seu desejo ou humilhar o polo mais frágil. As
formas mais frequentes de violência são classificadas em: violência física,
sexual, psicológica, negligência e bullying.
Violência Física é definida como uso da força física de forma intencional,
não acidental, praticada por pais, responsáveis, familiares ou outras pessoas,
com o objetivo de ferir ou provocar dano.
Violência Sexual é todo ato ou jogo sexual, hetero ou homossexual, cujo
agressor está em estágio de desenvolvimento psicossexual mais adiantado
do que a vítima. Tem como intenção estimulá-la sexualmente ou utilizá-la
para obter satisfação sexual. Pode incluir desde carícias, manipulação da
genitália, voyeurismo, pornografia e exibicionismo, até o ato sexual com ou
sem penetração. Tais práticas eróticas e sexuais são impostas à criança ou
ao adolescente pela violência física, por ameaças ou pela indução de sua
vontade.
ATENDIMENTO A CRIANÇAS E ADOLESCENTES
VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA
Violência Psicológica caracteriza-se por toda forma de submissão da
criança por meio de agressões verbais, humilhação, discriminação,
depreciação, responsabilização excessiva, indiferença ou rejeição.
É considerada também violência psicológica a utilização da criança ou
adolescente para atender às necessidades psíquicas dos adultos. Pela
sutileza do ato e pela falta de evidências imediatas de maus tratos, esse tipo
de violência é muito difícil de ser identificada, apesar de muitas vezes estar
associada às demais formas de violência.
Negligência é o ato de omissão do responsável pela criança ou adolescente
em prover as necessidades básicas para o seu desenvolvimento físico,
emocional e social. O abandono é considerado como a forma extrema de
negligência. Pode caracterizar-se pela omissão de cuidados básicos como a
privação de medicamentos, falta de atendimento aos cuidados necessários
com a saúde, descuido com a higiene, ausência de proteção contra as
condições adversas do meio ambiente (como frio ou calor), não provimento
de estímulos e de condições para a frequência à escola.
ATENDIMENTO A CRIANÇAS E ADOLESCENTES
VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA
Devido à situação de miséria e de extrema pobreza em que muitas famílias
vivem no Brasil, grande parte delas chefiada por mulheres que precisam
trabalhar fora de casa para garantir a sobrevivência dos filhos, a identificação
da negligência frequentemente é um ato de difícil discernimento.
Independente da culpabilidade dos pais ou responsáveis pelos cuidados com
os filhos, é necessária a notificação e a tomada de decisão a favor da
proteção da criança ou adolescente que está sofrendo a situação de
desamparo.
Bullying é uma forma de violência praticada particularmente nas escolas e
incrementada pelos meios virtuais de comunicação, como a internet,
principalmente por meio das redes sociais e pela telefonia celular. O termo
bullying compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais
e repetidas, adotadas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, e
executadas dentro de uma relação desigual de poder.
ATENDIMENTO A CRIANÇAS E ADOLESCENTES
VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA
Exploração sexual envolve uma relação de mercantilização, onde o sexo é
fruto de uma troca, seja financeira de favores ou presentes. Crianças ou
adolescentes são tratados como objetos sexuais.
Em boa parte dos casos, existem intermediários ou agenciadores que lucram
com a intermediação da relação sexual com a vítima.
SAÚDE DO ADOLESCENTE
Segundo a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde a adolescência é delimitada como
o período entre os 10 e 20 anos incompletos; o período de 10 a 24 anos é considerado como juventude.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) delimita adolescentes entre 12 e 18 anos,
percebendo-se então que, por um período, adolescência e juventude coincidem.
Enquanto o começo da adolescência é verificado principalmente pelo início da puberdade, a delimitação do
final da adolescência, tanto na teoria como na prática, não permite critérios rígidos.
Esta transição está relacionada à aquisição de uma maior autonomia em diversos campos da vida,
expressa na possibilidade de manter-se profissionalmente, na aquisição de valores pessoais, no
estabelecimento de uma identidade sexual, de relações afetivas estáveis e de relações de reciprocidade com a
geração precedente, familiares e membros da sociedade.
SAÚDE DO ADOLESCENTE
Esta transição está relacionada à aquisição de uma maior autonomia em diversos campos da vida,
expressa na possibilidade de manter-se profissionalmente, na aquisição de valores pessoais, no
estabelecimento de uma identidade sexual, de relações afetivas estáveis e de relações de reciprocidade com a
geração precedente, familiares e membros da sociedade.
É importante registrar que o conteúdo deste Manual foi um trabalho realizado em conjunto com as
Enfermeiras da Coordenação da Atenção Básica, das Coordenadorias Regionais de Saúde e pactuado com as
Áreas Técnicas de Enfermagem e Saúde da Criança e do Adolescente da Coordenação de Atenção Básica –
Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, tendo como referência principal as orientações do Ministério da
Saúde (Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Saúde Integral de Adolescentes e Jovens,
2008).
ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE
O atendimento ao adolescente deve sempre levar em conta, dentre outras variáveis, o processo de
crescimento e desenvolvimento e sua vulnerabilidade a inúmeros agravos físicos, psíquicos e sociais, cuja
análise permitirá a identificação dos fatores protetores que devam ser promovidos e os riscos que deverão ser
afastados e/ou atenuados. Abrange ações Interdisciplinares, Intersetoriais e Interinstitucionais, voltadas para a
prevenção e promoção da saúde, para o atendimento local e para o encaminhamento de situações e
problemas específicos desta faixa etária.
A própria condição de ausência de oportunidade para refletir, construir um projeto de vida e
concretizá-lo, pode colocar qualquer adolescente em situação de risco, independente da situação social em
que se encontre.
ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE
CONSULTA DE ENFERMAGEM
OBJETIVOS
Monitorar o processo de crescimento, desenvolvimento púbere e psíquico.
• Identificar e promover os fatores de proteção.
• Identificar os fatores de risco que deverão ser
afastados e/ou atenuados.
• Esclarecer sobre o direito de assistência à saúde.
• Incentivar a responsabilizar-se por seu próprio
cuidado e discutir com ele plano ou estratégia
para o cuidado.
CONSULTA DE ENFERMAGEM
CONTEMPLAR
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO PUBERAL -
AVALIAÇÃO
E na puberdade que se inicia o aparecimento dos caracteres sexuais secundários: broto
mamário no sexo feminino e no masculino aumento dos testículos e desenvolvimento dos pelos
pubianos em ambos os sexos.
Os adolescentes durante a puberdade ganham cerca de 20% de sua estatura final e 50% de
seu peso adulto. Ao rápido crescimento em estatura, característico desta fase, dá-se o nome de
estirão puberal.
Recomenda-se a avaliação antropométrica (peso, altura e avaliação nutricional) anualmente
até o final da adolescência e com maior frequência se for detectado algum problema (baixa estatura,
baixo peso, sobrepeso e obesidade).
Segundo o Manual de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde, recomenda-
se o uso do Índice de Massa Corporal (IMC)/Idade.
MATURAÇÃO SEXUAL
MATURAÇÃO SEXUAL
ALIMENTAÇÃO NAADOLESCÊNCIA
A adolescência é um período de transição entre a infância e a idade adulta, potencialmente
determinada por fatores psicológicos, socioeconômicos e culturais que irão interferir diretamente na
formação dos hábitos alimentares.
A nutrição tem papel crítico no desenvolvimento do adolescente sendo o consumo de dieta
inadequada uma influencia desfavorável sobre o crescimento somático e maturação. Outro fator que
influencia sobre as necessidades nutricionais é a realização de exercício físico.
Atualmente, a preferência dos adolescentes por lanches rápidos, substitutos das grandes
refeições e principalmente do jantar, geralmente favorece o desequilíbrio na dieta. A combinação dos
alimentos nem sempre é variada, resultando em cardápios muito calóricos e pouco nutritivos.
A associação entre este estilo de vida pouco saudável e o surgimento do elevado número de
pessoas com sobrepeso e/ou obesidade, com o aumento de doenças crônico-degenerativas
(hipertensão arterial, diabetes, alteração nos níveis de colesterol e triglicérides, doença
cardiovasculares e cerebrovasculares), constitui-se um problema prioritário de saúde pública,
inclusive no grupo etário de crianças e de adolescentes.
ALIMENTAÇÃO NAADOLESCÊNCIA
A adolescência é um período de transição entre a infância e a idade adulta, potencialmente
determinada por fatores psicológicos, socioeconômicos e culturais que irão interferir diretamente na
formação dos hábitos alimentares.
A nutrição tem papel crítico no desenvolvimento do adolescente sendo o consumo de dieta
inadequada uma influencia desfavorável sobre o crescimento somático e maturação. Outro fator que
influencia sobre as necessidades nutricionais é a realização de exercício físico.
Atualmente, a preferência dos adolescentes por lanches rápidos, substitutos das grandes
refeições e principalmente do jantar, geralmente favorece o desequilíbrio na dieta. A combinação dos
alimentos nem sempre é variada, resultando em cardápios muito calóricos e pouco nutritivos.
A associação entre este estilo de vida pouco saudável e o surgimento do elevado número de
pessoas com sobrepeso e/ou obesidade, com o aumento de doenças crônico-degenerativas
(hipertensão arterial, diabetes, alteração nos níveis de colesterol e triglicérides, doença
cardiovasculares e cerebrovasculares), constitui-se um problema prioritário de saúde pública,
inclusive no grupo etário de crianças e de adolescentes.
PARA MELHOR ESTILO DE VIDA É NECESSÁRIO
ORIENTAR:
• Fazer as refeições em ambiente tranquilo, juntamente com a família (criar rotina) sem associar à atividades de
entretenimento (televisão, revistas, computador, etc.).
• Incorporar ao cotidiano, técnicas como comer devagar e mastigar bem os alimentos, permitindo um melhor controle
da ingestão e uma adequada percepção da saciedade e plenitude .
• Ingerir todos os grupos de alimentos (pães, massas e tubérculos, frutas e hortaliças, carnes e peixes, feijão e outras
leguminosas, leite e derivados e quantidades moderadas de gorduras, sal e açúcares).
• Reduzir o consumo de sanduíches, biscoitos recheados, frituras, balas e outras guloseimas. Esses alimentos
possuem elevados teores de gorduras saturadas, açúcar simples, corantes e conservantes.
• Aumentar a ingestão de líquidos, principalmente, água, nos intervalos das refeições, evitando o excesso durante as
mesmas Diminuir o consumo de refrigerantes e sucos artificiais.
• Consumir regularmente alimentos fontes de fibra: hortaliças, leguminosas, cereais integrais como arroz, pães e
aveia, frutas. A fibra auxilia o bom funcionamento intestinal e redução dos níveis de colesterol.
• Incorporar a prática de atividade física regular como caminhar, andar de bicicleta, jogar bola e outras.
• Estimular busca de atividades prazerosas como hobbies, ter animal de estimação, fazer trabalho voluntário,
participação em atividades de grupos como dança, teatro, musica, arte, etc.
PRINCIPAIS AGRAVOSNAADOLESCÊNCIA: Obesidade
É um distúrbio do estado nutricional traduzido por aumento de tecido adiposo localizado ou generalizado,
provocado por desequilíbrio nutricional associado ou não a distúrbios genéticos ou endócrino-metabólicos.
Doença crônica multifatorial, de difícil tratamento, disseminada em todas as camadas sociais, sendo sua etiologia
uma complexa interação entre fatores genéticos e ambientais.
A obesidade é considerada um problema de saúde pública devido a sua alta incidência na população em
geral, sendo considerada pela Organização Mundial da Saúde como uma epidemia.
Para o acompanhamento da obesidade existem vários métodos de avaliação nutricional para identificar o
sobrepeso e a obesidade, como a antropometria e a avaliação da composição corporal.
Os métodos antropométricos são os de mais fácil manuseio, inócuos, de baixo custo e os mais indicados
para a prática diária.
Para os adolescentes, o uso do Índice de Massa Corporal (IMC) tem sido validado em muitos estudos,
apresentando alta especificidade para diagnóstico da obesidade (ESCRIVÃO et al, 2000).
PRINCIPAIS AGRAVOSNAADOLESCÊNCIA
Consequências da obesidade:
• Hipertensão arterial, hiperlipidemia, doença cardiovascular, cálculos biliares, diabetes.
• Irregularidades menstruais, infertilidade, gravidez de risco, eclampsia e pré-eclampsia,
maior possibilidade de infecção no puerpério.
• Diminuição dos níveis de testosterona e maior chance de desenvolver a ginecomastia
púbere.
• Isolamento social, baixa autoestima, depressão, dificuldade de aceitação pelo grupo.
TRANSTORNOS ALIMENTARES – ANOREXIA
NERVOSA E BULIMIA
A anorexia e bulimia constituem transtornos alimentares frequentemente de
prognóstico reservado, e que acometem, principalmente, adolescentes e adultos jovens,
mais do sexo feminino, apresentando gravidade semelhante em ambos os sexos.
A anorexia nervosa afeta principalmente, jovens
adolescentes frequentemente entre os 13 e 17 anos,
do sexo feminino, que voluntariamente reduzem a
ingestão alimentar por um medo mórbido de engordar,
com perda progressiva e desejada de peso, chegando
a graus extremos de caquexia, inanição e até à morte.
As estimativas de mortalidade giram em torno de 15%
a 20 %.
TRANSTORNOS ALIMENTARES – ANOREXIA
NERVOSA E BULIMIA
Geralmente, o quadro é desencadeado por um fator estressante como, por
exemplo, comentários sobre o peso, pressão profissional ou uma ruptura afetiva.
Apesar de emagrecido, o adolescente costuma perceber-se gordo ou
desproporcional, o que denomina-se insatisfação ou distorção da imagem corporal.
A perda de peso constitui-se no grande objetivo do adolescente, que faz uso
de dietas severas, períodos de jejum, pratica exercícios físicos em exagero e usa ou
abusa de medicações laxativas, diuréticas e/ou inibidores do apetite.
À medida que a doença progride, muitas vezes, iniciada com dietas para
emagrecer, aliadas à programas exaustivos de exercícios físicos, o emagrecimento
tende a se acentuar. É justamente, pelo quadro de desnutrição que os familiares
buscam tratamento médico, muitas vezes com resistência por parte do adolescente.
Ao realizar a consulta, o enfermeiro deve levar em conta que o adolescente
tem dificuldade em dizer o que está sentindo ou pensando, portanto, será importante
a comunicação extra verbal usando desenhos, por exemplo. Este adolescente tem
uma baixa autoestima e imagem corporal perturbada.
TRANSTORNOS ALIMENTARES
A etiopatogenia da bulimia nervosa também
inclui, com grande frequência, conflitos familiares, história
de abuso sexual na infância e questões sobre o
desenvolvimento de feminilidade.
Geralmente, o início dos sintomas ocorre nos
últimos anos da adolescência até os 40 anos, estando a
idade média de início em torno dos 20 anos de idade. É
mais frequente no sexo feminino, na mesma proporção da
anorexia nervosa.
Durante um episódio bulímico, a maior parte dos
alimentos consumidos são doces e carboidratos, podendo
ingerir cerca de 6 mil a 15 mil calorias
TRANSTORNOS ALIMENTARES
TRANSTORNOS ALIMENTARES
SAÚDE BUCAL DO ADOLESCENTE
SAÚDE BUCAL DO ADOLESCENTE
SAÚDE BUCAL DO ADOLESCENTE
GRAVIDEZ NAADOLESCÊNCIA
Segundo dados do Ministério da Saúde o número de partos no Brasil vem decrescendo nestes
últimos 5 anos, no ano de 2007 chegou a 23% de partos realizados na faixa etária entre 15 a 19 anos e 1% de
10 a 14 anos. Este fato deve-se à intensificação das campanhas em relação ao uso de preservativo,
disseminação de informação quanto aos métodos anticoncepcionais e um maior acesso da população aos
serviços de saúde.
Apesar deste decréscimo, a gravidez na adolescência continua sendo um fator preocupante no caso
de situação de risco. As consequências da gravidez serão agravadas de acordo com a idade, paridade,
aderência ao pré-natal, ganho ponderal e fatores psicológicos, socioeconômicos e culturais da adolescente.
Até o momento não existem estudos suficientes que ressaltem diferenças clínicas e obstétricas entre
adolescentes grávidas e grávidas de outras faixas etárias, desde que o pré-natal seja adequadamente,
assistido.
É importante lembrar que gestantes menores de 16 anos necessitam ser acompanhadas pelos
serviços de referência devido ao potencial de risco.
Envolve a necessidade de reestruturação e reajustamento em várias dimensões: em primeiro lugar,
verificam-se mudanças de identidade e uma nova definição de papéis – a mulher passa a se olhar e a ser
olhada de uma maneira diferente.
MATERNIDADE E PATERNIDADE PARA OS
ADOLESCENTES
A experiência da gravidez na adolescência pode, no olhar da adolescente, não ser
vivenciada como um problema, dependendo das circunstâncias em que ocorre.
A falta de perspectiva em relação à vida pode tornar a gravidez e, consequentemente, a
maternidade um projeto de vida e a possibilidade de mudança de status no meio familiar de
origem e ingresso na vida adulta.
A paternidade para esses jovens pode promover a sua ascensão à vida adulta,
redefinindo sua identidade de “homem sério e maduro” especialmente, entre familiares uma vez
que assumem o papel de Chefe de Família.
MATERNIDADE E PATERNIDADE PARA OS
ADOLESCENTES
Dicas para o Atendimento de adolescentes grávidas:
• Realizar o pré-natal de baixo risco (gestante com 16 anos ou mais), definindo preferencialmente, um dia da
semana para o atendimento de adolescentes;
• Assumir uma postura acolhedora e compreensiva frente a adolescente e sua família;
• Estimular a participação do pai da criança durante todo o pré-natal, desde consultas até grupos, exames, etc.;
• Desenvolver grupos específicos para adolescentes grávidas e seus companheiros, sempre que possível,
dando ênfase a questões próprias desta faixa etária;
• Enfatizar a necessidade do cuidado com a saúde reprodutiva a fim de prevenir uma segunda gravidez não
desejada e DSTs/Aids;
• Não rotular os adolescentes como incapazes de cuidar de uma criança;
• Encaminhar os adolescentes para atividades culturais, esporte, lazer, etc;
• Orientar os familiares para uma postura menos recriminatória e punitiva;
• Orientar a necessidade do apoio familiar ao invés de assumir a função do adolescente como pais;
• Ficar atento à expressão corporal que pode dizer muito sobre a adolescente.
VIOLÊNCIA NAADOLESCÊNCIA
De acordo com Fante (2005, p.62-63), o bullying começa frequentemente, pela recusa de aceitação de
uma diferença, seja ela qual for, mas sempre notória e abrangente, envolvendo religião, raça, estatura física,
peso, cor dos cabelos, deficiências visuais, auditivas e vocais; ou é uma diferença de ordem psicológica e
social, sexual e física; ou está relacionada a aspectos como força, coragem e habilidades desportivas
intelectuais.
Ele é o responsável pelo estabelecimento de um clima de medo e perplexidade em torno das vítimas,
bem como dos demais membros da comunidade educativa que indiretamente se envolvem no fenômeno sem
saber o que fazer (FANTE, 2005, p.61).
Mesmo com a identificação do fenômeno e de seus participantes, muitos diretores e professores
negam sua existência e/ou não enxergam meios de coibir e/ou prevenir seu desenvolvimento.
Enquanto isso resta àqueles que sofrem ações do bullying, as opções de deixar a escola carregando o
peso das tensões infligidas. Suportar em silêncio as agressões que os tornarão rancorosos em relação a toda
imagem ou pessoa associada ao ambiente escolar ou reproduzir em outras pessoas, a humilhação e violência
que sofreram, ampliando dessa maneira o seu alcance, limitando seu desenvolvimento enquanto cidadão
(FANTE, 2005).
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são prevalentes entre adolescentes e aumentam o risco
de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).
A abordagem sindrômica das DSTs indicada pelo Ministério da Saúde (MS) para o acompanhamento
até a cura e a busca de contactantes, são as medidas mais adequadas para o controle efetivo das DSTs na
adolescência. Aconselhar sobre a importância do tratamento, oferecer testes anti-HIV e VDRL. Realizar
vacinação e coleta de citologia oncótica.
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são prevalentes entre adolescentes e aumentam o risco
de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).
A abordagem sindrômica das DSTs indicada pelo Ministério da Saúde (MS) para o acompanhamento
até a cura e a busca de contactantes, são as medidas mais adequadas para o controle efetivo das DSTs na
adolescência. Aconselhar sobre a importância do tratamento, oferecer testes anti-HIV e VDRL. Realizar
vacinação e coleta de citologia oncótica.

Saúde da Criança e Adolescente no Curso Técnico de Enfermagem

  • 1.
    Saúde da Criançae Adolescente Prof. Enf. Sidney Gonçalves
  • 2.
    INTRODUÇÃO • Considerando anecessidade de instrumentalizar a Enfermagem, que atua nas Unidades Básicas de Saúde, e garantindo que essa Assistência ocorra conforme as diretrizes do Sistema Único de Saúde fez-se necessária a elaboração deste Instrumento, com o objetivo de nortear condutas no âmbito da Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente. • Na Saúde da Criança e do Adolescente, a Enfermagem, sobretudo, vem acompanhar o desenvolvimento infanto-juvenil e ampliar as competências e responsabilidades familiares no cuidado da criança e do adolescente.
  • 3.
    PRIMEIRO ATENDIMENTO Parabenizar pelachegada da criança Perguntar como foi à experiência do parto, como se sentiu Observar indícios de depressão pós-parto (vide manual Saúde da Mulher) e se houve intercorrências pós-parto Fazer avaliação física da loquiação, episiorrafia ou rafia da cesárea Avaliar as mamas, observar a amamentação, orientando e incentivando o aleitamento materno exclusivo Verificar situação vacinal da mãe e da criança Verificar se foram realizados os exames de triagem neonatal e orientar a levar os resultados na Consulta Médica
  • 4.
    PRIMEIRO ATENDIMENTO Verificar opreenchimento completo do cartão de gestante/puérpera Quando se tratar de crianças em situação de rua, verificar se a mesma esta abrigada, se sim, seguir a rotina de consulta, porém quando a mesma estiver na rua (sem ser abrigada) procurar saber onde e com quem fica, para garantir a continuidade dos cuidados com a criança.
  • 5.
    PRIMEIRO ATENDIMENTO È umaoportunidade importante para orientar as peculiaridades do cuidado ao Recém-nascido (RN) como: - Cólicas - Choro excessivo - Cuidados com o coto um umbilical - Higiene em geral - Padrão de Sono - Eliminações – aspecto das fezes e urina - Observar se há presença de icterícia - Observar aceitação da amamentação
  • 6.
    ACOMPANHAMENTO DO RN DEVERÁSER REALIZADO EM CONSULTA DE ENFERMAGEM, MÉDICA, VISITA DOMICILIÁRIA E GRUPOS EDUCATIVOS PRIORIZAR SEGUIMENTO DO RN DE BAIXO PESO AO NASCER E DOS PREMATUROS
  • 7.
    ACOMPANHAMENTO DO RN -PRIMEIRO ANO DE VIDA DE CRIANÇAS SEM RISCO CM Consulta Médica e CE - Consulta do Enfermeiro 1º mês -> (preferencialmente nos primeiros 10 dias) CE - Consulta do Enfermeiro - 3º; 5º; 7º; 8º; 10º; 11º mês Após o 6º mês acontecerão: consultas médicas, do enfermeiro e, participação em grupos com a equipe, agenda que dependerá das características locais, considerando, principalmente, indicadores epidemiológicos.
  • 8.
    ACOMPANHAMENTO DO RN -DO PRIMEIRO AO SEGUNDO ANO DE VIDA TRIMESTRALMENTE Intercalando Consulta Médica, de Enfermagem e participação nos grupos com a equipe. - DO SEGUNDO AO QUINTO ANO DE VIDA SEMESTRALMENTE Intercalando Consulta Médica, de Enfermagem e participação nos grupos com a equipe.
  • 9.
    ACOMPANHAMENTO DO RN Atentarà primeira CE, preferencialmente deve ser realizada quando na VD - PUÉRPERA E O RECÉM-NASCIDO CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS A SEREM OBSERVADOS - Risco de crescimento e desenvolvimento: Curva descendente ou horizontal, ganho de peso insuficiente, agravos nutricionais, prematuridade, desenvolvimento não compatível com a idade, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e infecção de repetição.
  • 10.
    ACOMPANHAMENTO DO RN -Risco de infecções de repetição: Internação, atraso vacinal, desnutrição e aleitamento misto. - Riscos identificados ao nascer: Baixo peso ao nascer (<2.500g). Prematuridade Morte de irmão menor de 5 anos de idade, internação após alta materna. - Risco ambiental: Falta de saneamento básico, moradia inadequada, desestruturação familiar, situações de violência doméstica e sexual, uso e dependência de drogas lícitas e ilícitas.
  • 11.
    CONSULTA DE ENFERMAGEMORIENTAÇÕES - Citar quem é o informante da consulta (mãe, pai, avó, babá, etc.) e quem vai cuidar dessa criança. - Quem cuidará dela após o término da licença maternidade (creche, avó, babá, etc.). - A mãe fez pré-natal? Fez todos os exames do pré-natal? - Ficou doente durante a gravidez? - Possui alguma doença imunossupressora? - Usou drogas lícitas ou ilícitas? - Quantos filhos ela já teve? São de um mesmo relacionamento? - Quantos morreram? - Quais as causas dos óbitos? - A gravidez foi planejada? - História de transtornos psiquiátricos? -
  • 12.
    CONSULTA DE ENFERMAGEMORIENTAÇÕES - Aproveitar todas as oportunidades para investigar sinais indicativos de maus tratos, tais como, equimoses, hematomas, pequenos traumas e comportamento da criança - Peso ao nascer -Tipo de parto - Verificar relatório de alta do RN - Verificar se foi realizado o exame do pezinho e reflexo vermelho na maternidade - A carteira de vacina deve ser verificada sempre, anotando se está em dia pela verificação direta - Aproveitar qualquer vinda da criança à UBS para regularizar as vacinas (acolhimento, grupos, consultas médicas ou de enfermagem). - Orientar a mãe ou cuidador sobre a importância da vacinação, que mantenham sempre consigo a Caderneta de Saúde da Criança, apropriando-se das informações nela contidas.
  • 13.
    DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇACONSULTA DE ENFERMAGEM ORIENTAÇÕES - O acompanhamento do desenvolvimento biopsicossocial é um marco fundamental da atenção à saúde da criança. Além da importância para promoção da saúde, desenvolvimento de potencialidades, diagnóstico e tratamento precoce de patologias, contribui para uma melhor qualidade de vida. - De acordo com as orientações do Ministério da Saúde (MS) encontradas na Caderneta de Saúde da Criança, o seu crescimento e desenvolvimento são importantes indicadores de saúde e sofrem influência de fatores biológicos e ambientais - É importante estimular desde cedo o desenvolvimento da criança para que ela adquira autoconfiança, autoestima e desenvolva capacidade de relacionar-se bem com outras crianças, com a família e com a comunidade.
  • 14.
    DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇACONSULTA DE ENFERMAGEM ORIENTAÇÕES - Vigiar o desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida é de fundamental importância, pois é nesta etapa da vida extrauterina que o tecido nervoso mais cresce e amadurece, estando, portanto, mais sujeito a agravos. - É também nesta época que a criança responde melhor aos estímulos que recebe do meio ambiente e às intervenções, quando necessárias. Portanto, é importante que neste período o profissional de saúde, juntamente com a família e a comunidade, faça a vigilância do desenvolvimento infantil e verifique o adequado preenchimento da Caderneta de Saúde da Criança com os parâmetros para o desenvolvimento da criança.
  • 15.
    DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇACONSULTA DE ENFERMAGEM ORIENTAÇÕES Na primeira consulta da criança é importante perguntar para a mãe/cuidador sobre fatos associados ao seu desenvolvimento, observar alguns detalhes no seu exame físico e finalizar com a observação da criança na realização de comportamento os esperados para a sua faixa etária. Aproveite para observar a interação da mãe/cuidador com a criança (vínculo mãe/filho), por ser esta relação importante fator de proteção para o desenvolvimento humano. Observe a forma como a mãe segura à criança, se existe contato visual e verbal de forma afetuosa entre mãe e filho. Veja ainda os movimentos espontâneos da criança, se ela apresenta interesse por objetos próximos e pelo ambiente. Verifique os cuidados da mãe ou cuidador com a criança pelo seu estado de higiene e a atenção ao que ela está fazendo, para onde olha ou o que deseja naquele momento. São observações que podem auxiliar na avaliação.
  • 16.
    DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇACONSULTA DE ENFERMAGEM ORIENTAÇÕES É importante que o profissional esteja atento às condições de saúde da mãe/cuidador. Mães podem apresentar depressão pós-parto (vide Manual de Saúde da Mulher). Nesses casos, é importante reforçar a confiança das mães e, se necessário, encaminhá-las para atendimento médico. detalhes perante o ambiente/ interação A vigilância do desenvolvimento da criança pode ser realizada pelo profissional da Atenção Básica com a utilização de alguns brinquedos e objetos que desencadeiam respostas reflexas. Certifique-se que o ambiente para avaliação seja o mais tranquilo possível e que a criança esteja em boas condições emocionais e de saúde para iniciar o exame. Se por algum motivo não for possível avaliar o desenvolvimento da criança naquela consulta ou, se ficar em dúvida quanto a algum item de avaliação, marque retorno o mais breve possível para proceder à avaliação com mais segurança.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
    DESENVOLVIMENTO PONDEROESTATURAL A partirdo 2º mês de vida, o esperado para o ganho de peso é de 18 a 30 g/dia, mas, o crescimento individual de cada criança poderá ter variações. Nas crianças em aleitamento materno, a enfermagem deverá avaliar o momento da mamada (posição, pega e fluxo de leite). Pela aferição de peso e estatura é possível o diagnóstico nutricional. Esta aferição deve ser realizada na consulta de enfermagem, médica, no atendimento do auxiliar de enfermagem e em grupos de puericultura. Deve-se garantir sempre a retirada completa das roupas, fraldas e calçados. Estatura: 1º semestre de vida -> 15 cm; 2º semestre de vida -> 10 cm; 1º ano de vida -> 25 cm; 2º ano de vida -> 10 a 12 cm/ano; 3º e 4º ano de vida -> 7cm/ano Peso: Nos primeiros meses de vida, o esperado para ganho de peso é de 700 a 1000 gramas/mês (mínimo de 20 gramas/dia). Ocorre uma perda de 10% do peso do nascimento até o 10º dia de vida.
  • 22.
    DESENVOLVIMENTO PONDEROESTATURAL A partirdo 2º mês de vida, o esperado para o ganho de peso é de 18 a 30 g/dia, mas, o crescimento individual de cada criança poderá ter variações. Nas crianças em aleitamento materno, a enfermagem deverá avaliar o momento da mamada (posição, pega e fluxo de leite). Pela aferição de peso e estatura é possível o diagnóstico nutricional. Esta aferição deve ser realizada na consulta de enfermagem, médica, no atendimento do auxiliar de enfermagem e em grupos de puericultura. Deve-se garantir sempre a retirada completa das roupas, fraldas e calçados. Estatura: 1º semestre de vida -> 15 cm; 2º semestre de vida -> 10 cm; 1º ano de vida -> 25 cm; 2º ano de vida -> 10 a 12 cm/ano; 3º e 4º ano de vida -> 7cm/ano Peso: Nos primeiros meses de vida, o esperado para ganho de peso é de 700 a 1000 gramas/mês (mínimo de 20 gramas/dia). Ocorre uma perda de 10% do peso do nascimento até o 10º dia de vida.
  • 23.
    EXAME FÍSICO O examefísico deve ser sempre detalhado, respeitando suas características de desenvolvimento Realizar o desnudamento da criança por partes Lembrar peculiaridades do RN, lactente, crianças entre 13 a 36 meses, pré- escolar e escolar Estar atento para hipoatividade ou abatimento da criança, assim como irritabilidade ou choro excessivo Sempre atentar para sinais de maus tratos, má higiene, abandono ou negligência. Deixar por último os procedimentos mais estressantes (otoscopia, inspeção das amígdalas, mensurações e outros) Deixar anotado no prontuário qualquer suspeita e discutir com a equipe.
  • 24.
    EXAME FÍSICO GERALE ESPECÍFICO
  • 25.
  • 26.
  • 27.
  • 28.
  • 29.
  • 30.
    COMPLEMENTAÇÃO VITAMÍNICA Vitaminas Ae D devem ser suplementadas a partir do 7º dia de vida até dois anos de idade como medida profilática (posologia vide bula). A deficiência de Ferro é a mais frequente dentre as carências nutricionais das crianças em todo o mundo, constituindo um grave problema de saúde pública. A deficiência de Ferro causa repercussões negativas para o desenvolvimento mental e motor das crianças, ocasionando uma redução do rendimento escolar. Considerando a crescente prevalência de anemia ferropriva e as dificuldades de grande parte da população ao acesso aos alimentos ricos em Ferro ou aos alimentos fortificados, foi desenvolvido um Programa de Prevenção de Anemia Ferropriva na infância onde é indicado a Suplementação de Ferro elementar conforme quadro abaixo:
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37.
  • 38.
  • 39.
    LEITE EM PÓINTEGRAL
  • 40.
    LEITE EM PÓINTEGRAL
  • 41.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA AVALIAÇÃO DO PESO E GANHO PONDERAL
  • 42.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA AVALIAÇÃO DO PESO E GANHO PONDERAL
  • 43.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA AVALIAÇÃO DO PESO E GANHO PONDERAL
  • 44.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA AVALIAÇÃO DO PESO E GANHO PONDERAL
  • 45.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA ESCABIOSE
  • 46.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA ESCABIOSE
  • 47.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA ESTRÓFULO
  • 48.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA ESTRÓFULO
  • 49.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA PEDICULOSE
  • 50.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA PEDICULOSE
  • 51.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA DERMATITE DAS FRALDAS
  • 52.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA DERMATITE DAS FRALDAS
  • 53.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA DERMATITE DAS FRALDAS
  • 54.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA DERMATITE SEBORRÉICA
  • 55.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA DERMATITE SEBORRÉICA
  • 56.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA INTERTRIGO
  • 57.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA INTERTRIGO
  • 58.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA
  • 59.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA
  • 60.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA
  • 61.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA
  • 62.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA
  • 63.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA
  • 64.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA
  • 65.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA
  • 66.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA
  • 67.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA
  • 68.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA
  • 69.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA
  • 70.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA
  • 71.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA
  • 72.
    ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMAOS PROBLEMAS COMUNS NA INFÂNCIA
  • 73.
    ATENDIMENTO A CRIANÇASE ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA A violência é um fenômeno que se desenvolve e dissemina nas relações sociais e interpessoais, implicando sempre uma relação de poder que não faz parte da natureza humana. A violência sexual é uma das principais causas de morbimortalidade, especialmente na população de crianças, adolescentes e adultos jovens. (M.S,2002). Há diversos tipos de violência, tais como: física, psicológica, sexual, negligência e Síndrome de Münchausen. A Síndrome de Münchausen ocorre quando um parente, quase sempre a mãe, de forma persistentemente ou intermitentemente produzem (fabrica, simula, inventa), de forma intencional, sintomas em seu filho, fazendo que este seja considerado doente, ou provocando ativamente a doença, colocando-a em risco e numa situação que requeira investigação. A gravidade e a abrangência do fenômeno da violência contra crianças e adolescentes exige que toda a sociedade se responsabilize pela superação do problema. Trata-se de envolver a comunidade, estimulando o compromisso de todos na construção dos direitos e no fortalecimento da cultura de paz e não-violência.
  • 74.
    ATENDIMENTO A CRIANÇASE ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA AS FORMAS MAIS FREQUENTES DEVIOLÊNCIA A violência sempre é expressão de uma relação de poder em que o lado mais forte usa da força para impor seu desejo ou humilhar o polo mais frágil. As formas mais frequentes de violência são classificadas em: violência física, sexual, psicológica, negligência e bullying. Violência Física é definida como uso da força física de forma intencional, não acidental, praticada por pais, responsáveis, familiares ou outras pessoas, com o objetivo de ferir ou provocar dano. Violência Sexual é todo ato ou jogo sexual, hetero ou homossexual, cujo agressor está em estágio de desenvolvimento psicossexual mais adiantado do que a vítima. Tem como intenção estimulá-la sexualmente ou utilizá-la para obter satisfação sexual. Pode incluir desde carícias, manipulação da genitália, voyeurismo, pornografia e exibicionismo, até o ato sexual com ou sem penetração. Tais práticas eróticas e sexuais são impostas à criança ou ao adolescente pela violência física, por ameaças ou pela indução de sua vontade.
  • 75.
    ATENDIMENTO A CRIANÇASE ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA Violência Psicológica caracteriza-se por toda forma de submissão da criança por meio de agressões verbais, humilhação, discriminação, depreciação, responsabilização excessiva, indiferença ou rejeição. É considerada também violência psicológica a utilização da criança ou adolescente para atender às necessidades psíquicas dos adultos. Pela sutileza do ato e pela falta de evidências imediatas de maus tratos, esse tipo de violência é muito difícil de ser identificada, apesar de muitas vezes estar associada às demais formas de violência. Negligência é o ato de omissão do responsável pela criança ou adolescente em prover as necessidades básicas para o seu desenvolvimento físico, emocional e social. O abandono é considerado como a forma extrema de negligência. Pode caracterizar-se pela omissão de cuidados básicos como a privação de medicamentos, falta de atendimento aos cuidados necessários com a saúde, descuido com a higiene, ausência de proteção contra as condições adversas do meio ambiente (como frio ou calor), não provimento de estímulos e de condições para a frequência à escola.
  • 76.
    ATENDIMENTO A CRIANÇASE ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA Devido à situação de miséria e de extrema pobreza em que muitas famílias vivem no Brasil, grande parte delas chefiada por mulheres que precisam trabalhar fora de casa para garantir a sobrevivência dos filhos, a identificação da negligência frequentemente é um ato de difícil discernimento. Independente da culpabilidade dos pais ou responsáveis pelos cuidados com os filhos, é necessária a notificação e a tomada de decisão a favor da proteção da criança ou adolescente que está sofrendo a situação de desamparo. Bullying é uma forma de violência praticada particularmente nas escolas e incrementada pelos meios virtuais de comunicação, como a internet, principalmente por meio das redes sociais e pela telefonia celular. O termo bullying compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, adotadas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder.
  • 77.
    ATENDIMENTO A CRIANÇASE ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA Exploração sexual envolve uma relação de mercantilização, onde o sexo é fruto de uma troca, seja financeira de favores ou presentes. Crianças ou adolescentes são tratados como objetos sexuais. Em boa parte dos casos, existem intermediários ou agenciadores que lucram com a intermediação da relação sexual com a vítima.
  • 79.
    SAÚDE DO ADOLESCENTE Segundoa Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde a adolescência é delimitada como o período entre os 10 e 20 anos incompletos; o período de 10 a 24 anos é considerado como juventude. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) delimita adolescentes entre 12 e 18 anos, percebendo-se então que, por um período, adolescência e juventude coincidem. Enquanto o começo da adolescência é verificado principalmente pelo início da puberdade, a delimitação do final da adolescência, tanto na teoria como na prática, não permite critérios rígidos. Esta transição está relacionada à aquisição de uma maior autonomia em diversos campos da vida, expressa na possibilidade de manter-se profissionalmente, na aquisição de valores pessoais, no estabelecimento de uma identidade sexual, de relações afetivas estáveis e de relações de reciprocidade com a geração precedente, familiares e membros da sociedade.
  • 80.
    SAÚDE DO ADOLESCENTE Estatransição está relacionada à aquisição de uma maior autonomia em diversos campos da vida, expressa na possibilidade de manter-se profissionalmente, na aquisição de valores pessoais, no estabelecimento de uma identidade sexual, de relações afetivas estáveis e de relações de reciprocidade com a geração precedente, familiares e membros da sociedade. É importante registrar que o conteúdo deste Manual foi um trabalho realizado em conjunto com as Enfermeiras da Coordenação da Atenção Básica, das Coordenadorias Regionais de Saúde e pactuado com as Áreas Técnicas de Enfermagem e Saúde da Criança e do Adolescente da Coordenação de Atenção Básica – Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, tendo como referência principal as orientações do Ministério da Saúde (Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Saúde Integral de Adolescentes e Jovens, 2008).
  • 81.
    ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE Oatendimento ao adolescente deve sempre levar em conta, dentre outras variáveis, o processo de crescimento e desenvolvimento e sua vulnerabilidade a inúmeros agravos físicos, psíquicos e sociais, cuja análise permitirá a identificação dos fatores protetores que devam ser promovidos e os riscos que deverão ser afastados e/ou atenuados. Abrange ações Interdisciplinares, Intersetoriais e Interinstitucionais, voltadas para a prevenção e promoção da saúde, para o atendimento local e para o encaminhamento de situações e problemas específicos desta faixa etária. A própria condição de ausência de oportunidade para refletir, construir um projeto de vida e concretizá-lo, pode colocar qualquer adolescente em situação de risco, independente da situação social em que se encontre.
  • 82.
  • 83.
    CONSULTA DE ENFERMAGEM OBJETIVOS Monitoraro processo de crescimento, desenvolvimento púbere e psíquico. • Identificar e promover os fatores de proteção. • Identificar os fatores de risco que deverão ser afastados e/ou atenuados. • Esclarecer sobre o direito de assistência à saúde. • Incentivar a responsabilizar-se por seu próprio cuidado e discutir com ele plano ou estratégia para o cuidado.
  • 84.
  • 85.
    CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTOPUBERAL - AVALIAÇÃO E na puberdade que se inicia o aparecimento dos caracteres sexuais secundários: broto mamário no sexo feminino e no masculino aumento dos testículos e desenvolvimento dos pelos pubianos em ambos os sexos. Os adolescentes durante a puberdade ganham cerca de 20% de sua estatura final e 50% de seu peso adulto. Ao rápido crescimento em estatura, característico desta fase, dá-se o nome de estirão puberal. Recomenda-se a avaliação antropométrica (peso, altura e avaliação nutricional) anualmente até o final da adolescência e com maior frequência se for detectado algum problema (baixa estatura, baixo peso, sobrepeso e obesidade). Segundo o Manual de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde, recomenda- se o uso do Índice de Massa Corporal (IMC)/Idade.
  • 86.
  • 87.
  • 88.
    ALIMENTAÇÃO NAADOLESCÊNCIA A adolescênciaé um período de transição entre a infância e a idade adulta, potencialmente determinada por fatores psicológicos, socioeconômicos e culturais que irão interferir diretamente na formação dos hábitos alimentares. A nutrição tem papel crítico no desenvolvimento do adolescente sendo o consumo de dieta inadequada uma influencia desfavorável sobre o crescimento somático e maturação. Outro fator que influencia sobre as necessidades nutricionais é a realização de exercício físico. Atualmente, a preferência dos adolescentes por lanches rápidos, substitutos das grandes refeições e principalmente do jantar, geralmente favorece o desequilíbrio na dieta. A combinação dos alimentos nem sempre é variada, resultando em cardápios muito calóricos e pouco nutritivos. A associação entre este estilo de vida pouco saudável e o surgimento do elevado número de pessoas com sobrepeso e/ou obesidade, com o aumento de doenças crônico-degenerativas (hipertensão arterial, diabetes, alteração nos níveis de colesterol e triglicérides, doença cardiovasculares e cerebrovasculares), constitui-se um problema prioritário de saúde pública, inclusive no grupo etário de crianças e de adolescentes.
  • 89.
    ALIMENTAÇÃO NAADOLESCÊNCIA A adolescênciaé um período de transição entre a infância e a idade adulta, potencialmente determinada por fatores psicológicos, socioeconômicos e culturais que irão interferir diretamente na formação dos hábitos alimentares. A nutrição tem papel crítico no desenvolvimento do adolescente sendo o consumo de dieta inadequada uma influencia desfavorável sobre o crescimento somático e maturação. Outro fator que influencia sobre as necessidades nutricionais é a realização de exercício físico. Atualmente, a preferência dos adolescentes por lanches rápidos, substitutos das grandes refeições e principalmente do jantar, geralmente favorece o desequilíbrio na dieta. A combinação dos alimentos nem sempre é variada, resultando em cardápios muito calóricos e pouco nutritivos. A associação entre este estilo de vida pouco saudável e o surgimento do elevado número de pessoas com sobrepeso e/ou obesidade, com o aumento de doenças crônico-degenerativas (hipertensão arterial, diabetes, alteração nos níveis de colesterol e triglicérides, doença cardiovasculares e cerebrovasculares), constitui-se um problema prioritário de saúde pública, inclusive no grupo etário de crianças e de adolescentes.
  • 90.
    PARA MELHOR ESTILODE VIDA É NECESSÁRIO ORIENTAR: • Fazer as refeições em ambiente tranquilo, juntamente com a família (criar rotina) sem associar à atividades de entretenimento (televisão, revistas, computador, etc.). • Incorporar ao cotidiano, técnicas como comer devagar e mastigar bem os alimentos, permitindo um melhor controle da ingestão e uma adequada percepção da saciedade e plenitude . • Ingerir todos os grupos de alimentos (pães, massas e tubérculos, frutas e hortaliças, carnes e peixes, feijão e outras leguminosas, leite e derivados e quantidades moderadas de gorduras, sal e açúcares). • Reduzir o consumo de sanduíches, biscoitos recheados, frituras, balas e outras guloseimas. Esses alimentos possuem elevados teores de gorduras saturadas, açúcar simples, corantes e conservantes. • Aumentar a ingestão de líquidos, principalmente, água, nos intervalos das refeições, evitando o excesso durante as mesmas Diminuir o consumo de refrigerantes e sucos artificiais. • Consumir regularmente alimentos fontes de fibra: hortaliças, leguminosas, cereais integrais como arroz, pães e aveia, frutas. A fibra auxilia o bom funcionamento intestinal e redução dos níveis de colesterol. • Incorporar a prática de atividade física regular como caminhar, andar de bicicleta, jogar bola e outras. • Estimular busca de atividades prazerosas como hobbies, ter animal de estimação, fazer trabalho voluntário, participação em atividades de grupos como dança, teatro, musica, arte, etc.
  • 91.
    PRINCIPAIS AGRAVOSNAADOLESCÊNCIA: Obesidade Éum distúrbio do estado nutricional traduzido por aumento de tecido adiposo localizado ou generalizado, provocado por desequilíbrio nutricional associado ou não a distúrbios genéticos ou endócrino-metabólicos. Doença crônica multifatorial, de difícil tratamento, disseminada em todas as camadas sociais, sendo sua etiologia uma complexa interação entre fatores genéticos e ambientais. A obesidade é considerada um problema de saúde pública devido a sua alta incidência na população em geral, sendo considerada pela Organização Mundial da Saúde como uma epidemia. Para o acompanhamento da obesidade existem vários métodos de avaliação nutricional para identificar o sobrepeso e a obesidade, como a antropometria e a avaliação da composição corporal. Os métodos antropométricos são os de mais fácil manuseio, inócuos, de baixo custo e os mais indicados para a prática diária. Para os adolescentes, o uso do Índice de Massa Corporal (IMC) tem sido validado em muitos estudos, apresentando alta especificidade para diagnóstico da obesidade (ESCRIVÃO et al, 2000).
  • 92.
    PRINCIPAIS AGRAVOSNAADOLESCÊNCIA Consequências daobesidade: • Hipertensão arterial, hiperlipidemia, doença cardiovascular, cálculos biliares, diabetes. • Irregularidades menstruais, infertilidade, gravidez de risco, eclampsia e pré-eclampsia, maior possibilidade de infecção no puerpério. • Diminuição dos níveis de testosterona e maior chance de desenvolver a ginecomastia púbere. • Isolamento social, baixa autoestima, depressão, dificuldade de aceitação pelo grupo.
  • 93.
    TRANSTORNOS ALIMENTARES –ANOREXIA NERVOSA E BULIMIA A anorexia e bulimia constituem transtornos alimentares frequentemente de prognóstico reservado, e que acometem, principalmente, adolescentes e adultos jovens, mais do sexo feminino, apresentando gravidade semelhante em ambos os sexos. A anorexia nervosa afeta principalmente, jovens adolescentes frequentemente entre os 13 e 17 anos, do sexo feminino, que voluntariamente reduzem a ingestão alimentar por um medo mórbido de engordar, com perda progressiva e desejada de peso, chegando a graus extremos de caquexia, inanição e até à morte. As estimativas de mortalidade giram em torno de 15% a 20 %.
  • 94.
    TRANSTORNOS ALIMENTARES –ANOREXIA NERVOSA E BULIMIA Geralmente, o quadro é desencadeado por um fator estressante como, por exemplo, comentários sobre o peso, pressão profissional ou uma ruptura afetiva. Apesar de emagrecido, o adolescente costuma perceber-se gordo ou desproporcional, o que denomina-se insatisfação ou distorção da imagem corporal. A perda de peso constitui-se no grande objetivo do adolescente, que faz uso de dietas severas, períodos de jejum, pratica exercícios físicos em exagero e usa ou abusa de medicações laxativas, diuréticas e/ou inibidores do apetite. À medida que a doença progride, muitas vezes, iniciada com dietas para emagrecer, aliadas à programas exaustivos de exercícios físicos, o emagrecimento tende a se acentuar. É justamente, pelo quadro de desnutrição que os familiares buscam tratamento médico, muitas vezes com resistência por parte do adolescente. Ao realizar a consulta, o enfermeiro deve levar em conta que o adolescente tem dificuldade em dizer o que está sentindo ou pensando, portanto, será importante a comunicação extra verbal usando desenhos, por exemplo. Este adolescente tem uma baixa autoestima e imagem corporal perturbada.
  • 95.
    TRANSTORNOS ALIMENTARES A etiopatogeniada bulimia nervosa também inclui, com grande frequência, conflitos familiares, história de abuso sexual na infância e questões sobre o desenvolvimento de feminilidade. Geralmente, o início dos sintomas ocorre nos últimos anos da adolescência até os 40 anos, estando a idade média de início em torno dos 20 anos de idade. É mais frequente no sexo feminino, na mesma proporção da anorexia nervosa. Durante um episódio bulímico, a maior parte dos alimentos consumidos são doces e carboidratos, podendo ingerir cerca de 6 mil a 15 mil calorias
  • 96.
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    SAÚDE BUCAL DOADOLESCENTE
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    SAÚDE BUCAL DOADOLESCENTE
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    SAÚDE BUCAL DOADOLESCENTE
  • 101.
    GRAVIDEZ NAADOLESCÊNCIA Segundo dadosdo Ministério da Saúde o número de partos no Brasil vem decrescendo nestes últimos 5 anos, no ano de 2007 chegou a 23% de partos realizados na faixa etária entre 15 a 19 anos e 1% de 10 a 14 anos. Este fato deve-se à intensificação das campanhas em relação ao uso de preservativo, disseminação de informação quanto aos métodos anticoncepcionais e um maior acesso da população aos serviços de saúde. Apesar deste decréscimo, a gravidez na adolescência continua sendo um fator preocupante no caso de situação de risco. As consequências da gravidez serão agravadas de acordo com a idade, paridade, aderência ao pré-natal, ganho ponderal e fatores psicológicos, socioeconômicos e culturais da adolescente. Até o momento não existem estudos suficientes que ressaltem diferenças clínicas e obstétricas entre adolescentes grávidas e grávidas de outras faixas etárias, desde que o pré-natal seja adequadamente, assistido. É importante lembrar que gestantes menores de 16 anos necessitam ser acompanhadas pelos serviços de referência devido ao potencial de risco. Envolve a necessidade de reestruturação e reajustamento em várias dimensões: em primeiro lugar, verificam-se mudanças de identidade e uma nova definição de papéis – a mulher passa a se olhar e a ser olhada de uma maneira diferente.
  • 102.
    MATERNIDADE E PATERNIDADEPARA OS ADOLESCENTES A experiência da gravidez na adolescência pode, no olhar da adolescente, não ser vivenciada como um problema, dependendo das circunstâncias em que ocorre. A falta de perspectiva em relação à vida pode tornar a gravidez e, consequentemente, a maternidade um projeto de vida e a possibilidade de mudança de status no meio familiar de origem e ingresso na vida adulta. A paternidade para esses jovens pode promover a sua ascensão à vida adulta, redefinindo sua identidade de “homem sério e maduro” especialmente, entre familiares uma vez que assumem o papel de Chefe de Família.
  • 103.
    MATERNIDADE E PATERNIDADEPARA OS ADOLESCENTES Dicas para o Atendimento de adolescentes grávidas: • Realizar o pré-natal de baixo risco (gestante com 16 anos ou mais), definindo preferencialmente, um dia da semana para o atendimento de adolescentes; • Assumir uma postura acolhedora e compreensiva frente a adolescente e sua família; • Estimular a participação do pai da criança durante todo o pré-natal, desde consultas até grupos, exames, etc.; • Desenvolver grupos específicos para adolescentes grávidas e seus companheiros, sempre que possível, dando ênfase a questões próprias desta faixa etária; • Enfatizar a necessidade do cuidado com a saúde reprodutiva a fim de prevenir uma segunda gravidez não desejada e DSTs/Aids; • Não rotular os adolescentes como incapazes de cuidar de uma criança; • Encaminhar os adolescentes para atividades culturais, esporte, lazer, etc; • Orientar os familiares para uma postura menos recriminatória e punitiva; • Orientar a necessidade do apoio familiar ao invés de assumir a função do adolescente como pais; • Ficar atento à expressão corporal que pode dizer muito sobre a adolescente.
  • 104.
    VIOLÊNCIA NAADOLESCÊNCIA De acordocom Fante (2005, p.62-63), o bullying começa frequentemente, pela recusa de aceitação de uma diferença, seja ela qual for, mas sempre notória e abrangente, envolvendo religião, raça, estatura física, peso, cor dos cabelos, deficiências visuais, auditivas e vocais; ou é uma diferença de ordem psicológica e social, sexual e física; ou está relacionada a aspectos como força, coragem e habilidades desportivas intelectuais. Ele é o responsável pelo estabelecimento de um clima de medo e perplexidade em torno das vítimas, bem como dos demais membros da comunidade educativa que indiretamente se envolvem no fenômeno sem saber o que fazer (FANTE, 2005, p.61). Mesmo com a identificação do fenômeno e de seus participantes, muitos diretores e professores negam sua existência e/ou não enxergam meios de coibir e/ou prevenir seu desenvolvimento. Enquanto isso resta àqueles que sofrem ações do bullying, as opções de deixar a escola carregando o peso das tensões infligidas. Suportar em silêncio as agressões que os tornarão rancorosos em relação a toda imagem ou pessoa associada ao ambiente escolar ou reproduzir em outras pessoas, a humilhação e violência que sofreram, ampliando dessa maneira o seu alcance, limitando seu desenvolvimento enquanto cidadão (FANTE, 2005).
  • 105.
    DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS Doençassexualmente transmissíveis (DSTs) são prevalentes entre adolescentes e aumentam o risco de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). A abordagem sindrômica das DSTs indicada pelo Ministério da Saúde (MS) para o acompanhamento até a cura e a busca de contactantes, são as medidas mais adequadas para o controle efetivo das DSTs na adolescência. Aconselhar sobre a importância do tratamento, oferecer testes anti-HIV e VDRL. Realizar vacinação e coleta de citologia oncótica.
  • 106.
    DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS Doençassexualmente transmissíveis (DSTs) são prevalentes entre adolescentes e aumentam o risco de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). A abordagem sindrômica das DSTs indicada pelo Ministério da Saúde (MS) para o acompanhamento até a cura e a busca de contactantes, são as medidas mais adequadas para o controle efetivo das DSTs na adolescência. Aconselhar sobre a importância do tratamento, oferecer testes anti-HIV e VDRL. Realizar vacinação e coleta de citologia oncótica.