Disponibilidade de Água para
     o Setor Produtivo

A situação atual do abastecimento de água
       em bacias industrializadas


        FIESP, 14 de abril de 2010
                                     M Aparecida Vargas
                                         Secretária
LOCALIZAÇÃO

                       Região Hidrográfica Costeira do Sudeste

                                     Conjugadas ao
                                     rio São Mateus


                                        Doce




                                Bacia do Rio
                               Paraíba do Sul

Bacias Hidrográficas
Brasileiras


                                          Litoral Fluminense
                             Ribeira do
                        Iguape/Litoral Paulista
A BACIA HIDROGRÁFICA DO
                  RIO PARAÍBA DO SUL

Características da bacia:

Área: 55.500 km2
SP: 13.900 km2; (25%)       RJ: 20.900 km2; (37,7%) MG: 20.700 km2; (37,3%)

Municípios: 184
SP: 39;                     RJ: 57;                MG: 88

População: # 5 milhões + 9 milhões (RMRJ)
SP: 23.3%;              RJ: 43.5% + 100%;          MG: 33.26%

Apesar de representar somente 0.7% do território brasileiro e 6% da Região
Sudeste, a bacia compreende uma área das mais industrializadas do país,
responsável por cerca de 10% do PIB brasileiro e abastece cerca de 14
milhões de pessoas.
Somando-se os principais usos a bacia é responsável por 52% da demanda
da região sudeste

***Conflito Existente – Transposição de Águas
CEIVAP



     •   Criado em 22/03/1996 - Decreto Federal n°
                                                 1842




                       MISSÃO DO CEIVAP
  Promover a gestão integrada dos recursos hídricos da bacia
   hidrográfica do rio Paraíba do Sul, articulando as políticas
públicas e setoriais correlatas, e integrando o planejamento e as
 ações das instâncias do Sistema de Gerenciamento da Bacia.
CEIVAP - Composição


      25%                                   Usuários

                                            União

                                            Estado

                                            Município

                                            Sociedade Civil



                             40%
15%

                                          60 Membros
                                  03 da União
                                  09 dos Estados (RJ, MG, SP)
                                  09 dos Municípios
                                  24 Usuários (RJ, MG, SP)
      15%                         15 das Org. Civis (RJ, MG, SP)
                 5%
A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARAÍBA DO SUL
CEIVAP - Desafios




 Dupla dominialidade – União e Estados (SP, RJ, MG):
    Diferentes ritmos de implementação dos instrumentos de gestão
    nos 3 estados;
    Diferentes níveis de capacitação e de atuação dos Órgãos
    Gestores;
    Diversidade de normas, procedimentos e critérios nos 3 estados;
Multiplicidade de organismos atuantes na bacia;

 A principal atividade econômica é industrial, e a maior demanda hídrica
(excetuando a transposição) é a irrigação na agricultura.

  Problemas ambientais críticos: o lançamento de cerca de 1 bilhão de
litros de esgotos domésticos por dia; escassez de florestas; erosão e
inundação.
A OUTORGA NO PARAÍBA DO SUL                   K




  O processo de regularização de usos de recursos hídricos da bacia
  hidrográfica do rio Paraíba do Sul teve início em 2002, apoiado pelo
 cadastramento declaratório de usos de recursos hídricos, outorga de
   direito de uso de recursos hídricos e cobrança pelo uso da água.



             A bacia do rio Paraíba do Sul foi pioneira no sistema de
 cadastramento declaratório. A fase de cadastramento estendeu-se pelo
     período entre setembro e dezembro de 2002, e a base de dados
 consolidada a partir desse levantamento propiciou o início da cobrança
pelo uso da água na bacia, em março de 2003. O cadastro de usos assim
formado foi sistematizado pelo chamado Sistema de Gestão Integrada de
                      Recursos Hídricos – GESTIN.
A OUTORGA NO PARAÍBA DO SUL                  K

O período de regularização de usos da bacia se estendeu até março de
2006.

O Sistema GESTIN, durante o período de funcionamento, recebeu cerca de
4800 declarações compreendendo o período de setembro de 2002 até
agosto de 2006

Com o desenvolvimento do Sistema CNARH, iniciou-se, em 2006, um
processo de migração das declarações realizadas anteriormente no
Sistema GESTIN para o CNARH, com prioridade as declarações de
empreendimentos de maior porte ou aquelas em processo de cobrança
pelo uso da água.

Atualmente, encontram-se no Sistema CNARH declarações de
aproximadamente 1.700 usuários de recursos hídricos da bacia, oriundos
da migração do Sistema GESTIN e de novos registros de usuários da bacia
que se cadastraram diretamente no Sistema CNARH.
CÁLCULO DAS DEMANDAS HÍDRICAS e K
                          REÚSO



Quanto às captações de água, foram analisados 920 cadastros, que
representam uma vazão total de 191,25 m3/s. Desses usos, 595 estão em
cursos d’água de domínio estadual e os outros 325 sob domínio da União.
Entre esses últimos, 55 são captações com vazões máximas inferiores a 1
L/s, consideradas usos insignificantes.

Quanto à disponibilidade hídrica da bacia, tomamos por base a vazão
média da foz que fica em torno de 310 m3/s.

A prática de reúso na indústria está associada aos grandes usuários de
água.

Conforme dados do IPEA, em uma pesquisa realizada, apenas 14% das
indústrias reutilizam água, e a maioria dos que adotam esta prática
possuem sistema próprio de captação de água (25%).
CÁLCULO DAS DEMANDAS HÍDRICAS e K
                        REÚSO



 Analisando-se os estabelecimento que adotam práticas de reuso,
  observa-se que o custo de reutilização da água corresponde a
aproximadamente um terço do custo de uso da água captada. Esta
diferença significativa sugere que estes estabelecimentos tenham
incentivos econômicos para substituir a captação de água por um
                   maior volume de reutilização.
CÁLCULO DAS DEMANDAS HÍDRICAS e K
                        REÚSO



Analisando-se os estabelecimento que adotam práticas de reúso,
 observa-se que o custo de reutilização da água corresponde a
 aproximadamente um terço do custo de uso da água captada.


  Esta diferença significativa sugere que estes estabelecimentos
tenham incentivos econômicos para substituir a captação de água
  por um maior volume de reutilização do que entre aqueles que
          utilizam a rede pública de abastecimento (7%).
CÁLCULO DAS DEMANDAS HÍDRICAS e K
                        REÚSO



Esta diferença pode ser atribuída ao fato de estabelecimentos com
      sistemas de captação próprio serem em geral grandes
usuários de água, para os quais o investimento em tecnologias de
reúso pode implicar em substanciais reduções nas despesas com
           captação de água e tratamento de efluentes .



        A implementação da cobrança pelo uso da água na
                             bacia do
 rio Paraíba do Sul pode ser um mecanismo eficaz de incentivo à
                  adoção da prática de reúso por
              parte dos estabelecimentos industriais.
CÁLCULO DAS DEMANDAS HÍDRICAS e K
                        REÚSO



       A tendência à adoção do reúso é maior nos setores de
artefatos de borracha e artigos de plástico, produtos minerais não-
                metálicos, metalurgia e siderurgia.

  Em relação ao uso principal da água, o reúso é mais praticado
             pelos estabelecimentos que utilizam a
       água como fluido de resfriamento ou aquecimento
BALANÇO HÍDRICO


                                                       Muriaé e
                                                       Carangola
Comprometimento         Paraibuna
   qualitativo
    0 - 0.01
    0.01 - 0.7
    0.7 - 1
    1 - 10
    10 - 99.912




                                    70    0     70   140 Kilometers


              Alto Paraíba do Sul
              (entre Jacareí e Queluz)
CÁLCULO DAS DEMANDAS HÍDRICAS e K
                     REUSO



Uma maneira de se promover o reúso seria utilizar os
            valores arrecadados com a
 cobrança na bacia na concessão de empréstimos
subsidiados para financiar investimentos em planos
           de reúso industrial de água.

  Enquanto não viabilizamos estes empréstimos a
indústria precisa de conhecer melhor o MECANISMO
                   DIFERENCIADO.
CÁLCULO DAS DEMANDAS HÍDRICAS e K
                       REUSO



   Precisamos de um forte apoio das Federações das
    Industrias na bacia – FIESP/FIRJAN/FIEMG para
divulgarmos este mecanismo que está à mão do usuário
privado e até hoje só foi utilizado por usuários públicos
                        na bacia.
  Agora em 2009, pela primeira vez, o Grupo Águas do
           Paraíba tenta aprovar um projeto.
MUITO OBRIGADA

MARIA APARECIDA BORGES PIMENTEL VARGAS
          vargasma@terra.com.br
           ceivap@ceivap.org.br

Wokshop Água - Setimo Aparecida Vargas

  • 1.
    Disponibilidade de Águapara o Setor Produtivo A situação atual do abastecimento de água em bacias industrializadas FIESP, 14 de abril de 2010 M Aparecida Vargas Secretária
  • 2.
    LOCALIZAÇÃO Região Hidrográfica Costeira do Sudeste Conjugadas ao rio São Mateus Doce Bacia do Rio Paraíba do Sul Bacias Hidrográficas Brasileiras Litoral Fluminense Ribeira do Iguape/Litoral Paulista
  • 3.
    A BACIA HIDROGRÁFICADO RIO PARAÍBA DO SUL Características da bacia: Área: 55.500 km2 SP: 13.900 km2; (25%) RJ: 20.900 km2; (37,7%) MG: 20.700 km2; (37,3%) Municípios: 184 SP: 39; RJ: 57; MG: 88 População: # 5 milhões + 9 milhões (RMRJ) SP: 23.3%; RJ: 43.5% + 100%; MG: 33.26% Apesar de representar somente 0.7% do território brasileiro e 6% da Região Sudeste, a bacia compreende uma área das mais industrializadas do país, responsável por cerca de 10% do PIB brasileiro e abastece cerca de 14 milhões de pessoas. Somando-se os principais usos a bacia é responsável por 52% da demanda da região sudeste ***Conflito Existente – Transposição de Águas
  • 4.
    CEIVAP • Criado em 22/03/1996 - Decreto Federal n° 1842 MISSÃO DO CEIVAP Promover a gestão integrada dos recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul, articulando as políticas públicas e setoriais correlatas, e integrando o planejamento e as ações das instâncias do Sistema de Gerenciamento da Bacia.
  • 5.
    CEIVAP - Composição 25% Usuários União Estado Município Sociedade Civil 40% 15% 60 Membros 03 da União 09 dos Estados (RJ, MG, SP) 09 dos Municípios 24 Usuários (RJ, MG, SP) 15% 15 das Org. Civis (RJ, MG, SP) 5%
  • 6.
    A BACIA HIDROGRÁFICADO RIO PARAÍBA DO SUL
  • 7.
    CEIVAP - Desafios Dupla dominialidade – União e Estados (SP, RJ, MG): Diferentes ritmos de implementação dos instrumentos de gestão nos 3 estados; Diferentes níveis de capacitação e de atuação dos Órgãos Gestores; Diversidade de normas, procedimentos e critérios nos 3 estados; Multiplicidade de organismos atuantes na bacia; A principal atividade econômica é industrial, e a maior demanda hídrica (excetuando a transposição) é a irrigação na agricultura. Problemas ambientais críticos: o lançamento de cerca de 1 bilhão de litros de esgotos domésticos por dia; escassez de florestas; erosão e inundação.
  • 8.
    A OUTORGA NOPARAÍBA DO SUL K O processo de regularização de usos de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul teve início em 2002, apoiado pelo cadastramento declaratório de usos de recursos hídricos, outorga de direito de uso de recursos hídricos e cobrança pelo uso da água. A bacia do rio Paraíba do Sul foi pioneira no sistema de cadastramento declaratório. A fase de cadastramento estendeu-se pelo período entre setembro e dezembro de 2002, e a base de dados consolidada a partir desse levantamento propiciou o início da cobrança pelo uso da água na bacia, em março de 2003. O cadastro de usos assim formado foi sistematizado pelo chamado Sistema de Gestão Integrada de Recursos Hídricos – GESTIN.
  • 9.
    A OUTORGA NOPARAÍBA DO SUL K O período de regularização de usos da bacia se estendeu até março de 2006. O Sistema GESTIN, durante o período de funcionamento, recebeu cerca de 4800 declarações compreendendo o período de setembro de 2002 até agosto de 2006 Com o desenvolvimento do Sistema CNARH, iniciou-se, em 2006, um processo de migração das declarações realizadas anteriormente no Sistema GESTIN para o CNARH, com prioridade as declarações de empreendimentos de maior porte ou aquelas em processo de cobrança pelo uso da água. Atualmente, encontram-se no Sistema CNARH declarações de aproximadamente 1.700 usuários de recursos hídricos da bacia, oriundos da migração do Sistema GESTIN e de novos registros de usuários da bacia que se cadastraram diretamente no Sistema CNARH.
  • 10.
    CÁLCULO DAS DEMANDASHÍDRICAS e K REÚSO Quanto às captações de água, foram analisados 920 cadastros, que representam uma vazão total de 191,25 m3/s. Desses usos, 595 estão em cursos d’água de domínio estadual e os outros 325 sob domínio da União. Entre esses últimos, 55 são captações com vazões máximas inferiores a 1 L/s, consideradas usos insignificantes. Quanto à disponibilidade hídrica da bacia, tomamos por base a vazão média da foz que fica em torno de 310 m3/s. A prática de reúso na indústria está associada aos grandes usuários de água. Conforme dados do IPEA, em uma pesquisa realizada, apenas 14% das indústrias reutilizam água, e a maioria dos que adotam esta prática possuem sistema próprio de captação de água (25%).
  • 11.
    CÁLCULO DAS DEMANDASHÍDRICAS e K REÚSO Analisando-se os estabelecimento que adotam práticas de reuso, observa-se que o custo de reutilização da água corresponde a aproximadamente um terço do custo de uso da água captada. Esta diferença significativa sugere que estes estabelecimentos tenham incentivos econômicos para substituir a captação de água por um maior volume de reutilização.
  • 12.
    CÁLCULO DAS DEMANDASHÍDRICAS e K REÚSO Analisando-se os estabelecimento que adotam práticas de reúso, observa-se que o custo de reutilização da água corresponde a aproximadamente um terço do custo de uso da água captada. Esta diferença significativa sugere que estes estabelecimentos tenham incentivos econômicos para substituir a captação de água por um maior volume de reutilização do que entre aqueles que utilizam a rede pública de abastecimento (7%).
  • 13.
    CÁLCULO DAS DEMANDASHÍDRICAS e K REÚSO Esta diferença pode ser atribuída ao fato de estabelecimentos com sistemas de captação próprio serem em geral grandes usuários de água, para os quais o investimento em tecnologias de reúso pode implicar em substanciais reduções nas despesas com captação de água e tratamento de efluentes . A implementação da cobrança pelo uso da água na bacia do rio Paraíba do Sul pode ser um mecanismo eficaz de incentivo à adoção da prática de reúso por parte dos estabelecimentos industriais.
  • 14.
    CÁLCULO DAS DEMANDASHÍDRICAS e K REÚSO A tendência à adoção do reúso é maior nos setores de artefatos de borracha e artigos de plástico, produtos minerais não- metálicos, metalurgia e siderurgia. Em relação ao uso principal da água, o reúso é mais praticado pelos estabelecimentos que utilizam a água como fluido de resfriamento ou aquecimento
  • 15.
    BALANÇO HÍDRICO Muriaé e Carangola Comprometimento Paraibuna qualitativo 0 - 0.01 0.01 - 0.7 0.7 - 1 1 - 10 10 - 99.912 70 0 70 140 Kilometers Alto Paraíba do Sul (entre Jacareí e Queluz)
  • 16.
    CÁLCULO DAS DEMANDASHÍDRICAS e K REUSO Uma maneira de se promover o reúso seria utilizar os valores arrecadados com a cobrança na bacia na concessão de empréstimos subsidiados para financiar investimentos em planos de reúso industrial de água. Enquanto não viabilizamos estes empréstimos a indústria precisa de conhecer melhor o MECANISMO DIFERENCIADO.
  • 17.
    CÁLCULO DAS DEMANDASHÍDRICAS e K REUSO Precisamos de um forte apoio das Federações das Industrias na bacia – FIESP/FIRJAN/FIEMG para divulgarmos este mecanismo que está à mão do usuário privado e até hoje só foi utilizado por usuários públicos na bacia. Agora em 2009, pela primeira vez, o Grupo Águas do Paraíba tenta aprovar um projeto.
  • 19.